POESIA À VENDA
Arrisco, mas não irei te iludir:
Esta aqui pode ou não pode ser boa;
Sabiamente disse o grande Pessoa,
Bom poeta é mesmo bom de fingir;
Portanto, refreia-te de inquirir
Sobre a verdade deste meu versar;
Vou falar de amor e o amor vou cantar;
Vê – o seu preço está muito barato,
E ajudas-me a botar feijão no prato –
Por só deis mil réis já a podes levar.
Proposta "da China" para o dileto poeta Nasser Queiroga que,
ontem mesmo, estava comprando poemas lá pelas bandas do Facebook… :)
Agora, também, estendida a todos que se interessarem por aqui... ;)
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Bem-vindo à "negociação", caro poeta Stelo Queiroga:
O problema do Brasil
É a crise em que está imersos
Até compro mas não pago
Melhor é trocarmos versos
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Té que não é má proposta
Esta tua contra-oferta
Deixo a conversa inda aberta
Vou pensando na resposta
Numa solução composta
Nesta dura economia
Em tempos de carestia
Onde a fexibilidade
É virtude de verdade
Na lida do dia-a dia.
George Gimenes
Para a réplica de Stelo Queiroga
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E assim vem "gaiatando" a querida poetisa Ahavah:
O feijão está tão caro
Que tem que economizar
Cozinha e, bebe só o caldo
Mas não deixar de pagar
Trocar versos é melhor
Mas nem sei do que se trata
Prefiro ficar na minha
Pra não entrar de gaiata.
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