CORDEL - O que eu quero pro futuro do Brasil – atualizado até 01.04.2020 (PRL)
 
Assim falou o meu pai:
 
“Estamos diante dessa pergunta que quase todos os brasileiros se fazem diariamente, todavia, somente a Rede Globo, esse poderoso conglomerado de empresas de vários segmentos, teve ousadia e coragem de desembuchar e fazer uma verdadeira pesquisa de âmbito nacional, utilizando-se de sua poderosa gama de subsidiárias e de repetidoras neste país afora, de sorte que teremos, em breve, o maior repositório de dados já disponível da vida nacional”.
 
“Ao que me consta, salvo melhor juízo, não tem esse grupo nenhuma firma que se dedique à pesquisa, especificamente, e em especial numa fase em que as eleições estão à beira da porta, embora ainda não se tenha disponibilidade dos nomes dos protagonistas que vão disputar a mais alta administração do nosso país. O que se sabe é que são muitos e muitos pré-interessados no certame, mas alguns até já desistiram de tentar, claro que sabedores de que não seriam eleitos”.
 
“O que discuto é a legitimidade da pesquisa, porquanto será, ao final, um arquivo de real valor se nas mãos de um candidato astuto que saiba explorar a riqueza desses detalhes (nome, telefone, endereço, preferências, etc.), porquanto poderá até mesmo enviar correspondência a todos e a cada um dos participantes que, em suas localidades, poderiam difundi-la entre os patrícios, dizendo-lhes de seu interesse em, se eleito, fazer tudo aquilo que reclamara na gravação enviada ao conglomerado Globo. Penso que é uma pesquisa não permitida pela nossa Constituição, apesar de os poderosos dos tribunais nada fazerem para suspender, no nascedouro, essa cobertura/enquete que se está fazendo com a nossa população”.
 
“Em matéria de recursos financeiros, de valor de mercado, quanto valeria o resumo final dessa pesquisa? Soma impensável, até mesmo porque serviria para outras incursões, mesmo nas esferas municipal, estadual e federal”.
 
Ansilgus.
 

CORDEL – O que eu quero pro futuro do Brasil – 28.05.2018 (PRL)
Versos repentinos
 
 (1)
Perguntar o que se quer
Pro futuro do país
É muito fácil até
O atual eu nunca quis
Quero um país bem sadio
Sem monopólio algum
Uma nação bem no cio
Que não se morra em jejum
(2)
Onde se tenha igualdade
Em tudo que for possível
Sem interesse e maldade
Desde que seja plausível
Sem a velha corrupção
Nem empregos vitalícios
Quero o fim da escravidão
Também dos seus malefícios
(3)
Quero a nossa seleção
Com atletas só da casa
Que joguem com coração
E suportem toda brasa
Coloquem seus pés sem medo
Com vontade de ganhar
Não com todo esse arremedo
Receio de se machucar
(4)
A gasolina barata
Que por nós for produzida
Sem aumentos em cascata
Nessa atitude bandida
E para o diesel também
Que carrega a produção
Sem copiar a ninguém
Pra riqueza da nação
(5)
Também que o gás liquefeito
Aos pobres possa chegar
Bem certinho, sem defeito,
Pra seu feijão cozinhar
O dólar a variar
Certo que jamais daria
Porque só faz aumentar
E no caos se chegaria
(6)
Quero escolas competentes
Que saibam mesmo ensinar
Pra não formar delinquentes
Sem a cadeia engordar
Com professores capazes
Isentos de compromissos
Que não carreguem cartazes
De políticos submissos
(7)
Que fujam da política
E de partidos também
Mas que suportem as críticas
Sem revide, mas pro bem,
Que preguem só a moral
Ao lado dos bons costumes
E não essa coisa e tal
Pois tem gosto de azedume
(8)
Preparar a criançada
Fazendo sua cabeça
Atitude condenada
Que desde logo pereça
O futuro do país
Está claro nas mãos delas
Muita gente assim o quis
Disso não move querelas
(9)
Que se façam muitas creches
Pra meninada gozar
Não precisa de escabeche
Mas o dinheiro gastar
Porque a verba é gigante
Só não faz quem não deseja
Ou mesmo quem é maçante
Para aumentar a riqueza
(10)
Quero a polícia treinada
Equipada pra valer
Mas também disciplinada
Pra cumprir o seu dever
Policial educado
Que revide na mesma hora
Sem ser desmoralizado
Quero isso aqui e agora
(11)
Não falo aqui de UPP
Isso se faz bem na escola
E em casa pra se ver
Merenda lá na sacola
Para evitar que ladrão
Que sempre é bom de cachola
Na verba não entre não
E que ninguém coma bola
(12)
Acabar com agressão
De mulher em coletivo
No roçar ou pela mão
Porque é muito lesivo
Um atentado à moral
Que precisa ser coibido
Vencer o bem sobre o mal
Nesse país pervertido
(13)
Bala perdida jamais
Pois todas são achadas
Na caveira do incapaz
Certamente disparadas
Ninguém fez ou ninguém viu
Isso pra mim é balela
Quem mandou não assumiu
Pois foi feito com cautela
(14)
Tal de sequestro ligeiro
De logo tem de acabar
Prender sem dar o dinheiro
Botando para quebrar
Pois perder a liberdade
Ninguém decerto deseja
E dessa bestialidade
Deus logo que nos proteja
(15)                      
Na saúde quero gente
Por demais, comprometida,
Dirigindo e lá na frente
E não nessa decaída
Hospitais, maternidades,
Postos de saúde também
Isso em todas as cidades
Que não sejam de ninguém
(16)
Que se acabe qualquer fila
Com tanta burocracia
Quero vaga até na vila
Quer pra José ou Maria
Médicos em abundância
Enfermeiras pra valer
Acabando-se a ganância
De somente o bolso encher
(17)
Remédio em profusão
Pra todo e qualquer doente
Sem essa tal confusão
Desse Estado leniente
Porque entrar na justiça
Pra forçar aquisição
Esse país da preguiça
Não tem jeito de nação
(18)
Transporte de qualidade
Não com esses cacos velhos
A inundar as cidades
Vamos ler os evangelhos
Melhorar a porcaria
De metrô de superfície
Que nos rouba todo dia
E na maior caretice
(19)
Que é um antro de ladrão
Esperando dar o bote
Lesando a população
Operando até boicote
O metrô sendo de graça
Ajudaria a pobreza
Com mais dinheiro na praça
E circulando a riqueza
(20)
Pois transporta multidão
Levando-a ao seu trabalho
Pra progredir a nação
Após o cair do orvalho
Quando a fábrica apitando
Chamando seu operário
Que aos poucos vai chegando
Cumprindo seu itinerário
(21)
Acabar com agressão
De mulher em coletivo
E em casa também não
Porque é muito lesivo
Pra fêmea é só carinho
Do gostoso e do melhor
Pois até dentro do ninho
Do homem seu protetor
(22)
Ao cidadão seu emprego
A fim de ganhar o pão
E que tenha seu sossego
Na palma de sua mão
Quem não trabalha não come
Dizia o velho chavão
Sendo assim nada consome
Piora a situação
(23)
Quero um Brasil que eleja
Um Presidente arretado
Que não seja tal bandeja
Ajudando dos dois lados
Mas só o nosso patrício
Que sofre e muito calado
E deseja benefício
E ser bem gratificado
(24)
Sempre defendo os mais pobres
Mas aqui estou temendo
Vou falar a todos nobres
Que meu povo está sofrendo
Pela falta de produtos
Também já nas prateleiras
Em milhares de redutos
Parecendo brincadeira
(25)
E os preços triplicaram
Numa bela exploração
Tais acordos não aceitaram
Não maltratem seu irmão
Não peçam Forças Armadas
Pois não tem ocasião
Não precisam ser chamadas
Porque sabem de antemão.
 
 ATUALIZANDO – 03.10.2018
 
(26)
Candidato ameaçado
Por gente da oposição
Que por si ou se mandado
No meio da multidão
Com facada, por exemplo,
Não tem justificação
Peça perdão lá no templo
Tenha Deus no coração

(27)
Institutos de pesquisa
Que vivem de exploração
Bom amigo sempre avisa
Tá tudo errado meu irmão
O pobre comendo brisa
Sem dinheiro pro feijão
Não rouba, mas sim precisa,
Da nossa compreensão
(28)
Inventando resultados
Pra enganar a nação
Os bons são prejudicados
Não caímos nessa não
Tudo é sempre parcial
Falta respeito também
Tem muita gente do mal
Que faz merda e diz amém
(29)
Mas o pior de tudo isso
É que corre muita grana
Porque não tem compromisso
E toda vez nos engana
O povo já está sofrido
Está querendo gritar
Não anda mais distraído
Pronto pra se revoltar
(30)
Outra coisa debochada
São os debates da TV
Pergunta mal formulada
Sem tempo pra responder
São meras repetições
Que nos dizem toda vez
Que enchem nossos culhões
E quem paga é o freguês
(31)
O povão grita na rua
Mas não vê o resultado
A verdade nua e crua
É que vem sendo roubado
No final seu candidato
Perde até para a lanterna (*)
O resultado é ingrato
É isso que nos consterna
(32)
Muita gente está doidona
Com toda a situação
É um nocaute na lona
Demolindo oposição
De norte a sul do país
Vemos a disposição
Pois agora o povo quis
Endireitar a nação
(33)
Quem não quer acreditar
Acompanhe o movimento
Pois precisa se engajar
E abrir seu pensamento
Pois o negócio é votar
Sem qualquer constrangimento
Pra poder só melhorar
Nosso desenvolvimento
(34)
Levantar a PETROBRAS
Mas sem aumento diário
Produzindo sempre mais
Diminuindo o calvário
Da classe média também
Enfiada em crediário
No bolso sem um vintém
Parecendo algum otário
(35)
Melhorar o Tribunal
Pra julgar com mais justeza
Não valendo vendaval
Nem pobreza e nem riqueza
Soltar bandido com grana
Nunca, jamais, ninguém quer,
Essa atitude é insana
Seja homem ou mulher
 
 (*) - Último colocado

 
ATUALIZANDO – 09.10.2018
 
(36)
Quero um país de eleição
Disputada palmo a palmo
E com tanta perfeição
Mas num ambiente calmo
Sem nenhuma roubalheira
Pra qualquer uma bandeira
E que vencendo o melhor
Retire-nos da fogueira
(37)
Quero um nordeste abrangente
Que produza até sem chuva
Pra alimentar sua gente
Que já plantando até uva
Um povo mais educado
Sem precisar das esmolas
Sabendo olhar o bom lado
E melhorar as escolas
(38)
Quero gente progressista
Que saiba melhor gastar
Não com famosos artistas
Que querem se aproveitar
Desejo o imposto de renda
Muito justo e verdadeiro
Que para um lado não penda
Por que é nosso o dinheiro
(39)
Também quero deputados
Sem nada de corrupção
E mesmo quando chamados
Saibam dar a solução
Não alguns esfomeados
No dinheiro da nação
Porque ficamos cansados
De tanta esculhambação
(40)
No senado minha pena
Alguns estão retornando
Nosso povo não condena
Nem quem está nos roubando
Vota descaradamente
No amigo de ocasião
Que plantou sua semente
Dando um nó nesse povão
(41)
Uma coisa que queremos
É a total transparência
E de logo agradecemos
Parar com essa insistência
E dividir todo o bolo
Da propaganda legal
Não apenas por consolo
Mas pelo bem sobre o mal
(42)
Para presidente então
O mais honesto possível
Sem a cara de ladrão
E também incorruptível
Que possa mostrar a cara
Nunca dentro do xadrez
Até debaixo de vara
Não importa se burguês
(43)
Quero riqueza no morro
Girando de mão em mão
Que ninguém seja cachorro
Com medo de aluvião
Pobreza não é vileza
O ditado assim o diz
O que vale é a nobreza
E muita gente feliz
(44)
Quero que no futebol
Os clubes se reaqueçam
E que nos dias de sol
Os jogos se fortaleçam
Na primeira divisão
O Náutico e Santa Cruz
Não nos causem decepção
Não voem como avestruz
(45)
Queremos um tribunal
Sem tamanha frouxidão
Que não solte marginal
Um perigo pra nação
Pois o cara condenado
Que só sabe dizer não
Ou então ficar calado
Não tem consideração

ATUALIZANDO – 10.10.2018
 
(46)
Quando o PT se apresenta
Como sendo a solução
Tendo um líder que orienta
De dentro duma prisão
De tristeza nós sofremos
De difícil digestão
Confesso não entendemos
Piora nossa aflição
(47)
Se Haddad se faz de Lula
E se Lula é dito Haddad
A nação é sempre chula
Precisa de caridade
Em treze anos nada feito
Como que promete agora
Não se entende seu conceito
De sair está na hora
(48)
Muita gente não voltou
Pra Câmara e pro Senado
É que o povo sofredor
Está mudando de lado
Porque nossa oposição
É sempre contra o que é bom
É triste a constatação
Esse sempre foi seu tom
(49)
Na mudança radical
Daqui nem acreditei
Mas isso deu carnaval
Pelo que vi e gostei
O brasileiro em juízo
Aos poucos vai se educando
Isso que será preciso
Para o país prosperando
(50)
Mas a Bolsa reagiu
As ações todas em alta
Num alento pro Brasil
O dólar caiu e em falta
O mercado bem sutil
Já demonstrou seu recado
Cansou de proposta vil
Pois conhece do riscado
(51)
Mas a Dilma se estrepou
Provando de que a pesquisa
Pra alguém só trabalhou
E nunca foi tão precisa
Então o povo cassou
Os seus direitos políticos
Que o Senado lhe poupou
Segundo falam os críticos
(52)
Mas a grande jornalista
Falo da Míriam Leitão
Já deu seu ponto de vista
Contrário de antemão
Quer garantir seu emprego
Foi contra a revolução
Que lhe deu tanto sossego
Na vida e televisão
(53)
Pois empunhando a bandeira
Do desgastado “ele não”
Nem imagina a besteira
Que produz ao ancião
Defendendo sua feira
Seu ordenado polpudo
Pois fala muita leseira
Detesta o povo miúdo
(54)
Mas lá em Minas Gerais
O Pimentel não ganhou
Agora ficou pra trás
Sua mensagem falhou
Gerar emprego com renda
Pro povo trabalhador
E que ele não se ofenda
Não se obra de favor, (trabalho)
(55)
Ontem estava assistindo
O programa estúdioi
Achei grande o desatino
Do povo que lá eu vi
Todos contra o Bolsonaro
Nessa reta de final
São uns caras sem o faro
Que nos causam muito mal
(56)
Antigamente o programa
Era muito disputado
Mas hoje tá feita à trama
São contra tal deputado
Só escapando a Maria
E o grande cara Xexéu
Que para nossa alegria
E não ir pro beleléu
(57)
Ontem dos seis jornalistas
Quatro foi decepção
Chega doeram às vistas
Confesso da negação
Sou assinante vai tempo
Mas vou ter de cancelar
Pois pago quase seiscentos
Sem nada pra me agradar
(58)
Alguns dos pobres coitados
São como pega na rua
De times bem enrolados
Só sabem sentar a pua
Tentando falar difícil
Erram bem de tonelada
Sempre com seu artifício
Predomina só mancada
(59)
Lá vem o segundo turno
Os debates vão chegar
Seja noturno ou diurno
O Jair não vai entrar
Porquanto tem armadilha
Ele não é de calar
Deixa a Globo maltrapilha
Pois seus votos quer tirar

 
ATUALIZANDO -  O que quero pro futuro do Brasil – 11.10.2018
 
 
(60)
Tal de Fernando Henrique
Que foi grande presidente
Com sua legenda em pique
Vem agora sorridente
Declarando até asneira
Quer união com Pê Tê
Penso que isso é leseira
Estou pagando pra ver
(61)
Seu partido vai morrer
Internado com urgência
Seu prestígio vai sofrer
É muita maledicência
Jogar fora uma carreira
Não é bom para a história
Mudar agora a bandeira
Ficou contra até ao Dória
(62)
Difícil ficar no muro
Depois de tanta mentira
Pois mentir eu não aturo
Nunca também fui traíra
O que muito me pesou
Foi justamente essa mídia
Repleta de despudor
Acreditando em perfídia
(63)
Aqui no meu Pernambuco
O governo fez acordo
Deixando o povo maluco
De repente ficou gordo
Com dinheiro em profusão
Muito acima do normal
Ganhou fácil a eleição
Mas perdeu na capital
(64)
Nas capitais nordestinas
Bolsonaro andou na frente
Com seu nome nas esquinas
Paisagem bem diferente
Num clima de bom sintoma
Isso ficou bem patente
A briga logo retoma
Já temos o presidente
(65)
Na proporção atingida
Dúvida alguma restou
Salvo por alma escondida
Que no dia não votou
Vai se acabar um reinado
De proposta de poder
Pois o povo já arretado
Botou para derreter
(66)
Só terá mesmo algum jeito
De reverter resultado
Recorrendo pro mal feito
De quem ficar derrotado
Pois nem mesmo Deus do céu
Faria tanta proeza
Pra Ele tiro o chapéu
Com seu dom e sutileza
(67)
Mas o nordeste é patético
Gosta muito de sofrer
Com seu povo esquelético
Pôs o Lula pra vencer
No restante do país
Falou noutras regiões
O seu povo assim não quis
Deu Bolsonaro aos milhões
(68)
Mas vai daqui um conselho
Bolsonaro cale o bico
Não dê uma de pentelho
Nem se faça de nanico
Não vá a nenhum debate
Porque só tem a perder
Precisamos do resgate
Da saúde pra você
(69)
Que eles falem sozinhos
E se percam eles próprios
Não aprendem os caminhos
Parece o senhor Eutrópio
Num palanque desleal
Cheio de demagogia
Tem muita gente do mal
Aqui tudo é anarquia
(70)
Houve agora uma pesquisa
A diferença é enorme
Quando o povo prioriza
Fica tudo nos conforme
Que não vá pro bate-papo
Pra ajudar cobra criada
Pois querem espalhafato
Bem no final da jornada
(71)
Dezesseis por diferença
Na nova pontuação
O deputado na crença
Do povo desta nação
Pois eleger comunista
Que quer tomar o governo
Por favor, saiam da pista,
Não nos bote nesse inferno
(72)
Como que o pior prefeito
Pode ser a salvação
Dum país que está desfeito
Enganar é corrupção
Por isso eu vou dizendo
Se não agradar sei não
Vamos prosseguir sofrendo
Na maldosa divisão

 

ATUALIZANDO – 12.10.2018
 
(73)
O PT está mudando
Foi o Lula quem mandou
O vermelho vai tirando
Sua foto desandou
Mas agora está usando
Cores da nossa bandeira
Como se todo o seu bando
Fosse gente de primeira
(74)
O Bolsonaro meu povo
Nada tem de responder
Pois a postura de novo
Continue pra valer
Haddad vai copiando
E também vai prometer
Pois obedece ao comando
Do dono do seu PT
(75)
Uma coisa que pensamos
É nesses falsos debates
Que só trazem desenganos
Fábrica de chocolates
Porquanto que vai à frente
Não pode facilitar
A vida de um demente
Sem direito de pensar
(76)
Pois é sempre pau mandado
Marionete qualquer
Já está acostumado
Fará o que convier
Ao patrão esse aloprado
Que responde na prisão
Pelos crimes perpetrados
Sugando nossa nação
(77)
Querem agora dizer
Que vão criar muito emprego
E renda pro povo ver
Pra causar muito sossego
Porque então não fizeram
Quando estavam no governo
Roubaram e desfizeram
Quase o país vem a termo
(78)
Culpam nosso Capitão
Por toda e qualquer desgraça
Os pobres de cuia em mão
Pedem esmola na praça
Ao Temer é comparado
É grande a temeridade
Apelo desesperado
E de muita falsidade
(79)
O senhor que vai votar
Nessa segunda rodada
Não se deixando levar
Por qualquer uma enrolada
Vá firme e bem decidido
Fure a boca do balão
E não fique distraído
Porque tem a solução
(80)
Cuidado com os mesários
Tem muita gente do mal
Alguns até salafrários
São muito bons no geral
Porém se a urna falhar
Faça a reclamação
Um barraco deve armar
Contra essa arrumação
(81)
Essa toda propaganda
Que vejo no youtube
Já encheu a minha banda
Mande tudo pro ataúde
O negócio de clicar
Todos pedem de primeira
E no que vai resultar
Penso que estou na cegueira
(82)
Dizem que precisam disso
Uma meta programada
Explique o compromisso
Não nos coloque em roubada
Publicam muita besteira
Tem até falas estranhas
Vejo muita baboseira
Durante toda a campanha
(83)
Mas voltando ao sufrágio
Lá no dia vinte e oito
Falo sem qualquer plágio
Porque sempre fui afoito
Não divulgar a mentira
Nem tampouco responder
Pra que não se cause ira
É regra de bom viver
(84)
A Globo está insistindo
Na queda do Capitão
Jornalistas repetindo
No mesmo diapasão
Com propaganda maciça
Do governo meu irmão
Talvez comendo linguiça
Esse é um xis da questão

ATUALIZANDO – 13.10.2018
 
(85)
Na propaganda política
Do Haddad na TV
Só está fazendo crítica
Mentindo pra prometer
Mete o pau no Bolsonaro
E tudo dele desfaz
Com a cara dum otário
Botou o país pra trás
(86)
Foi grande a minha surpresa
Com as cores do PT
Amarela/azul beleza
Estão a retroceder
O vermelho não esquece
A cor que não sai da lista
Da qual o pobre padece
Pois tem a vice, comunista,
O povo jamais esquece
(87)
Todo mundo está sabendo
Que o exército brasileiro
Está somente entendendo
Pra coisa fluir ligeiro
A candidata é revide
Contra nosso militar
Que o vermelho só agride
Nesse antigo patamar
(88)
Foram buscar no arquivo
Votações de Bolsonaro
Um deputado efetivo
Que segue seu ideário
Mesmo que ele fosse contra
A qualquer uma questão
Pode mudar sem afronta
De qualquer opinião
(89)
Considero muito engraçado
Dois vermelhos numa Igreja
Rezando pro seu pecado
Para todos só peleja
Não somos abobalhados
Prometeram paraíso
Aos padres sacrificados
Mas todos tem seu juízo
(90)
Eu nunca mais gostaria
De falar da Rede Globo
Agora só porcaria
Pensando que o povo é bobo
Então generalizou
A ordem é ser do contra
Pra votar em quem roubou
Razão nenhuma se encontra
(91)
Um anônimo falou
Baixinho aqui meu ouvido
Sendo o “Grupo” um devedor
Do governo faz sentido
Uma soma fabulosa
Bem capaz de abastecer
Hospitais em polvorosa
Pro pobre não mais sofrer
(92)
Pois ela ficou sabendo
De que não escapará
Pois o povo vai sofrendo
Sem de a saúde cuidar
Mas aos poucos vai morrendo
O mundo vem só clamando
Desemprego estarrecendo
Tem de mudar o comando
(93)
Já pensaram esse dueto
Governando nosso Estado
Tudo será como gueto
Até porque tá quebrado
Desemprego de milhões
Todo mundo padecendo
Nas garras desses leões
Que na boa vão vivendo
(94)
Se eu fosse da campanha
Faria apenas filmagem
Dum casebre, que façanha!
Somente por amostragem
Do que é nosso Sertão
E mostrava pro Brasil
Mesmo na televisão
Como o nordeste é servil
(95)
Dizem que cabra da peste
Numa mentira escabrosa
Fiel ao Lula inconteste
Parece religiosa
Pois nossa população
É pior que São Tomé
Nem vendo serve à razão
Por isso será o que é
(96)
Vai viver sempre de favor
Morrendo ainda de fome
Nem Cristo Nosso Senhor
Não dá ajuda pra quem some
Pois se a chuva já é curta
Vem em quando uma estiagem
Cara por favor, não surta,
Não entre na malandragem
(97)
Sabe o único sacrifício
Que Lula fez ao país
Foi perder no seu ofício
O mindinho na motriz
Pois então aposentado
Por tamanha invalidez
Virou um pobre coitado
Grande a sua fluidez
(98)
Também é aposentado
Como nosso ex-presidente
Falam ser remunerado
Por militância insurgente
E também do sindicato
Parece ser saliente
Não afirmo tenho tato
Queremos gente decente
(99)
Enquanto há outra gente
Que sofre de grande mal
Tratada como indigente
Sem cama dum hospital
Não consegue aposentar
A rigidez é patente
Muita gente pra roubar
É um grande contingente
(100)
Mas aqui vou repetindo
É melhor calar a boca
Não ficar tanto insistindo
Porque vai ficando rouca
Deixe o “poste” só falar
Prometer tanta besteira
Porque não vai inovar
Sempre a mesma baboseira
(101)
Meu recado vou lhe dando
Tudo aqui é sem pagar
Não consigo me esquivando
E nem tampouco calar
Mas daqui desta tribuna
Pretendo disseminar
Tenha cuidado com urna
Na hora exata de votar

 
ATUALIZANDO – 14.10.2018
 
(102)
O que não aguento mais
São tantas publicações
De notícias geniais
Agitando as posições
Que não contribuem nada
São péssimas edições
Precisam ser buriladas
Porque causam decepções
(103)
Outra coisa que me arreta
São muitas acusações
Que saem de ambos os lados
Com muitas contradições
Mas com certeza o Haddad
Muito bem orientado
Tem muita facilidade
O preso está do seu lado
(104)
Pois a vida pessoal
Não deve ser atacada
Seja pro bem ou pro mal
Penso ser grande mancada
O Bolsonaro inda ingênuo
Comete garfe demais
Tem de fazer um compêndio
Falar coisas naturais
(105)
Eu fiquei surpreendido
Com a Fátima Bezerra
Juntamente com bandido
Fez uma grande besteira
Tomou a mesa do senado
Com a turma da barreira
E não perdeu o mandato
Porque ética é besteira
(106)
O mesmo com outras feras
Gentes insignificantes
Porque medidas severas
Para eles irrelevantes
A Fátima quase ganha
O governo do seu estado
É sabida e tem barganha
Por isso tem prosperado
(107)
Mas o Lula quem diria
De vez em quando ele foge
E se apertar todo dia
Vai ver que logo refoge
E lá do seu escritório
Com muito luxo e beleza
Esperando o purgatório
Em caminho com certeza
(108)
 Mas logo depois do indulto
Que o Temer deve assinar
O Doutor Moro absoluto
Outra pena vai ditar
Pelos crimes lá da chácara
Que ele só faz negar
Vai cair toda uma máscara
Que se tem como provar
(109)
As evidências são fortes
As tragédias se encaixando
Mais doze anos e sem cortes
De cadeia lhe chamando
E dessa vez se acabando
As chances d’ele voltar
Pois na prisão recordando
Dinheiro tem pra lascar
(110)
Até mesmo o Camarotti
Um cronista inteligente
Tomou partido a galope
Em favor do delinquente
Pensei fosse imparcial
Mas vejo ser demagogo
Sua audiência vai mal
O circo vai pegar fogo
(111)
A bela Andréia Sadi
Jornalista iniciante
Tem qualidade já vi
Mas apoia o restante
Tem de olhar pro seu futuro
E ficar com a razão
Pois é daqui que asseguro
Tem de cumprir a missão
(112)
O Merval de vez em quando
Ele que tem competência
Por vezes se torna brando
Com a sua sapiência
Pode viver sem a Globo
Jornalista de primeira
Com ele não tem arroubo
E nem tampouco leseira
(113)
Mas a Cristiana Lôbo
Muito bem acreditada
Agora tá com arroubo
Pode ser prejudicada
Perdendo grande audiência
Porque se mostra envolvida
Isso não tem pertinência
Pois é bem esclarecida
(114)
Agora esse tal de Flávio
Novato lá no plim-plim
Fala mais que papagaio
Não merece fé enfim
De opinião tão confusa
Falta credibilidade
Há muita pessoa inclusa
Que não tem capacidade
(115)
Vejo o senhor Valdo Cruz
Que também é um contrário
Claro não tem muita luz
De vê-lo sou um otário
Mas se a emissora falir
Vai ficar muito infeliz
A carreira vai ruir
Não passa dum aprendiz
(116)
Temos também a Natuza
Parece bem preparada
Por vezes meio confusa
Comete alguma mancada
Mas sabe comunicar
Mas pende só para um lado
É coisa de arrepiar
Parece tá tudo errado
(117)
A Central das Eleições
Que logo entrou pra valer
Fez algumas agressões
Botando pra derreter
Com perguntas sem sentido
Mas exigindo respostas
Nos debates promovidos
Cujas regras são impostas


 
ATUALIZANDO – 17.10.2018
 
(118)
Soubemos ainda há pouco
Que o candidato Fernando
Haddad que já tá louco
Começou insinuando
Que não aproveitará
Nenhum ministro atual
Pois deseja renovar
Essa turma que faz mal
(119)
Olhando bem direitinho
Não há ninguém confiável
Tudo virou burburinho
Para o presidenciável
Na câmara ou no senado
A coisa ficou maluca
Pois ninguém é do agrado
Estamos numa arapuca
(120)
As Fake-news tão mandando
Brasa pra todos os lados
Seja mentindo ou gritando
Textos vão ser apagados
O Tribunal já falou
Com todos os candidatos
Apelaram por favor
Não queremos sindicatos
(121)
Pra saber quem mente mais
É ligar na Tê Vê
Tem muita gente incapaz
Como posso conceber
Toda notícia é ruim
Seja de dentro ou de fora
Lembrei-me até do Pasquim
Dos velhos tempos d’outrora
(122)
Na eleição que estamos vendo
A zebra foi de lascar
Gente nova aparecendo
Tem muito que caminhar
Nós aqui nos desfazendo
Desse orgulho derradeiro
O país irá crescendo
Queremos ser o primeiro
(123)
Acabar a corrupção
Os impostos rebaixar
Vamos fazer a lição
De casa pra começar
O pobre vai só ganhando
Acabando a exploração
O salário melhorando
Na queda dessa inflação
(124)
Energia mais barata
Para o povo se mover
Não com aumento em cascata
Pro pobre não perecer
Incentivando a lavoura
Para os produtos baixar
Desde o quiabo à cenoura
O agricultor vai ganhar
(125)
Até vemos no nordeste
O povão se revoltando
Numa ciranda inconteste
Seu voto vem só mudando
É que ninguém mais aguenta
Sustentar tanta mentira
Matuto pedra noventa
Orgulho de ser caipira
(126)
Na mata, agreste e sertão
O povo se agigantando
E quando Deus põe a mão
A chuva até vai chegando
A seca pro beleléu
As lavouras vão brotando
São ordens que vêm do céu
Bom já ir se acostumando
(127)
Mas se Deus do céu quiser
Do Haddad nem mesmo sombra
Mas venha donde vier
Uma vitória de arromba
Que decerto vejo escrita
Nas tábuas do pensamento
E jamais será restrita
Sem ódio e sem tormento
(128)
A mídia já percebeu
Que não existe motivo
Tudo já aconteceu
E daqui tem nosso crivo
Falta apenas carimbar
O diploma vencedor
Ninguém pode contestar
Pois quis Deus Nosso Senhor
(129)
Já vi que a Globo sentiu
Que já perdeu a parada
Mas inda não engoliu
A mudança preparada
Que no Brasil vai haver
No final dessa jornada
Tudo irá acontecer
E sem usar a espingarda
(130)
Estão dizendo seu moço
Estou sentindo no vento
Vai haver um alvoroço
Quem sabe no parlamento
Vão votar a lei do selo
Para ajudar tal jumento
Vai ser dura sem apelo
Nem mesmo com juramento
(131)
E pros debates então
A Globo está insistindo
O Jair não pensa não
Pois à dor vai resistindo
Querem pegá-lo em surpresa
Com pegadinha maldosa
Porque lhe falta destreza
Essa gente é perigosa
(132)
Mas se ele está na frente
Debater mesmo pra quê?
Enfrentando delinquente
Pro pior acontecer
Só quem levanta defunto
É coveiro seu doutor
Ou mesmo qualquer adjunto
Só não digo quem falou
(133)
E sem essa de Jair
Porque já disse eu não vou
Não adianta insistir
Nem adular, por favor,
Bem melhor gravar um teipe
Passar no computador
Mesmo que o outro não aceite
Tudo na paz e no amor

 
ATUALIZANDO – 20.10.2018
  
(134)
Procuram por fato novo
Pra inverter o resultado
Criando cabelo em ovo
Estão bem abestalhados
Com a derrota iminente
Que nas urnas estão tendo
Congados por tanta gente
Os céus estão prometendo
(135)
Resolveram alguns partidos
Requerer impugnação
Da chapa vitoriosa
No final dessa eleição
O desespero é patente
Veio ordem da prisão
Por conta do ex-presidente
Que já perdeu o bastão
(136)
Alegam tal caixa dois
Ilegal pro Bolsonaro
Porém vão ver que depois
Foi tudo falta de faro
De onde vem o dinheiro
Que o PT está gastando
Deve vir do mealheiro
Que deve estar transbordando
(137)
Pois o plano de poder
Bordado pra muitos anos
Veio logo aparecer
Com a prisão de fulanos
Tem dinheiro até demais
Em moeda diferente
Não há ninguém incapaz
No partido delinquente
(138)
Isso já deu no jornal
Desde aquele “mensalão”
Um fundo primordial
Pra gastar em eleição
Diz até uma má língua
Que há dinheiro enterrado
Sabido não morre à míngua
O que é bom está guardado
(139)
Na semana que passou
Muita gente reunida
Com anel e só doutor
Numa atitude renhida
Pra defender o Haddad
Seu apoio conceder
Quem sabe por caridade
Ou então agradecer
(140)
Por ter sido contratado
Pro partido defender
Tem até mal encarado
Que não quer se aborrecer
Muitas causas defendidas
Sem ao menos se saber
Mas muitas delas perdidas
Porém sem comprometer
(141)
É que na lei brasileira
Quem pode é diferente
Todos nós somos leseira
Diante do leniente
Honorários em segredo
Ninguém sabe quem pagou
Parece tudo é brinquedo
Não está aqui quem falou
(142)
Onde foi que já se viu
Contrato de confidência
Só a puta que pariu
Que vivendo na sofrência
Cujo marido sumiu
Pois doeu na consciência
Quando lambeu o xibiu
Chamado vossa excelência
(143)
Mas o imposto de renda
Decerto será capado
Mas por favor, não se ofenda,
Já sou um gato escaldado
Que não vive dessa prenda
Tem ladrão pra todo lado
Não paga nem a merenda
Pois seu direito é sagrado
(144)
E nossas autoridades
Dizendo que fiscalizam
Pensamos sejam maldades
Só os pobres priorizam
E por infelicidade
Quando chega a malha fina
Não respeita nem idade
Bem melhor morar na China
(145)
Mas nossas celebridades
Que do governo bem mamam
Empunham paternidades
E quase tudo reclamam
Sempre do lado contrário
Pra não perder a mamata
E no mesmo itinerário
De paletó com gravata
(146)
Noutro dia vi depor
Perante o Sérgio Moro
Um ex-ministro um horror
Eu até quase que choro
Nunca vi tanta vergonha
Nada soube dos ladrões
O dinheiro tá na fronha
Ou então lá nos porões
(147)
Mas é claro que ministro
Dum governo de corrupto
Porque seria sinistro
Ou então talvez abrupto
Depor contrário a seu chefe
Não é um fato normal
Quase sempre dá em blefe
E vira um carnaval
(148)
Essa tal lei Ruanê (*)
Só ajuda ao cururu
Gente grande pra valer
Vão todos tomar no sul
Enquanto o pobre coitado
No começo da carreira
Sofre demais um bocado
Isso não é brincadeira
(149)
São projetos vagabundos
Que nada nos acrescentam
Embora alguns bem profundos
Que por si só se sustentam
O dinheiro vai pro ralo
Com tanta incompetência
Se alguém gritar eu me calo
E vou pedindo clemência
(150)
Quero ver o deputado
Sentado na presidência
E por todos, respeitado,
Não precisa sapiência
Ser duro na honestidade
Com todo e qualquer cristão
Seu coração sem maldade
Ajudando ao ancião
(151)
Sim a Globo continua
Dando vez à roubalheira
De vez em quando insinua
E sempre na dianteira
Entrevistando figuras
A favor da corja toda
São pessoas sem lisuras
Quem não gostar que se foda

 ATUALIZANDO – 23.10.2018
 
(152)
Na verdade minha gente
Essa eleição tá difícil
Pro Haddad um delinquente
Que entrou no precipício
Depois ele vai dizer
Quem nunca foi avisado
E só faz aborrecer
Quem não está do seu lado
(153)
A verdade dói na testa
Por isso só diz mentira
Sua presença é funesta
É fraca que nem embira
Promete como sem falta
Mas faltar ninguém duvida
Pois um sujeito peralta
Sabe agradar a torcida
(154)
Os filhos do Bolsonaro
Não podem dizer besteira
Isso nos parece claro
Prejudicando a carreira
Quem vai à frente retrai
Não ataca só defende
Também não usa o cai-cai
Porque seu povo se ofende
(155)
Sabe bem que o PT
Tem raiva de militar
Polícia não quer nem ver
Muito crime pra pagar
E agora estão querendo
Cassar nosso capitão
Com medo do referendo
De nossos concidadãos
(156)
O Mourão também não pode
Responder a agressões
Pois afinal é um bode
Conhece quaisquer facções
Da vida tem seu preparo
Em tudo sobre Brasil
Entende até de disparo
De espingarda ou de fuzil
(157)
Lembrando do Zé Dirceu
Comunista de primeira
De tudo sobreviveu
Estando na dianteira
Pensa tomar o poder
Na marra, na força bruta,
Quer botar pra derreter
Está pronto para a luta
(158)
O Tribunal Federal
Falando nosso Supremo
Devia cortar o mal
Pois o sujeito é pequeno
Embora sendo sabido
Já deu nó em pingo d’água
Um sujeito extrovertido
O povo dele tem mágoa
(159)
Ambiente preparado
Pra divulgar a pesquisa
O Cara famigerado
E de tanta cara lisa
Ria por dentro e por fora
Pleno de satisfação
Está contente, pois agora,
Quer ganhar essa eleição
(160)
Não foi nenhuma surpresa
O resultado que deram
Tá errado com certeza
Daqui a pouco eles zeram
Catorze por cento é pouco
Melhor se tome cuidado
E não falar como louco
Porquanto é bem arriscado
(161)
Tem de abrandar o discurso
Evitando as dissidências
Eleição não é concurso
Ganha quem tem preferência
Filiados tão brigando
Num mau exemplo profundo
E já estão ensaiando
Protesto talvez imundo
(162)
Olímpio tá discutindo
C'a federal mais votada
E a votação tá caindo
Cuidado com derrocada
Até querendo expulsá-la
Do partido que elegeu
Não serve de mestre-sala
O poder lhe envaideceu
(163)
Penso na televisão
O Haddad tem mais espaço
Quem que fez a divisão
Roubaram-nos com o laço
E nos fizeram de bobos
Por falta de experiência
Vamos deixar de arroubos
Ou perdemos na sequência
(164)
Pensamos tem marqueteiros
Infiltrado na campanha
São sabidos são doleiros
E também com muita manha
Mas soltos na buraqueira
Por conta da lava jato
Mesmo com tornozeleira
Sabem ganhar um mandato
(165)
Quem que pode garantir
Não estar havendo sujeira
Para o bolo dividir
Difícil fazer asneira
Até mesmo delatores
Podem estar infiltrados
Ajudando malfeitores
Com cara de inebriados
(166)
E não fiquem sorridentes
Que a Rede Globo elegeu
Os últimos presidentes
Até a Dilma mereceu
Tal apoio então maciço
E ganhou mesmo apertada
O país em sacrifício
Naquela grande mancada
(167)
Daqui nada duvidamos
Estão armando sujeira
Pois nunca nos enganamos
Têm tudo na prateleira
Conhecem cada pedaço
E até gente no país
Quando quer arma barraco
Deixando a gente infeliz
(168)
Eles são enganadores
Treinados no comunismo
Já foram saqueadores
Seguindo sempre o lulismo
São mesmo uns falastrões
Pois até quem mente rouba
Ficando sempre ilusões
Desse sujeito que esnoba
(169)
Não se pode bobear
Porque com gente sabida
Que sabe bem golpear
A nação fica iludida
E seu povo vai chorar
Mas se a campanha encolher
E o povo se debandar
Então todos vão perder
(170)
E desta vez o Brasil
Não vai poder se livrar
Nem mesmo usando “Doril”
A cabeça vai passar
Seremos Venezuela
Com o Maduro a reinar
Não caiamos na esparrela
O treze vamos chutar

 
ATUALIZAÇÃO - 27.10.2018
 
(171)
Chegou o segundo turno
A pesquisa novamente
Mentiu de modo soturno
Está demais inclemente
O Bolsonaro baixou
Então Haddad subiu
Claro que manipulou
Ninguém sabe ninguém viu
(172)
Do jeito que a coisa vai
Haverá empate até
Na mídia que hoje sai
Do jeito que ele quiser
Faz o pobre brasileiro
Talvez quebrar sua cara
Pois é useiro e vezeiro
A ferida nunca sara
(173)
Eu daqui não acredito
Nessa virada infernal
E nem por São Benedito
Julgo que seja ideal
Só mesmo tal Belzebu
Pode mudar a parada
Nossa cor é bem azul
Vermelho não tá com nada
(174)
Creio que urna eletrônica
Dessa vez fiscalizada
Nem mesmo com bomba atômica
Mudará nossa jornada
Cheguei até a pensar
Diferença dez milhões
Difícil de ultrapassar
Isso cá pros meus botões
(175)
Esse cordel duma figa
Eu já queria encerrar
Porque aqui ninguém liga
E não quer prestigiar
Porém antes de acabar
A total apuração
Quando vou comemorar
Do Jair sua eleição
(176)
E pra tomar carraspana
Vou entrar bem adoidado
Certo que ninguém me engana
Vou ficar abobalhado
Confio no resultado
O Tribunal decidiu
Fiscalizar o tablado
Gato passou engoliu
(177)
Agora é Brasil pra frente
Ninguém pode duvidar
Fazer governo decente
Muito emprego pra criar
Tem gente passando fome
O matuto nem se fala
Em casa não se consome
Até com vento se entala
(178)
A seca vai ser banida
Com as águas das marés
Produzir nossa comida
Cereal vai dar nos pés
Sementes de qualidade
Vamos buscar onde houver
Pois temos necessidade
Seja homem ou mulher
(179)
Até a bolsa família
Vai aumentar de valor
Já falou a dona Otília
Isso é mesmo um louvor
Dinheiro tem pra chuchu
Só não paga quem não quer
Do milho se faz angu
Acredite quem quiser
(180)
Quem tinha medo da farda
Vai poder acreditar
Seja branco ou de cor parda
Seu dinheiro vai ganhar
Vai haver a revisão
Para escolher quem precisa
Pois não queremos ladrão
Na boa comendo pizza
(181)
Soube que vereador
Bem assim comerciante
Mamando no bebedor
E gastando com amante
O dinheiro do povão
Que fica prejudicado
O prefeito lava a mão
Pois está gratificado
(182)
Isso é caso de cadeia
Pra qualquer cabra safado
Que não tem sangue na veia
E roubar é seu pecado
População ajudando
Denunciando o problema
A polícia vai levando
Não fazendo nem dilema
(183)
Vamos sim agradecer
Ao eleitor do nordeste
Pois cumprindo seu dever
E como um cara da peste
Bota brasa pra valer
Vota com o coração
Bastante para eleger
Bolsonaro nosso irmão
(184)
Votação vai ser maciça
E com toda essa pressão
Sem pão nem mesmo linguiça
Elegendo o capitão
E os cabos eleitorais
Coitados da decepção
Mas trabalharam demais
Dessa vez não levam não
(185)
Até fiz uma promessa
Para o santo padroeiro
Mas pagar não tenho pressa
Fiquei liso e sem dinheiro
A vitória vai sorrir
Vou gritar pro mundo inteiro
Brasil do nosso porvir
Um país lindo e altaneiro

ATUALIZANDO - FINAL - 28.10.2018
 
(186)
Mas agora enfim chegou
O dia do beabá
Quem perdeu atrás ficou
Chora quem tem de chorar
O povão será unido
Em favor deste Brasil
Por Deus muito bem ungido
Só mesmo burro não viu
(187)
Bolsonaro vai ganhar
De norte a sul da nação
No nordeste vai minguar
Povo que sem coração
Prefere o Lula babar
Com tamanha ingratidão
E sempre irá esmolar
Coisa feia ao cidadão
(188)
O pobre daqui adora
Favor e muito esmolão
Por que não vindo ele chora
Na mata, agreste e sertão
Já se foi aquela quadra
Que no nordeste urrava
Não queremos aqui ladra
Porque nossa gente é brava
(189)
O próprio governador
Fez alianças estranhas
Misturou-se ao opressor
E cada vez mais barganhas
Querendo assim garantir
A sua reeleição
Dinheiro muito a surgir
Na cruel coligação
(190)
Estamos certos, porém,
Que o nordeste vai falhar
Vai cravar no seu Andrade
Mas não vai sobrepujar
Quem é burro  de cangalha
Jamais passa de jumento
E na fome come palha
Ou até saco de cimento
(191)
Eu votei até bem cedo
Não gastei nem dois minutos
Inda lembrei do Tancredo
O povo ficou de luto
Depois então fui pra casa
Aguardar o resultado
A notícia sempre vaza
Pois lutar contra aloprado
(192)
Não é fácil, mas é dura,
Pois é grande a sua fama
Tem muitas almas impuras
Quanto mais fogo mais chama
Quando chegou sete horas
Da noite dessa esperança
Foi rápida sem demoras
Então começou a dança
(193)
Ficamos até surpresos
A diferença foi pouca
Mas já estávamos acesos
A garganta toda rouca
Com medo de falcatrua
Não do nosso Tribunal
Mas de gente que cultua
Sempre querendo ser mau
(194)
E a vitória chegou
O Brasil inteiro viu
A festança dominou
O povo muito sorriu
Mas o perigo afastou
Comunismo já faliu
O pouquinho que restou
Vai pra puta que pariu
(195)
Mas algo me entristeceu
O Haddad muito encostou
Amedrontou, pareceu,
Que mancada meu senhor
Duas falas impensadas
Ao povo tumultuou
Quase provocam viradas
E muita gente corou
(196)
O filho do candidato
Que jovem falou besteira
Num momento muito chato
Dizer tamanha leseira
Falar em golpe na marra
Com um cabo e um soldado
Medida que bem esbarra
É coisa pro outro lado
(197)
Mas o próprio Jair
Falou com aberração
Tanta força pra ruir
E perder uma eleição
Que já estava toda ganha
E deu gás à oposição
Que tem força tão tamanha
Pra quebrar nossa união
(198)
Já falamos muitas vezes
Quem lidera não precisa
Se misturar com as reses
Basta sentir a pesquisa
Deixando o poste falar
Que assim só diz porcaria
O povo a se revoltar
Com tamanha heresia
(199)
Porém para aliviar
A apuração terminando
Nosso povo a festejar
O Haddad ruminando
Não disse nem parabéns
Ao candidato Jair
Que já foi o vencedor
Nem se dispôs a ouvir
(200)
É falta de educação
De quem se diz professor
Não recebeu a lição
Não é da paz e do amor
Sua fala foi raivosa
Só mesmo pra militância
Que anda até mal cheirosa
Duma total ignorância
(201)
Vamos aqui terminando
Esses versos sem miolo
Cujas rimas só minguando
Mas tudo aqui é sem dolo
Quero um Brasil bem potente
Que faça parte do globo
Não que a Globo e sua gente
Dê as cartas e dite o jogo
(202)
Pois é de todo impossível
Que todos os jornalistas
Com o mesmo combustível
Andem num lado da pista
Todos contra o capitão
Singelo e inda impotente
Que ao povo deu a mão
Sendo nosso PRESIDENTE

 
ATUALIZANDO – 13.11.2018 – Atendendo a pedidos estamos prosseguindo nesse cordel que tínhamos dado por terminado. Mas se o povo assim o quer fazer o quê?
 
(203)
Terminada essa eleição
Vem agora o mais difícil
Pois a bomba está na mão
Bem pior do que no hospício
Escolher um ministério
De competência invulgar
Que não leve ao cemitério
O que pudemos sonhar
(204)
De cara a nossa tristeza
É sobre a Casa Civil
Pasta que não é moleza
Há de passar por funil
O Lorenzoni indicado
Deputado Federal
De Caixa dois acusado
Confesso foi muito mal
(205)
O Moro por outro lado
Vai pra pasta da Justiça
Bom será pra acusado
Fazer festa com linguiça
Pois penso que a lava jato
Dessa vez vai ter um fim
Não digam que sou um chato
Pois vou achar bem ruim
(206)
Poderiam aguardar
A vaga lá do Supremo
Pra então ele nomear
Um ministro sem extremo
Começou tudo confuso
Muita gente quer cartaz
Eu sou apenas um intruso
E para mim tanto faz
(207)
Até o Joaquim Levy
Que foi ministro da Dilma
Chamado pra presidir
Um banco com obra prima
O BNDES um assombro
Que jogou dinheiro fora
Deixando até grande rombo
Pro brasileiro que chora
(208)
Emprestaram pra países
De regime autoritário
Comunistas de raízes
De cunho bem perdulário
No Brasil deram um seixo
Não pagaram coisa alguma
Tome porrada no queixo
Bom que só assim acostuma
(209)
O ministro Paulo Guedes
Também diz muita besteira
Parecendo com Praxedes
Que vive lá nas Parreiras
Experiência precária
De usar o microfone
Nossa gente não otária
Nada que impressione
(210)
A Globo todos os dias
Escolhe um tema qualquer
Pra derrubar o Messias
Seja homem ou mulher
Mas assim então minando
E derrubando a promessa
Contra o país só tramando
É pra isso que interessa
(211)
Pra pasta da agricultura
Uma senhora direita
Mas coitada da ventura
Uma atitude mal feita
Houve algo irregular
No caso da proteína
A besteira vai pesar
A JBF é traquina
(212)
Na Petrobras vai manter
Seu atual presidente
Jamais deve prometer
O país tem tanta gente
Pra sugar o brasileiro
Não precisa ser doutor
Roubando nosso dinheiro
No petróleo que jorrou
(213)
Do lado da segurança
A coisa não está bem
Tribunal entra na dança
E fica num vai e vem
Justiça prende ele solta
Tem o famoso alvará
Não precisa nem escolta
Que o bandido vai soltar
(214)
Aos poucos se diluindo
A esperança da nação
Os inimigos sorrindo
Com muita satisfação
Quem pensou foi enganado
Nem Deus faria milagre
Nesse mundo endiabrado
Dirigido só por bagres.

ATUALIZANDO – 17.11.2018
 
(215)
Quero um país sempre forte
Produtivo e independente
Não quero ganhar na sorte
Mas sim ser um combatente
Sobre médico cubano
É preciso esclarecer
Tem coisa embaixo do pano
Estou doido pra saber
(216)
O Bolsonaro só quer
Acabar com traquinagem
Seja homem ou mulher
Não dar uma de bobagem
Que recebam o salário
E não só trinta por cento
O Brasil é perdulário
Gasta demais não aguento
(217)
Por cada doutor de Havana
Pagamos caro onze mil
Isso é casa de mãe Joana
Coitado deste Brasil
Não nos pagam nem impostos
Lesando nossa nação
Claro que são os prepostos
Do governo de plantão
(218)
Esse assunto é pertinente
Ao ministro da saúde
Bolsonaro é insistente
E demonstra ser bem rude
Comprando toda essa briga
Desgastando seu prestígio
E se metendo em intriga
Mas conquistando litígio
(219)
Sei que militar detesta
O malgrado comunismo
A história nisso atesta
O regime dum abismo
O Brasil é desleixado
Faltando-lhe autonomia
Pra construir um tratado
E acabar a hipocrisia
(219)
Ministro do exterior
Não pode ter qualquer mancha
Com passado de louvor
Enfrentando qualquer cancha
Mas o ministro atual
Já militou no vermelho
Isso é coisa sem igual
Própria de seu grupelho
(220)
Dizem que esse dinheiro
Vai dum jeito volta doutro
Engordando o mealheiro
Saindo de um para outro
Assim como uma lavagem
Pra torná-lo regular
Essa grande malandragem
No país tem de acabar
(221)
Sobre o Juiz Sérgio Moro
Guindado para a Justiça
Não me parece um agouro
Não é homem de preguiça
Vai também acumular
A pasta da segurança
Muita gente quer chiar
Porque fizeram lambança
(222)
Renunciou a carreira
Tão bela de magistrado
Um cidadão de primeira
Merecendo ser louvado
Muita gente vai sair
De casa pro beleléu
Pois a lei tem de cumprir
Vamos tirar o chapéu
(223)
Mas cuidados redobrados
Tem de ter também consigo
Por conta dos aloprados
Esses merecem castigo
Corre risco sim senhor
A sua vida vale ouro
Pra ele nosso penhor
Exposto como tesouro
(224)
O que nos causa aflição
É a operação Lava-Jato
Salvadora da nação
Nem é preciso ter tato
Pra manjar o que se passa
Lá nas bandas do congresso
Políticos já sem graça
Desejando retrocesso
(225)
Parece que vão votar
Nesse final de mandato
Uma lei que vai salvar
Num projeto bem cordato
E deixando de ser crime
Estarão limpos de novo
Aqui nossas leis redime
Que se dane o nosso povo
(226)
Deixo a minha sugestão
Pra essa lei tão ordinária
Vivemos na escuridão
Nossa gente bem otária
Que se ponha um artigo
Vetando candidatura
Que na lei não tenha abrigo
Pra melhorar a cultura
(227)
Os dois últimos ministros
Por Bolsonaro indicados
Sabe, são bons seus registros,
De homens bem preparados
Pelo menos o mercado
Muito claro constatou
O dólar foi rebaixado
Alta em bolsa registrou
(228)
Deve ter muito cuidado
Na pasta da educação
Pois lá o clima formado
Quem manda é a oposição
Na prova de português
Falo só da redação
O tema não foi freguês
Virou esculhambação
(229)
Claro falo desse ENEM
Muita gente inda é criança
Embora sem ser neném
Isso pesa na balança
Muitas delas desconhecem
Esse assunto perigoso
Do saber então padecem
É um terreno adiposo
(230)
O Bolsonaro está sendo
Explorado por TV
De hora em hora cedendo
Entrevistas pra valer
Fale menos presidente
Cuidado na Rede Globo
Não se mostre sorridente
Está tratando com lobos
(231)
Tudo que disser agora
Vai servir de prova grátis
Porque seu arquivo apavora
Tudo na ponta do lápis
Quem muito fala muito erra
Um ditado popular
Porque aqui nesta terra
Ninguém pode vacilar
(232)
Veja uma grande besteira
Que estão querendo fazer
Parece até brincadeira
Abrir mão de seu poder
O BACEN independente
Conversa pra boi dormir
Cuidado meu presidente
Muita gente a delinquir
(232)
Esse banco foi criado
Quando da revolução
Pra regular o mercado
E resolver a questão
E ficando independente
É quase privatizar
Ganância de muita gente
Pro nosso povo furtar
(233)
Não caia nessa armadilha
Nem coloque um estrangeiro
Cuidado com a matilha
Pense rápido e ligeiro
As reservas cambiais
Deverão ser bem cuidadas
Senão nos botam pra trás
Não caia nessa mancada
(234)
Uma bela auditoria
No banco pode fazer
Deve haver anomalia
Se aqui posso dizer
Porquanto não é possível
Que desde sessenta e quatro
Com a corrupção visível
Nunca surgiu um boato
(235)
Nem o próprio presidente
Goza de tal regalia
Pois o voto dessa gente
Não lhe deu tal primazia
Não caia nessa emboscada
Porque depois do malfeito
Na economia cansada
Nunca mais terá um jeito
(236)
Pra não perder o costume
Percebo o que a Globo quer
Pois seu poder se resume
Em monopólio qualquer
Deseja ser consultada
Se deva aprovar ou não
A autoridade indicada
E dar em primeira mão

ATUALIZANDO – 21.11.2018
 
(237)
O programa dos mais médicos
Que Cuba denunciou
Só era bom para os céticos
Pois na verdade um horror
Foi convênio do PT
Com o governo cubano
Pra dinheiro remeter
Ao regime tão insano
(238)
Querem culpar Bolsonaro
Por esse grande fracasso
E daqui faço um reparo
Pois vou morrer de cansaço
Intrigas da oposição
Que não quer se convencer
Que perdeu essa eleição
Porém não sabe perder
(239)
Sobre o novo ministério
Vai indo até muito bem
Parecendo que é sério
E para o país convém
Apenas a restrição
Pois tem gente duvidosa
Que andou na contramão
Nem tudo é mar de rosa
(240)
Tecnicamente são bons
Pelo que pude notar
Cada qual com os seus tons
Prontos podendo operar
Só não venham com impostos
Nós não podemos pagar
Também não somos dispostos
Para o Brasil afundar
(241)
Porém somos realistas
Não vamos acreditar
Nunca fomos pessimistas
Muitas contas pra pagar
O congresso é anarquista
Ninguém pode duvidar
Cria despesa imprevista
Pro novo governo honrar
(242)
Um projeto pavoroso
O senado quis votar
Com um tema duvidoso
Pra poder inocentar
Foi quando alguns senadores
Protestaram com vigor
Contrários aos impostores
Portanto ninguém votou
(243)
Pra mexer na ficha limpa
Muito trabalho vai dar
Incrível que alguém se sinta
Com o poder de mudar
Pois a lei veio do povo
Junto com as dez medidas
O Brasil vai ficar novo
Com suas metas cumpridas
(244)
O Eunício é muito fraco
E não sabe comandar
De vez em quando um barraco
Que não sabe desmontar
Fez uma grande bravata
Votou aumento de salário
Cuja despesa em cascata
Vai consumir nosso erário
(245)
O Supremo Tribunal
Antes de soltar o Lula
Vai fazer um carnaval
Pra isso já tem a bula
Os crimes de caixa dois
Irão para o Eleitoral
Não vão ficar pra depois
Uma jogada infernal
(246)
Então os parlamentares
Com certeza escaparão
Não vai ser por liminares
Mas com uma certidão
De que são homens honestos
Não roubaram a nação
Não adiantam protestos
Pois chegou a salvação

ATUALIZANDO -  30.11.2018
(247)
O Supremo Tribunal
Numa atitude funesta
Decide então para o mal
E pode acabar a festa
Julgando bom o indulto
Que vai soltar muita gente
Isso que é um insulto
O povo fica descrente
(248)
Falam em negociata
Uma mão lavando outra
Mas eles só na mamata
Nosso povo fica noutra
Foi por causa do aumento
Que acabaram de ganhar
Num ambiente nojento
Ninguém pode duvidar
(249)
Então em contrapartida
Poderão abrir a mão
Até da grande mordida
A da moradia então
Poderá ser cancelada
Não é certo ainda não
Veja que grande mancada
Ficamos na contramão
(250)
A lava jato em ruína
Não adianta prender
Pois soltar já virou sina
Isso pode perceber
Bom é soltar todo mundo
Conceder a liberdade
Dando vez a vagabundo
Com toda sinceridade
(251)
Pra que prender minha gente
Num país esculhambado
Cujas celas são carentes
De ar condicionado
O indulto é geral
Não se pode duvidar
Para o bem ou para o mal
A todos vamos soltar
(252)
Alçada do presidente
Isso não há quem discuta
Mas se fosse independente
Se honesto na batuta
Não um cara acusado
De crimes e de mal feitos
Que está sendo devassado
Porque cheio de defeitos
(253)
Foi de total decepção
A votação desses caras
Em frente à televisão
Cada qual com suas taras
E vão soltar os bandidos
Que roubaram a nação
Não foram bem escolhidos
O povo ficou no chão
(254)
Só dois ministros fizeram
O seu dever cidadão
E nos seus votos puderam
Demonstrar de antemão
Que se importam com justiça
Sem pender pra corrupção
Não adoram a carniça
Têm freio de arrumação
(255)
Até pensei que a doutora,
Rosa, uma bela jurista,
Pendesse para a razão
Mas ela dando de artista
Resolveu votar contrária
Isso logo deu na vista
Parecendo-me arbitrária
É melhor sair da pista
(256)
Outro que não agradou
Foi o decano Celso Mello
Seu voto desmoronou
Desabou nosso castelo
Foi a favor do indulto
Essa desgraça tão vil
Num voto muito fajuto
Pra derrubar o Brasil
(257)
O Lewandowsky, portanto,
Seguiu sua velha rota
Carregando no seu canto
Sendo preso ele solta
Não tem jeito de ministro
Mas pose tem muito mais
Daqui faço meu registro
Pra não chamá-lo incapaz

 
ATUALIZANDO – 04.12.2018
 
(258)
Quero acabar feriado
Também o dia imprensado
Quero o trabalho honrado
Bem pago e gratificado
Este país não aguenta
Ser o trono da preguiça
O pobre não se sustenta
E a máquina enguiça
(259)
Desejo ser novamente
O campeão mundial
Isso é muito premente
Mas é coisa natural
Queremos ganhar o hexa
Que vai ficando distante
Temos que furar a brecha
Com futebol delirante
(260)
Não com esses vagabundos
Que jogam no exterior
Apagados e profundos
Que nos causa até pavor
Massacrando time fraco
Que nada sabe jogar
Com um futebol opaco
Desses é fácil ganhar
(261)
Quero a moeda bem forte
Pra levantar o país
Produção do sul ao norte
Pois isso que sempre quis
A inflação negativa
Comida pra todo mundo
Cruzando locomotiva
Dando fim ao vagabundo
(262)
Quero toda agricultura
roduzindo muito bem
Acabar com a frescura
E dando tudo o que tem
Se precisar que desmate
Pra novas plantas fazer
Mas fazendo tal resgate
De replantar com prazer
(263)
Na pecuária também
Leite barato pro povo
Fortalecendo o neném
E o gado sempre novo
Carne barata e da boa
Pra dar força ao cidadão
É do campo que ressoa
A gente duma nação
(264)
Quero cassar o registro
Dos partidos contra o povo
O PCB entra nisto
Nada aqui pode ser novo
O PT tem de acabar
Chega dessa corrupção
Vão roubar noutro lugar
Deixe em paz nossa nação
(265)
Quero um Brasil com ministros
Do Supremo Tribunal
Não à besteira que assisto
Coisa que não é normal
Soltando preso adoidado
Sem nem dar satisfação
Parece tudo bolado
Bom seria um paredão



ATUALIZANDO – 07.12.2018 (PRL)
 (266)
Ministro sem carteirada
Como se viu no avião
Pessoa despreparada
Prejuízo pra nação
Mandou prender o rapaz
Que mostrou indignação
Assim também é demais
Precisamos de união
(267)
Esse cara só descansa
Quando soltar o seu Lula
Vive fazendo lambança
Teimoso como uma mula
Mas existem outros três
Seguindo a mesma cartilha
Pode não ser desta vez
Ainda tem muita pilha
(268)
Sinto tá tudo difícil
Pra o país governar
Só mesmo mandando um missel
Pra no congresso espoucar
As pautas bombas sobrando
O orçamento estourado
No dinheiro estão nadando
Bolsonaro tá lascado
(269)
Aumentaram até salário
De deputado também
Mas tem muito salafrário
Pensando que é alguém
O país vai estourar
Os estados abusaram
Gastaram pra arrombar
E os pobres se lascaram
(270)
Essas contas do COAF
Vieram atrapalhar
A figura aqui renasce
De gente que quer zoar
É preciso abrir o jogo
De onde veio o dinheiro
A coisa vai pegar fogo
Vai ser samba com pandeiro
(271)
Explicação convincente
O Bolsonaro dará
Pra convencer nossa gente
A merda pode engrossar
É isso que está patente
Mas se a posse remarcar
Muito cara descontente
Somente Deus salvará
(272)
O PT andou falando
Que no Natal soltam Lula
Parece que estão blefando
O partido já bajula
A Gleisi já proclamou
Parece tudo acertado
O Supremo perdoou
Mais esse cara aloprado
(273)
Caso não tenha soltura
Vão fazer do seu Natal
Uma linda gostosura
Pois é um cara legal
No ano novo por igual
Uma festa na cadeia
Mas nada de especial
Porque senão incendeia
(274)
Tal escola sem partido
Parece que foi pro brejo
Deputado distraído
Foi morar em Alentejo
Então dois gatos pingados
Numa façanha danada
Deram bem por encerrados
A Comissão enrolada
(275)
Mas se ele não puder
O General tá por perto
Pra fazer o que quiser
Estando o país incerto
Então o pau vai cantar
Ladrão terá de correr
Porque todos vão pagar
Pra tudo se resolver

ATUALIZANDO – 27.12.2018 (PRL)
 
(276)
Quero escola sem partido
Mas partido com escola
Pra ensinar desnutrido
Colocando na cachola
Que tudo bom é possível
Com total honestidade
Porque o mundo é incrível
Com toda sinceridade
(277)
Ministro de Tribunal
Que não aceitando crítica
Uma coisa que é normal
Mas prefere uma futrica
Por certo se dará mal
Não vai ter o esperado
Não brincará carnaval
De logo vai ser gingado
(278)
Mas a Globo continua
A bater no Bolsonaro
Mas ele não compactua
Com programa sem amparo
Os pobres comentaristas
Estão mesmo sem um rumo
E coitados dos artistas
Vai acabando o consumo
(279)
Todos seus entrevistados
Falam mal do presidente
Condenando seu programa
Porquanto bem diferente
Já está de saco cheio
Com esses tais brasileiros
Melhor baixar noutro meio
Juntos dalguns quadrilheiros
(280)
O negócio do assessor
Virou grande confusão
Querem zombar, por favor,
O cara não é ladrão
Realmente adoeceu
Mostrou na televisão
Finalmente apareceu
Falou em primeira mão
(281)
Na TV do Sílvio Santos
Que possui boa audiência
A Globo ficou aos prantos
Vai ter de pedir clemência
Mas o homem decidiu
Reduzir a propaganda
Do governo que explodiu
E deve mudar de banda
(282)
E na política externa
Ditadores vão pro brejo
Isso aqui não é baderna
Novidades eu prevejo
A renda vai melhorar
Negociar com potências
Muito dinheiro ganhar
Cobrindo nossas carências
(283)
A Joyce que está contente
Já tem talvez intenção
Quer ser vice-presidente
Já na próxima eleição
Na chapa do senhor Dória
Que é grande charlatão
Mas isso é outra história
Pode até ser invenção
(284)
Brigando com todo mundo
Pensa que já é a tal
Esse sonho é profundo
E pode até fazer mal
Certo que foi bem votada
Foi em primeiro lugar
Mas isso garante nada
As pedras vão se ajustar
(285)
Com filhos do Bolsonaro
Já discutiu com os três
Ainda não tem preparo
Não chegou a sua vez
É melhor baixar a bola
O congresso nem abriu
Bom é tirar da cachola
Essa ganância imbecil


ATUALIZAÇÃO – 02.01.2019
 
(286)
Chegou o dia da posse
Do mais novo presidente
Vamos ver o bom pra tosse
Dar um jeito nessa gente
Acabar com privilégio
De quem só sabe ganhar
Cometendo sacrilégio
Pra não falar em roubar
(287)
A conversa agora é outra
O jogo vai endurecer
E essa gente tão afoita
Agora vai aprender
A oposição vai gritar
Com saudade da mamata
Dureza vai encontrar
Sem mais o roubo em cascata
(288)
Ministro que não seguir
A dureza do governo
Melhor pedir pra sair
Ir pra banda do inferno
Não se pode gastar muito
Nunca mais do que arrecada
Esse que é o novo intuito
Não queremos dar mancada
(289)
O discurso foi dureza
Todos devem se ajustar
Falou alto e com clareza
Ninguém pode duvidar
Da cadeia prometeu
O Lula pensa em lutar
Pra tomar o que perdeu
Nunca quis se conformar
(290)
 
Somente aqui no Brasil
O preso tem tal direito
De falar no que não viu
Esse um grande defeito
E a cadeia foi criada
Pra privar a liberdade
De pessoa condenada
E sem muita dignidade
(291)
Mas já tem outro pedido
De soltura do PT
Até parece castigo
No cansaço quer vencer
Agora estão alegando
Que o Moro não podia
Condenar o tal malandro
De muita sabedoria
(292)
Mas uma grande surpresa
Foi a fala da Michelle
Tão linda e com sutileza
Que segura então repele
Pedindo toda igualdade
Pra todo deficiente
Não mais pensar na maldade
Que domina muita gente
(293)
Falou em libras a linguagem
Dos surdos deficientes
Coisa séria não bobagem
O povo ficou contente
Ao levantar a bandeira
Dos pobres desassistidos
Talvez pela vez primeira
Chega ajuda aos desvalidos
(294)
Uma coisa bem estranha
Poucos os governadores
Uma espécie de barganha
Desses tão pobres senhores
Que marcaram suas posses
Pra horário incompatível
Na certeza que isso force
A dobrar o invencível
(295)
Que no caso é Bolsonaro
Nosso novo governante
Cujo valor escancaro
Até por alto falante
Desfilou num carro aberto
Bem perto da multidão
O povo boquiaberto
Pro progresso da nação

 
Oitavas de sete sílabas poéticas
Rimas em ABABCDCD
(296) 
Desde do ano passado
Quando tudo eram flores
Bolsonaro foi guindado
Por conta de dois senhores
Cuja conta de depósitos
Foi por demais envolvida
Não se sabe dos propósitos
Porque não foi precavida
(297)
O filho já deputado
Tal de Flávio, estadual,
De repente foi flagrado
Com sua conta anormal
Juntamente com Queiroz
Que já foi seu motorista
Num caso talvez atroz
Claro que ficou na vista
(298)
Depósitos bem diversos
E saques também assim
Mostram todos retrocessos
Da política ruim
Talvez a pior do mundo
Porque tudo é caixa preta
Para ajudar vagabundo
Em toda e qualquer mutreta
(299)
O promotor faz convite
Para que possam depor
E já passou do limite
O cara diz eu não vou
Mas o Flávio alegando
Que nada deve à justiça
Numa fria foi entrando
Uma burrice postiça
(300)
E pediu para o Supremo
Encerrar apurações
Porque sendo tão extremo
Causando até ilusões
O Fux já acabrunhado
Não entendeu o pedido
Mas mandou que se cumprisse
O pleito comprometido
(301)
Assim a causa passou
Do Rio para Brasília
Pois agora senador
Carregou toda mobília
Ocorre que seu mandato
Valerá em fevereiro
E não vai ficar barato
O STF é festeiro
(302)
O Foro privilegiado
Já teria lá no Rio
Porém tem muito advogado
Que tem curto seu pavio
E provocando tal causa
Deu pólvora pra ministro
Fica só esperando a pausa
Do Aurélio que é sinistro
(303)
Logo ele que não aprecia
A família Bolsonaro
Já falou em demasia
Tendo sido até bem claro
E todo mundo manjou
Que vai botar pra quebrar
Mas o Flávio já pensou
Sua posse vai melar
(304)
Todos daqui imaginam
Que em sendo ele lulista
Cujas teses iluminam
Já foi um bom trabalhista
É muito antipatizado
Por grande parte do povo
Pro supremo foi guindado
Da galinha nasce o ovo
(305)
Todavia não é tão fácil
Aceitar a confissão
Porque pode desistir
De prosseguir nessa ação
Pelo código penal
O arrepender é plausível
Vai ao juiz original
Retornando pro seu nível
(306)
Por exemplo vou dizer
Que se malandro confessa
Que matou para valer
Alguém e com muita pressa
Juiz não fica obrigado
A aceitar a confissão
E pode mesmo anular
Não importando a pressão
(307)
Porque tem de convencer
Aquele que é julgador
Não está no seu querer
Tem de mostrar sim senhor
Agora neste momento
Só o Fux pode dar jeito
De amainar o ferimento
Visando pro seu conceito
(308)
Mas aqui desta tribuna
Com a nossa independência
A justiça sendo justa
Não muda a jurisprudência
Retorna o caso de ofício
Para o estado do Rio
E no momento propício
Fará o que pode ser óbvio
(309)
Se ele não é senador
Embora já diplomado
E na força do eleitor
Terá de ter seu julgado
O STF não pode
Avocar tão de repente
Uma causa que dá bode
Pra quem torce muita gente
(310)
Além do mais é preciso
Depois de sua assunção
Que tal exame conciso
Da sua instituição
Conceda autorização
Pra prosseguir a demanda
Com a mais pura isenção
E sem qualquer propaganda
(311)
Então a coisa vai pegar
Porque a movimentação
Que foi feita sem pensar
Uma esculhambação
Que já devia acabar
Pois isso desmoraliza
De vergonha vou “cagar”
Tudo terminará em pizza
(312)
Mas falando francamente
Tem gente lá no planalto
Que bem descaradamente
Tem riqueza no asfalto
Quer derrubar o governo
Mantendo acesa uma chama
Quer voltar para o inferno
E por desgraça proclama
(313)
Só Bolsonaro não enxerga
A arapuca que constroem
Ele é duro não se verga
Mas esses caras corroem
Somos contra algum ministro
Que muita pose carrega
Pro Jair então é um risco
Vamos tirar quem é brega
(314)
Enquanto isso o Nordeste
Está só pegando fogo
O então cabra duma peste
Trocando a carne por lodo
De fome vai se ajeitando
Já está acostumado
Nesses caras vão votando
Mas está pisoteado
(315)
Confesso aqui pra valer
Sendo nós o Bolsonaro
Mandava o filho fazer
Uma licença que é claro
Pra tudo ser apurado
Sem qualquer intromissão
Sendo inocente o coitado
Voltaria pra função

ATUALIZANDO - 26.01.2019 (PRL)
 
(316)
Lembrei-me de Mariana
Uma desgraça na época
Que deixou a gente humana
Em tristeza quilométrica
Mas logo deram jeitinho
Sem punir qualquer culpado
O desastre em Brumadinho
Tinha sido anunciado
(317)
Há muitos casos pendentes
Até de indenização
Os pobres ficam dementes
Sem o dinheiro na mão
O governo caladinho
Tudo de caso pensado
O desastre em Brumadinho
Tinha sido anunciado
(318)
Mas três anos se passaram
Foi demais a extensão
Muitos dólares ganharam
Fazendo exportação
O governo tão mesquinho
Gastou dinheiro adoidado
O desastre em Brumadinho
Tinha sido anunciado
(319)
E já dizem por aí
Que pode até ter escândalo
Não posso falar daqui
Talvez, quem sabe, algum vândalo
Nisso não boto o focinho
É coisa de desalmado
O desastre em Brumadinho
Tinha sido anunciado
(320)
Na gestão do Pimentel
Que lá nas Minas mandou
O povo só via fel
E se decepcionou
Foi demais o desalinho
E não vivia antenado
O desastre em Brumadinho
Tinha sido anunciado
(321)
Tanto assim que esse senhor
Tentou a reeleição
A derrota lhe mostrou
A vingança do povão
Recolheu-se ao seu cantinho
Totalmente acabrunhado
O desastre em Brumadinho
Tinha sido anunciado
(322)
E no embalo da campanha
A Dilma também entrou
Desmanchou-se como banha
Tudo se desmantelou
O PT ficou sozinho
E também só agastado
O desastre em Brumadinho
Tinha sido anunciado
(323)
Mas em todas as pesquisas
Pro senado lá em Minas
Ela sendo a Monalisa
Ganhava só nas esquinas
Tropeçou pelo caminho
Não soube dar o recado
O desastre em Brumadinho
Tinha sido anunciado
(324)
Gastaram muito dinheiro
Na votação que passou
 Corria como aguaceiro
Para o bolso do eleitor
Que deu seu não de mansinho
Pois cada qual arretado
O desastre em Brumadinho
Tinha sido anunciado
(325)
Ao que se sabe entretanto
Pecaram por omissão
Chega causou um espanto
Não fazer a contenção
Não tem nada de beicinho
O povo tá machucado
O desastre em Brumadinho
Tinha sido anunciado
(326)
Quem vai pagar pelo fato
Essa uma boa pergunta
O povo que paga o pato
A gente aqui logo assunta
Falando pro meu vizinho
Que ficou meio enfezado
O desastre em Brumadinho
Tinha sido anunciado
(327)
Mas já tem gente falando
Culpando seu Bolsonaro
O coitado só chegando
Parece até que tem faro
Vai pegar muito ratinho
Se escondendo no tablado
O desastre em Brumadinho
Tinha sido anunciado
(328)
Logo tomou providência
Criou comitê de crise
Porém com toda prudência
Cuidado com o deslize
De muito doido e fuinho
Porque vive embriagado
O desastre em Brumadinho
Tinha sido anunciado
(329)
Operários já morreram
Na vizinhança também
Do juízo pereceram
As almas boas do bem
As lavas em torvelinho
Parece que programado
O desastre em Brumadinho
Tinha sido anunciado
(330)
A tristeza tomou conta
Do povo do mundo todo
Mas o Brasil sempre apronta
Querendo morrer no lodo
Daqui mando meu carinho
Às famílias consternado
O desastre em Brumadinho
Tinha sido anunciado
(331)
E muita gente morreu
A conta é quase cinquenta
O povo foi que perdeu
Por aqui ninguém aguenta
Eu peguei só de mansinho
Pois estou abobalhado
O desastre em Brumadinho
Tinha sido anunciado

ATUALIZANDO - 30.01.2019 (PRL)

 
(332)
Ah quem me dera seu moço
Tudo estivesse normal
No momento temos fosso
Vem aí o carnaval
As escolas vão bailar
Tudo será só miragem
Depois da lama jorrar
Vão secar qualquer barragem
(333)
O quadro está desumano
Numa desgraça medonha
Brasil indo pelo cano
Esperando uma cegonha
Para do mal nos livrar
Abrindo nova paragem
Depois da lama jorrar
Vão secar qualquer barragem
(334)
E muita gente morreu
Alguns desapareceram
Tanto cristão como ateu
O certo é que pereceram
Quase nada a contemplar
Restou só triste paisagem
Depois da lama jorrar
Vão secar qualquer barragem
(335)
Tem muito corpo atolado
Nos destroços da desgraça
Também tem muito afogado
A culpa está na pirraça
Isso não pode negar
Pode até ter boicotagem
Depois da lama jorrar
Vão secar qualquer barragem
(336)
Quem sabe são condenados
Por viver para o trabalho
Muitos foram sufocados
A morte foi um atalho
Alguém tem de faturar
A bolsa em agiotagem
Depois da lama jorrar
Vão secar qualquer barragem
(337)
O capital dessa Vale
Que dividido em ações
Que daqui nunca me entale
Despencou em proporções
Foi muita gente a chiar
Teve muita malandragem
Depois da lama jorrar
Vão secar qualquer barragem
(338)
Foi na hora dos espertos
Realizar os seus ganhos
Comprando com ágios certos
Os que lucram são tamanhos
Com dinheiro pra gastar
Não se perdem na amostragem
Depois da lama jorrar
Vão secar qualquer barragem
(339)
Então voltou a subir
Naquela especulação
Mas quem ação possuir
Né hora de vender não
E quem puder aguardar
O metal tem calibragem
Depois da lama jorrar
Vão secar qualquer barragem
(340)
Muita casa destruída
E muito sonho também
Pagando com suas vidas
Não deviam pra ninguém
Os jornais a explorar
Com toda sua abordagem
Depois da lama jorrar
Vão secar qualquer barragem
(341)
Foi uma devastação
De empregados e famílias
Pior do que furacão
Acabou com as mobílias
Difícil recuperar
Por conta da rapinagem
Depois da lama jorrar
Vão secar qualquer barragem
(342)
O balanço é negativo
O governo atrapalhado
Ou se torna reativo
Ou vai sofrer um bocado
É preciso comandar
Tudo sem camaradagem
Depois da lama jorrar
Vão secar qualquer barragem
(343)
Do jeito que está andando
A coisa vai tomar vulto
Tem muita gente mandando
Tem até quem não é culto
Muito terá de acabar
Terminar a ladroagem
Depois da lama jorrar
Vão secar qualquer barragem
(344)
Tudo se torna ameaça
Pro futuro do país
Tem gente que quer desgraça
Caras de todos perfis
Muitos querem nos roubar
Pois adoram sacanagem
Depois da lama jorrar
Vão secar qualquer barragem
(345)
Uma só voz de comando
Pois o povo consentiu
Mais de uma é contrabando
Como todo mundo viu
Precisa saber mandar
Tendo sempre a modulagem
Depois da lama jorrar
Vão secar qualquer barragem
(346)
O Brasil ficou de luto
Falam os noticiários
De jornalistas astutos
Tudo no tal breviário
O que se pode esperar
Dessa tristonha paisagem?
Depois da lama jorrar
Vão secar qualquer barragem
(347)
A cada dia um impasse
Não se vendo coerência
Ministro tem de ter classe
Pra decidir a pendência
Não pode titubear
Tem de ter quilometragem
Depois da lama jorrar
Vão secar qualquer barragem
(348)
Com eleição no Senado
Lá na Câmara também
O jogo fica arrochado
Sem vantagem pra ninguém
O Maia quer disputar
Pensa de boa linhagem
Depois da lama jorrar
Vão secar qualquer barragem
(349)
O Renan uma raposa
Até ministro já foi
Leva vida corajosa
Ganhou dinheiro com boi
Que criou para engordar
Nas terras sem pastagem
Depois da lama jorrar
Vão secar qualquer barragem
(350)
Mas a Vale decidiu
A todos um cala boca
Com um valor de cem mil
Mas isso é coisa pouca
Bem fácil dela escapar
Tem dinheiro de bagagem
Depois da lama jorrar
Vão secar qualquer barragem
(351)
Daqui tive muita pena
Dos animais abatidos
Talvez algumas dezenas
Pois estavam desnutridos
Imprestáveis pra criar
Não sei se tem molecagem
Depois da lama jorrar
Vão secar qualquer barragem
(352)
O trabalho do bombeiro
E da polícia também
Pessoal sempre altaneiro
Anima-nos e convém
Israel pode ajudar
Antes mesmo de drenagem
Depois da lama jorrar
Vão secar qualquer barragem
(353)
Mas a Vale interessante
Tem lucro demasiado
Com o muro de montante
O risco é sempre dobrado
Claro que iria rachar
Basta fazer a cubagem
Depois da lama jorrar
Vão secar qualquer barragem
(354)
Interessante meu povo
Deu bônus com meu dinheiro
Isso pra mim muito novo
Tem agulha no palheiro
Diretor pode embolsar
Bônus de larga dosagem
Depois da lama jorrar
Vão secar qualquer barragem
(355)
O que aqui não entendo
É que sendo devedora
E todo mundo está vendo
Sendo talvez impostora
Previdência sem pagar
É ruim pra sua imagem
Depois da lama jorrar
Vão secar qualquer barragem
(356)
O débito com Estado
Tem de pagar primeiro
Não pode ter resultado
Em seu lucro costumeiro
Muita coisa a duvidar
Vamos fazer a sondagem
Depois da lama jorrar
Vão secar qualquer barragem
(357)
Distribuir dividendo
É negócio sem postura
Pois todo mundo está vendo
A grande desenvoltura
Da firma que vai parar
É tempo de vadiagem
Depois da lama jorrar
Vão secar qualquer barragem
(358)
Brumadinho devastado
Seu povo na polvorosa
Está sofrendo um bocado
Na arte de gente maldosa (?)
Faltando localizar
Está bem alta a voltagem
Depois da lama jorrar
Vão secar qualquer barragem
(359)
Tem muita gente querendo
Derrubar esse governo
Pois para o mal vem pendendo
Dum lado já tá inferno
Mas alguém tem de gritar
É que só querem vantagem
Depois da lama jorrar
Vão secar qualquer barragem
(360)
Com os laudos assinados
E com decreto na mão
Não haverá os culpados
Nem é caso de prisão
Somente se alguém provar
Que houve vagabundagem
Depois da lama jorrar
Vão secar qualquer barragem
(361)
Quem perdeu foi quem partiu
Suas famílias também
Coitado deste Brasil
De crescer nenhum vintém
E seu povo a duvidar
De toda libertinagem
Depois da lama jorrar
Vão secar qualquer barragem
(362))
Desde do ano passado
Quando tudo eram flores
Bolsonaro foi guindado
Por conta de dois senhores
Cuja conta de depósitos
Foi por demais envolvida
Não se sabe dos propósitos
Porque não foi precavida
(363)
O filho já deputado
Tal de Flávio, estadual,
De repente foi flagrado
Com sua conta anormal
Juntamente com Queiroz
Que já foi seu motorista
Num caso talvez atroz
Claro que ficou na vista
(364)
Depósitos bem diversos
E saques também assim
Mostram todos retrocessos
Da política ruim
Talvez a pior do mundo
Pois quase tudo xereta
Para ajudar vagabundo
Em toda e qualquer mutreta
(365)
O promotor faz convite
Para que possam depor
E já passou do limite
O cara diz eu não vou
Mas o Flávio alegando
Que nada deve à justiça
Numa fria foi entrando
Uma burrice postiça
(366)
E pediu para o Supremo
Encerrar apurações
Porque sendo tão extremo
Causando até ilusões
O Fux já acabrunhado
Não entendeu o pedido
Mas mandou que se cumprisse
O pleito comprometido
(367)
Assim a causa passou
Do Rio para Brasília
Pois agora senador
Carregou toda mobília
Ocorre que seu mandato
Valerá em fevereiro
E não vai ficar barato
O STF é festeiro
(368)
O Foro privilegiado
Já teria lá no Rio
Porém tem muito advogado
Que tem curto seu pavio
E provocando tal causa
Deu pólvora pra ministro
Fica só esperando a pausa
Do Aurélio que é sinistro
(369)
Logo ele que não aprecia
A família Bolsonaro
Já falou em demasia
Tendo sido até bem claro
E todo mundo manjou
Que vai botar pra quebrar
Mas o Flávio já pensou
A posse não vai melar
(370)
Todos daqui imaginam
Que em sendo ele lulista
Cujas teses iluminam
Já foi um bom trabalhista
É muito antipatizado
Por grande parte do povo
Pro supremo foi guindado
Da galinha nasce o ovo
(371)
Todavia não é tão fácil
Aceitar a confissão
Porque pode desistir
De prosseguir nessa ação
Pelo código penal
O arrepender é plausível
Vai ao juiz original
Retornando pro seu nível
(372)
Por exemplo vou dizer
Que se malandro confessa
Que matou para valer
Alguém e com muita pressa
Juiz não fica obrigado
A aceitar a confissão
E pode mesmo anular
Não importando a pressão
(373)
Porque tem de convencer
Aquele que é julgador
Não está no seu querer
Tem de mostrar sim senhor
Agora neste momento
Só o Fux pode dar jeito
De amainar o ferimento
Visando pro seu conceito
(374)
Mas aqui desta tribuna
Com a nossa independência
A justiça sendo justa
Não muda a jurisprudência
Retorna o caso de ofício
Para o estado do Rio
E no momento propício
Fará o que pode ser óbvio
(375)
Se ele não é senador
Embora já diplomado
E na força do eleitor
Terá de ter seu julgado
O STF não pode
Avocar tão de repente
Uma causa que dá bode
Pra quem torce muita gente
(376)
Além do mais é preciso
Depois de sua assunção
Que tal exame conciso
Da sua instituição
Conceda autorização
Pra prosseguir a demanda
Com a mais pura isenção
E sem qualquer propaganda
(377)
Então a coisa vai pegar
Porque a movimentação
Que foi feita sem pensar
Uma esculhambação
Que já devia acabar
Pois isso desmoraliza
De vergonha vou “cagar”
Tudo terminará em pizza
(378)
Mas falando francamente
Tem gente lá no planalto
Que bem descaradamente
Tem riqueza no asfalto
Quer derrubar o governo
Mantendo acesa uma chama
Quer voltar para o inferno
E por desgraça proclama
(379)
Só Bolsonaro não enxerga
A arapuca que constroem
Ele é duro não se verga
Mas esses caras corroem
Somos contra algum ministro
Que muita pose carrega
Pro Jair então um risco
Vamos tirar quem é brega
(380)
Enquanto isso o Nordeste
Está só pegando fogo
O então cabra duma peste
Trocando a carne por lodo
De fome vai se ajeitando
Já está acostumado
Nesses caras vão votando
Mas está pisoteado
(381)
Confesso aqui pra valer
Que em lugar do Bolsonaro
Mandava o filho fazer
Uma licença que é claro
Pra tudo ser apurado
Sem qualquer intromissão
Sendo inocente o coitado
Voltaria pra função

 CORDEL – Mote – Sendo preto e analfabeto – Pode morar na prisão – 13.03.2018 (NPRL)
 
(382)
O povo boquiaberto
Com a grande podridão
Está com raiva decerto
De tamanha corrupção
O tribunal tá repleto
De processo em sua mão
Sendo preto e analfabeto
Pode morar na prisão
(383)
Um juiz manda prender
Com base na apuração
Fica difícil saber
Com quem está a razão
Por vezes caso secreto
O povo não sabe não
Sendo preto e analfabeto
Pode morar na prisão
(384)
Mas não se pode entender
Como foi que o relator
Mandou o caso descer
Pra juiz inferior
Que enviou o desafeto
Pra bem longe do alçapão,
Sendo preto e analfabeto
Pode morar na prisão
(385)
O que sempre se pensava
Era que esse tribunal
Porquanto participava
Do julgamento penal
Lavou as mãos por completo
Prejudicando a nação
Sendo preto e analfabeto
Pode morar na prisão
(386)
Sim mas a tornozeleira
Vai vigiar o ladrão
Nunca vi tanta besteira
Chaves à disposição
Logo tal cara inquieto
Que domina a ocasião
Sendo preto e analfabeto
Pode morar na prisão
(387)
Dinheiro muito não falta
No reino da proteína
Com tanta gente peralta
Pro Brasil uma ruína
O que se tem de concreto
Triste mesmo, cidadão,
Sendo preto e analfabeto
Pode morar na prisão
(388)
Mas ainda temos chance
Bastando alguém provocar
Pra acabar esse romance
A justiça quer ganhar
Procedimento correto
Numa boa seleção
Sendo preto e analfabeto
Pode morar na prisão
(389)
Os caras estão em casa
Com taça de campeão
A justiça está em brasa
Com tanta provocação
Só mesmo com cianeto
Pra findar a confusão
Sendo preto e analfabeto
Pode morar na prisão
(390)
Só não digo que é vergonha
Sentimento que é um luxo
Com a cara de pamonha
Inda aguentando o repuxo
Sou um cara bem discreto
Mas não dou minha adesão
Sendo preto e analfabeto
Pode morar na prisão
(391)
Senhores dos tribunais
Deus lhes deu sabedoria
Suas reservas morais
Dispensem a fantasia
Não tem juiz nem decreto
A favor da abolição
Sendo preto e analfabeto
Pode morar na prisão

ATUALIZANDO - 30.03.2019

(392)

Quero um Brasil descolando
Dessa gente sem vergonha
Que vive prevaricando
Voando que nem cegonha
E que o nosso parlamento
Saiba mesmo legislar
Porque com tanto jumento
Nada se pode esperar
(393)
Se eu fosse Bolsonaro
Sobre aquela tal facada
Eu dirigia o meu faro
Para que fosse apurada
Combinava com a CIA
Lá dos Estados Unidos
Resolver a porcaria
E mostrar os enrustidos
(394)
E bom saber quem mandou
Cometer aquele crime
Pois a coisa desandou
Vai passar no Telecine
O mentor deve estar solto
Tal qual outros por aí
De gritar já ando rouco
Já chega de ti-ti-ti
(395)
No caso da previdência
Cuja reforma está dura
É melhor ter paciência
Pra não fazer aventura
O presidente não abre
Não quer saber de barganha
Nem com bala nem com sabre
Tem muita gente tacanha
(396)
Tem até uns deputados
Do lado do presidente
Que estão desmiolados
E se fazem sorridentes
Estão querendo uma grana
Para aprovar essa lei
Parece que são bananas
E não amigos do rei
(397)
No Senado o mesmo troço
Tem também o Alcolumbre
E daqui já nem almoço
Antes que tudo aprofunde
Essa tal renovação
Que o eleitor quis fazer
Inda não deu certo não
A cobra então vai comer
(398)
Porém lá no ministério
Muita coisa pra mudar
Não precisa necrotério
Providência pra tomar
Tem de mudar quem não presta
O país é muito grande
A coisa não é funesta
Mas a desgraça se expande
(399)
E quem foi denunciado
No caso da Lava-Jato
Terá de ser afastado
Esse negócio tá chato
Fica faltando moral
Pra conduzir o país
Isso pode fazer mal
Não foi assim que se quis
(400)
Aqui com os meus botões
Estou até chateado
Já gritei com meus pulmões
Porém me deixam de lado
Já que não querem me ouvir
Vou ficar aqui calado
Pretendo até desistir
Não estou mais preparado
(401)
O Supremo Tribunal
Endureceu a parada
Isso não é bem normal
Muita gente a ser guindada
As nossas Forças Armadas
Sempre estão em prontidão
Prontas pra todas jornadas
Sem pressa com perfeição
(402)
Quando ao nosso futebol
Que Tite não conseguiu
Se tem lua falta sol
Ainda não desistiu
Bolaonaro vai mexer
Acabar a podridão
E lá o pau vai comer
Melhorar a seleção
(403)
Aliás o treinador
Já falou pra todo mundo
Como bom enganador
Vai ficando moribundo
Que detesta o Bolsonaro
Um abraço não daria
Esse cara é um otário
E seu time é anarquia
(404)
Quero um país sem imposto
Que encarece os produtos
O homem está disposto
Pro Brasil ficar enxuto
E criar bastante emprego
Pro povo trabalhador
Que sem trabalho não nego
Vai morrer de tanta dor
(405)
Na educação quero gente
Que saiba manipular
Um estudo consequente
Pra garotada vibrar
E formar muitos doutores
Nas diversas profissões
Ganhando todos louvores
Dessas novas gerações
(406)
Quero uma mídia direita
Sem pender pra qualquer lado
Nem pro bem e nem pra seita
Num país sacramentado
Jornalista tem de ser
Um sujeito de vontade
Não que queira obedecer
Nem receber caridade

CORDEL – Veja aqui os resultados/Dos heróis do mensalão
 
PARTE I
 
 (407)
Mas antes de começar
Quero fazer um registro
É uma ação de lascar
Tenho pena do Ministro
Joaquim ter relatado
Com toda a sua visão
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
 (408)
Os poderes não se entendem
Começa no Executivo
Reações nos surpreendem
Parece até subversivo
E comentário velado
Fazem com muita emoção
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
 (409)
Na Câmara e no Senado
Também não é diferente
Proteger o condenado
É postura permanente
É um caso inusitado
Não é boa a relação
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(410) 
O Parlamento faz coro
Critica o Judiciário
Isso é falta de decoro
E também incendiário
Supremo fica arriscado
De desmoralização
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(411) 
No próprio Judiciário
Membro critica ministro
Está no noticiário
É um caso bem sinistro
Tribunal não estimulado
Está faltando união
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(412) 
Nas duas casas de leis
Exigem satisfação
Do Supremo toda vez
Não cumprem a decisão
Barbosa virou coitado
Um homem de perfeição
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(413) 
Causando até arrepio
Atitudes do PÊ TÊ
Pra mim é um desafio
Desagravo pra valer
Para cada indigitado
Numa vil provocação
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(414) 
Pode haver um quebra-quebra
Não é bom para o Brasil
Pois isso não se celebra
Pelo povo varonil
O Supremo é insultado
Por um bando de ladrão
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(415) 
O melhor é coibir
Com assaz inteligência
A Federal deve agir (POLÍCIA)
Mas com toda paciência
O comício endiabrado
Da turma da salvação
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”d
(416) 
Quando o problema surgiu
O povo desprevenido
Teve gente que sorriu
Só gostou o pervertido
O processo preparado
Denúncia em primeira mão
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(417) 
O Procurador citou
Quarenta caras sabidos
Porém o Pleno aprovou
Processo pros envolvidos
Ninguém tava preparado
Pra passar como ladrão
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(418) 
Nomeado o relator
Doutor Joaquim Barbosa
Muita gente não gostou
Pensando que fosse prosa
Mas um homem caprichado
De muito moral então
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(419) 
Vou falar dos delinquentes
De maneira aleatória
Não me acho inconsequente
Nem vou mudar a história
Num alvoroço danado
Parecendo um arrastão
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(420) 
Começarei pelo Bispo
Duma igreja universal
Tem hora que eu até crispo
O Rodrigues deu pro mal
Havia renunciado (por volta de 2002)
Pra evitar cassação
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(421) 
Foi o bispo condenado
Por lavagem de dinheiro
De corrupção acusado
Passiva por derradeiro
Eita sujeito aloprado
Com seis anos de prisão
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(422) 
Tal de Cristiano Paz
Sócio do grande Valério
Um empresário capaz
Não sei se é homem sério
Mostrou-se bem arretado
Ao se juntar ao grandão
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(423) 
Pegou mais de vinte anos
Uma pena rigorosa
Anda por baixo dos panos
Tinha vida venturosa
Vai ver o sol bem quadrado
Não é mais bicho papão
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(424) 
O Emerson não escapou
Palmieri o sobrenome
Pois uma pena pegou
Um sujeito de renome
Ficou desmoralizado
Foi grande seu papelão
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(425) 
O Henrique Pizzolato
Um diretor do Bê Bê (Banco do Brasil)
Fez até gato e sapato
Orgulho de bem viver
Pegou prisão e multado
Peculato e corrupção
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(426) 
Fez caso do VISA NET
Foi grande seu impropério
Gravado num tal disquete
Dando dinheiro ao Valério
Por Lula foi endeusado
Foi grande a contradição
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(427) 
Escapou para a Itália
Num jatinho fugitivo
Devia ir pra Somália
Eita sujeito nocivo
Porquanto foi sabotado
Aqui mesmo e no Japão
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(428) 
Pegou além de doze anos
Por lavar grana também
Acabou com os seus planos
De formatar um harém
De mulher, superlotado,
Pra qualquer ocasião
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(429) 
Mas aqui é bom saber
Que por causa do Battisti
Criminoso pra valer
De passado muito triste
Pela Corte extraditado
Numa bela discussão
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(430) 
O governo não cumpriu
Do Supremo a decisão
E o italiano sorriu
Será nosso cidadão
Porque é idolatrado
Driblou sua extradição
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(431) 
Pizzolato levou multa
Acho que não paga não
Penso que o governo indulta
Em qualquer ocasião
Dinheiro empacotado
Pois é mais de um milhão
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(432) 
A dupla cidadania
Tem toda essa vantagem
Com tamanha mordomia
É mesmo que fuleiragem
Se fosse eletrocutado
Pra orgulho da nação
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
 (433)
Ele acaba de ser preso
Lá pras bandas da Itália
Queria sair ileso
Dessa tristonha batalha
Não será extraditado
Esse grande fanfarrão
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(434) 
Agora o governo quer
A ajuda do Supremo
Que é burro se fizer
Chegar assim ao extremo
Foi por Lula escanteado
Não cumpriu a decisão
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”

 
CORDEL - Veja aqui o resultado - Dos heróis do mensalão -PARTE II
 
(435)
O João Cláudio Genu
É filiado ao Pê Pê (Partido Progressista)
De Janene um guru
Assessor para valer
De passo milimetrado
Tinha sempre a solução
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
 (436)
Sacou do valerioduto
Um milhão pro seu partido
Deseja um salvo-conduto
Porém quer ser absolvido
De qualquer crime imputado
Tenho essa sensação
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
 (437)
Por formação de quadrilha
E corrupção e lavagem
Cumpriu bem a sua trilha
Vítima de sacanagem!
O tutu encaixotado
Dinheiro em profusão
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
 (438)
José Borba foi mais um
Do Pê Pê do Paraná
Diz não viu dinheiro algum
Que possa lhe incriminar
Pois quer ser inocentado
Apoiava em convicção (os projetos do governo)
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
 (439)
Breno Fischberg o cara
Dono da Bônus Baval (Corretora)
Tem uma dor que não sara
Só mesmo no hospital
Ele foi orientado
Pra esconder todo tostão
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
 (440)
O tal Delúbio Soares
De Castro pra completar
Jogou dinheiro pros ares   
Pros seus amigos gastar
Sabido bem informado
Exerceu sua gestão
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
 (441)
Fundador do seu Pê Tê  
Da CUT e até sindicatos (Central Única dos Trabalhadores)
Sabichão para valer
Grandes os seus predicados
Fez tudo sem ser letrado
Expulso do seu “cordão” (Partido PT)
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
 (442)
Depois voltou para a sigla
E quer ser um deputado
Bom pra ele uma pocilga
Fica bem acompanhado
Não está nem assustado
Tem Lula seu guardião
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
 (443)
Foi o homem das finanças
Valério era seu contato
Em todas suas andanças
Era um amigo de fato
Chegou a ser insultado
Na tal distribuição
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
 (444)
Ordenou que assessores
Sacassem grana demais
E ganhou muitos louvores
Cara bom assim, jamais,
Julgou ser injuriado
Entrou em contradição
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
 (445)
Corrupção muito ativa
Formação duma quadrilha
Sua ação corporativa
Uma boa maravilha
Dinheiro foi empilhado
Era muito, de montão,
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
 (446)
Oito anos e onze meses
De cadeia seu pecado
Englobou todas às vezes
Em que atuou o coitado
Anda um pouco afastado
Pra não causar dispersão
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
 (447)
Vem de arranjar um emprego
Na CUT sua protetora
Eu diria um xumbrego
Dela foi sua gestora
Vai ser assalariado
De quatro e meio milhão
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
 (448)
Ocorre que a militância
Fez uma cota por fora
Agora virou constância (continuidade)
Queremos aqui e agora
Ajudar ao tresloucado
Ludibriando à nação
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(449) 
O Enivaldo Quadrado
Como o próprio nome diz
É mais um cara aloprado
Fala: Pecado não fiz
Da Banval associado
Corretor de precisão
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
 (450)
Recebeu onze milhões
Do dito valerioduto (dinheiro via Valério)
Pra dar aos espertalhões
Eita sujeito fajuto
O dinheiro foi lavado
Cumpriu a sua missão
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
 (451)
Por formação de quadrilha
Também ganhou uma multa
Eu o mandava pra ilha
Direto até sem consulta
E assim foi castigado
Mas não era um “peixão”
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
 (452)
O senhor Jacinto Lamas
Tesoureiro do Pê Ele (PL)
Que não tinha tantas famas
Teve de sofrer na pele
Era assessor declarado
Do Waldemar sabichão
Eis aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
 (453)
Cinco anos e mais multa
Ganhou tudo de presente
A ninguém ele consulta
O chefe é seu docente
Um sujeito endiabrado
Da corja e putrefação
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
 (454)
Quadrilha fez formação
E outros crimes também
Lavagem, depravação
Com auxílio de alguém
Na lama foi segregado
Pela lei de antemão
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
 (455)
O tal João Paulo Cunha
Moço bem inteligente
Para ajudar se dispunha
Chegou a ser presidente
Na Câmara, bajulado,
Tido como medalhão
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
 
(456)
Deputado por três vezes
Era cria do Pê Tê
Escapou pelos fregueses
De o mandato perder
Num processo elaborado
Que pedia cassação
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
 (457)
Recebeu cinquenta mil
Do senhor Marcos Valério
Que não tinha bom perfil
A não ser de impropério
Seu nome foi estragado
Pelo seu próprio pendão (partido)
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
 (458)
E depois então surgiu
Mais uma nova denúncia
Porém ninguém o advertiu
Foi citado na pronúncia
Andou meio adoentado
Com tamanha acusação
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
 (459)
Desviou recursos públicos
Do erário brasileiro
Parecendo esquema lúdico
Tonelada de dinheiro
Seu orgulho foi testado
No rol da condenação
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
 (460)
Sua corrupção passiva
E também sua lavagem
Eram feitas sem missiva
Pois grande a sua bagagem
Peculato elucidado
Com tamanha aceitação
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
 (461)
Nove anos e quatro meses
O tempo de reclusão
Fico rindo muitas vezes
Da total aberração
Ele também foi multado
Com um pequeno quinhão
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
 (462)
João Paulo participou
Da festa de desagravo (em 16.01.2014, em São Paulo).
Para mim ele cagou
Contrariamente ao julgado
Um cara desajeitado
Sem muita educação
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
 (463)
Andou se esperneando
Criticando sem razão
O Joaquim viajando
Não fixou sua prisão
Discordou do magistrado
Até na televisão
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
 (464)
Porém ao sair de férias
Assume seu substituto
Ficam jogando pilherias
Como se fosse corrupto
O PT endiabrado
Parece deu apagão
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
 (465)
José Dirceu foi ferido
Um artista guerrilheiro
Grande líder do Partido
Trabalhador Brasileiro
Ferido e sacramentado
Em seu poder de trovão
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
 (466)
Chefe da Casa Civil
Cumpriu exílio em Cuba
Homem de curto pavio
Se brincar ele derruba
Teimoso e desbocado
Preso na revolução
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
 (467)
No ano dois mil e cinco
Da Câmara foi cassado
Com essas coisas não brinco
Porém não fico calado
Deixou de ser deputado
Numa grande votação
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
 (468)
Virou consultor de empresas
Porém manda na facção (partido PT)
Fazendo suas proezas
Pra desgraça da nação
Ele foi anistiado
Depois da revolução
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
 (469)
Foi o chefe da campanha
Do Lula lá no Planalto
Um homem de muita manha
Sempre de sapato alto
Nunca teve um resfriado
Nunca viu internação
Veia aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
 (470)
Negociou muito acordo
Com os partidos políticos
De montante sempre gordo
Não em termos analíticos
No chute foi combinado
Toda distribuição
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
 (471)
Pra apoio no congresso
Com esquema clandestino
Conseguiu logo progresso
Que sujeito bom menino
Muito bem orientado
Com toda preparação
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
 (472)
Corrompeu parlamentares
Com dinheiro todo mês
Pra votações singulares
Os contra não tinham vez
Com o cara propinado (que recebeu propina)
Certeza de aprovação
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
 (473)
Disse e todo mundo viu
Desligou-se do partido
Tão logo que assumiu
Discurso comprometido
Defesa de abestalhado
Advogado até “cobrão” (competente)
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
 (474)
Do por que foi condenado:
Corrupção e formação
Da quadrilha um achado
Ficou com cara no chão
Sujeito muito agitado
Tremia até com a mão
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
 (475)
Até então deletério
Mentira tão deslavada
Desconhecia o Valério!
E soltou essa piada
Fazendo-se de abestado (tolo, abestalhado)
Era bamba na oração (falar em público)
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
 
(476)
Dez anos foi seu castigo
Outros dez meses também
Mas isso não tem perigo
Não falo aqui com desdém
Da multa foi informado
Andou perto dum milhão
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
 (477)
Para quem juízo tem
Nem precisa ser letrado
Não pagará um vintém (moeda antiga)
Mas será encarcerado (com muita regalia)
Tudo que foi divulgado
Em toda encenação
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
 (478)
Mas aqui é bom frisar
Que ele tinha certeza
Que só mesmo por azar
Confiando na esperteza
Sonhava ser presidente
Com grande celebração
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
 (479)
Andou arranjando emprego
De mentira num hotel
Queria mesmo sossego
Era a sopa lá no mel
Com salário bem bolado
Montante para grandão (20 mil reais por mês)
Veja aqui o resultado
Dos heróis do mensalão
 (480)
Mas claro que não deu certo
O dono só um laranja
Que nem vivia por perto
Maltrapilho numa granja
Foi um truque escancarado
De grande repercussão
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
 (481)
Agora então conseguiu
Um emprego de escritório
Ganhando mais de dois mil
Mas é público, notório,
Que o valor combinado
Ultrapassa esse quinhão
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
 (482)
Ora pra que outro emprego
Se o preso tem salário
Eu até perco o sossego
Quando pago salafrário
Nosso bolso é onerado
Quando sustenta ladrão
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
 (483)
Algo me diz minha gente
Sendo a Dilma reeleita
Não vai ligar pra patente
O problema logo ajeita
Dirceu será premiado
Ganhará a remissão
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
 

CORDEL – Mote – Veja aqui o resultado – Dos heróis do “mensalão” – jan-fev/2014

PARTE III

(484) 
Tem o José Genoino
Que hoje anda abatido
Do PT um paladino
Pra UNE foi dirigido
Um cara bem agitado
Em qualquer ocasião
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(485) 
Entrou também no Partido
Comunista Brasileiro
Nas armas foi convencido
Do Araguaia guerrilheiro
Foi eleito deputado
Driblou a legislação
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(486) 
Eleito por cinco vezes
De dois mil e seis a dez (2006/2010)
Nunca sofria revezes
Com muita gente a seus pés
Diz não foi financiado
Sempre foi bicho papão
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(487) 
Eita sujeito sortudo
Um assessor com proeza
Assim o chamou, contudo,
O Ministro da Defesa
Mas depois foi triturado
Quando entrou na perdição
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(488) 
Grande negociador
Com partidos aliados
E bancos orientou
Sobre o esquema bolado
Sujeito mal encarado
Bom na distribuição
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(489) 
Sua defesa tão boba
Como menina de tranças
Disse: Ele é bom, não rouba,
Não responde por finanças
Um argumento enfeitado
Bem próprio da profissão
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(490) 
Assinar qualquer contrato
Era sua obrigação
Pois presidente de fato
Isso era tradição
Pelo que foi divulgado
Só cumpriu sua missão
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(491) 
Pela perversão passiva
Assim como por lavagem
Vai tirar na esportiva
Escapou da carceragem
Num regime criticado
Isento da solidão
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(492) 
Ele é cardiopata
Mas continua ganhando
Vivendo assim na mamata
Nosso dinheiro levando
Não que seja amalucado
Pois agiu com perfeição
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(493) 
Está vivendo na casa
De pessoas da família
De vez em quando extravasa
Tem dinheiro ma mochila
Arranjou um atestado
Dum doutor até “cobrão” (capacitado)
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(494) 
Além dos quase sete anos
Multa de quinhentos mil
Eu não tenho desenganos
De nada neste Brasil
E já foi arrecadado
Na internet um montão
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
 (495)
Aproveitando o ensejo
Quero aqui só relembrar
Não era do meu desejo
Mas não posso me calar
Seu irmão foi apanhado
Na cueca um dinheirão
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(496) 
A dona Kátia Rabello
Uma mulher muito nova
Metida no desmantelo
Por amigos todos prosa
Banco Rural desgraçado
Modificou a razão (Fo i criado para atender rurícolas)
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(497) 
Era dele a presidente
E também acionista
Vivia bem sorridente
Mas com seu nome na lista
Fez contrato viciado
Com uma vã intenção
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(498) 
Seu desejo era tamanho
De comprar o Mercantil (BMP – Banco Mercantil de PE)
Para aumentar o seu ganho
Numa ganância tão vil
Todo clã orientado
Pra essa liquidação
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(499) 
Sua defesa argumenta
Que nenhuma operação
Pode chamar de nojenta
Pois feita com perfeição
Quanto leite derramado
Causou estupefação
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(500) 
Confiava no Dirceu
E no Valério também
Bem feito que se meteu
Sem dar ouvido a ninguém
O Rural foi inventado
Faltou justificação
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
 (501)
Se já havia o BB
Há mais de duzentos anos
Criar o Rural pra quê
“Tutu” por baixo dos panos (dinheiro)
E tudo foi calculado
Com total indignação
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
 (502)
Dirceu era quem mandava
Por cima do presidente
De fato só se falava
Está o Lula demente!!!
Parecia tresloucado
De nada sabia não
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(503) 
Dezesseis anos punida
E mais um milhão e meio
Numa pena bem renhida
Que a pegou bem em cheio
Pelos crimes desvairados
Mas não houve confissão
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(504) 
Vai ser julgada de novo
E as penas vão cair
É a bondade do povo
Mas o barco vai ruir
E será logo afundado
Naquele mar de trovão
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(505) 
O grande Pedro Corrêa
Deputado Federal
Também entrou pela peia
Por cometer tanto mal
Eu fiquei extasiado
Fui pego de supetão
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(506) 
Julguei que era direito
Presidente do PP (PêPê)
No sexto mandato eleito
Eu pagava até pra ver
Embora tenha negado
Sua participação
Veja aqui o resultado
Dos heróis do mensalão
(507) 
Usou o valerioduto
E também a corretora
Banval que tinha o produto
Com a chave seletora
Um tanto endiabrado
Conhecedor do Sertão
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(508) 
Formado em medicina
Porém pouco a exerceu
Atitude cabotina
O povo foi quem perdeu
E sendo ele diplomado
Esqueceu a profissão
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(509) 
O nosso povão sofrido
Com a saúde precária
Ninguém sequer dá ouvido
Atitude temerária
Quem faz isso é desgraçado
Não tem comiseração
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(510) 
Por formação de quadrilha
Lavagem e corrupção
Seguindo sempre na trilha
Da vantagem sem razão
Pois então foi condenado
A quase dez de prisão
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(511) 
Também pegou uma multa
De pouco mais de milhão
Mas essa ele sepulta
E quem paga é o povão
Ficou desbaratinado
Como doido no salão
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(512) 
Já conseguiu um emprego
De doutor num hospital
Pra melhorar seu sossego
Melhor assim, nada mal,
Andou bem embaraçado
Por onde anda seu patrão?
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(513) 
Levado pra Canhotinho
No interior deste estado
Não sei se o pobrezinho
Vai cumprir o acordado
Que não vai ser enjaulado
Vou dizendo de antemão
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(514) 
Mas esse grande presídio
Para quatrocentos presos
É mesmo que suicídio
Difícil sair ileso
Pois está abarrotado
Com mil e cem de montão
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
 (515)
Dizem terá um salário
Da ordem de doze mil
O bom é ser salafrário
Desta pátria varonil
Coitado do aposentado
Não aumenta um só tostão
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(516) 
Mas um fato interessante
Quando o processo rolava
Como cabeça pensante
Sua filha disputava
Diante do eleitorado
Uma só deputação
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(517) 
Então a Aline Corrêa
Foi eleita pra valer
Mas isso não se alardeia
Do povo foi o querer
De pai pra filho o reinado
No país de Lampião
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
 (518)
Ramon Hollerbach Cardoso
Sócio do Marcos Valério
Também entrou de gostoso
Desejava um império
Já estava encaminhado
Não tinha outra intenção
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
                                              (519)                                               
Seu negócio era dinheiro
De contratos e empréstimos
Inteligente e ligeiro
Recebia com acréscimos
Sujeito desatolado (homem que não se acanha)
Era bom na exatidão
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(520)
Mas jurou algumas vezes
Não mexia com dinheiro
Não conhecia os fregueses
Não era do financeiro
Mas ficou descachimbado (tristonho, preocupado)
Com sua condenação
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(521)
Julgado crime por crime
Pegou perto de trinta anos
Não há quem o reanime
Nem um monte de ciganos
Ficou logo escabreado (tímido, acanhado, acabrunhado).
Não houve engabelação (engano, falsas promessas...)
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
 (522)
Uma multa bem severa
Completou a sua pena
Novo julgamento espera
Vai ficar em quarentena
E todo desmantelado
Quer a diminuição
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
  

CORDEL – Mote – Veja aqui o resultado – Dos heróis do “mensalão” – Jan-Fev/2014 – Parte IV
 
 
PARTE IV – FINAL
 
(523) 
O Rogério Tolentino
Na época da malandragem
Era um sujeito supino (alto, elevado, superior...)
Com muita quilometragem
Sócio e também advogado (do Valério)
Com tamanha inspiração
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(524) 
De acordo com a denúncia
Do então Procurador
Veio então à pronúncia
Com muito grande louvor
Coração dilacerado
Bom na distribuição
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(525) 
Recebeu quase nove anos
Multa de trezentos mil
É assim como procedem
Os sabidos no Brasil
Então ficou besuntado
Pronto de forno a fogão
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
 (526)
No nome desse senhor
Tem o conhecido “Lanza
Que foi um grande tenor
Cantar pra ele era canja (fácil, sua voz era extraordinária)
De coração complicado
Morreu o tal vozeirão
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
 (527)
Mas aos trinta e oito anos
Deus o levou para o céu
Pros médicos, desengano,
De se tirar o chapéu
Um sujeito complicado
Gostava de confusão
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(528) 
Alfred Arnold Cocozza
O seu verdadeiro nome
Da Filadélfia sem prosa
Lanza era seu codinome
Artista descontrolado
Sempre perdia a razão
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(529) 
O Sílvio José Pereira  (Silvinho)
Secretário do PT     
Durante toda a zoeira
Saiu dessa sem por que
Seu pedido formulado
Para desfiliação
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(530) 
Fez acordo na justiça
Ficando isento de crime
E delatando a carniça
A lei assim o redime
Deve ter alavancado
Apoios em profusão
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
 (531)
Mas decisão não discuto
Do Supremo Tribunal
Disse: Fale que te escuto
Se afaste que pega mal
Era PT declarado
Carregava a relação
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(532) 
O Valdemar Costa Neto
Um Deputado atuante
Do governo era dileto
Atendia no “berrante” (instrumento  para chamar o gado)
Por mim era admirado
Antes mesmo da fusão
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(533) 
Sua sigla era o PL
Que o fundiu com o PRONA (Partido da Reedificação da Ordem Nacional)
Bom aqui que se revele
Porque logo veio à tona
E o Pê Erre foi parido
Com essa triste junção
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
 (534)
Sim, o partido do Enéas,
O sujeito da esperança
Segundo suas ideias
Tudo somente lambança
Mas faleceu o coitado
Teve a maior votação
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(535) 
Mas voltando ao Waldemar
Mamou quase dez milhões
Nunca esteve pra brincar
E nem lutar por tostões (fração antiga da nossa moeda)
Renunciou ao mandato
Para evitar cassação
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(536) 
Até de empresa “fantasma” (inexistente)
O homem se utilizou
A plateia ficou pasma
Quase oito anos pegou
Então ficou desgastado
Abatido o falastrão
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(537) 
Em troca desse “tutu” (Dinheiro)
Dava apoio no congresso
Com aliado e urubu
Neste Brasil de progresso
Seu mandato sepultado
Perdeu a reeleição
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(538) 
Sua pena de pecúnia (Em dinheiro)
Foi acima do milhão
Aqui não houve calúnia
Retrucou um ancião
Que disso foi perguntado
Bem no centro da atenção
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(539) 
Todos estão confiando
Nessa nova malandragem
Que a gangue está achando
Verdadeira sacanagem
Com Tribunal insultado
Numa retaliação
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
 (540)
Estão usando a INTERNET
Pra dinheiro ajuntar
Não tem cheiro de pivete (Aroma gostoso)
Mas só querem humilhar
O dinheiro amontoado
Isso é desolação
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(541) 
Se eu fosse o Joaquim
Mandava até suspender
Atos de gente ruim
Da origem quero saber
Só sendo desmiolado
Pra não ter consternação
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
 (542)
No regime semiaberto
Foi sua condenação
Vai ficar mais tempo em casa
Do que mesmo na prisão
O crime foi compensado
Não é insinuação
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(543) 
Falar do Marcos Valério,
Que era grande empresário
Mas claro não era sério
Nem como publicitário
Conseguiu ser entronado
No miolo da questão (Centro, Casa Civil)
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(544) 
Mantinha todos no bolso
Com seu poder de barganha
Quem como carne rói o osso
Só o sabido é quem ganha
Trabalho facilitado
Cercado de tubarão (gente poderosa)
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(545) 
Em novo depoimento
O rapaz culpou o Lula
Não valeu seu argumento
Pensam que ele especula
Então desacreditado
Levado no camburão
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(546) 
O Valério tinha amigos
Noutros países também
E em todos os sentidos
Pra todos queria o bem (?)
Porém foi desenganado
Acabou-se o furacão
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(547) 
Pegou mais de quarenta anos
E multa de três milhões
Mas não somos levianos
Pra acreditar nas prisões
Na progressão é enquadrado
Sem sofrer repreensão (bom comportamento)
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(548) 
Então esse operador
Desse escândalo maluco
Pra casa vai sim senhor
Não sou assim tão caduco
Nem também abestalhado
Também não vejo visão
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
 (549)
O Vinícius Samarane,
Ex-diretor e atual
Teve na vida uma pane
Nesse tal do Banco Rural
Um sabido endiabrado
Mas causou desilusão
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(550) 
Condenado por lavagem
E até gestão fraudulenta
Tem de ir pra carceragem
A quadrilha ele sustenta
Nesse crime o iluminado
Terá nova votação
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(551) 
 Por evasão de divisas
Já foi assim absolvido
Merecia umas pizzas
O povo é esquecido
Será ele inocentado
De quadrilha a formação
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(552) 
Oito anos e nove meses
Esse foi o seu decreto
Agora sofre revezes
Aqui nada é secreto
Seus olhos aboticados (bem abertos)
Pra melhorar a visão
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(553) 
Mas nesse caso, porém,
A votação empatou
Saques suspeitos também
Omitiu-se, mas negou,
Na pura calamidade
Foi vivo tal qual cancão
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
 (554)
Desviou grande bolada
Cerca de trinta milhões
Em belíssima cartada
Agora só os grilhões
Eita sujeito entrosado
Falam que foi sacristão
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
 (555)
José Roberto Salgado,
“Cobra” do Banco Rural
Um diretor afamado
Bom, “et-cétera” e tal
Foi também acusado
Do desvio de milhões
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(556) 
Por lavagem e quadrilha,
Mais fraudulenta gestão
Conhecia da apostilha
Que cuidava da evasão
Era um cara bem blindado
Tinha toda proteção
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(557) 
Interessante que era
Pela sua cortesia
Emprestava como fera
E tudo sem garantia
Cliente recomendado
Por um bilhete ou cartão
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(558) 
Sempre mandava dinheiro
Pra contas no exterior
O Duda Mendonça arteiro
A sua esposa escapou
Por ele foi confessado
Depois duma enganação
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(559) 
Sua pena de primeira
De quase dezessete anos
Um milhão de brincadeira
Mas vai haver muitos reclamos
Um cara compenetrado
Que enganou nosso torrão
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
 (560)
Gostei do Roberto Jefferson
Diretor do Pê TÊ BÊ
Entrara na Lei de Gérson
Denunciou pra valer
O Lula foi procurado
Bem antes duma eleição
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(561) 
Contou-lhe tudo e o resto
Mas depois fez covardia
Mentira eu mesmo detesto
Disse quele não sabia
E Lula não foi guindado
CPI lavou a mão
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(562) 
Porém de qualquer maneira
Eu não o condenaria
Pois delator da besteira
Mas o governo sabia
Merece ser perdoado
Pela denunciação
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(563) 
O coitado bem doente
Com câncer de contramão
Parece até indigente
Merece nosso perdão
Pra mim um cara arretado
Por toda revelação
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
 (564)
Não fosse sua denúncia
Processo não haveria
Não fez uso da renúncia
Sabendo se estreparia
Lula por ele salvado
Esse sortudo e cagão
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
 (565)
Eu ainda mandaria
Devolver-lhe seu mandato
Pois agiu com ousadia
Com muito desiderato
Como prêmio foi cassado
Morreu sua aspiração
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(566) 
Não livraram o Silvinho!
Mandachuva do Pê Tê
Pra ele deram jeitinho
Processo sem responder
Assim que foi premiado
Por conta da delação
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(567) 
A verdade é que sem ele
Tudo estaria escondido
Mas sentiu na própria pele
Brasil mal agradecido
Com isso fico arretado
De tamanha comoção
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(568) 
Bastaria devolver
A grana que recebeu
Pra reforço ao PTB
Tudo indica que não deu
Parece não foi gastado
Com os amigos de então
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(569) 
O Supremo decretou
Sete anos de prisão
E mais multa lhe aplicou
Lavagem e corrupção
Nisso ele foi enquadrado
Um terço de redução
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(570) 
Então o Romeu Queiroz
Que era um deputado
Do PTB tão feroz
Foi ele assim condenado
Por ter viabilizado
Lavagem e corrupção
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(571) 
Foi ele quem entregou
Ao Jefferson toda grana
Quantia que dava horror
Atitude leviana
Porém o indigitado
Pra si ficou com quinhão
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
 (572)
Lula mandava na Câmara
E no Senado também
Adorava comer tâmara
De tira-gosto, porém,
Tudo seria aprovado
Mesmo até sem discussão
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
 (573)
De seis anos e seis meses
Foi essa a sua sentença
Bem junto com seus fregueses
Mas sem direito a licença
Deve ser encarcerado
Vai pagar com reclusão
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
 (574)
Também recebeu a multa
Pra mais de oitocentos mil
Porém esse não insulta
Os covardes do Brasil
Um homem extasiado
Vai viver em alçapão
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(575) 
Pedro Henry Deputado (PP-MT)
Também entrou na parada
Para ver o sol quadrado
Nessa sua vil mancada
Por corrupção condenado
E por lavar um “montão” (Dinheiro)
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
(576) 
Mas ele foi absolvido
Duma outra imputação
Jamais quis ser um bandido
De quadrilha formação
Mas ele foi contemplado
Com boa premiação
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”
 (577)
Sete anos e dois meses
Foi sua penalidade
O destino muitas vezes
Resolve a calamidade
Deverá ser enjaulado
Pro povo, satisfação,
Veja aqui o resultado
Dos heróis do “mensalão”

CORDEL – O que eu quero pro futuro do Brasil – Continuação – 16.06.2019 (PRL)

(578)
Essa coisa de vazar
Conversa de autoridades
Só para nos desolar
Torna-se calamidade
E fica assim como nada
Num faz de conta febril
Sendo mais uma cagada
No futuro do Brasil
(579)
Não há vagas na cadeia
Que é lugar dessas trouxas
Mas que por vezes permeia
Sem sequer ter bolas roxas
Para nós é atentado
Embolando a segurança
É caso do magistrado
Mandar parar a lambança
(580)
Desconfiar do ministro
E gravar suas conversas
Particular é sinistro
Nem mesmo no mundo Persa
O nosso procurador
O famoso Dallagnol
Foi alvo do vingador
Pilhado de sol a sol
(581)
Falam que essa gravação
Foi gerada nas maletas
Que a Federal em ação
As prendeu como mutretas
Quem comprou foi o senado
Lá nos tempos do Renan
Que se encontra camuflado
Escondido no cardã
(582)
Em dois mil e dezesseis
A polícia então buscou
As malas que foram seis
Esse espião abusou
Mas estão lá no Supremo
Que é seu depositário
Mas se daqui eu espremo
Vou ser um presidiário
(583)
Mas ao tudo que parece
É que foram recolhidas
Que gravaram até prece
Agora não tem saída

Já sabem do criminoso
E dos comparsas também
Esse povo é corajoso
Não respeitando a ninguém
(584)
Daqui fiquei boquiaberto
Com a soltura do Argel
Em benefício decerto
De dentro do seu cartel
O país aparelhado
Corruptos em todo lugar
Já estamos desgraçados
Tudo terá de mudar
(585)
Essa a grande diferença
Para quem quer governar
Seja lá qual for a crença
O país vai revirar
Muita gente vai ser presa
Tem Supremo pra soltar
Mesmo com toda represa
Precisamos governar
(586)
Uma aflição que nos mata
É a mídia se mostrar
Parece que em cascata
Querer o Brasil parar
Com ênfase à Rede Globo
Que deveria pensar
E não partir como lobo
A querer abocanhar
(587)
Os recursos do governo
Para seu lucro dobrar
Mas o país tá no inferno
Sem verba pra se gastar
Por promessa de campanha
Dinheiros vão encurtar
Quem é novo sempre apanha
Quando se quer governar
(588)
Sou daqui independente
Crítico e posso dizer
Esse grupo é renitente
Até faz por merecer
Um castigo pela gula
Pra que possa arrefecer
Um pouco do líder Lula
Deixando o país crescer
(589)
Tem gravada até conversa
Do Supremo Tribunal
E mesmo sendo dispersa
Vai muita gente pro pau
Daqui não me resta dúvida
Preparam o xilindró
A minha mente tá lúcida
Tem coisa muito pior
(590)
Agora o doutor Levy
Que pelo Bolso guindado
Por certo não quis agir
Logo foi defenestrado
Amarrando a difusão
Da caixa preta do Banco
Não merecendo o perdão
E por isso tome tranco
(591)
Da Dilma se fez ministro
Tendo sangue do PT
Naquele tempo sinistro
Que não se pode esquecer
Muita gente devedora
Do dinheiro do povão
Cuja gente sofredora
Carrega nossa nação
(592)
Foi promessa de campanha
Não sei como um cara assim
Doutor, porém, não se acanha
E se faz de manequim
Pensando tá tudo bem
Quando a coisa vai ruim
Não prospera pra ninguém
Nem comendo amendoim
(593)
Sabe, o Moro desvendou
Quadrilha de criminosos
O país todo vibrou
Prendendo esses leprosos
Muitos já foram pra casa
Pois um decreto ajudou
O tribunal só embasa
E por soltar já pugnou
(594)
Mas vibrei com Bolsonaro
Que foi ver a seleção
Ele parece ter faro
Não temos nenhum timão
Mas o Tite já dissera
Que pra ele não dava a mão
Lá pra trás e noutra esfera
Nós temos a solução
(595)
Com a Globo no comando
Tem a plena liberdade
De prosseguir manobrando
Essa é a grande verdade
Não se deva permitir
Que essa robusta estação
Sozinha pra transmitir
Os jogos da seleção
(596)
Num monopólio indecente
Pois as demais emissoras
Dão valor a muita gente
Não seriam impostoras
E tem gente competente
Também até locutoras
Com a voz muito potente
Muitas nisso são doutoras

(597)
O monopólio é perverso
Porque a Globo não merece
Digo aqui quero reverso
Faço pra Deus uma prece
Se critica os governantes
Desde antes das eleições
Querendo tudo tal dantes
Porque de suas feições
(598)
Falando mal do governo
Não deve ser premiada
Nem decidir tanto a esmo
Faturando uma bolada
Tem de rasgar o contrato
Que firmou com dirigentes
Essa a verdade de fato
Não sejamos dependentes
(599)
Não conheço qualquer pacto
Nem também o pagamento
Ou o dinheiro tá intacto
Não sei, mas daqui lamento
Se é seleção brasileira
O governo pode agir
Acabar a gafieira
Querendo deve intervir
(600)
Conferindo as contas todas
Onde está esse dinheiro
Será que ficou nas bodas!
Porque diretor festeiro
São as cores do Brasil
Que vendidas para o mundo
No verde, ouro e anil azul
Deslumbram de norte a sul

(601)
Na hora de faturar
Vai o nome do país
Não, não é particular
Seja aqui mesmo ou Paris
Pra derrotar a Bolívia
Um futebol acanhado
Não precisa de lascívia
Os atletas mascarados
(602)
Até mesmo a feminina
Que não vence por dez jogos
Está caindo em ruína
Não merece soltar fogos
Só mesmo a Marta domina
Com nossa Cris e a Formiga
Vão pagando pela sina
Vem sempre a mesma cantiga
(603)
O Capitão tá pensando
Em colocar evangélico
No Supremo Tribunal
Pra que fique mais estético
Disso já mostrou sinal
Com justiça sempre justa
Tudo muito natural
Porque nada nos assusta
(604)
Não devia o presidente
Conceder tanta entrevista
Porque sempre sorridente
Tem gente que sai da pista
Nada de primeira mão
Deixe o povo curioso
Tão preparando o caixão
Esse barco é poderoso
(605)
Confiar em cem por cento
É preciso ter certeza
Mas o Moro que eu sustento
Já mostrou ser fortaleza
Assumiu pasta bem dura
Topando qualquer parada
Gente de sua estatura
Não perde sua jogada
(606)
Esse movimento todo
É de quem só quer desgraça
Pessoas se juntam ao lodo
Só pra fazer arruaça
Essa greve por exemplo
Que foi mesmo uma furada
Não vi fechar nenhum templo
Essa gente descarada
(607)
Mas na greve dos pelegos

Ausente de compostura
Havia mesmo galegos
A parecer escultura
Porque foi grande fiasco
A coisa virou baderna
Tem muito cara carrasco
Mas tem medo da caserna
 (608)
Por falta de companheiros
Cansados, desiludidos
Desistiram do vespeiro
Um bando de desnutridos
Passaram a queimar tudo
O que viam pela frente
Que gente sem conteúdo!
Quanta pessoa demente!
 (609)
E no momento a reforma
Vai sendo despedaçada
Pois a Câmara transforma
Não vai vingar quase nada
A falada economia
Calculada dum trilhão
Vai sofrer na baixaria
Na farra do falastrão
 (610)
E vai sendo desossada
Tira daqui e dacolá
Termina não aprovada
E não sei quem vai pagar
O pobre do aposentado
Que trabalhou pra lascar
Tem ator mal informado
Sua pele quer livrar
 (611)
Mas quando aqui se pergunta
Todos querem a reforma
No bate-papo se junta
Não pode mudar a norma
Só não quer pra sua classe
Pois ela já especial
Então surge novo impasse
No país bicameral

  
ATUALIZAÇÃO – 06.07.2019
 
(612)
No caso da Lava-jato
Querem prender o juiz
Com esse desiderato
Tem muita gente infeliz
Inventaram gravações
De conversa reservada
Para soltar os grilhões
Da gang famigerada
(613)
Se o juiz ficar calado
O processo nunca anda
Porque estando isolado
Ou então só na varanda
A ação junca termina
O prejuízo é patente
A justiça contamina
E não se prende mais gente
(614)
Pois houve os vazamentos
Por essa gente enrustida
A causar muitos tormentos
Numa atitude suicida
Vai tudo dar em prisão
De pessoa saliente
Que ficou na contramão
Prejudicou seu cliente
(615)
Mas de justiça não entendo
Sou um pobre analfabeto
Que na vida vou sofrendo
Não tem nada de concreto
Mas se a justiça não corre
Não mexe todo aparato
A força tarefa morre
E ficamos lá no mato
(616)
Essa gente é corajosa
Nada tem para perder
E leva tudo na prosa
Pra todos enfurecer
Pois gravar autoridade
Só tendo roxo o colhão
Num acesso de maldade
Para perder a função
(617)
E então já por tabela
Vão metê-los na cadeia
É o que mostra o filme em tela
A coisa está muito feia
Anulando as eleições
Do capitão Bolsonaro
Pois vão gerar decepções
Parece tudo está claro
(618)
Quando na Câmara o Ministro
Naquela grande fuzarca
Parece tudo sinistro
Os caras na mesma barca
Faltaram com o respeito
Chamaram-no de ladrão
Um deputado sujeito
Deixou o pobre no chão
(619)
Mas ali faltou apoio
Do presidente da mesa
Mas tudo no mesmo joio
Pra derrubar com certeza
O governo e sua equipe
Que se vê na corda bamba
Parece o vírus da gripe
No carnaval e no samba
(620)
Quem é bom já nasce feito
O ministro por honesto
Não se mostra com defeito
Daqui vai meu manifesto
Os então procuradores
Possuem grande postura
Não alisam malfeitores
E são boas criaturas
(621)
Tem jornal de tradição
Atiçando todo a chama
Pois em cada uma edição
A alguém joga lá na lama
Mas estão em decadência
Todo mundo está notando
É que tamanha insistência
A torneira vai pingando
(622)
Foi muita gente envolvida
No projeto de soltura
Uma jogada bandida
Talvez a grande aventura
Os presos da lava-jato
Lançaram todo o prestígio
Remoendo como rato
A procura dum alívio


CORDEL – Mote - Não se deve entrar em briga - Que não se possa ganhar – 19.07.2019
(623)
O velho meu pai dizia
Há muitas luas então
Fuja de toda ingrisia
E não seja valentão
Também não cometa intriga
Aprendendo a barganhar
Não se deve entrar em briga
Que não se possa ganhar
(624)
Mas por vezes sem querer
Entramos na confusão
Pra poder arrefecer
O ânimo do cidadão
Quem é brabo nunca liga
Pois adora pelejar
Não se deve entrar em briga
Que não se possa ganhar
(625)
Certo dia amigo meu
Com ciúme da gatinha
Topou logo com ateu
E começou a briguinha
Uma rixa bem antiga
Bem difícil de acabar
Não se deve entrar em briga
Que não se possa ganhar
(626)
O cara era muito forte
Frequentava academia
Eu nunca vi tanta sorte
Dia e noite, noite e dia
Chovia de tanta amiga
As meninas um manjar
Não se deve entrar em briga
Que não se possa ganhar
(627)
O namoro era tão quente
Afoito, bem descarado
Atiçava toda gente
Um garanhão arretado
E sempre a mesma cantiga
Só pegava pra quebrar
Não se deve entrar em briga
Que não se possa ganhar
(628)
Da gata conheceu a tia
Uma coroa enxutona
Era tudo o que queria
Não a chamava de dona
Sempre na mesma cantiga
Namoro só pra ficar
Não se deve entrar em briga
Que não se possa ganhar
(629)
Nisso ficou revezando
Cada dia uma gostosa
E na lábia foi levando
É sujeito bom de prosa
Quem o conhece que diga
O medo só de emprenhar
Não se deve entrar em briga
Que não se possa ganhar
(630)
Mas toda coroa esperta
Sabe lá se precaver
Mas o cara desconcerta
Prevendo o que vai saber
O segredo duma figa
Ninguém pode divulgar
Não se deve entrar em briga
Que não se possa ganhar
(631)
A mais nova no entretanto
Bem escondida, porém
Pra não causar desencanto
A namorar bem além
De ninguém era inimiga
Mas doida pra sabotar
Não se deve entrar em briga
Que não se possa ganhar
(632)
Cansaço ele nunca tinha
Uma aqui outra acolá
E com mulher tão fofinha
Só queria rosetar
Adorava rapariga
Querendo contrariar
Não se deve entrar em briga
Que não se possa ganhar
(633)
Nunca teve alvoroçado
Sua calma permanente
Conhecia do traçado
Transava com muita gente
Era viril como viga
Tesão pra vender e dar
Não se deve entrar em briga
Que não se possa ganhar
(634)
Pois a tia saborosa
Queria jogo demais
Nunca se viu tão gulosa
Também gostava detrás
E não conteve a barriga
Que não pode camuflar
Não se deve entrar em briga
Que não se possa ganhar
(635)
Mas foi só rebate falso
Todo mundo a fofocar
Nessas horas tem o calço
Pra poder amenizar
Mas era tudo lombriga
Precisando de expulsar
Não se deve entrar em briga
Que não se possa ganhar
(636)
Uma história banal
Que acontece quase sempre
Quando se torna venal
E logo se põe a trempe
Tem de cuidar da bexiga
Pra que não possa inflamar
Não se deve entrar em briga
Que não se possa ganhar

ATUALIZAÇÃO - 31.08.2019


 (637)
Quando vemos nos jornais
Meterem o pau no governo
Só com coisas que anormais
Parece que estou no inferno
É sinal que estão sem caixa
E doidos por mais dinheiro
Mas a poeira não baixa
E vão ficar no estaleiro
(638)
Mas a boquinha acabando
Terminou toda festança
O nosso país quebrando
E jornalistas na dança
Dinheiro do nosso povo
Jogado assim pelo chão
Por isso que o baba-ovo
De doido perde a razão
(639)
O programa é derrubar
O pobre do Bolsonaro
Que não pode administrar
Com esse bando de bárbaro
Só sabem mostrar defeito
Em coisa até do passado
Que o Capitão foi eleito
Pra acabar com o errado
(640)
Começou na educação
Derrubaram o ministro
Sem piedade e razão
E com jeito de sinistro
Marcaram muitos protestos
De gente bem contratada
Para que em dias funestos
Combinasse a derrocada
(641)
Depois veio outra ministra
A Damares poderosa
Que logo levou a lista
Era tudo mar de rosa
Gente abiscoitando a grana
Do pobre trabalhador
Com gulodice sacana
Era roubo sim senhor
(642)
E quando ela declarou
Que menino veste azul
A malandragem pirou
Seja no Norte ou no Sul
A menina veste rosa
Que é a cor do costume
Pessoal em polvorosa
Foi duro nesse azedume
(643)
Depois partiram pra cima
Da grande capacidade
Do Juiz Moro sem rima
Numa tal calamidade
Difamação com injúria
Nisso são especiais
De repente essa lamúria
Escalou todos jornais
(644)
Saquearam seus contatos
Até mesmo as gravações
Mas esse rapaz é intacto
Digo aqui com meus botões
Teve até um estrangeiro
Com cara de jornalista
Que fez todo seu festeiro
Mostrando ser comunista
(645)
E gravou toda a república
Da mais diversa patente
Tem ministro e também túnica
Sabe, pegou muita gente
Tem mesmo até general
De escalão superior
Essa gente que é do mal
Causou por demais horror
(646)
Tem gente até do Supremo
E também procurador
Um crime de modo extremo
E o Bolsonaro gravou
O Dalton também não escapa
Da lista das gravações
Tudo é matéria de capa
Em todas as edições
(647)
Desistiram do astro Moro
Partiram pro Dallagnol
Esse sujeito que imploro
Nos trouxe a luz desse sol
Enquadrando desgraçados
Ladrões de mal a pior
Que juntos e abraçados
Querem levar a melhor
(648)
Ora se essas tais conversas
Fossem crimes pra valer
Não teriam tanta pressa
Pro ladrão se desfazer
Ao juiz e ao Promotor
É lícito discutir
Para mover o motor
E no dever de a lei agir
(649)
Gravou-se até delegado
Em serviço ou fora dele
Eita sujeito arretado
Por isso eu digo: Pau nele
Cadeia nesse imbecil
Que se vá às profundezas
Ou pra puta que o pariu
Com todas suas proezas
(650)
Mas a mídia acreditou
E publicou por demais
Tanto que inda não cansou
São mesmo como animais
E com essas safadezas
O Tribunal quer contar
Errados suas altezas
Falta ter como provar
(651)
A balbúrdia no geral
Está causando aflição
Certo que esse tribunal
Só tem mesmo a solução
De mandar soltar os presos
Com toda satisfação
Declarando são ilesos
De toda incriminação
(652)
A Raquel grande doutora
Já recorreu da sentença
Porque como promotora
De muito boa sabença
Conhece da lei do direito
Pois decisão monocrática
Para ajudar o sujeito
Numa medida sem fática
(653)
A decisão de soltar
O Bendine lá do banco
Pode mesmo se estornar
Pois o direito está manco
E anulando esse processo
Tanto assim de supetão
Estamos em retrocesso
Que é ruim para a nação
(654)
E por falta de sucesso
Dos ataques já falados
Daqui falo então confesso
São caras desmantelados
Então veio ordem suprema
De atacar um tema lindo
Dentro de um grande esquema
Que quando lembro estou rindo
(655)
Apelaram pra Amazônia
O grande pulmão do mundo
Isso me causa até insônia
Um bando de vagabundo
Divulgando dados falsos
Das queimadas corriqueiras
São notícias sem o calço
Dessa gente interesseira
(656)
Ora se mesmo em Europa
Não zelaram suas matas
E vem um bando em lorota
Que nem ata e nem desata
A exigir que do Brasil
Se guarde todo oxigênio
Pra sustentar gente vil
Esse povo quer ser gênio
(657)
Derrubaram as florestas
Sem qualquer satisfação
São essas mentes funestas
Que nos querem dar lição
Nosso país é celeiro
Do comer as provisões
Talvez seja o derradeiro
A cumprir suas missões
(658)
O pior é que há gente
Do país bem infiltrada
Que de Deus não é temente
Fica naquela babada
Até pedindo perdão
Pro presidente da França
Uma tristeza, essa não!
Esse sujeito é lambança
(659)
Os recursos que nos mandam
Nada é para preservar
É troco pros que comandam
Que só sabem embolsar
E agora sem as tetas
Do governo tão escassas
Pra acabar as chupetas
Está sendo uma desgraça
(660)
E sem tutu não compensa
Essas ongues sem programa
Desculpe qualquer ofensa
O moral dentro da lama
Pois trabalham pro inimigo
Invejoso e persistente
Mas babar não é comigo
Vamos ser bem coerentes
(661)
Todos sabem que a França
Desde os tempos mais remotos
Não perde sua esperança
De ternos como devotos
Pois invadiram o Brasil
E daqui já fora expulsa
Sabe o povo estudantil
Que por ela tem repulsa
(662)
Foi no ano mil e quinhentos
E sessenta e sete, em Rio
De janeiro, que os briguentos
Provaram do nosso brio
E todos os fedorentos
Tiveram de se afastar
Do Brasil como jumentos
Por nosso Estácio de Sá
(663)
Que era um grande militar
Fundou São Sebastião
Deu nome àquele lugar
Por quem se tem devoção
E o país agradeceu 
Foram dois anos de lutas
Pra expulsar os fariseus
Com essa bela batuta
(664)
Os portugueses irmãos
Denotaram com louvor
Sua fibra de cristãos
Com fé em Deus o Senhor
Salvando nossos patrícios
Das garras desse impostor
Que ainda não perdeu o vício
Querendo ser salvador
(665)
Essa história será longa
Pouca gente sabe disso
Vamos pôr fim à milonga
De nós belo compromisso
Ajudando a governar
Sem perder soberania
Se não sabe é bom calar
E deixar dessa ironia

CORDEL – O que eu quero pro futuro do Brasil – Atualização – 06.09.2019 (NPRL)
 
(666)
Esse negócio de o povo
Ser chamado para as ruas
É só balela de novo
A verdade nua e crua
Dos reclamos populares
Fazem-se de mercadores
Jogam tudo pelos ares
Com jeito de bons atores
(667)
Daqui já nem aguentamos
O Senado está jogado
No comando nem falamos
Porque tem ovo gorado
Protegendo outros poderes
O presidente da mesa
Não respondendo aos quereres
Breca tudo na esperteza
(668)
Dizem que dele há denúncia
No Supremo Tribunal
Que está faltando pronúncia
Demora e não é normal
Dos mal feitos não sabemos
Em segredo de justiça
Em boa coisa não cremos
Mas parece ser preguiça
(669)
Na Casa dos Deputados
O presidente de lá
Parece meio enrolado
Com processo sem andar
Dizem que de caixa dois
Pra ganhar as eleições
Tudo fica pra depois
Nesse antro de perdições
(670)
Então vem nosso Congresso
E decide governar
Engessando com sucesso
Sem querer “Bolsonarar”
Tudo o que quer logo aprova
Aumentando os compromissos
E a despesa se renova
Isso é casa de feitiços
(671)
Sobre o Davi Alcolumbre
Que ganhou a presidência
Até na hora do cumbe (cachaça)
Já perdi a paciência
Não aprova a Comissão
De Inquérito da Toga
Talvez pela gratidão
O toma lá tá em voga
(672)
Também nem está ligando
Pros pedidos de apurar
Com prisões indo e voltando
Tem o grandão pra soltar
Pois quem tem rabo de palha
Não pode nem invocar
Mesmo pedindo migalha
Quem errou tem de pagar
(673)
Na CPI lá do Banco
Uma desgraça sem par
O trabalho segue manco
Não se pode interrogar
Pois munido de alvará
Os convidados se calam
Isso tá bom de acabar
Os deputados se entalam
(674)
É triste que isso aconteça
Nesse país democrático
Peço a Deus antes pereça
Porque sempre fui enfático
A CPI tem poderes
Pra fazer o que quiser
Porquanto seus afazeres
A lei lhe dá de colher
(675)
Tem de mandar convocar
O presidente da Corte
Para que possa explicar
Já que ele é muito forte
As decisões sem sentido
De ministro gozador
Pra que seja então ouvido
Pois estamos nesse horror
(676)
Mas agora tem pior
O sujeito convidado
Agora ficou melhor
Não atende nem chamado
Mas assim desmoraliza
A comissão duma vez
Pois isso personaliza
A livrança do freguês
(677)
Mas alguém está pagando
Com suor e sacrifício
E pra nós estão cagando
Exercendo bom ofício
Com mandato nunca acaba
A imunidade é tamanha
Porque cada qual se gaba
Nem precisa de barganha
(678)
Mas quem quiser apertar
Os ministros do Supremo
Terá de antes se limpar
Pode sofrer ao extremo
Com uma assaz rebordosa
Na porrada comer solto
Ficando na polvorosa
Pode se dar como morto
(679)
Mudando um pouco de assunto
Pra falar no Bolsonaro
Vem sendo como presunto
Perdendo seu anteparo
E tudo que prometeu
Pensando iria mandar
Parece que pereceu
Vem o Congresso a brecar
(680)
Não pode sequer mudar
O diretor da Polícia
Todos têm de concordar
Isso está uma delícia
Primeiro fala com Moro
Depois espera a notícia
Máquina emperrada imploro
Que tudo virou malícia
(681)
No veto daquela lei
Que demorou um bocado
Titubeou, não calei
E vetou por atacado
Mas ainda corre o risco
De ser vetado esse veto
Nesse pau de dá em Chico
Não posso aqui ficar quieto
(682)
Mas sobre o Procurador
Geral da nosso Brasil
Eu senti com muita dor
Não queria gente vil
Eu pensei na permanência
Da doutora titular
Mas talvez por pertinência
Ele teve de mudar
(683)
Dizem que a grande doutora
Escorregou no caminho
Na véspera sonhadora
Protegeu o pergaminho
Mandando arquivar denúncia
Contrafortes influentes
Segundo alguma pronúncia
De alguns dos descontentes
(684)
Confesso que muitas vezes
Ficamos sem entender
E ficamos como reses
No pasto no entardecer
Tudo está muito indeciso
O de ontem muda amanhã
Às vezes isso é preciso
Nem carece ser Tarzan
(685)
E com liderança fraca
Nas duas casas da Lei
Creia nenhum se destaca
Mas nisso que já falei
O partido foi somente
Um quebra galho vexado
Pra abrigar o pretendente
E ganhar o eleitorado
(686)
Porque ainda não se pode
Disputar independente
E quando é bom logo explode
Segurando essa corrente
Mas as verbas catastróficas
Que do governo recebem
Deixam as lides exóticas
Nem mesmo assim eles cedem
(687)
Houve um enorme boato
A saída do Motor
Pro criminoso bom prato
Mas isso inda não vingou
Porquanto se ele sair
A coisa vai complicar
A Lava-Jato implodir
Ninguém pode duvidar
(688)
Pedidos de afastamento
De gente boa no ramo
Causou-nos até lamento
E daqui mesmo reclamo
Se rachar a operação
Os bandidos vão vibrar
Só virá contradição
O país vai se acabar
(689)
A propalada reforma
Dessa nossa previdência
Lá no Senado contorna
Com muita inteligência
Porque se mudar artigos
Pra Câmara voltará
E só por mesmo castigos
Tentarão nela alterar
(690)
Na Comissão de Justiça
De logo foi aprovada
E sem redação postiça
Deve ser concretizada
Na votação em plenário
Que será antecipada
Segundo o próprio cenário
Então vai ser tudo ou nada
(691)
Estados estão de fora
Da textura lá votada
E novo projeto agora
Nova PEC acionada
Uma tal de paralela
Que vai correr vis a vis
Sem mesmo qualquer querela
Nós temos muitos Brasis
(692)
Arranjaram entrevista
Pro filho do Bolsonaro
Que seu nome tá na lista
Pra embaixador muito caro
Mas o Trump recebeu
Até com muito respeito
E seu aval já forneceu
Ao Senado está sujeito
(693)
Tem muita gente chiando
Criticando o presidente
Porque parece ofertando
Machucando muita gente
Seu apoio aos evangélicos
Esquecendo dos católicos
Não precisa ser tão bélico
Esse assunto é diabólico
(694)
Mas se todos são cristãos
Preferência não existe
Lavemos todos as mãos
Porquanto o Senhor persiste
Será uno e soberano
E reinará para sempre
Contra qualquer um tirano
Que se anteponha pra gente
(695)
Também não posso olvidar
A notícia do Queiroz
Que no Sampa foi parar
Dizem mesmo aqui pra nós
Porque ele está se tratando
Duma doença perigosa
Que requer muito comando
De pessoa auspiciosa
(696)
Mas daqui eu me pergunto
Quem matou a Mariele?
Um dilema no conjunto
Até coço minha pele
Um crime muito perfeito?
Se é que isso pode existir
Não entendo de direito
E nem posso discutir
(697)
Outra pergunta sincera
Quem teria dado a ordem
Cujo segredo hoje impera
Naquela grande desordem
Lá na nossa Juiz de Fora
Quando uma mortal facada
Atingiu em triste hora
A barriga esfacelada
(698)
Parece que um problema
Gerou toda confusão
E então ficou o dilema
Quem fora mesmo o mandão
Bloquearam o celular
De pessoa da defesa
E ninguém pode apurar
Porque nossa lei fraqueja
(699)
Pra falar mesmo verdade
Digo sem medo de errar
Quem governa com vontade
Tá botando pra quebrar
É o Rodrigo deputado
Que vota o que quer votar
Lá na Câmara endeusado
Ganha quando quer ganhar
(700)
Vou ficando por aqui
Mas até hei de voltar
Porque com muito carinho
Adoro mesmo versar
Com minhas limitações
Recolho-me ao meu ninho
Pedindo até mil perdões
Vou tocar meu cavaquinho
(701)
E depois da previdência
Vem a tal da tributária
Que também tem emergência
Muito mais do que a agrária
Mas nada de novo imposto
Por favor senhor político
O povo não tá disposto
Porque o bolso está crítico
(702)
Mas já ouvimos um sinal
Do imposto que estão criando
É com desgosto afinal
Que daqui eu vou falando
Um tal de bens e serviços
Pagável por toda gente
O brasileiro é bom nisso
Tem ganância impertinente
(703)
As coisas estão piorando
E não tem muita conversa
O povo pobre clamando
E até com muita pressa
Não é só da corrupção
Que se tem que combater
Precisa de animação
Presse governo crescer
(704)
Queremos desenvolver
O país dos nossos sonhos
Pra no mundo aparecer
E não ficarmos bisonhos
Pobre parou de sorrir
Enganado com promessa
E resolveram banir
Gente que não interessa


CORDEL – O que eu quero pro futuro do Brasil – Cont – 09.09.2019 (NPRL)
 
(705)
Sobre aquela vil facada
Que o candidato levou
Parece que foi mancada
Nesse tempo que passou
Já se sabe de mandante
Cujo segredo rachou
Tudo vai ser agravante
Tem gente que se ferrou
(706)
O meliante confesso
Já deseja abrir o bico
Virar tudo pelo avesso
Porquanto não é jerico
De ficar a vida toda
Em máxima segurança
Quem quiser é que se foda
E se mele na lambança
(707)
Mas se ele conta o segredo
Como foi bem combinado
Vai ajudar seu degredo
E será tudo acertado
E se foi por alguém pago
Esse também pagará
Por todo e qualquer estrago
E a justiça chegará
(708)
Tem um canal no Youtube
Que se diz apoiador
Mas não cola como grude
Critica com muito horror
Esse nosso capitão
Que tá fazendo de tudo
Contra qualquer corrupção
Neste país cabeludo
(709)
É um tal de Cristalvox
Pertencente ao Leudo Costa
Que não brilha como inox
Mas de falar ele gosta
Esse cara é um doutor
Diz ser capaz advogado
Mas parece agitador
Merece ser criticado
(710)
Até já foi candidato
Mas eleito nunca foi
Por vezes muito cordato
Se brincar quer ser herói
Já cansei de acompanhar
Suas laives enganado
Nada tem para nos dar
Até parece arriscado
(711)
Um tal de Alexandre Frota
Que pegou uma carona
Eleito na maciota
Espicha como sanfona
Jurou ser sempre fiel
Mas como não conseguiu
Casar a sopa com mel
Do seu partido sumiu
(712)
E foi pro lado do Dória
Que virou um desafeto
E vai contar a história
Do brasileiro sem teto
Nada fez no seu mandato
Só sabe mesmo gritar
Com rigor e aparato
E nada fez pra mandar
(713)
Esse sim só foi eleito
Por causa do Bolsonaro
Por vezes um bom sujeito
Mas um cara sem o faro
Talvez não volte jamais
A se eleger deputado
Pois marcado nos anais
E vai sofrer um bocado
(714)
No desfile militar
O Bolsonaro inovou
Do palanque foi andar
Ao povo cumprimentou
Querendo ser popular
Alguém até lhe ensinou
Está bom de acostumar
E assim fez um grande gol
(715)
Das paradas que já vi
Essa última foi melhor
Gente que nunca esqueci
Ficaram ao seu redor
O povo vibrou a valer
As bandas todas tocando
Foi um dia de lazer
Daqui fico meditando
(716)
O aparato do país
Melhorou de qualidade
Mas muita gente não quis
Parece que por maldade
Ou medo da Força Armada
Essa que com bom orgulho
Prossegue sua jornada
Pra nos livrar do bagulho
(717)
Veio a tal nomeação
Do novo procurador
Que causou muita emoção
Fez segredo sim senhor
Mas o nome apareceu
A surpresa descambou
O que foi que aconteceu
O povo não aprovou
(718)
Dizem que esse Augusto Aras
Já ajudou o tal PT
Entristeceu muitas caras
O que vai acontecer?
Mas inda tem o Senado
Que o vai sabatinar
Pode ainda ser minado
E seu nome não passar
(719)
Dessas coisas não entendo
Tanto tempo pra escolher
Daqui não estou querendo
Dizer não é pra valer
Penso que é homem do bem
Que vai também ajudar
Pra valer e em porém
O homem bem governar
(720)
E quem foi que nessa vida?
Nunca deu sua mancada
Toda lei é concebida
Na vida não vale nada
Que não seja no direito
De fazer ou não fazer
Porém ninguém é perfeito
E vamos pagar pra ver
(721)
Só não pode assim pender
Para ajudar os errados
Porque pode acontecer
Que sejam os aloprados
Mesmo que seja parente
Do homem tem de pagar
Se errado ou negligente
Desculpas não pode dar 
(722)
A pior coisa do mundo
Deve ser uma injustiça
O tema é muito profundo
Chega me ocorre preguiça
Porque sou duro na queda
Fez aqui tem de pagar
E vem muita labareda
Pro presidente apagar
(723)
E veio outra cirurgia
A quarta que decorreu
Da facada que um dia
Ao presidente abateu
Dessa vez com uma tela
Pra fazer a proteção
E não bater a biela
Nem por chuva nem trovão
(724)
Tem gente que descarada
Fala que tudo é mentira
Só mesmo então depravada
No coração muita ira
Pode ser tão imbecil
E julgar vai conseguir
Acabar com o Brasil
E a nação então ruir
(725)
O presidente podia
Falar menos por enquanto
Prosseguir em alegria
Esquecer o desencanto
Não dar mídia a bandido
E nem pra jornal qualquer
Deixar malandro esquecido
Seja homem ou mulher
(726)
Corre de boca miúda
No Senado um boato
Alguém tá pedindo ajuda
Pra acabar a Lava-Jato
E também desaprovar
Os pedidos de inquérito
Que só querem apurar
O que se fez em pretérito
(727)
Liminares e solturas
De presos reincidentes
São muitas as criaturas
Que são mesmo delinquentes
Falam em muita pressão
Mas também em ameaça
Até com a cassação
De mandato tem fumaça
(728)
O PSL já falou
Que apoia essa desgraça
Cedendo pra quem pecou
E roubou como uma traça
O dinheiro do povão
Que fica a ver navios
E prossegue a corrupção
Dalguns ladrões tão bravios
(729)
Até que já conseguiram
Retirar assinatura
Que assinaram e mentiram
Por falta até de postura
Ou de coisa condenável
Em troca dalgum favor
O país ingovernável
Merece o nosso clamor

CORDEL – O que quero pro futuro do Brasil – Continuação (PRL) - Atualização - 13.09.2019
(730)
Os políticos piraram
Com o que Carlos dissera
Muitos deles criticaram
Esse que é uma fera
Disse que dessa maneira
Não se tem democracia
Muita gente de leseira
Do bolo quer a fatia
(731)
Mas o General Mourão
Fez tudo por muito brando
É um grande cidadão
E agora tá no comando
Não levou tudo por sério
O Carlos não se discute
Por vezes seu impropério
No mundo até repercute
(732)
O que sinto na verdade
É que nossa oposição
Pedindo por caridade
Tem medo da arrumação
Das nossas Forças Armadas
Pra coibir corrupção
Mas não estão orquestradas
E não querem isso não
(733)
Um assunto que não calo
A falta de liderança
Do PSL aqui falo
Uma senhora lambança
Também o que esperar
De blogueiros caroneiros
Que entraram só pra ganhar
Os votos dos brasileiros
(734)
Por exemplo minha gente
A Joyce e também o Frota
São de grandes decepções
Deles nada melhor brota
Falo aqui com meus botões
Um deles já foi pra fora
Da fila dos charlatões
De vez em quando ele chora
(735)
Tem gente sem esperança
Que se faça algo de bom
Quem é forte está na dança
Seja lá qual for o tom
Na briga com Rede Globo
O presidente deu brecha
E deu até uma de bobo
Agora recebe a flecha
(736)
Tem de trabalhar calado
Sem dar ouvido a fofoca
E deixar tudo de lado
E só no sério se toca
Pois essa mesma emissora
Já apoiou os militares
E saiu como mentora
Festejando pelos ares
(737)
Foi o Roberto Marinho
Grande líder cidadão
Que brindou até com vinho
A sábia revolução
Que afastou os comunistas
Dessa fome de poder
Comandando jornalistas
Para cumprir o dever
(738)
Mas agora é diferente
Os caras são bem cruéis
Por vezes inconsequentes
Atacam nossos quartéis
A mando não sei de quem
A ordem é criticar
Não se encontra ninguém
Que se possa confiar
(739)
Se quiser mesmo quebrar
Tem de ter sabedoria
E da transmissão privar
Dela toda hegemonia
Dos jogos da seleção
Pois nossa verde e amarela
É do nosso cidadão
E não pode ser balela
(740)
Ela é proprietária
Ou tem todos os direitos
E assim autoritária
Fatura nossos defeitos
Na hora e onde quiser
Seja aqui ou lá na China
Nós somos um Zé Mané
O seu querer predomina
(741)
Como é que se admite
Equipe terceirizada
Mas o governo permite
Numa flagrante mancada
O dinheiro corre frouxo
Gente grande na parada
Tem de ter aquilo roxo
Dando um basta na jogada
(742)
Jogar fora do Brasil
Em lugares afastados
Próprio de quem é servil
Muito bem remunerados
Com muito medo de vaia
Vai perder longe daqui
Mas a turma da gandaia
Precisa se decidir
(743)
A reforma da previ
Corre o risco de pifar
Pelo que vejo e que vi
Poucos querem aprovar
O Paim tá comandando
No Senado e fora dele
O cenário até quando
Resultar votos pra ele
(744)
Não aprovo essa mudança
Pois pensava diferente
E durante minha andança
Vi sofrer bastante gente
Meu coração na brandura
Deseja coisa melhor
Com rigor e com fervura
Pro pobre não ser pior
(745)
Pensei que se poderia
Fazer um plano prudente
E deixar de alegoria
E mesmo ser renitente
Reduzindo na metade
Todos os cargos políticos
Apelo por caridade
E recorro pros bons críticos
(746)
Isso pra todos os níveis
Do federal ao mais baixo
Porque são gastos incríveis
Bate na tampa do tacho
Nossos recursos se esgotam
Facilmente e sem progresso
E do governo lorotam
É isso que tá impresso
(747)
Evitar que esses salários
Sejam maiores que o teto
Sem nos levar como otários
Pro gasto tem de ter veto
São muitos bilhões por ano
Numa gastança imoral
Tudo por baixo do pano
Num sonoro carnaval
(748)
Tem deputado tramando
Uma CPI pro Moro
Que aos poucos vai levando
É por isso que valoro
Esse homem um guerreiro
Que já passou por tormento
Dum bando de carniceiro
Que por aqui só lamento
(749)
Eles querem é forçar
Dar guarida pro Senado
Que está a debochar
Pedidos tem arquivado
Confesso não vai passar
O Mourão já avisou
O Moro não vai cassar
Minha palavra lhe dou
(750)
É defesa pro Supremo
De gente toda culpada
De mal feitos ao extremo
Porque fizeram cagada
No lugar da senadora
Que retirou o seu nome
Embora grande doutora
Juízo espero que tome
(751)
E o Davi Alcolumbre
Vai levando na punheta
Não havendo quem vislumbre
Emperra sua caneta
E não despacha os pedidos
São vinte e sete senhores
Que decerto bem nutridos
Vão passando dissabores
(752)
Quero ver como serão
Uma lá e outra cá
Vai sair fogo do chão
Muita gente a duvidar
Porém no final das contas
Ou se alguém renunciar
Já estão com mesas prontas
Querendo recomeçar
(753)
Essas ditas liminares
Concedidas por demais
Pode levar tudo aos ares
Por aí vem muito mais
A última delas soltou
Dois presos da lava-jato
Pois alguém negociou
A soltura foi um fato
(754)
O caso daquela terra
Da qual ninguém quer ser dono
Parece que agora encerra
Embora que seu patrono
Já botou novo pedido
No tribunal pertinente
Baixinho e sem alarido
Pra suspender, minha gente...
(755)
Não creio tenha sucesso
Ou que todos tão errados
Porque seria regresso
Os homens são preparados
Pelo que venho notando
O Réu vai ser mesmo solto
Pode ir se preparando
O mar tá pouco revolto
(756)
E será tiro final
Nos três guindastes da lei
Lava-Jato, Moro e Jair
Depois me falem se errei
Pois quero me despedir
Nesses meus versos tão pobres
Que deles quis desistir
Em prol de gentes tão nobres.


CAROS LEITORES, estou tentando publicar uma atualização com mais de 50 estrofes, todavia a direção do Recanto das Letras não está permitindo, apesar de constantes solicitações no particular. Dessa maneira, terei de publcar as continuações como se novos cordeis fossem, a fim de não parar essa série que empreendemos. Com um abraço do Ansilgus.
www.recantodasletras.com.br/autores/ansilgus
Finalmente autorizada.



CORDEL – O que eu quero pro futuro do Brasil – Atualização – 18.09.2019 (PRL)
 
(757)
Quando tudo começou
Foi depois das eleições
O Bolsonaro chamou
O Guedes com seus botões
Pra mandar na economia
Já que ele nada entende
Sem pensar em covardia
Como se fosse duende
(758)
Pensei cá com muita pena
Essa coisa tá errada
Pois vamos ver muita cena
Ou talvez uma guinada
A dose tem sido forte
Mexendo com o país
Que sem preparo e sem sorte
Tá num murmúrio infeliz
(759)
O problema é que faliram
O país de norte a sul
E no mal se despediram
Dizendo tá tudo azul
Nas sendas de tal governo
Que o povo despencou
Tinha até roubo moderno
Que ainda não acabou
(760)
Resolver é impossível
Duma só vez, na lapada
Para o leigo não é crível
Que se enfrente essa parada
Tem de ir bem devagar
Pra não tanger aloprado
Que tenta bem desgastar
A Lava-Jato adoidado
(761)
Aliás é bom dizer
Que presos lá do começo
Já se pode perceber
Já pagaram o seu preço
Vão cumprir as suas penas
Em casa em belo conforto
Vão ganhar nas megasenas
Neste Brasil todo torto
(762)
No caso do Léo Pinheiro
O Fachin homologou
A delação do empreiteiro
Que muita gente endoidou
Mas havia algum senão
Que acusava graúdos
Houve até contradição
Melhor que ficassem mudos
(763)
As denúncias formuladas
Contra gente do Congresso
Não andam, ficam cansadas
Que tem muito de regresso
Fica na contrapartida
Para aí que encerro aqui
Nada merece guarida
Digo pior nunca vi
(764)
Quando se chega ao impasse
Em senda de três poderes
Só se resolve com classe
Cada qual nos seus deveres
É que a imparcialidade
Na justiça e no moral
Tem de ser realidade
Porquanto assim é normal
(765)
A lei que fora mudada
No Senado da República
Voltou em grande rajada
Na moleza e sem súplica
Apelo não vinga nada
Mas vale a falta de ética
Estamos na trapalhada
De medidas sem estética
(766)
Pois o projeto aprovado
Pelos nobres deputados
Não volta para o Senado
Merece até ser vetado
O povo ficou confuso
Porquanto já percebeu
Que se queria o difuso
O povo foi que perdeu
(767)
Se Bolsonaro vetar
Então volta pro Congresso
Nada valeu renovar
Porque lá nada é sucesso
Isso é de arrepiar
Porque não há liderança
Tudo então vai fracassar
Só querem encher a pança
(768)
Mas voltando à economia
Caiu de novo a SELIC
Isso é sabedoria
Por isso aqui do meu jipe
Afirmo com segurança
Foderam a classe média
Que caiu logo na dança
Estou rindo da comédia
(769)
Então o médio coitado
Que aplica alguma sobra
Tem rendimento sugado
Mordido por uma cobra
Diferente do ricaço
Que muda de aplicação
Quando está torando aço
Pra tudo tem solução
(770)
Compra ouro, e dólar compra,
Ações e outros papéis
Nadando como uma lontra
Pinta com todos pincéis
Enquanto que o mais carente
Sem poder de conversar
Como sempre é temente
Vai na poupança aplicar
(771)
E o rendimento é pouco
O que fazer é dilema
Já gritei, tô quase rouco
Com esse dito problema
Mas os bancos vão crescendo
Dinheiro não tem carimbo
Cobram muito, espremendo
A pobreza está no limbo
(772)
O presidente falhou
Ao entregar o comando
Prum competente doutor
Que o país tá acabando
A reforma dolorosa
Que no Senado aprovou
Considero desastrosa
Para quem nele votou
(773)
Ora vejam meus senhores
Como pode um cidadão
Receber tantos horrores
Do ministro de plantão
Mexer nessa economia
Uma pedida fatal
Mas tem de ter ousadia
Isso é primordial
(774)
Quem ganha até dois salários
Está morrendo de fome
Salvo se for salafrários
Ou mesmo nada consome
Receber menos que isso
Não foi o que prometeu
Sustente seu compromisso
E não aja como ateu
(775)
Certo que na safadeza
Quem recebe sem razão
Vivendo só na lindeza
À custa da multidão
Corte tudo, mas sem pena
Antes de dar o perdão
Sua caneta serena
Leva tudo de roldão
(776)
E manda pôr logo em lei
Que quem ganha dois salários
Conforme já observei
Não vai servir como otários
E que daqui em diante
Não se mude mais a regra
Pois o país vai avante
Porquanto isso me alegra
(777)
Vale também que se diga
A invalidez horrorosa
Que esses caras duma figa
Bancando tudo de prosa
Querem mudar o esquema
Com solução bem cruel
Isso é caso de cinema
E não tiro o meu chapéu
(778)
E só mesmo o aposentado
Conhece dessa tristeza
Quando é sacramentado
Inda dizem que é moleza
Quando se é afastado
Por ter ficado imprestável
Sem chance para o mercado
Essa lei é condenável
(779)
Pra quem ganha acima disso
Que se faça um esquema
Falo pois não sou omisso
Pra resolver o dilema
Divida em quatro escalas
De dez, de cada dez anos
Peça ajuda aos mestres-salas
Pra não causar desenganos
(780)
E nos primeiros dez anos
Cada um com um por cento
Dos onze aos vinte, sem danos
Aumente pra dois eu assento,
E de vinte e um a trinta
Eleve a três com intento
Mas até quarenta, sinta
Tem de ser quatro por cento
(781)
E vamos fechar a conta
Dez por cento no primeiro,
Com mais vinte em afronta,
E mais trinta bem ligeiro
Aqui ninguém se amedronta
Pra completar cem por cento
Quarenta não desaponta
Quem quiser que tome tento
(782)
Dez, mais vinte, trinta e quarenta,
Fecha a rosca integralmente
Trabalhador se aposenta
Sendo bem inteligente
Com o tempo que quiser
Ele é quem manda e pronto
Não vamos ser Zé Mané
Nem deixar o povo tonto
(783)
Pra parar com um só ano,
De trabalho pra valer
Que se vá com seu abano
Um por cento a receber
Claro que é mensalmente
Mas se for como cigano
Com cinco é diferente
Cinco por cento meu mano
(784)
Mas pensemos trinta e quatro
Até trinta são sessenta
E mais quatro, dezesseis
Porém o plano sustenta
Ganhará setenta e seis
E se for com trinta e oito
Pula pra noventa e dois
Fiz a conta sou afoito
(785)
Mas se quiser com 13 anos,
O cálculo é bem fácil
Pra nós que somos humanos
Até mesmo o Santo Inácio
Dez com seis são dezesseis
Por cento do seu salário
Pago pra todo freguês
Isso é um relicário
(786)
Pago por nossa nação
Que guardará os recursos
Aplicando de antemão
Sem ladrão e sem concursos
Sem confiar em banqueiro
Tudo no Banco Central
Que será o nosso arqueiro
Contra essa gente do mal
(787)
Está aí minha reforma
Simples que nem bê-á-bá
O desconto que retorna
Pra quem vai aposentar
No problema da saúde
Aí são outros quinhentos
A vida sem plenitude
Merece nossos lamentos
(788)
Mas daqui quero lembrar
Que essa ideia é geral
Que ninguém pode escapar
Na cidade ou capital
Inclui mesmo militar
Que é gente igual na vida
Prontos para nos salvar
Na nossa pátria querida
(789)
E no caso da saúde
Essa despesa é de todos
Não venha, pois amiúde
Sem escape e sem engodos
Não precisando criar
Imposto novo em cascata
Basta saber aplicar
Sem querer ser acrobata
(790)
Tirar de onde já se cobra
E mal aplicados são
Pois tem dinheiro de sobra
Circulando na nação
Acabar com privilégios
De dispensa, de isenção
Com todos os sacrilégios
Que sugam nosso povão
(791)
Tendo falta de recursos
Tal débito em conta pública
Os deputados têm pulsos
Pra resolver e sem súplica
Bastando algum se agigante
Fazendo uma boa ação
Determinando bastante
Para a nossa salvação 
(792)
Que da renda dos minérios
Em curso ou que comece
A produzir pelos sérios
Pro tesouro que merece
Porquanto a causa é vital
Pro país e brasileiros
Vamos cair “na real”
Deixar de ser fofoqueiros
(793)
E sendo dever do Estado
Direito do cidadão
Não deve o pobre coitado
Ter seu direito no vão
Dar lucro na atividade
É cruel, sem coração
Essa tal paternidade
Que nos mata sem perdão
(794)
Mas gente vamos explorar
Nossas minas com afinco
Tem todos a imaginar
Querendo tem até zinco
Não deixar que estrangeiros
Na onda de nos salvar
Que já são até vezeiros
Insistam em nos roubar
(795)
Vai até sobrar dinheiro
Pra tudo que se quiser
E o país por derradeiro
Quando melhor lhe aprouver
Será então respeitado
No mundo todo vos digo
Deixar de ser humilhado
Até parece castigo
(796)
Bolsonaro, capitão,
Desista dessa reforma
Não desarrume a nação
Mande arquivar essa norma
O Brasil quer prosperar
O pobre está precisando
Não de esmola, mas lutar
Pro país se agigantando
(797)
Veja bem seu presidente
Pobre sem eira nem beira
Os que dizem sorridentes
É porque são as chaleiras
Querendo apenas agradar
Com intenção dalgum cargo
O povo quer trabalhar
É sério e sem muito embargo
(798)
E depois se der errado
O doutor Guedes não paga
Tudo será apagado
Isso tudo que se indaga
Mas o país já falido
Vem alguém logo transforma
Fica o senhor esquecido
Sem cumprir a plataforma
(799)
Ah uma cosa importante
O tempo de transição
Porque no nosso semblante
Repleto de comoção
Por dez anos será justo
Pra tudo se conformar
Sendo político e astuto
Certamente pensará
(800)
Esse plano aqui proposto
Não invalida a dureza
Digo daqui com desgosto
Apurar a safadeza
Combatendo criminosos
E disso tenho certeza
Porque eles são poderosos
Vamos agir sem lerdeza
(801)
Se há dinheiro pra fundo
Partidário na eleição
Certo que é oriundo
Do bolso do cidadão
Porque então não haveria
Pra saúde então gastar
Mas rombo algum se teria
Sabendo economizar
(802)
O Brasil não é empresa
Que só pensa em dar lucro
Vamos fazer a proeza
Também sair do sepulcro
Porque temos condições
Somos país de riqueza
E também de tradições
Vamos fazer a proeza
(803)
De explorar tudo que nosso
Sem dar margem a esperto
Quando quero tudo posso
Deus está vendo, tô certo
O ministro é competente
Mas não foi do povo eleito
Não pode um mundão de gente
Pagar por plano malfeito
(804)
O dólar tá disparado
A bolsa cai novamente
Precisa ser alterado
O senhor é presidente
Tem gente lhe atrapalhando
Querendo o Brasil pra trás
Procure ir se cercando
Se livre do satanás
(805)
A queimada da Amazônia
Decerto fora estudada
Por gente sem parcimônia
E também estruturada
Pra derrubar o Brasil
No concerto das nações
São coisas de gente vil
De cortar os corações
(806)
Vou ficando por aqui
Tem mais coisa pra tratar
Pelo que noto e que vi
Querem é lhe derrubar
E se não tiver cuidado
Vão tentar o impedimento
Tanto a Câmara ou Senado
Sem cumprir o juramento
(807)
Sendo um poder perigoso
Nossa imprensa revoltada
Tem jornalista maldoso
Com essa grande guinada
De cortar gastos com mídia
Muito mal-acostumada
Parece caso de insídia
Por isso tão revoltada
(808)
Não vejo um jornal sequer
Nem rádio e nem TV
Ou seja lá quem quiser
Elogiar a você
Acha que tudo é errado
Ou então assim vai ser
Já estou acabrunhado
No que vai acontecer
(809)
Sou um velho decadente
Que já perto de morrer
Torci com toda essa gente
Pagando pra tudo ver
Mas a coisa é perigosa
Gente grande não deseja
Porque sendo bem gulosa
Ganha quando se fraqueja
(810)
Vou saindo de mansinho
Peço a sua permissão
Tenha pena do velhinho
Sabendo ser bom cristão
Mande rezar uma missa
Pra minha alma salvar
Pois jamais ficou omissa
Ninguém pode duvidar
(811)
A reforma do trabalho
Seria a salvação
Mas continua o frangalho
Com muita gente no chão
Agora na previdência
Estão apostando tudo
Pois é tanta persistência
Nesse caso cabeludo
(812)
Depois vem a tributária
Que merece ser revista
Pois é gravidez tubária
De repente entrou na lista
A política é só essa
Verdadeira arrumação
Por isso que tanta pressa
Aprovar de supetão
(813)
Mas a reforma completa
Está mesmo no preparo
Tirar quem se locupleta
Do poder que não é raro
Com ética e com moral
Conquistar o sim do povo
Num ambiente legal
Porém não voto de novo
(814)
Presidente por favor
Esqueça essa nossa mídia
Devassa e sem louvor
Mais um caso de perfídia
Quanto mais valorizar
Inimigo declarado
Muito pior o será
E nisso fique calado
(815)
Já andaram até dizendo
Que seu nome foi vetado
Tem muita gente querendo
Seu nome todo manchado
Na ida pra Nova Iorque
Representar o Brasil
De doença tenho choque
Pois é outro meu perfil

 
CORDEL – O que eu quero pro futuro do Brasil – Atualização – 26.09.2019 (PRL)
(816)
Hoje fiquei muito triste
Ao saber dessa mutreta
Eu ponho o dedo em riste
E preparo uma maleta
Pra viajar bem pra longe
E me esquecer da patota
Vou andar tal como monge
Que rouba e ninguém anota
(817)
 Tem alguns parlamentares
Que estão mordendo uma nota
São quatro e meio milhões
Para aprovar a lorota
A Reforma da PREVI
Que triste, horrorosa,
Desgraça que nunca vi
Nesse meu tempo de prosa
(818)
Mas lá na ONU foi dito
Que isso era coisa antiga
Agora já não acredito
Fico com dor de barriga
São gazes pra mais de mil
Cada arroto de lascar
Pela boca ninguém viu
Mas por baixo, de cagar
(819)
Não gostei e nem aprovo
Não sou nada neste mundo
Mas votei e não renovo
Estou calado, profundo
Envergonhado no todo
Não esperava essa merda
Tá todo mundo no rodo
Pois pra nós somente perda
(820)
O pagamento atrasado
Das emendas imorais
Tem nego já desastrado
Que não pode esperar mais
Quer aplicar no mercado
Ganhar da taxa SELIC
Tem o bom e o safado
Bastando apertar o clic
(821)
Mas na sessão do Congresso
O Alcolumbre bem esperto
Votou e teve sucesso
Nesse tal caso do veto
Dezoito já derrubados
O presidente perdendo
Por conta dos aloprados
O país esmorecendo
(822)
O dólar já disparou
No mercado tão ligeiro
Quem comprou então ganhou
O pobre foi pro lixeiro
Tudo de mal a pior
É caso de outra postura
Mas o Mito ficou só
Sem apoio com fartura
(823)
Se eu soubesse, confesso
Esse tal alinhamento
Que me parece regresso
Do congresso com palácio
Então a bosta derrete
E não há quem a domine
Só se comer espaguete
Sou amigo que previne
(824)
Soube até e não gostei
Que o Flávio Bolsonaro
Pensa ser filho de rei
Na CPI deu disparo
Ficou contra os senadores
Também ligou pra colegas
Dizendo dos dissabores
Um bando de gente brega
(825)
Mas verdade seja dita
O discurso em Nova Iorque
Foi altivo e sem desdita
Que Deus nos dê muita sorte
A cabeça não baixou
Presse povo que deseja
Que também sempre sonhou
Que lhe chamemos de alteza
(826)
A França, também Alemanha,
Sofreram belo tremor
Pois sua sede tamanha
De tomar nosso labor
De Cuba e Venezuela
Distância queremos nós
É apertar a ruela
Melhor seguirmos a sós
(827)
Dizer que foi agressivo
É conversa de covarde
Um mesmo de subversivo
Digo aqui sem muito alarde
Pois cansados já estamos
De baixar nossa cabeça
E eles botando os ramos
Antes que o dia amanheça
(828)
Uma coisa interessante
É a turma da desgraça
De chefia meliante
Não há como se desfaça
Do roubo e assim da miséria
Que fizeram ao país
O mal que corre na artéria
É coisa que ninguém diz
(829)
Mas ontem lá no Congresso
O Alcolumbre “tratorou”
Os partidos pequeninos
Que dele até discordou
Em votação anormal
Repleta com excremento
Na maior cara de pau
Golpeou o regimento
(830)
Mas ele é mesmo assim
A grande e atroz decepção
A situação é ruim
No Senado, um vulcão
Vai explodir logo, logo
É muita contradição
E nesse jogo eu não jogo
Deu pior sua eleição
(831)
Dizem na mídia pequena
Que essa nova votação
Da lei não muito serena
É só retaliação
Contra o nosso Tribunal
Que teria autorizado
A medida sem igual
A busca lá no Senado
(832)
No gabinete do guia
Deste governo em vigor
Coisa que nunca havia
E que causou muita dor
Mas na minha impressão
Se ele nada dever
Esqueça dessa emoção
Tudo irá transparecer
(833)
Mas no fundo e com certeza
A medida é só contra
O presidente “dureza”
Sendo pra ele uma afronta
Tudo por conta dos vetos
Que barrou naquela lei
Do abuso de desejos
Que o povo quer, eu sei
(834)
Estão travando o Brasil
Que emperra e nada prospera
Coisa que nunca se viu
No buraco e na cratera
Vamos findar o desgaste
Que já vai longe demais
Nem que seja com guindaste
Na cadeia cabe mais
(835)
Na oitiva do candidato
À Procurador Geral
Muitas perguntas sem tato
E jamais vi coisa igual
Porém o nível caiu
Dos senadores eleitos
Isso muito deprimiu
Cada qual com seus defeitos
(836)
Os membros que fazem norma
Alguns não sabem falar
Mas erram de qualquer forma
Tem jeito de envergonhar
Porém isso não anula
Poderes que o povo deu
Só precisa duma bula
Talvez alguém escondeu
(837)
Vi até gente suspeita
Enrolada a gaguejar
Com pergunta sim malfeita
Querendo alguém acusar
Mas no final das contas
Aprovação foi geral
Quem quiser segure as pontas
De gente que faz o mal
(838)
O grito dos senadores
Chamando a população
Foi um fiasco senhores
De total desilusão
O plano que foi extremo
De fazer independência
Do Senado sem Supremo
Derrapou na competência
(839)
Isso é falta de prestígio
A causa até que é boa
Pois é bem grande o vestígio
Não vamos ficar à toa
O povo ressabiado
Já sentiu que nada vale
Porquê desacreditado
É mesmo bom que se cale
(840)
Imaginem que fracasso
Sem haver a cobertura
Nem mesmo do passo a passo
Dizem que houve censura
Rádio, Tv e Internet
Pra eles não se lixaram
Em um triste balancete
Nessa fria que buscaram
(841)
Duma coisa fiquem certos
O troco vem a caminho
Pois lutar pelos desertos
Se topa com muito espinho
Pode haver reviravolta
Quem é coxo parte cedo
Certamente com escolta
Se desvenda todo enredo
(842)
Parei um pouco e notei
No Supremo Tribunal
Um julgamento nem sei
Nunca tem ponto final
Falaram que era extinção
Das penas da Lava-jato
Teria havido senão
Numa sentença de fato
(843)
Foi o caso do Bendini
Lá do Banco do Brasil
Que nunca tomou Martini
E dinheiro nunca viu
Acusado de propina
Preso então pelo pavio
Por uma pouca neblina
Houve agora esse desvio
(844)
No BB foi aprendiz
E lá muito prosperou
Subiu muito e foi feliz
Com ajuda então contou
Porém tem muita criança
Que essa sorte nunca tem
Mesmo com perseverança
Ou mesmo sendo do bem
(845)
Não adianta ser bom
Se depois você desanda
Porque ao sair do tom
Você sai logo da banda
E entrando pela malícia
Fica mal-acostumado
É caso até de polícia
Então você tá ferrado
(846)
O Bendini foi pra casa
Por uma simples besteira
Como réu que lá estava
Aproveitou da leseira
De não haver sido ouvido
Depois duma delação
Delator também punido
Até em primeira mão
(847)
Então aí tudo ao lixo
Vai haver um quiproquó
Um voto muito prolixo
Não fui criado por vó
O Fachin deu bom voto
E foi contra cancelar
As sentenças do devoto
Para tudo não melar
   (848)
O julgamento prossegue
Com o fito de anular
Nós daqui não somos jegue
Pra não entender do altar
Dar final à Lava-Jato
É proposta de consenso
De gente de muito tato
E que tem crime em suspenso
(849)
Na minha humilde impressão
Tudo é pra soltar Lula
Que está em meia prisão
Não prospera tanta gula
Muita gente já foi solta
Dois anos é muita coisa
Pode até causar revolta
O líder ficou na lousa
(850)
Considero que pagou
Por ele e por muita gente
Que na vida prosperou
Muitos até sem patente
Mandem o rapaz pra rua
Não guardem ódio ou rancor
A verdade nua e crua
É que o Brasil despencou
(851)
Ficando no precipício
Por culpa não sei de quem
Não é esse meu ofício
Seja qual for o porém
Cabe uma luta propor
Para salvar o país
Com dureza e com ardor
O que ninguém nunca quis
(852)
Um fato merece nota
O PSL é “piada”
Sendo bom em anedota
Ou mesmo até em charada
É muita gente saindo
Depois da barriga encher
Com Bolsonaro subindo
Na regra do bem viver
(853)
Se duvidar minha gente
O presidente sairá
Pois um partido demente
Não pode então governar
Tem de ter uma cartilha
Ensinando o bê-á-bá
E prender com a forquilha
Quem para o mal despencar
(854)
O PGR aprovado
Na sabatina que houve
Respondeu desassombrado
Na salada de só couve
Disse lá sua intenção
De não querer se alinhar
Nem entrar na contramão
Mas a todos respeitar
(855)
Até falou num capricho
Que norteia o presidente
Foi claro e sem cochicho
Nem também foi prepotente
A indicação do Eduardo
Não tem nada de anormal
Pois nepotismo é um fardo
É um caso sem moral
(856)
Eu por mim não nomeava
Mesmo o Senado aprovando
Com paciência esperava
Por um novo tempo brando
O rapaz é muito novo
Uma vida a caminhar
Nesse mundo tão seboso
Que tá longe de acabar
(857)
Mas a coisa ficou feia
O Trump em maus lençóis
O impedimento norteia
Olheiros com seus anzóis
Se for assim cai por terra
Grande suporte ao Brasil
Nosso comércio se emperra
Começa um novo perfil
(858)
A falta de liderança
No Brasil já virou moda
Ninguém tem mais a pujança
De virar toda essa roda
Apelaram pro Rauni
Um velho líder indígena
Num palanque frenesi
Onde o PT sempre ordena
(859)
Mas índio falou pouco
Acossado por raposas
E com seu jeito de rouco
Cantando as mesmas prosas
Suscitou pela renúncia
Por parte do presidente
Na pouco feliz pronúncia
Ante o clima sorridente 
(860)
Claro que foi “pau mandado”
Isso que sempre acontece
A banca pende prum lado
E o país é quem padece
Os contrários tão lutando
Por conta das eleições
Que perderam sabem quando
No grito das multidões
(861)
Que se encheu de roubalheira
E gritou com seus pulmões
Mesmo sem eira nem beira
Já enchera seus colhões
Quis mudar e bem tentou
Renovou o parlamento
Mas muita gente enganou
E rasgou o juramento

CORDEL – O que eu quero pro futuro do Brasil - Atualização – 29.09.2019 (PRL)

 
(862)
Aqui mesmo em Pernambuco
Uma Juíza raçuda
Não, não estou maluco
Pedindo Deus me acuda
Mandou fazer alvará
Pra soltar uma quadrilha
Perigosa de lascar
(863)
Foi um próprio deputado
Que falou lá da Tribuna
Contra seu voto, coitado
E me lembrei do Juruna
Na verdade, uma vergonha
O que essa casa aprovou
A quadrilha bem risonha
A tudo comemorou
(864)
Por conta desses tais vetos
Que a Câmara derrubou
Criminosos prediletos
Que o parlamento aprovou
Isso vai acontecer
De norte a sul do país
Difícil mandar prender
Pra que serve ser Juiz?
(865)
Já pensaram minha gente
Em inversão dos papéis
Fica tudo diferente
Tem de apelar pros quarteis
Bando prendendo Juiz
Delegado com algema
Não é o que o povo quis
Então a coisa apostema
(866)
Promotor sendo acusado
De comprar a delação
Vai ser ruim pro magistrado
Perante nossa nação
E o preso ditando norma
Na cadeia a seu prazer
Mas quem é que se conforma
Se a desgraça acontecer?
(867)
A mídia está publicando
Que o velho doutor Janot
Pensou também ir matando
Grande Juiz soltador
Mas lembrou com seus botões
Será que mereço isso!?
Esquecer desilusões
Porque pra mim é feitiço
(868)
Deve então ser publicado
Em pró de sua autoria
E vai vender um bocado
Nessa nossa freguesia
A história é cabeluda
Tal enredo complicado
Pela gente linguaruda
Isso é talvez um achado
(869)
O Juiz, o Gilmar Mendes
Grande tribuno, orador
Será que não compreende
A força do julgador
Não pode ter festival
De soltura, meu senhor,
Cumprir a norma legal
Como ensinou o pastor
(870)
A Rádio Jornal daqui
Já falou que é mentira
E pra daqui pra dali
Opinou um caipira
Repórter de muito nome
Capaz e muito eloquente
De vez em quando ele some
Um rapaz bem diferente
(871)
Aliás essa emissora
Anda à frente dos contrários
E tem suas difusoras
Fazendo bons calendários
Sua audiência é enorme
Ouvida em todo o país
Nosso povo nunca dorme
Sem ouvir sua matriz
(872)
Mas se Janot foi cantado
Pra entrar na zona do crime
Teria denunciado
É preciso que se intime
E que se abra um processo
Para que possa falar
E não virar pelo avesso
Tem de tudo desvendar
(873)
Pois então prevaricou
E deixou sem punição
Quem sabe não aguentou
Mas não seguiu a lição
Aquela que se debruça
Nos bancos da faculdade
Que o professor esmiúça
Numa aula de verdade
(874)
Que saiba, querida gente
Pra ser membro da justiça
Não precisa de patente
Bastando não ter preguiça
E muito fica arrotando
De que estudou pra cacete
E seus votos copiando
De anzol com molinete
(875)
A Polícia Federal
Em uma nova investida
Agora na vesperal
De muita força imbuída
Recolheu uns criminosos
Que muito bem travestidos
E talvez bem orgulhosos
No xilindró embutidos
(876)
Tinha até nunca pensei
Funcionários de escol
Do Banco que invejei
Pensando ser o melhor
Negócio em conta fantasma
Ou de gente que morreu
Coisa que não entusiasma
De vergonha escureceu
(877)
Parece que tem origem
Em Sampa, primeiro mundo
Tenho nojo e até vertigem
E mando um não bem rotundo
Pra esses caras ladrões
Que roubaram muito mais
Do que alguns do petróleo
Esses são uns animais
(878)
Três gerentes e um ex
Desse banco que é gigante
Agiram com rapidez
Movimento interessante
Falam em duzentos milhões
De desfalques e propinas
Há muitas contradições
Em cada qual um freguês
(879)
Saques, lavagem, propina,
Disso tudo confirmaram
Nas ruas e nas esquinas
Muito dinheiro roubaram
O mundo ficou perdido
Os ladrões em abundância
Num esquema colorido
E cheio de petulância
(880)
Juntamente com doleiros
Os que mandam no mercado
Mandem todos pros chiqueiros
Cada qual bem vigiado
Essa classe é poderosa
Trabalha pra gente grande
Mas a rua é tenebrosa
Sem punir ela se expande
(881)
Mas chegou uma notícia
Que a Globo, grande rede
Com toda sua perícia
Encostou lá na parede
O Hulk seu garotão
Que de modo displicente
Ou mesmo de charlatão
Querendo ser presidente
(882)
E já mandou um recado
Se for não queira voltar
Não cabe nesse mercado
A dois Deuses exaltar
Porém eu não creio nisso
Conversa pra boi dormir
Pois ele tem compromisso
De martelar o Jair
(883)
Pois tem a renovação
Da licença pra explorar
Nenhuma contradição
Que pode até não lograr
Se Bolsonaro quiser
Pode mesmo barganhar
E se melhor convier
Licença não renovar
(884)
A verdade é que vivemos
Clima tenso e delicado
E direitos nunca temos
Pois sempre fica do lado
Pior do que anos sessenta
No tempo do Jango lá
Desse jeito não se aguenta
Providências são pra já
(885)
Esse aperto está correto
Pra conter todo ladrão
Mas existe um terceto
Que é contra o cidadão
E então fere interesse
De alguns ratos de plantão
Porque se o lema for esse
Fulmina nossa nação
(886)
Tenho visto lá no Tube
Gritos dalguns isolados
De vez em quando amiúde
Implorando pros soldados
Dar um basta nisso tudo
Pra ajustar comportamento
Que honesto e conteúdo
Mude o clima tão cinzento
(887)
Confesso fico humilhado
Pensando votar pra quê!
Pois todos temos falhado
Digo aqui, mas e você?!
Essa gente até engana
Mas fala tudo o que quer
Chamar o “homem” de banana
Só mesmo perdendo a fé
(888)
E por cima inda dizendo
Que os nossos militares
Não estão nada querendo
Porque pensam noutros ares
Mas daqui das minhas linhas
Imagino diferente
Causas que também são minhas
E também de toda gente
(889)
Porque se ficar pior
Um jeito irá detonar
Sem violência e sem nó
Até a coisa acalmar
Não precisa muitos anos
Pra poder remediar
Só pra limpar nossos panos
Que muitos sabem sujar
(890)
Uma coisa que me estranha
É por demais propalada
Prometem sua façanha
Cumprir em sua jornada
A carta magna em vigor
Mas parece que é charada
De prefeito a senador
Pois a carta está rasgada
(891)
Tem a carta do Senado
E da Câmara também
Do Supremo seu recado
Pra sua carta, meu Amém
Porém a do presidente
Parece não tem valor
Porque é total dependente
Nada faz se não compor
(892)
Nosso regime afinal
De completa ditadura
Cada poder um sinal
Vivemos numa amargura
É preciso dar um jeito
De resolver a pendenga
Seja no bem ou no peito
Porém é bom sem arenga
(893)
Nesses dias eu me lembro
Da revolução cubana
Quando Fidel com seu quengo
Saiu de sua campana
E tomou de supetão
O poder naquela ilha
Pra governar a nação
Impondo a sua cartilha
(894)
E comandou por decênios
Mandando e desmandando
Juntamente com seus gênios
Mas a ilha desgastando
Quase isolada ficou
No comércio, desengano
Na medicina vingou
Deixou de ser soberano
(895)
Quando um homem do bem
Quer combater tanto mal
Pra alguns que não convém
É melhor sentar o pau
A lei do Moro pifou
Num congresso muito pífio
E muita gente escapou
De ficar no precipício
(896)
E baixou sua cabeça
Respeitando a decisão
Cada crime que apareça
Terá uma nova ação
Mas sem respaldo de cima
A Lava-jato agoniza
Pois uma fome canina
Faz tudo por uma pizza
(897)
Mas a nossa oposição
Tem receio muito mais
Do Moro do que do Bolso
Pois seu nome nos anais
Do povo virou colosso
Já propagam de antemão
Quem come a carne rói o osso
Governará a nação
(898)
Se eu fosse ele, confesso
Sairia desse inferno
Porque a paz que professo
É meu desejo fraterno
Sairia dessa encrenca
Pois nada tem a ganhar
E quando o ladrão despenca
Deseja logo vingar
(899)
Enquanto houver criminoso
Dentro da situação
O clima fica reimoso
Esperando a solução
Diga adeus meu caro Sérgio
Vá embora proutra plaga
Pois não vejo privilégio
Num mundo todo de chaga
(900)
Mas o Palloci tem mais
Muita coisa pra contar
Por baixo dos capinzais
O crime pode aflorar
A consciência doendo
O coração a coçar
Tem gente que está torcendo
Pra ele logo infartar
(901)
O Supremo tem bom quadro
De gente bem preparada
E se todos em esquadro
Fariam grande jornada
Pois de leis eles entendem
Basta a norma praticar
Não podem, pois se pretendem
Novas leis sempre criar
(992)
Nosso Lula nomeou
Tóffolli e o Ricardo
Carmem e também brindou
Rosa Weber, um achado
O Collor foi Marco Aurélio
A Dilma deu o legado
Sem fazer muito mistério
A dois grandes magistrados
(993)
O Fux também foi guindado
Pela Dilma presidente
Mas o Gilmar indicado
Por um capaz eloquente
Fernando Henrique Cardoso
Pro Celso Sarney capaz
O Temer bem cuidadoso
Guindou então o Morais
(994)
Uma salada em bom gosto
Cada cabeça seu mundo
Ser fiel e ser oposto
Deixa o povo moribundo
Competência em demasia
A serviço do direito
Não precisa cortesia
De cada qual um preceito
(995)
O povo tá estuprado
É grande toda descrença
Porque está governado
Por pessoas sem licença
Que não foram aclamadas
Pelo povo na eleição
Parece tudo piadas
E grande contradição
(996)
Mudando um pouco de assunto
Eu ouvi um zum, zum, zum
Confesso fiquei de pé junto
Não é um caso comum
Soube dum aeroporto
Clandestino em Brasília
Carregado de conforto
Pra atender a família
(997)
Do crime e da roubalheira
Do tráfico e das propinas
De gente boa altaneira
Que foge pelas esquinas
Mas se isso for verdade
Podem contar os seus dias
Apelo por caridade
Pro Exército de Caxias
(998)
Não deixem nosso Brasil
Ficar entregue às baratas
No comando gente vil
Tão ligeiras que nem ratas
Algum louco vai gritar
E determinar um basta
Não se deseja aguentar
A turma da raspa, raspa
(999)
Mas o novo PGR
Deseja tudo abrandar
E que ninguém nunca berra
Pois veio para ajeitar
A Lava-Jato findando
O querer de algum ricaço
Que pros santos tão rezando
Ou mesmo envergando aço
(1000)
Quando falo em militares
Não liguem com violência
Jogar corrupção pros ares
E sem fase de carência
Porém com vontade cívica
De cumprir nobre missão
Vamos dar a volta olímpica
E subir nosso pendão

 CORDEL – O que eu quero pro futuro do Brasil – Atualização - 04.10.2019 – (PRL)
(1001)
Mas a reforma passou
Falo só da previdência
Dúvida alguma me alcançou
Com Davi na presidência
Faz o que quiser e manda
Quem não concorda se ferra
Tem de ser de sua banda
Senão a carreira encerra
(1002)
Quando se julga perdido
Numa votação qualquer
Sai da pauta sem pedido
Pense lá o que quiser
Esperto e com rapidez
Transita com sutileza
Enrola a qualquer freguês
É nítida sua afoiteza
(1003)
Já tem os seus preferidos
Para dar seu parecer
São suportes garantidos
Que se aceitam sem querer
Mas o DEM tem primazia
Que está virando rotina
E com essa cortesia
Vão passando brilhantina
(1004)
Tenho uma parca impressão
Que gente despreparada
Para exercer a função
Foi entrando de enxurrada
O Congresso decresceu
Na qualidade suprema
Porque o povo esqueceu
De mudar a cantilena
(1005)
Votaram primeiro turno
Mas já mandaram recado
De modo um tanto soturno
Para ser gratificado
Querem dinheiro demais
Pra estado e município
Pois gastador eficaz
Esquece qualquer princípio
(1006)
Assim em nome de pacto
Que dizem nacional
Num país que é intacto
Querem gastar do pré-sal
Ainda a ser explorado
Antes mesmo do Natal
Num conluio exacerbado
E num arroubo final
(1007)
Estão estamos contando
Com o ovo no furico
Da galinha que chocando
E nos fazendo de rico
Para encharcar toda pança
De governos e prefeitos
Que gastam como criança
Nunca ficam satisfeitos
(1008)
Ontem alguns senadores
Com total demagogia
Dizendo-se tradutores
Com total alegoria
Que votavam constrangidos
Mas que era a solução
Para o fim da letargia
E pra salvar o povão
(1009)
Salvar do que minha gente
Essa uma boa pergunta
Não sou burro, mas descrente
Quando essa gente se junta
Pra salvar a economia
Só há um jeito palpável
Investir com ousadia
Em atividade rentável
(1010)
E que gere muito emprego
Matando a fome do povo
Trazendo grande sossego
Um apelo que renovo
Mas esqueçam das empresas
Que compraram de má-fé
E com muita sutileza
Comandaram o banzé
(1011)
 Câmara não fica atrás
Mais de quinhentos patetas
A votar cada vez mais
Enchendo suas gavetas
Tudo com gosto de Gás
As emendas são sagradas
Quando quer tudo ela faz
O país numa roubada
(1012)
Sobre os vetos propalados
Confesso não me empolguei
Dizem que foi acordado
Nisso não acreditei
Mas o boato é que Flávio
Votou contra o próprio pai
Tem muita razão o adágio
Quanto mais mente, mais cai
(1013)
E fica num puxa encolhe
O Brasil todo temendo
Que o presidente se molhe
O povo fique gemendo
Pois se a galera deixar
De doar o seu suporte
A coisa vai fracassar
E o diabo vem mais forte
(1014)
Vejo com muita tristeza
Decerto em todo lugar
Muita gente com torpeza
Ao presidente acusar
Além disso tem coragem
De falar pros quatro cantos
Da Dilma foi rapinagem
Muitos reclamam seus prantos
(1015)
Da Tribuna um senador
Veemente foi horrível
Que a situação de pavor
A coisa parece incrível
Engrossou depois da Dilma
Ser enviada pra casa
O povo que a tudo filma
Não prospera, só atrasa
(1016)
Que no tempo dela tudo
Estava em grande beleza
Quando somente o graúdo
Dizendo minha tristeza
Era quem mandava em tudo
Seu dinheiro amontoava
E com roupa de veludo
Logo se emperiquitava
(1017)
Na história do Janô (*)
De matar doutor Gilmar
Nem sei se mesmo colou
Só agora quis contar
Seu livro já publicou
Vai vender bem adoidado
Se rico inda não ficou
Vai chover no seu roçado
(1018)
Tomaram seu passaporte
Impuseram-lhe distância
Isso é igual uma morte
Sem nenhuma tolerância
Teve mandado de busca
E mesmo de apreensão
Quando agora tudo ofusca
Nem arma não tem mais não
(1019)
Acabou de ser julgada
A anulação de processo
Cuja instância acusada
Por falha que aqui expresso
O réu tem de ser ouvido
Bem depois do delator
Mas o placar foi renhido
Isso vai ser um pavor
(1020)
Os atos que praticados
Sem essa nova lição
Poderão ser cancelados
Prejuízos pra nação
Vitória dos advogados
Que custará muita grana
Os brasileiros chocados
Não gostaram da chicana
(1021)
Se fosse a partir de agora
Não tinha problema algum
Pego o boné vou embora
E vou quebrar meu jejum
Efeito retroativo
É doloroso afinal
O voto não positivo
Já se sabia de qual
(1022)
Ficou formada uma tese
A decisão vai sair
Estamos na exegese
Tudo parece ruir
Essa que vai guiar
As decisões do futuro
Pra tudo se ajustar
Como fogo de monturo
(1023)
Naquela ação sobre o Flávio
Juntamente com Queiroz
O Gilmar, um grande sábio
De certa forma veloz
Mandou tudo suspender
Falou grosso e sem temor
Botando pra derreter
Todo cheio de pudor
(1024)
Mas aqui faço parêntese
Pruma notícia que li
E vou dizendo na síntese
O que de raspão eu vi
O Hulk foi aplaudido
E mesmo ovacionado
Pois no Recife é querido
Pra presidente indicado
(1025)
Diz ele que não pretende
Colocar-se na disputa
E assim nos surpreende
A Globo segue na luta
E seu cabo eleitoral
Abre brecha todo dia
Se vingar será fatal
A festa de alegoria
(1026)
Mas quem seria esse cabo
Não é preciso dizer
Escorrega tal quiabo
Tudo pode acontecer
Porque essa briga inglória
A Globo tem seu poder
Pode ficar na história
Alguém terá de ceder
(1027)
Até correu um boato
De que fora demitido
Isso jamais será fato
Estava descontraído
Sua audiência é gigante
No Norte, também nordeste
Por vezes meio pedante
Por outras, cabra da peste
(1028)
E no fio da meada
Parece estar ocorrendo
Uma propensa jogada
O sistema derretendo
Para o parlamentarismo
Encostando o presidente
Parece até com cinismo
Somos muito pacientes
(1029)
Bolsonaro em nada manda
O que diz fica no ar
É como tocar a banda
Deixando o vento levar
Mas lhe faltam com respeito
Em tudo o que ele diz
Por enquanto leva jeito
De não tomar o país
(1030)
O Ministro Marco Aurélio
Deu uma aula de direito
E num voto muito sério
Pediu pro Toffoli ter jeito
Tenho nítida impressão
Que isso não vai vingar
Podem soltar de roldão
E o negócio avacalhar
(1031)
Causou-me até estranheza
Palavras duras faladas
Com respaldo em sutileza
De gravações saqueadas
Totalmente criminosas
Contra o Código Penal
Se tornaram vaporosas
Lá no meio criminal
(1032)
É que uma prova indecente
A justiça assim condena
Mas o cara sorridente
Afirma valer a pena
E disso tenham certeza
Valem-se da crueldade
Porque são suas altezas
Expoentes de verdade
(1033)
Há em curso um movimento
Para mudar o Senado
Que é belo atrevimento
Mas parece fracassado
Por falta de pujança
E de tribuna também
Vinte e um estão na dança
Que não faz mal a ninguém
(1034)
Pouco ocupam a palavra
Ficam por baixo com medo
Algum ou outro se salva
Mas parece estar azedo
Alcolumbre dera um nó
E amarrou na solidão
Por isso tenho até dó
Final da rebelião
(1035)
Ainda na quarta-feira
Na votação da reforma
Alcolumbre sem leseira
Com ele o caldo entorna
Colocou então na mesa
Uma imundície em vergonha
E com grande ligeireza
Enganou esses pamonhas
(1036)
Colocou em votação
Mas sem qualquer cerimônia
Pra endividar a nação
Em dólar e sem parcimônia
Empréstimos pra cidades
Deste famoso Brasil
Porque isso é só maldade
Muita pólvora em barril
(1037)
Os pobres dos senadores
Tudo aprovam a granel
Ajudando aos tomadores
A gastar no carrossel
O pior é que não pagam
Empurram com a barriga
E quando vencem se cagam
E vem a velha cantiga
(1038)
Mas com aval da União
Uma forte garantia
O país perde a noção
Com tanta hipocrisia
São milhões e mais milhões
Que tomam no exterior
Dólares aos borbotões
O povo então se lascou
(1039)
Uma grande novidade
Apareceu na sessão
E com muita agilidade
Muita gente de plantão
Deu um golpe de mestrado
E depois da discussão
Liberou o tal abono
De um mês para o povão
(1040)
Segundo fontes ouvidas
Essa tal liberação
Foi assaz desprevenida
E desfaz essa equação
Tem um impacto gigante
Muito mais de cem milhões
Muita cabeça pensante
Devia estar na prisão
(1041)
Mas o Guedes avisou
Que vai descontar depois
Nas verbas que ele criou
Não sou burro, mas vós sois
Teve apoio do governo
Que pouco mobilizou
Comandar esse inferno
É difícil sim senhor
(1042)
Mais uma vez eu repito
Sou um cara independente
Quando falham tenho agito
Também não sou prepotente
Não torço contra o país
Se me leu muito agradeço
E também foi porque quis
As críticas eu mereço

 
 CORDEL – O que eu quero pro futuro do Brasil – Atualização - 07.10.2019 (PRL)
 
(1043)
A insegurança jurídica
Que manobra no Brasil
De certa forma fatídica
Abarca problemas mil
E ninguém está seguro
Nem sequer na própria casa
Nem mesmo lá no palácio
Porque então a coisa vaza
(1044)
O tal ministro Palloci
Dedurou e com detalhe
Quem é culpado se coce
Não venha com achincalhe
Têm de ir para a cadeia
Os santos, caras corruptos
Que roubaram coisa alheia
E se fartaram de frutos
(1045)
Tem até gente enganosa
Que pensava ser honesta
Mas entrou na bananosa
Com atitude funesta
Que não tem o que dizer
A não ser se confessar
Para nunca mais fazer
O que mais fez foi roubar
(1046)
Confesso não sei entender
Como se aparelha tanto
Um país bom de crescer
Que nos causa tanto espanto
Pra onde quer que se mexa
Há sempre perto um corrupto
Não tem mais aquela deixa
É um mal ininterrupto
(1047)
Soube há poucos momentos
Que a França vai esnobar
Brindando um líder detento
Tal cidadão do lugar
Pelo que fez pelo pobre
E pela paz mundial
Cada atitude tão nobre
Que não existe outro igual
(1048)
É o Lula do nordeste
Que no tempo de rapaz
Mostrou ser cara da peste
Foi em busca de algo mais
E viajou pra São Paulo
Onde lá se destacou
Digo daqui não me calo
À presidência chegou
(1049)
Foi lá que tudo aprendeu
Com gente de nomeada
Pois então ele cresceu
Sua mente lapidada
Pois não quero acreditar
Que uma pessoa modesta
Possa tão se desviar
Ao ponto de desonesta
(1050)
A justiça está maluca
Desejo de se livrar
Porque preso ele cutuca
E solto não vai parar
Se ele diz querer ficar
Não sei se pode escolher
Entendo melhor soltar
Pra que possa se mexer
(1051)
O doutor Rodrigo Maia
Um verdadeiro mandante
Espero que nunca caia
E prossiga radiante
Esbanjou categoria
E decerto sorridente
Falou com toda euforia
Que não quis ser presidente
(1052)
Na crise do então Michel
Quando foi denunciado
E quase virando réu
Bastaria ter votado
Apoiado num pedido
O afastamento do cargo
Que seria digerido
Na conversa é muito largo
(1053)
E como seria o seguinte
Numa ordem sucessória
Assumia com requinte
Entrando para a história
Mas nisso ele tem razão
Em seguida tentaria
A sua reeleição
E todo mundo engolia
(1054)
Mas uma verdade é clara
Foi reeleito deputado
Com diferença bem rara
Não foi um dos mais votados
Agora pegou prestígio
Sabido como ninguém
Sabe enrolar no litígio
Do jeito que lhe convém
(1055)
O boato corre solto
Reforma do ministério
E por mais que desenvolto
Não se fala no minério
Mas uns cinco irão mudar
Pra melhorar o convívio
Na área parlamentar
 
E pra gerar um alívio
(1056)
Pois o governo perdendo
Em diversas votações
Alguns deles se escondendo
Talvez por outras visões
Porém isso é um sinal
De possível toma lá
Que combateu afinal
Para não ter o dá-cá
(1057)
Falam na Casa Civil
E também Educação
No Turismo já se viu
A PF de antemão
E no da Cidadania
O Terra deve deixar
Isso não é cortesia
Se preciso, vai mudar
(1058)
E no do Meio-ambiente
A mudança demorou
Um rapaz inteligente
Que ao presidente apoiou
Também ficou enrascado
Com essas ditas queimadas
Como se fosse o culpado
Nesse jogo de charadas
(1059)
Uma coisa interessante
Que acaba de acontecer
Isso que acho chocante
O presidente atender
Vai ter de tudo explicar
Ao Supremo Tribunal
Quem é que quer dizimar
A floresta, algum boçal
(1060)
Pois na ONU ele disse
Que de Ongs desconfiava
Mais uma grande chatice
Desse jeito a coisa trava
Mas foi o doutor Morais
Que fez interpelação
Esse país tá demais
Precisa de um trovão
(1061)
O direito de opinar
Está sendo viciado
Se é pro Bolso calar
Pra mim está tudo errado
Quem pode o mais pode o menos
Emitir opiniões
Não mancha quaisquer terrenos
Não aceita supetões
(1062)
Soube no dia passado
Que um vizinho de cela
O presidente acordado
Do Adélio, bom de trela,
Uma missiva escrevera
Dando conta do atentado
Ou é mandado ou besteira
O crime já desvendado
(1063)
Mas uma coisa cansou
O fato de não poder
Fazer tudo que falou
Quando estava a concorrer
Quem não pode não promete
Porque o povo se engana
A confiança derrete
Nosso avião nunca plana
(1064)
Todo dia há novidade
Até no particular
Gente, pela caridade,
Deixe o rapaz governar
Porque ele quer na paz
Não pensou em engrossar
Esse aperto tá demais
Parem e queiram pensar
(1065)
Porém um grande perigo
Foi passar a presidência
Pro Guedes que não consigo
Ver toda sua eloquência
Talvez um tiro no pé
Duma campanha arretada
Quer de homem ou mulher
Porquanto deu tudo em nada
(1066)
O que mais me apavora
É que estamos sem saída
Se a providência demora
Melhor nossa despedida
Pois pra ser igual a antes
Ludibria essa nação
Nossa luta extenuante
Não compensou a ilusão

 CORDEL – O que eu quero pro futuro do Brasil – Atualização - 11.102019 (PRL)
(1067)
Mas a nossa paciência
Não tem saco pra aguentar
A todos peço clemência
Pra toda essa merda mudar
Dando um basta no congresso
Ou teremos de parar
Não se discute o progresso
E só dinheiro a jorrar
(1068)
Os que usam da tribuna
Não sabem nada falar
Mas ganham uma fortuna
Pro governo criticar
De ladrão a filho da puta
E ninguém pode escapar
O do governo só escuta
Não aprende a rechaçar
(1069)
A oposição é sabida
Tem certeza da burrada
E se encontra enfurecida
Só sabe jogar pedrada
E já com medo da próxima
Eleição que se avizinha
Perco por aqui a rima
Pensando que era só minha
(1070)
Todos os dias da vida
Batendo em Bolso e no Moro
Por culpa assim dividida
Vai ser um chabu sonoro
Porque querem afastar
Da memória do eleitor
O seu mal de governar
Que próprio de malfeitor
(1071)
E assim queimando esses dois
Abre brecha para o Lula
Que vai ser solto depois
Que acabar essa firula
Nem mesmo tornozeleira
Terá então que usar
Isso pra ele é besteira
Seu desejo é governar
(1072)
Por isso é que falamos
Que gastar tanto dinheiro
Por aqui não nos calamos
Sem sair desse atoleiro
A grana com deputados
Seria de bom proveito
Se tirassem os pecados
Mas disso ninguém tem peito
(1073)
E senadores também
Mau costume e muito olhado
No dinheiro que convém
No pré-sal estão vidrados
Querendo comer o ovo
Que a galinha vai parir
E vai ser rombo de novo
É dinheiro pra entupir
(1074)
O governo na sinuca
Ou abre ou não vota nada
Essa coisa está maluca
Isso que grande cagada
Talvez até bem melhor
Que mudança não houvesse
Pois essa turma é pior
Vamos fazer nossa prece
(1075)
Com o líder do governo
Sendo do MDB
Nesse negócio moderno
Difícil de acontecer
Pois é um loteamento
De cargos para valer
Ninguém aqui é jumento
Que não se possa entender
(1076)
Agora falando em crise
Desse tal Pêesseele
Que já caiu da marquise
E só podridão expele
Com os casos dos laranjas
Nas eleições que passaram
Produzidas sem ter granjas
Com dinheiro festejaram
(1077)
O presidente então quer
Mudar para outro partido
Mas o pecado não é
Por ratos foram roídos
Porque todos são iguais
Programa só mentirinha
Nos escritos são legais
Um conto da carochinha
(1078)
Imaginem a desgraça
 Que nos vai acontecer
Talvez até por pirraça
A emenda vem pra valer
Prefeitinhos empolados
Com dinheiro de granel
Vão ficar bem enrolados
Comendo sopa no mel
(1079)
E se for curta eu emendo
Pra que se possa sorrir
 A desgraça estou prevendo
Mas se pode prevenir
O petróleo milagroso
Que escondido no fundo
Do mar é bem poderoso
Não se renova, infecundo...
(1080)

A divisão ficou certa
Pois a Câmara aprovou
E deixou a porta aberta
Pra quem já muito gastou
O festival de recursos
Vai ser mesmo brincadeira
Abrilhantar os discursos
No ninho e na ratoeira
(1081)
Grande notícia do dia
O ministro declarou
Que da pasta não saía
E todo mundo calou
Mas que força grande é essa
Poderia se afastar
Apurar é o que interessa
Não em dúvida ficar
(1082)
E veio aquela enxurrada
De óleo pelo Nordeste
Numa grande palhaçada
De alguns caras da peste
Dizem da Venezuela
Que diz ser tudo inverdade
Quem cair nessa esparrela
Pode estar com falsidade
(1083)
Falam que foi dum navio
Que se afundou no passado
E deixaram lá um fio
E tanque dilacerado
Foi dos idos de quarenta
Conversa pra boi dormir
Essa turma muito inventa
Dá vontade de sorrir
(1084)
Alguma coisa esquentando
Na CPI do BNDES
Muita gente se queixando
E também fazendo prece
Pois a lama muito suja
Vai machucar muita gente
Que viveu só de lambuja
Num passado diferente
(1085)
É dinheiro pra lascar
Pois dele fizeram festa
O Brasil só a quebrar
A coisa é bem funesta
Verdadeiro festival
Pro país e para o mundo
Foi um grande bacanal
Vai pegar o vagabundo
(1086)
E quanto a gente pensando
Que tudo já terminou
Novos casos vão sujando
Porque ninguém escapou
De tirar do bolo um naco
De enricar tão depressa
Mas num clima tão opaco
Do jeito que lhe interessa
(1087)
Tem até ex-presidente
Que vai responder de novo
Por desvio displicente
Junto com os seus baba-ovo
Serão algumas dezenas
De processos Federais
Liguem as suas antenas
Pois não termina jamais

CORDEL – O que eu quero pro futuro do Brasil – Atualização -  12.10.2019 (PRL)
(1088)
Esse tal de prêmio Nobel
Que vinha para o Brasil
Que parece ser cartel
Nosso povo nunca viu
Mas sendo da roubalheira
Ninguém jamais roubaria
Na terra da ratoeira
Ladrão bobo é teoria
(1089)
Foi então quando souberam
Dessa tal de Lava-jato
E com medo já disseram
Ninguém aqui para o pato
Pra Etiópia é melhor
Lá mora a pomba da paz
O Brasil num grito só
Rouba até o satanás
(1090)
E mata por brincadeira
E nunca descobre o autor
É crime na cachoeira
Crime com muito terror
E fica até pra semente
Sendo até de pau mandado
Quem apura né demente
E fica sempre acordado
(1091)
Na proclamação da Santa
Irmã Dulce lá dos pobres
O povo rezando encanta
Até mesmo muitos nobres
Do Brasil um festival
De gastança e sem pudor
Parecendo carnaval
Deputado e senador
(1092)
Pois vinte parlamentares
Viajaram sem gastar
Os dinheiros pelos ares
Sem contas para prestar
Diárias e ajudas de custo
Hotel de primeira linha
E com seu bolso robusto
Por conta da viuvinha
(1093)
E também na comitiva
Tem gente que nunca reza
Nem tem iniciativa
Porque nem sempre se preza
Não acredita em Jesus
E nem na Virgem Maria
Só faz o sinal da cruz
Pra enrolar a freguesia
(1094)
Parece um trem da alegria
Quem sabe com o condão
Ou mesmo por terapia
Talvez conseguir perdão
Da Santa lá da Bahia
Coisa que não é moleza
Porque peca todo dia
É próprio da natureza
(1095)
Mas sobre nossa polícia
Falou-se em unificação
O Moro não por malícia
Já respondeu com seu não
Claro que tudo é por conta
Da falta de capital
Pois o ladrão se amedronta
Se polícia federal
(1096)
Essa ideia é muito boa
Pois se ao governo compete
Conduzir bem a canoa
Mesmo sendo no porrete
Garantir a segurança
Do povo e das entidades
Com sucesso e com pujança
Fora de calamidades
(1097)
Poderia ser assim
A partir de agora então
Acabou o tempo ruim
É federal de roldão
Pros novos policiais
Era legal para a nação
Pois em passos cruciais
E com boa educação
(1098)
O crime iria cedendo
Pra patamar aceitável
E menos gente morrendo
Pois está desagradável
Embora havendo melhora
É preciso fazer mais
Não vamos passar da hora
O que é ruim fica pra trás
(1099)
O problema bem maior
É que os cofres arrombaram
Sem piedade e sem dó
Mais dinheiro fabricaram
Puseram a máquina a rodar
A imprimir aos bilhões
Mas não querem se acusar
Vivemos por ilusões
(1100)
A nossa dívida interna
Já beira os seis trilhões
Está mesmo uma baderna
Aumenta aos borbotões
E ficam só na rolagem
Pago amanhã ou depois
Numa bela sacanagem
E nem digo o que vós sois
(1101)
No Senado Federal
Há um nobre senador
Todo dia mete o pau
No governo com rigor
Esculhamba até o chefe
Eleito por maioria
E fala que tudo é blefe
Numa bela hipocrisia
(1102)
Por acaso nem recorda
Do tempo que foi ministro
Foi chamado de calhorda
Pelo caso tão sinistro
Aquele das ambulâncias
Pra saúde melhorar
Foi demais a ressonância
Pagaram pra faturar
(1103)
No preço de uma, duas
O festival foi bacana
E crianças quase nuas
Vivendo que nem banana
Sem comida e sem saúde
Num aperto de horror
Nem falo da juventude
Que de promessa sobrou
(1104)
E mete a boca no mundo
Falando de desemprego
Pois nisso ele é profundo
Demonstra muito sossego
Seu governo destruiu
O pobre todo enganado
Prometeu e não cumpriu
O povo desempregado
(1105)
Minha casa minha vida
Só pra ganhar eleição
Mas dinheiro sem guarida
Devendo na construção
O tal de bolsa família
Uma grande enrolação
Precisou até de vigília
Pela tal putrefação
(1106)
Nesse país minha gente
O delator tá com tudo
Tem a chave da cadeia
E domina o conteúdo
Bastando então se arretar
Com essa ou aquela pessoa
Então passa a delatar
De revide não perdoa
 
(1107)
Se por acaso mentir
Não se vê a punição
Quando tem de rescindir
O acordo de antemão
E devolver pra cadeia
Sem qualquer apelação
Porque na vida incendeia
O mundo do cidadão
(1108)
Nesse caso de queimada
Da Amazônia ou geral
A Globo bem animada
Conduz o país pro mal
Não se sabe dos motivos
Desse trabalho do contra
Esses caras são ativos
Com muito jeito de lontra
(1109)
Conseguem dados incríveis
Sempre de primeira mão
São muitos os detetives
A trair nossa nação
Ou tem dinheiro de fora
Entrando aqui de roldão
Que nosso governo ignora
É cassar a concessão
(1110)
Caso não seja possível
Algo terá de ser feito
Porque isso até é passível
De se ajustar o sujeito
Que falar mal do país
Pro mundo na transmissão
Pois temos vários brasis
Precisa de intervenção
(1111)
Outra coisa que é urgente
É constatar os salários
Que recebe toda gente
Nos fazendo tal otários
Porque já se desconfia
Que como pessoa física
Agem com muita ousadia
E fica aqui nossa crítica
(1112)
Tem mesmo que conferir
Se estão recolhendo imposto
Principalmente o da renda
Que pagamos com desgosto
Porque senão acontece
Nosso pobre então pagar
Quando o governo amolece
Já sabe quem vai chorar
(1113)
Não gostei e aqui repito
As notícias quando ruins
A culpa é do capitão
Quando são boas e afins
Logo aparece o bonzão
Há coisas interessantes
Como a privatização
Com todos atenuantes
(1114)
Pois em governos passados
Primeiro faziam as ondas
E todos sobressaltados
Sondavam com suas rondas
O presidente endeusado
E tocava o falatório
Não vai ser privatizado
Com palmas do auditório
(1115)
Nem o BB, Caixa e PETRO
Então o povo vibrava
Com carinho e com afeto
Porque a gente gostava
Mas agora é diferente
Vem um secretário e diz
E não soa pertinente
Nisso que penso infeliz
(1116)
Pois não tem repercussão
Não se pode acreditar
E nem tem aceitação
O Guedes diz venderá
Tudo sem nada escapar
E a briga se divulga
O mercado quer ganhar
No final o povo julga
(1117)
Porque a voz foi usada
Por pessoa diferente
Fica essa palhaçada
E ninguém está contente
Essa é minha opinião
Que digo com muita pena
Deve ser o Capitão
A dominar essa cena

CORDEL – O que eu quero pro futuro do Brasil – Continuação – 14.10.2019 (PRL)
 
(1118)
Essa vida é complicada
Tem gente que nem parece
Sua opinião é vidrada
Ficando cego e não cresce
Sou daqui independente
Dou a minha opinião
Também nunca fui demente
E nunca fui burro não
(1119)
Mas votei no vencedor
Não tinha nenhuma opção
Não combino com horror
Nem com qualquer corrupção
Discordo do que acho errado
E critico pra valer
O cara fica arretado
Não sei o que vou fazer
(1120)
Hoje perdi novo amigo
Porque dele discordei
Falou no que estão fazendo
Isso que já lhe contei
Privatizar, vender tudo
É mesmo fácil demais
Faltando algum conteúdo
Porque só assim, jamais...
(1121)
Era um amigo arretado
Formado no bom direito
Inteligente e letrado
Talvez com esse defeito
De não ceder uma linha
De sua arraigada certeza
Que nem sempre é a minha
Fica aqui a sutileza
(1122)
Esse cara me tirou
De problemas complicados
Também sempre me ajudou
Nesses meus parcos recados
Daqui não digo o seu nome
Pois tenho minha impressão
Que também combate a fome
Que prospera sem perdão
(1123)
O governo trabalhando
Pra reformar tudo e o resto
O desemprego atolando
Um fato mesmo funesto
Só se vai criar emprego
Quando tudo for vendido
Isso me tira o sossego
Sinto-me um cara perdido
(1124)
Não é porque não concordo
Com tudo o que o homem faz
Que desaprumo meu bordo
Ou possa voltar atrás
Porque vale a tentativa
De mudar de todo jeito
Evitando a recidiva
Porque tem pior efeito
(1125)
Seria muita afoiteza
Ser o tal bem entendido
Fico com minha rudeza
Dum pobre bem enxerido
Que gosta de dar palpite
Pá daqui pá dacolá
Cada qual tem seu limite
Até o barco afundar
(1126)
Aconteceu no Supremo
Uma grande negação
Numa medida em extremo
Tomada por juizão
A CPI do futebol
Não vingou na decisão
Desgraça de sol a sol
Não vai ser pego o ladrão
(1127)
Falam que a CBF
É uma empresa privada
Que todo dia enriquece
A comandar a jogada
Faturando seus milhões
 Na bandeira brasileira
Por conta dos sabichões
Que estão sem tornozeleira
(1128)
Nem precisamos de indústria
Para o povo trabalhar
Porque isso dá angústia
Muita gente pra esmolar
Muitos do bolsa família
Tem saúde pro trabalho
O povo só em Brasília
Bebendo, não acha o atalho
(1129)
Daqui renovo de novo
Minha antiga sugestão
Não ponho em pé nenhum ovo
Basta ter boa noção
Chama todos os prefeitos
E dá ordem bem severa
Contratem esses sujeitos
Que o Governo coopera
(1130)
Ganhando um salário-mínimo
Descontando a previdência
Será bem bom para o íntimo
Mostrem sua competência
Não chamem quem é inválido
Pois esse passa a ganhar
Um salário que já pálido
Pra poder se sustentar
(1131)
Certo o rombo subirá
Mas o dinheiro retorna
Com impostos a pagar
Mas o ciclo se contorna
Então as novas medidas
Que andam na economia
Fornecerão as guaridas
Precisam dessa ousadia
(1132)
Isso não será favor
Mas somente obrigação
Mas desse jeito senhor
Desista de reeleição
Mate ao pobre a fome agora
Amanhã tarde é demais
Por Deus e Nossa Senhora
Não podem ser animais
(1133)
Esse povo certamente
É cativo da oposição
Esse assunto permanente
Pra acalmar nossa nação
O pobre é gente honesta
Festeja até esmolão
Tudo com grande festa
Valei-me meu São João
(1134)
Expeça uma liminar
Mandando então recolher
À cadeia do lugar
Quem continua a dever
Enrola e não quer pagar
Esses vultosos milhões
Foi assim como assaltar
Esses nossos pobretões
 
Pra onde foi tal dinheiro
Descontado lá na folha
Certamente algum banqueiro
Dele gerou grande bolha
Continua circulando
Aqui ou longe demais
Em dólar ou contrabando
Nada de deixar pra trás
(1135)
Segue o governo contido
No comando o Paulo Guedes
Acha certo e convencido
Pergunto pra o Praxedes
Que compara a uma zorra
E quanto mais bandido acha
Nessa vida que é gangorra
Nossa justiça relaxa
(1136)
Mas se o quadro for assim
Nesses anos tão restantes
Confesso será ruim
Tá igual ao que era antes!?
Festival de gastadores
Do dinheiro já escasso
Pensava ser salvadores
Nosso país tá descalço
(1137)
Mudando um pouco de assunto
Na próxima quinta-feira
E daqui logo pergunto
Porque essa grande asneira
Mais um novo julgamento
Sobre prisão antecipada
Se na lei tem cabimento
Ou mesmo tudo piada
(1138)
Ajustar entendimento
Para soltar grande leva
O mundo fica cinzento
Precisa de muita reza
Falam em cento e sessenta
Mil presos para soltar
Parece tudo aparenta
Que agora é pra vingar
(1139)
Vai ser muita economia
Caso a decisão se mude
Vai virar grande anarquia
Que no final nos ilude
O povo que se contenha
Vai ser grande a empolgação
É sempre a mesma resenha
De tanta lamentação
(1140)
De direito nada entendo
E nem quero nem saber
Não entro no dividendo
Que puder acontecer
Fica pra quem tem cacife
E saiba mesmo prever
Eu que fugi do Recife
Pretendo ainda viver
(1141)
Já falei e aqui repito
Se querem soltar nosso ex
Decidam logo eu digito
Não soltaram o burguês!
Até parece um troféu
Ou até carta na manga
Servindo como laurel
Pra animar a charanga
(1142)
Mas acontece, porém
Que a Câmara votará
Uma lei que dum alguém
Sobre prender ou soltar
Casos de segunda instância
Que na certa vai afrouxar
Mesmo tendo relutância
O Supremo escapará
 
(1143)
E se isso virar lei
Nada se tem de julgar
É cumprir, logo direi
Não valendo resmungar
Pois quem manda é o Congresso
Foi o povo assim que quis
Pode até ser retrocesso
Sabe aonde fica o nariz
(1144)
Tudo está delineado
Numa jogada genial
Deixa o Supremo de lado
Que a Câmara dá o sinal
Aprovando nova emenda
Que passa a ser ideal
Essa prisão tão horrenda
Será extinta afinal
(1145)
Mas falando em educação
No dia dos professores
Merece nossa atenção
Porque sofrem os horrores
Por conta da corrupção
Porquanto há gastadores
Que se enchem de montão
E que chamam de gestores
(1146)
Alguns os chamam de herói
Outros que são sofredores
Alguns até que destrói
A vida desses senhores
Que merecem toda glória
Pelo esforço dispendido
Cujo nome na história
Jamais será esquecido
(1147)
Também acho minha gente
Que professor ganha pouco
Porque algum inconsequente
Ou mesmo jeito de louco
Governou, mas às escuras
E muito se descuidou
Fizeram muitas loucuras
Pois o ensino naufragou
(1148)
Ao discutir o setor
Só se ouve a cantilena
Mais recursos por favor
A verba ficou pequena
Querem mais para investir
Por que fácil de sumir
E ficam sempre a sorrir
Pois ninguém para punir
(1149)
Professor nada decide
Pode dar opinião
Mas o chefe é que preside
O dinheiro da gestão
Mas então já viu já foi
A grana desaparece
A galinha engole o boi
Mas o ladrão enriquece
(1150)
Político ganha demais
Deveriam inverter
Parlamentar é capaz
Isso posso perceber
Então que mude a tabela
Deputado vai ganhar
Essa triste bagatela
Que o professor faturar
(1151)
Pouca gente sabe disso
O que é queimada ou incêndio
Digo aqui sem compromisso
Olhem em qualquer compêndio
Incêndio vem da maldade
Queimada da precisão
Entendam por caridade
Não tumultue a questão
(1152)
Incêndio assim é um crime
Prejuízos pra nação
A queimada que redime
Dos pobres a produção
Porque limpando o terreno
Para um novo plantio
O pobre fica sereno
Vencendo seu desafio
(1153)
O rico possui trator
Para o campo preparar
E vai com todo vapor
Na sua terra plantar
Depois rindo fica à toa
A produção esnobar
Seja com chuva ou garoa
Para o Brasil exportar
(1154)
Espalharam pelo mundo
Toda essa falsa, mentira
Num despudor tão profundo
Tal se fosse uma traíra
Tudo pra prejudicar
O nosso próprio destino
A nossa pátria a lesar
Isso que não patrocino
(1155)
Essa grande confusão
Que tumultua o país
Laranjas em profusão
Tem até pra quem não quis
E a Federal já entrou
Para apurar a questão
Quer saber com quem ficou
O recurso da eleição
(1156)
Na manhã foi um tumulto
Agentes comprem mandados
Dizem alguns é insulto
Pois nem sequer acordados
São as garras da justiça
Agindo pra todo lado
Na atividade maciça
Pra não voltar ao passado
(1157)
Esse partido parece
Surgiu assim de repente
E daqui faço uma prece
Apelo pra toda gente
É melhor cerrar as portas
Num freio de arrumação
No Brasil as coisas tortas
Vão sofrer reparação
(1158)
Receio que isso respingue
Nas costas de quem não quer
Pois vítima do estilingue
Faça lá o que fizer
A turma do contra é grande
Totalmente decidida
O mal logo que se expande
Boa parte foi banida
(1159)
A hora já está passando
Dum grito de liberdade
O roubo vai se espalhando
Por toda e qualquer cidade
Pois o caso da laranja
É muito triste e cruel
Bem melhor que fosse granja
Que cabia num cordel
(1160)
Esse cordel mal traçado
Sem tempo pra correção
Agora sendo lançado
Produto de ocasião
Se baseia nas notícias
Que nos chegam doutra instância
Não usamos de malícias
Não somos da militância
 
CORDEL – O que eu quero pro futuro do Brasil – Continuação – 17.10.2019 (PRL)
 
(1161)
Pela sexta vez, agora
O Supremo Tribunal
Vai julgar, nos apavora
A causa do grande mal
Sobre a prisão em segunda
Instância já decidida
Espero não se confunda
E não reabra a ferida
(1162)
As prisões estão repletas
De gente já condenada
Em sentenças bem corretas
Numa propensa sacada
Mas as coisas caminhando
Pra soltura dessa gente
A notícia se espalhando
Pouca gente está contente
(1163)
E num desses julgamentos
O placar foi seis a cinco
Derrubando sentimentos
Cuja desgraça me finco
A Rosa Weber, doutora
Com toda sua certeza
Agiu como salvadora
Em favor da correnteza
(1164)
Com muita categoria
Deu um voto de primeira
E seguiu a sintonia
Do povo, que sem leseira
Já pedia em praça pública
Que mantivesse a premissa
E atendendo essa súplica
Decidiu com pertinência
(1165)
Aliás essa Ministra
Em nome duma unidade
Apôs seu nome na lista
Causando tranquilidade
Porquanto a nossa justiça
Pra ser justa falta muito
Tem de ser boa, inteiriça
Sendo cabal todo intuito
(1166)
Não sei porque isso ocorre
Tantas instâncias pra quê?
Se a segunda socorre
Por isso quero saber
É que alguns constituintes
Notando brecha incluíram
Essas etapas seguintes
Alguns deles já partiram
(1167)
Sabe, pela redação
Instâncias são infindáveis
Não existe bobo não
Processos intermináveis
É porque esse negócio
Da tal de “Coisa julgada”
Até parece que bócio
Quase sempre dava em nada
(1168)
Porque sabe minha gente
Que a toda sentença cabe
Recurso da decisão
Isso todo mundo sabe
Termina na podridão
Nesse tal adiamento
Isso mexe na nação
Que em todo movimento
(1169)
Já disse não querer não
E fica na expectativa
Todo mundo em prontidão
Na vida tem recidiva
E muita contradição
É urgente e necessário
Que bem antes do perdão
Não se valorize o otário
(1170)
A cadeia em polvorosa
Em total ansiedade
Na decisão desastrosa
Resolvam por caridade
Pode até causar tumulto
Nas prisões deste país
Parecendo com insulto
Não foi assim, ninguém quis
(1171)
Um grito então ecoou
Lá dum velho General
Mesmo doente gritou
Por que tanto carnaval
Viu que a revolta do povo
É possível, iminente
Por isso o grito de novo
Parece bem coerente
(1172)
Lembrou-se do Rui Barbosa
E repetiu sua máxima
Pra essas almas sebosas
Nisso que parece lástima
E mesmo na enfermidade
Mostrou toda liderança
Pautando por unidade
Para acalmar a festança
(1173)
De minha parte, comungo
Com o discurso incisivo
Daqui em nada resmungo
Sou sincero e não consigo
Viver nessa hipocrisia
De dizer tá tudo bem
Pois pra mim é vilania
Nada devendo a ninguém
(1174)
Mas continuo insistindo
Se Bolsonaro deseja
Continuar resistindo
E governar a cereja
Tem de tomar providência
Deixando de ser criança
Falta de clarividência
Pra terminar a lambança
(1175)
Cuidado com seus garotos
Que já estão bem crescidos
Que fujam desses esgotos
Parecem loucos varridos
O Carlos é bem durão
O Flávio foi envolvido
Eduardo é cidadão
 Embaixador escolhido
(1176)
Se eu fosse o presidente
Resolvia duma vez
E ficava sorridente
Pois aqui não sou chinês
Ordenava esses meninos
A manter os seus lugares
Não dando voz a cretinos
Nem a pessoas vulgares
(1177)
 Carlos ficava no Rio
Flávio tirava licença
Eduardo não é otário
É boa a sua presença
Mas deveria abdicar
Dessa tal nomeação
Deixando as águas rolar
Até outra ocasião
(1178)
E assim todos afastados
Do centro do tal poder
Ficando, pois, liberados
O que se pode fazer!
Enquanto que o seu pai
Empunhando a fortaleza
Certo que o poder atrai
Se exercido com franqueza
(1179)
Já sabe estar garantido
Com nossas forças do bem
Porque não tinha sentido
Se rebaixar pra ninguém
Não se quer a ditadura
Mas um governo bem forte
Acabando toda agrura
Que anda de sul a norte
(1180)
Urge seja provocado
O Conselho da República
Pra que possa com cuidado
Atendendo nossa súplica
Ponha tudo em sintonia
Com os desejos do povo
Acabar com anarquia
Começar tudo de novo
(1181)
Todos sabem que humano
Sempre tem a gratidão
Até porque não insano
É própria do cidadão
O ministro nomeado
Por um ex que na prisão
Tem o coração magoado
E quer dar satisfação
(1182)
E soltar o seu padrinho
Que passa por aflição
Como prova de carinho
Entra na contradição
Pois se acha foi favor
A sua nomeação
Não nos cause dissabor
Se afaste da decisão
(1183)
No negócio da “laranja”
Tem homem e tem mulher
Ontem foi dada uma canja
Um basta pra quem quiser
Se eleito vai cassado
Pra casa é seu destino
Porque senão é vaiado
Vai segurar o pepino
(1184)
O Luciano Bivar
É de família abastada
De lei consegue explorar
Seja em qualquer enrascada
O clã é uma potência
E não é de se enrolar
É melhor a sapiência
De poder negociar
(1185)
Porém se houve desvio
De dinheiro do povão
Tem de acender o pavio
Queimar essa corrupção
Porque o povo está cheio
Dessas tantas safadezas
Está virando paleio
Por conta das afoitezas
(1186)
Pensamos que o problema
Com eleições no Brasil
Continua no dilema
Por conta do que é vil
O dinheiro da campanha
Venha de onde vier
Porque a turma se assanha
E dele faz o que quer
 
(1187)
Isso tem que ter um fim
Cada qual que se comporte
Não devia ser assim
Pois quem ganha é mais forte
Melhor negócio é abrir
Colabore quem quiser
E quem a lei não cumprir
Que fique de quatro pé
(1188)
Tem de haver confiança
Nos operários da lei
Que têm o Rui como herança
Nisso sempre acreditei
Começar um Brasil novo
Não prestando, vai embora
Porque daqui eu comprovo
Valei-me Nossa Senhora
(1189)
Será que o crime compensa?
Com tantos fora da lei
Que do governo a expensas
Pelo que aqui apurei
Solta tudo e todos solta
Vão pra casa meus senhores
Depois de tudo ele volta
Perguntem aos promotores
(1190)
Uma coisa interessante
Que merece revisão
Pois o nosso governante
Só quer dar satisfação
A essa tal Rede Globo
Que já marcou posição
Porque morde como lobo
Por um pedaço de pão
(1191)
Mas ela sequer publica
O que de bom ele faz
E também nunca se explica
E nisso é contumaz
E Bolsonaro menino
Entrando nesse alçapão
Não entende do figurino
Mas ganhou a eleição
(1192)
Até mesmo em coletiva
A Rede Globo mantém
E tem cadeira cativa
Vai na vantagem, porém
Manda muitos jornalistas
E então leva vantagem
Comandam a entrevista
Sentem falta de bagagem
(1193)
Por vezes o porta-voz
Ficando em palpos de aranha
Com pergunta tão atroz
De sincero falta manha
Pois então também se enrola
Coitado até tenho pena
Não tem tudo na cachola
Mas sua mente é serena
(1194)
A Carmem Lúcia foi forte
Sustentou no seu mandato
Não foi por causa de sorte
O povo lhe ficou grato
Pois manteve a decisão
Que lá do segundo grau
Assegurou à nação
Punir os caras de pau
(1195)
Todo ministro é capaz
Nem todo capaz, ministro
Somente quem dever faz
Fica aqui meu registro
O todo é que faz a Casa
Sendo a maior do país
Não vale nada que vaza
Essa é uma diretriz
(1196)
Mas esse tal de Barroso
É um cara de primeira
E também não é nervoso
Nem fala tantas asneiras
Fala bem, é entendido,
Por qualquer um cidadão
Parece descontraído
E cumpre a sua missão
(1197)
Há de se ter mais temores
Com tanta universidade
A fabricar seus doutores
De pouca capacidade
Porque todo mundo tem
O direito de aprender
Comprar diploma, ninguém
Pra burrada não fazer
(1198)
Essa noite vim saber
Que um Juiz Federal
Arquivou sem mais dizer
Do pecado original
O Temer ficou afastado
No caso da Jota esse
Não é mais um processado
Acaso alguém se interesse
(1199)
Então aquela conversa
Que se deu lá no palácio
Na república dispersa
Parece aqui de prefácio
É como nunca existisse
Ficando tudo apagado
No país isso é normal
Arquiva o bem, fica o mal
(1200)
Assim os irmãos Batista
Continuam a mandar
Com aquela grande lista
Que soltou a publicar
Fica tudo em brincadeira
Depois o crime prescreve
É melhor dizer asneira
Precisam pagar o que deve
(1201)
Outra coisa corriqueira
Que terminou até bem
Na defesa da bandeira
Do povo que foi além
Pois o BNDES – Banco
Foi total esmiuçado
Apesar de todo tranco
Já temos o resultado
(1202)
A CPI terminou
E tem muita conclusão
Mas muita gente guindou
Pega com crime na mão
Tentou mandar enquadrar
Os dois governos passados
De resto algum ladrão
Para serem processados
(1203)
Mas a oposição chiou
Negando-se a assinar
O relatório, um horror
Querendo contaminar
Mas o indiciamento
Da Dilma e Lula falhou
Acharam sem cabimento
Toda coisa desandou
(1204)
Foi então que o relator
Desistiu de indiciar
Nunca vale ser doutor
Se não puder se bancar
Foi tanto tempo perdido
Dinheiro gasto a valer
Pra esse plano ser urdido
Que eu sempre paguei pra ver
(1205)
E daqui dou um palpite
Mero dum cara modesto
Antes mesmo que me irrite
Mas será muito funesto
Mandem fechar o partido
Que laranja então plantou
Fique o dinheiro retido
Que tanto mal já causou
(1206)
Ontem vi um Senador
Eleito por Mato Grosso
Espichar o cobertor
Querendo roer o osso
Achou pouco esse dinheiro
Do leilão desse pré-sal
E ficou todo banzeiro
Quer muito mais afinal
(1207)
Falando em trinta por cento
Não sei lá de onde tirar
Só sei que esse parlamento
Tá botando pra arrombar
Imaginem meus senhores
Querem secar nosso erário
Pois não vale a senadores
Ser cada qual temerário
(1208)
Daqui deixo sugestão
Pra muito economizar
Parece baixo calão
Mas pode funcionar
Políticos federais
Ficariam no lugar
E das cidades das quais
Pra seu eleitor ajudar
(1209)
E só iriam a Brasília
Quando fossem convocados
Ao lado de sua família
São melhor aproveitados
Porque o líder que fala
Decide fechar questão
Até parece senzala
É dono da opinião
(1210)
O líder então viajava
Cada qual o seu partido
Pois lá então ele votava
Sem esse todo alarido
Já pensou que economia!
Nos cofres secos da pátria
E também em energia
Seria como uma hóstia
(1211)
Isso sim nas duas casas
Que fazem nosso congresso
Podar-se-iam as asas
Seria o maior sucesso
Mas é preciso ser macho
Pra colocar isso avante
E tudo dentro do tacho
Presse país naufragante
 
 ORDEL – O que eu quero pro futuro do Brasil – Atualização – 20.10.2019 (PRL)
(1212)
Na hora que o presidente
Deu por aberta a sessão
De maneira contundente
Deu aquela explicação
De que ali não se tratava
De caso particular
Porque o que se buscava
Era o direito buscar
(1213)
Mas aqui queira ou não queira
Todo mundo tá ligado
Dizer não é uma asneira
O povo está acordado
E bem pensa no que pode
Resultar do julgamento
Que pode dar égua em bode
Não falo aqui do talento
(1214)
Mas ontem no julgamento
Do Supremo Tribunal
Para mim foi um tormento
Cheguei até passar mal
Quando um grande jurista
Teve o desplante ao dizer
Como sendo grande artista
Pra voz da rua esquecer
(1215)
Falo dos gritos das ruas
Da vontade popular
Que clama sem falcatruas
Pra poder moralizar
Porque o povo tem mostrado
Que é a favor da prisão
Depois do caso julgado
E já deu demonstraçã 
(1216)
Mas esse mesmo senhor
Que deve ser um ricaço
Na mesma hora falou
Que nosso povo tem braço
É quem detém o poder
Entrou em contradição
Essa coisa vai moer
Tem de dar satisfação
(1217)
Se o poder vem do povo
E no seu nome se exerce
Salvo num estado novo
Seus deveres mais que cresce
Tanto que pode mudar
O que diz a lei maior
E novas regras gerar
Ditando o que for melhor
(1218)
Mas é claro que essa gente
O que quer é faturar
Pois está sendo premente
Que a boquinha vai acabar
Quase todos os causídicos
Que defenderam os presos
Misturaram os jurídicos
Para que fiquem ilesos
(1219)
Também cansam de dizer
Que esse mesmo tribunal
Não tem direito a fazer
Com a carta nacional
Ou seja, rasgar a lei
Numa jogada cruel
Que até merece nem sei
Mais um samba de Noel
(1220)
Teve um iluminado
Que tentou lá pelas tantas
Confundir esse julgado
Dessas vezes não sei quantas
Falou no caso Marielle
E lá da Agatha também
Explorou a cor da pele
Mas sobre o caso, ninguém
(1221)
Então isso é o que se chama
Duma pura enrolação
Mas o direito proclama
Por verdade em amplidão
Misturar joio com trigo
É próprio de quem defende
Com tudo isso me intrigo
Mas sei que o povo me entende
(1222)
Uma coisa interessante
Que eles querem insistir
Nasceu de antigo pensante
Intentou em persistir
A Presunção de inocência
É uma forma abstrata
De defender com decência
Usada por acrobata
(1223)
E pra que tal presunção
Se do crime tem-se prova
Vê-se que pura invenção
De quem se viu desastrosa
E batem na mesma tecla
O dia todo e toda hora
Tem até algum assecla
Que grita, levanta e chora
(1224)
Também muito lamentei
Sobre a continuação
O adiantado da hora
Suspendeu essa sessão
Que ficou pra quarta-feira
Da semana que virá
Parece até brincadeira
Ninguém quer é trabalhar
(1225)
Hoje inda é sexta-feira
Porque fechar a tribuna
Quase caio da cadeira
Pois o trabalho infortuna
Lembro-me de antigamente
Quando o suor derramava
Pra alimentar muita gente
Todo mundo trabalhava
(1226)
Essa briga ciumenta
Do pessoal do partido
É feia e ninguém aguenta
É que o homem foi traído
Um monte de deputado
Eleito por causa dele
Pendendo pra outro lado
Nunca mais voto naquele
(1227)
O líder parece contra
O presidente e seus filhos
Alguns acham ser afronta
Cada qual tem os seus trilhos
A Joyce perdeu a boca
Que tinha na liderança
E no momento está louca
Com toda essa emboança
(1228)
Mais uma vez aparece
Por falta de qualidade
Um senador que merece
Exercer com lealdade
Provém do MDB
No governo falta cancha
Estão a comprometer
Mas vamos ver se deslancha
(1229)
Um tal de Eduardo Gomes
Que é mesmo Senador
Um lutador contra fomes
Quer mostrar do seu valor
E pode também levar
Parceiros de seu partido
Pro Bolsonaro apoiar
Dou o caso por vencido
(1230)
É que no seu gabinete
Havia trinta ajudantes
Puxaram o seu tapete
Quando agora mais distantes
A coisa fica difícil
Então perde a mão na massa
Tem de fazer sacrifício
Porque logo o tempo passa
(1231)
Eu até penso, não afirmo
Que pode ser do desejo
E mais pra frente eu confirmo
Mas hoje é o que prevejo
Dizem querer disputar
A maior das prefeituras
Mas vai ter de repensar
E não fazer aventuras
(1232)
Falam até que o Datena
Jornalista da tevê
Vai ganhar na megasena
Para o cargo concorrer
Digo daqui meu irmão
Um rapaz bem parecido
Tem de haver empurrão
Pra ele ser convencido
(1233)
E se brincar ele ganha
O Bolsonaro apoiando
Mas é preciso ter manha
Senão vai ficar boiando
Mas o Dória vai querer
Mostrar o seu candidato
Isso pode acontecer
Sem precisar desacato
(1234)
O Eduardo não disputa
Porque é filho do homem
Parece que a lei refuta
Duvidando os caras somem
E não teria nem graça
A vitória de barbada
Tudo também sem trapaça
Com a porta escancarada
(1235)
Mas o prefeito atual
Parente do Mário Covas
Ao que parece, vai mal
Digo aqui nas minhas trovas
Ganhou na fama do pai
Seu traquejo é quase zero
Quando diz que vai, não vai
Fica sempre ao lero-lero
(1236)
Sobre as manchas de petróleo
Cujas praias inundaram
Mata deixando o espólio
Foi assim que me ensinaram
Penso que isso é boicote
Pro governo se furar
Deve ser dalgum coiote
Querendo se aproveitar
(1237)
E por que só no Nordeste
Parecem encomendadas
Mas no sul, centro e noroeste
Não vemos a palhaçada
Mas aqui na região
Quase todos tão torcendo
Pra afundar nossa nação
E todo mundo está vendo
(1238)
De onde veio é complicado
De pegar os causadores
Que fecham de cadeado
Quase todos os setores
E onde quer que se chegue
Toda máquina montada
Não há quem dele se achegue
Jamais matam a charada
(1239)
Mas daqui eu desconfio
Tem grandão nessa jogada
Então faço desafio
Topando qualquer parada
Também já fiz minha conta
Mas só consigo chegar
Tem gente que se amedronta
Abrindo pros cães passar
(1240)
A Polícia Federal
Junto com a PETROBRAS
Saberá do grande mal
Que nos coloca pra trás
Não sei se vão divulgar
Porque a coisa é pesada
Muita gente vai pegar
Pode ser engaiolada
(1241)
Uma coisa não agrada
Segundo revi na mídia
Numa sabida jogada
Até parece perfídia
Privatizar as prisões
É um negócio arriscado
Vai deixar muitas lesões
No povo já derrotado
(1242)
Imaginem sendo acaso
Pode uma grande facção
Com seu dinheiro já raso
Empestar nossa união
Porque controlar o preso
É privativo do Estado
Não quero estar vivo não
O país fica acabado
CORDEL – O que eu quero pro futuro do Brasil – Atualização – 22.10.2019 (PRL)
 
(1243)
Ouvi hoje um senador
Lá das bandas do PT
Falou o nobre senhor
Que precisa acontecer
Mudança neste Brasil
Porque destruíram tudo
Que Lula e Dilma fizeram
Um bando de cabeçudo
(1244)
Disse então que doutor Moro
Sendo um sujeito guloso
Um cara até sem decoro
E também muito manhoso
Até mesmo planejou
A queda da presidente
E também se apoderou
Dos poderes competentes
(1245)
Disse foi o responsável
Pela triste quebradeira
De empresa sustentável
Por isso a chiadeira
A Petrobras uma delas
As construtoras também
Talvez até as panelas
Que quebrou não sei de quem
(1246)
Falou também a seguir
Dos setores do governo
Que continuam a ruir
Tal fora seu desgoverno
Que então era preciso
Recompor de todo jeito
Com um governo conciso
Com Lula logo refeito
(1247)
Os empregos surgiriam
Decerto em todo lugar
Logo a fome mataria
Para o país prosperar
Em cada repartição
Um homem de confiança
Com respeito e com ação
Acabar toda lambança
(1248)
Mas é claro se esqueceu
Que toda essa choradeira
No seu governo se deu
E com cara de leseira
Botou a boca no mundo
Só pode ser brincadeira
Pois um doutor tão profundo
Não sabe o que é poeira
(1249)
Disse até e por demais
Que viajou para a China
E viu seu povo capaz
E uma lição nos ensina
Quem manda lá é o Estado
O ser mor, superior
Porém no Brasil, coitado
Cada um com seu louvor
(1250)
Certamente essa viagem
Foi por conta do Tesouro
Parece até sacanagem
Esse Brasil vale ouro
Esse dinheiro é só nosso
Não ponha as mãos meu senhor
Desse jeito já não posso
Apoiar o senador
(1251)
Mas lá não tem comissão
Propina nem se falar
Enquanto daqui ladrão
Tá chovendo pra lascar
Propina duma empreiteira
Da Petrobras pra valer
Numa grande gafieira
Tudo pode acontecer
(1252)
O pior de tudo, gente
É que não houve ninguém
Pra combater o valente
Com talvez algum porém
É triste ser tão demente
E sem coragem também
E nem de Deus é temente
Na vida tem vai e vem
(1253)
E depois do seu discurso
Outro também senador
Elogiou seu percurso
Tudo desanimador
Ganhar o nosso dinheiro
Pra só besteira falar
Bem melhor ser açougueiro
Pra carne não se estragar
(1254)
O Confúcio seu parceiro
Que presidia a sessão
Concordou, foi o primeiro
A cair na contramão
Como que pode um Senado
Fazer tal reunião
Com três presenças apenas
Filmar na televisão
(1255)
A novidade recente
O Congresso proibiu
O bloqueio minha gente
Dinheiro que nunca viu
Se tiver no orçamento
Mesmo sem ter o dinheiro
Não tem essa de lamento
Pode sambar no terreiro
(1256)
Então terá de pedir
Pro Congresso liberar
Para o déficit subir
A meta não alcançar
O jeitinho brasileiro
Que não tem honestidade
Por isso meu companheiro
Acabou a autoridade
(1257)
Mas mudando de assunto
Uma coisa assaz esquisita
Por vezes eu me pergunto
Isso é coisa dum artista
Bolsonaro no Japão
O Mourão vai pro Peru
A presidência na mão
Essa uma grande questão
(1258)
Logo quando recomeça
O famoso julgamento
Mas isso sim interessa
Tenho meu pressentimento
Parece ser combinado
Nunca vi encrenca dessa
O Brasil desgovernado
E tudo feito depressa
(1259)
O Maia por sua vez
Também está em viagem
Para outro continente
Parecendo malandragem
Ou talvez qualquer ardil
Porém nunca pra ajudar
Nosso querido Brasil
Mas para os presos soltar
(1260)
Pois assim quero dizer
Que com os três viajando
O que vai acontecer
Com esse novo comando
Que será o salvador
Dos pobres engavetados
Nessa onda de terror
No país endiabrado
(1261)
Trocando pau por cacete
A moda nova chegou
Tá fácil o tirinete
É só entrar e levou
Assaltar aeroporto
Na cara de todo mundo
Que perde até seu conforto
Por conta de vagabundo
(1262)
As cargas desparecem
Os bandidos vão em fuga
São nossas perdas que crescem
Veja o tamanho da ruga
Noutro dia foi o ouro
Que levaram pra valer
Pra polícia sem desdouro
Os caras, deve prender
(1263)
Até mesmo estão clonando
Os carros da Federal
O crime vai prosperando
Trazendo-nos todo mal
Faltando inteligência
Pra combater os alcances
Atuando com prudência
Sem esperar novos lances
(1264)
Com armamento pesado
Melhor do que a polícia
O cara fica apossado
De coragem e perícia
Enfrentando destemido
Em qualquer situação
Senão não será bandido
No meio dessa explosão
(1265)
E fica aqui a pergunta
Se é que político furta
Nisso que ninguém assunta
Sendo essa vida tão curta
O bandido tem direito
De procurar se virar
Então aí o sujeito
Sem resposta vai roubar
(1266)
Mas os doutores não roubam
Nós é que damos de graça
Os dinheiros que esnobam
Com bom vinho e boa taça
O brasileiro, coitado
Nunca que vai conseguir
Nesse negócio arriscado
Pra deixar de delinquir
(1267)
Pois está recomeçando
A discussão da reforma
E daqui já soluçando
Ao sentir que toda norma
Ao pobre vai sufocando
Enquanto que tais ricaços
Nosso dinheiro levando
E nós viramos bagaços
(1268)
Mas ainda tinha espaço
De mudar esse projeto
Pois até chato me faço
Sugeri algo concreto
Abrandando as condições
Mostrei até com tabela
E fazendo correções
Para acabar toda trela
(1269)
Um negócio muito sério
Que a oposição detesta
É que com muito critério
E quebrando toda aresta
O militar concedeu
Ao pequeno ruralista
Que de pronto recebeu
Sua pensão, tudo à vista
(1270)
Sem nunca haver recolhido
Nadinha pra previdência
E todos agradecidos
Ao Exército, excelência
Numa atitude serena
Na paz e sem chiadeira
Porque autoridade plena
Sem estar pra brincadeira
(1271)
Mas veio essa oposição
E achando que era pouco
Pensando numa eleição
E nalgum programa louco
A bolsa família criou
Que mais parece uma esmola
E tanto voto ganhou
No cabresto e na sacola
(1272)
Havia uma multidão
Em torno desse programa
Pra garantir eleição
E pros políticos, fama
Chega a quarenta milhões
O total de cadastrados
Que segundo as previsões
Vão recebendo os trocados
(1273)
Pensando sempre em ganhar
Inventou o fome zero
Que jamais vai acabar
Sendo tudo lero-lero
Num projeto de governo
Pra total eternidade
E se dizendo moderno
Ganhou votos de verdade
(1274)
E prosseguiu no desejo
De se firmar no poder
O PAC pelo que vejo
Pouco veio acontecer
Pois programa sem recurso
Não vai pra frente, só pode
Acaba qualquer discurso
E tudo termina em bode
(1275)
E foi então que surgiu
Minha casa, minha vida
Muita casa construiu
A verba enfraquecida
Esse projeto ruiu
Muito débito deixado
Mercado quase faliu
Por culpa tão só do Estado
(1276)
Mas o governo atual
Com toda deficiência
Tenta deixar no normal
De dinheiro tem carência
Mas o setor recupera
Devagar seu crescimento
Melhora é o que se espera
Pra terminar o tormento
(1277)
O Delegado Waldir
Era até um dos melhores
Muitas vezes fez sentir
E defendeu suas cores
Essa toda desavença
Gerou um grande festeiro
Reclamando da presença
De um líder verdadeiro
 
(1278)
Difícil de acreditar
O líder do PSL
Provém do MDB
Que talvez nunca repele
Quem fala mal pra valer
Das críticas contundentes
Que só vão acontecer
Algumas são pertinentes
(1279)
Só está faltando agora
O grande doutor Renan
Que na fala sempre explora
O hoje e também amanhã
Desse jeito é o que parece
Seu partido tá mandando
Faço pra Deus uma prece
E nosso país mancando
(1280)
Ando triste, combalido
Com esse nosso Senado
Por demais enfraquecido
O povo foi enganado
Pensou que havia mudado
Apenas conversa mole
Decerto foi renovado
Desse jeito não se engole
(1281)
Acabou sendo aprovada
Essa maldita reforma
A reforma mais falada
Que a muita gente transtorna
Mexendo com os coitados
Dos pobres trabalhadores
Que podem ser boicotados
 E vão sofrer os horrores
(1282)
A oposição todavia
Com mera repetição
Só mostra sua energia
Lembrando do mensalão
O discurso se repete
Nada tem de novidade
Alguns são meras vedetes
Mas são craques na maldade

CORDEL – O que eu quero pro futuro do Brasil – 24.10.2019 – Continuação (PRL)
 
(1283)
Hoje tudo recomeça
No Supremo Tribunal
Até por que não tem pressa
Segundo vi no jornal
Quem quiser que se engula
Que vem lá sendo tramado
Mas em havendo firula
Pro mundo será gravado
(1284)
Alguns ministros insistem
Na “presunção da inocência”
Pois assim muitos persistem
Pra mim não tem coerência
Porque as provas estão lá
O processo quilométrico
Seria como apagar
Um volume geométrico
(1285)
Repito daqui o que disse
É questão de só querer
Já falei com dona Alice
Para tudo resolver
É melhor que solte a bula
Decisão inteligente
Do que querer essa gula
Pra escapulir muita gente
(1286)
Aliás ele já disse
Vai percorrer o Brasil
E contar toda chatice
Que até o povo já viu
E começar a campanha
Com olho em vinte e dois
Não brinquem que ele ganha
Se eu viver conto depois
(1287)
Depois dele não surgiu
Uma grande liderança
No país ninguém pariu
Pessoa com semelhança
Na vida pouco estudou
Mas aprendeu por demais
Todo o povo conformou
Até mesmo os animais
(1288)
A sua capacidade
De falar pra multidão
Verdadeira raridade
Dos homens desta nação
Lá em casa todo mundo
Nele apostou suas fichas
Lamento que vagabundos
Construíram muitas rixas
(1289)
E foi na cidade grande
Que inteligente, aprendeu
O valor logo se expande
Fato que comprometeu
E levado na conversa
Quero crer, pois não afirmo
Do direito se dispersa
E também jamais confirmo
(1290)
Os caras se aproveitaram
Da bondade do senhor
Muita grana, então acharam
Que para mim foi horror
Foi assim aparecendo
Essa tal de delação
Gente grande revivendo
E todos em aflição
(1291)
O país todo na lama
Devendo a Deus e ao mundo
Do cruzeiro foi-se a chama
Num golpe muito profundo
Nosso Brasil tá sem jeito
A situação funesta
Pergunte a qualquer sujeito
Qual é talvez o que presta
(1292)
Lembrei-me daquele canto
Se gritar pega ladrão
Isso em qualquer recanto
Não fica um meu irmão
E todo dia aparece
Um escândalo que escapou
Mas então o rombo cresce
São milhões caro leitor
(1293)
E voltando ao vazamento
Do petróleo pelo mar
A Petrobras tomou tento
Mandou o preço aumentar
Todos nós vamos pagando
O preço da escravidão
Só por falta de comando
Dos donos da União
(1294)
Aliás aqui já disse
Que comandar essa empresa
É preciso que excluísse
Toda essa sutileza
Porque só acompanhar
O preço internacional
É muito fácil lograr
Prestígio com tanto mal
(1295)
Se somos independentes
O nosso preço em real
Até seria prudente
Não matar como animal
O nosso consumidor
Por demais sacrificado
E não é o causador
Desse aumento do mercado
(1296)
O presidente não manda
Essa foi a conclusão
Nessa tamanha ciranda
Que nos deixa na aflição
Porque a sua promessa
Aos poucos vai diluindo
Pra muitos não interessa
Nosso Brasil progredindo
(1297)
Mas logo um jeito foi dado
O petróleo então subiu
Que o povo nosso brasileiro
Vá pra puta que o pariu
Com isso paga o defeso
Desses pobres pescadores
Que ficaram no desprezo
Do mundo de malfeitores
(1298)
E se a intenção foi essa
Dinheiro para o Nordeste
O governo tão depressa
E como cara da peste
Mandou tudo liberar
Com total antecedência
 Para o pobre sustentar
Essa sua dependência
(1299)
Até parece tô vendo
O ano novo que vem
Porque vai ter eleição
Motivo pra mais de cem
Vão inventar nova seca
No Nordeste pra valer
Nisso já fiquei careca
Porque sempre acontecer
(1300)
E logo já vem socorro
Carro pipa em profusão
Se brincar eu quase morro
Dessa tanta enrolação
Empréstimos não se paga
E tome prorrogação
A conta vai aumentando
Pura verdade meu irmão
(1301)
Novas frentes de trabalho
Afastam o cidadão
Da família no cascalho
Está feita a confusão
Bem melhor que nordestinos
Desta e doutra geração
Vão criar gados caprinos
Nos confins e no sertão
(1302)
Mas com tanta desgraceira
Boa notícia chegou
Ficamos na dianteira
O feminino ganhou
Vou falar do voleibol
Militar dessas meninas
Que treinam de sol a sol
E que na quadra fascina
(1303)
Pois foi mesmo lá na China
Que elas abiscoitaram
Jogando tal bailarina
A super taça ganharam
Servem às Forças Armadas
Brilhantes deste país
Por demais sacrificadas
Como vemos nos perfis
(1304)
Nosso dia terminou
Com três a um no placar
Um voto que me agradou
E que pareceu mudar
Foi do ministro Alexandre
Falo aqui o de Moraes
Que num voto nem tão grande
E com linhas magistrais
(1305)
Dessa vez foi favorável
À discutida prisão
Considerando viável
Dizendo por antemão
Nada havendo que proíba
Que se cumpra a decisão
Já dizia tanto escriba
Da nossa constituição
(1306)
O Barroso foi brilhante
E nas linhas de seu voto
Mostrou exemplo marcante
Os quais daqui sempre anoto
De recursos bem falou
Impetrados por ricaços
Estatística mostrou
Que se enchem dos abraços
(1307)
Fachin também acorreu
Em defesa desse tema
O seu voto então valeu
Foi negócio de cinema
A Corte foi contemplada
Nas grandes dissertações
Pois a turma é preparada
Com algumas exceções
(1308)
Daqui não posso olvidar
A posição do Aurélio
Do marco quero falar
Como sempre um homem sério
E manteve a posição
De há muito defendida
Votando contra a prisão
Que nele não tem guarida
(1309)
Prosseguindo essa assentada
Hoje dia vinte e quatro
Continua a ser julgada
Essa questão no teatro
Movimenta os quatro cantos
Com todo seu aparato
Porque aqui não tem santos
Tão somente algum beato
(1310)
Ainda faltam votar
Oito dos onze ministros
Cada qual em seu altar
Vão lendo nos seus registros
São laudas grandes, profundas
Por demais filosofia
As citações sempre abundam
E não causam simpatia
(1311)
Tenho ligeira impressão
Que entraremos em novembro
Prorrogando essa sessão
De tão longa não me lembro
Com horário rigoroso
De lanche, almoço e jantar
Fica até bem tedioso
Pro sujeito acompanhar
(1312)
Numa cabal investida
Da Polícia Federal
Superou desprevenida
Uma quadrilha fatal
E bloqueou seus milhões
Que inda remanescentes
Flagrando seus sabichões
Um bando de inconsequentes
(1313)
Esses valores serão
Mandados pra Petrobras
Que perdas reaverão
De pouco tempo pra trás
O prejuízo caindo
O dinheiro retornando
Porque é muito bem-vindo
A Lava-jato vingando
(1314)
Foi fechar essa edição
Do cordel todo adoidado
Com toda satisfação
Deixou-me abilolado
Mas na hora de fechar
Lembrei-me duma façanha
O Flamengo a derrubar
Goleada sem barganha
(1315)
Enfiando cinco a zero
No seu famoso rival
O Grêmio do lero-lero
Dessa vez entrou no pau
E seu Renato Gaúcho
Que pensava em seleção
Se mostrava todo murcho
 Vaiado na multidão
(1316)
Sessenta mil torcedores
Dentro do Maracanã
A aplaudir os jogadores
Sendo a bola cortesã
Foi mesmo um belo show
Desse time rubro negro
E todo mundo dançou
Os gremistas com arrego
 CORDEL – O que eu quero pro futuro do Brasil – Continuação – 25.10.2019 (PRL)
 
(1317)
Com sua fala charmosa
No Supremo Tribunal
Falou a ministra Rosa
E dissertou como tal
Disse longo em duas horas
De profundas citações
Valorizando as senhoras
Em todas situações
(1318)
Segundo ela reafirmou
Tem o mesmo pensamento
Porém seu voto mudou
E foi pelo provimento
Da ação que pretendendo
Soltar mais de quatro mil
O país vai revivendo
Tempos de guerra civil
(1319)
Não entendo como pode
Mudar sua opinião
Nesse país que se explode
É muita contradição
Porém ela é soberana
Está escrito na lei
Sua expressão é bacana
Desse ramo nada sei
(1320)
Com placar em três a dois
Em desfavor desses presos
Vai ficando pra depois
Então ficarão ilesos
Mas o Fux num discurso
De muito bela feitura
Demonstrou todo o percurso
Até com muita fartura
(1321)
Foi também muito didático
Com casos bem estudados
E sendo demais pragmático
Explorando com cuidados
Perguntou ao presidente
Se era mesmo verdade
Que bandido sorridente
Vai ganhar a liberdade
(1322)
Se era justa a medida
Diante de tanta miséria
Liberdade concedida
Pois a coisa é bem séria
E nessa ampla corrupção
O povo deu seu recado
Despertando esta nação
Porque já muito cansado
(1323)
Manteve assim o seu voto
Contrário a essa soltura
Porquanto sendo devoto
Do dever da criatura
Deixou tudo em quatro a dois
O Lewandowski porém
Não deixou para depois
Votou como lhe convém
(1324)
Pois então essa disputa
Tomou um novo placar
Se brincar tomo cicuta
O quatro a três de lascar
E vai tudo caminhando
Para o mal vencer ao bem
Seis a cinco tá chegando
Longe do justo, porém
(1325)
Quando vejo um poderoso
Dizer que ao povo não deve
Não me parece cheiroso
Pois a nossa lei prescreve
Que do povo o poder vem
E pra ele é destinado
O desprezo se contém
Num discurso debochado
(1326)
Mas seu voto conhecido
É livre para fazê-lo
Mas me parece mordido
Por conta do desmantelo
Duma infeliz decisão
Juntamente com Renan
Rasgou a constituição
Que dizem ser cidadã
(1327)
O presidente encerrou
Os trabalhos desse dia
E o julgamento ficou
Talvez fosse o que queria
Pra concluir a tarefa
Que até não merecia
O bom sujeito não blefa
E sempre tem ousadia
(1328)
Deixou tudo pra novembro
Quando tudo avançará
Mas coisa igual não relembro
Mas teremos de esperar
Afinal a grande Corte
Tem todos os seus direitos
De decidir nossa sorte
Julgando todos os feitos
(1329)
Falo como brasileiro
Por demais triste e cansado
Que na luz do candeeiro
Nada está iluminado
Porque querer afirmar
Em seu próprio benefício
Que só após transitar
O cara vai pro hospício
(1330)
Sentença só tem valor
Quando aqui se decidir
Isso pra mim é horror
Um aval pra delinquir
Porque o nosso Supremo
Não tem pique pra julgar
Todo caso que é extremo
Ninguém pode duvidar
(1331)
E querendo se afirmar
O presidente falou
Que seu trabalho é sem par
Pessoal trabalhador!
Dois votos numa sessão
Com lanche para interpor
Parece contradição
Nesses homens de valor
(1332)
Mudando um pouco de assunto
Bolsonaro presidente
Por vezes eu me pergunto
Parece sem assistente
Na hora de marcar ponto
Com nossa população
Num cenário quase tonto
Entrega o poder na mão
(1333)
Do senador Alcolumbre
Que demais inteligente
E repleto de deslumbre
Se mistura com a gente
E viaja pro Nordeste
Prometendo autorizar
Pro pescador que se preste
O defeso antecipar
(1334)
Se alguém inda não sabe
O que é esse defeso
É uma ajuda que cabe
Que ninguém fique surpreso
Ao pescador proibido
De exercer a profissão
Por lei ou quando atingido
Por conta da subversão
 
CORDEL – O que eu quero pro futuro do Brasil – 27.10.2019 e seguintes (PRL)

Continuação do Cordel de 29/maio/1988, já publicado e atualizado em datas anteriorer
 
(1335)
O Supremo tá formando
Lindamente grande tese
Ninguém está acreditando
Nessa corrente exegese
Ou seja, o crime compensa
Cadeia só pra inocente
Trazendo tristeza imensa
No seio de nossa gente
(1336)
Essa é minha opinião
Como homem brasileiro
Respeito a quem diga não
Isso não é verdadeiro
Porquanto nosso país
Tem exemplos pra seguir
É o que muita gente diz
Quer o Supremo extinguir
(1337)
Isso seria esquisito
Porque são homens treinados
Esse povo é erudito
Deve ser prestigiado
Mudando um pouco seu rumo
Pra se ajustar ao povão
E falo aqui em resumo
Diz a Constituição
(1338)
Mas trocando pra política
Ontem eu vi no Senado
Um emaranhado em crítica
Por um grupo lá formado
Dizendo já fez proposta
Duma grande redução
Esperando só resposta
Do dia da discussão
(1339)
Redução de deputados
E também de senadores
Inclusive nos Estados
E de seus vereadores
Ficaria só um terço
Porque serão incluídos
Até quem vem lá do berço
Assistentes destemidos
(1340)
Será grande a economia
Valendo por três reformas
Se fizer em sintonia
Vão ficar bem boas normas
Sobrará até dinheiro
Para o Estado investir
Acabando esse lixeiro
As reservas progredir
(1341)
Até quero acreditar
Que isso possa ir pra frente
Mas se Alcolumbre deixar
O Maia indiferente
Não pautando pra votar
Mas então mesmo que vote
Os caras vão derrotar
E fazer até boicote
(1342)
O problema do Brasil
O mundo inteiro já sabe
O povo que já incutiu
E conhece o que lhe cabe
Porque em sendo eleitor
Deve escolher o melhor
Não votar nem por favor
Por que só dá no pior
(1343)
Candidato obrigatório
Dirigido por legenda
Simplesmente pro velório
Cada qual com suas vendas
Esse negócio de cota
Não deveria existir
Porque parece marmota
Pra dinheiro consumir
(1344)
Enriquece muita gente
E nosso povo se exploda
Uma lei mais pertinente
Para que ninguém se foda
Merece ser aprovada
Com urgência urgentíssima
Pra não perder a parada
Com tanta gente escrotíssima
(1345)
Os recursos do governo
Para os quais estão brigando
Nesse festival de inferno
Na nossa cara gastando
Retirando da saúde
E também da segurança
Somente um cara tão rude
Não conhece essa gastança
(1346)
Existe hospital sem leito
Para atender os doentes
E na cara algum sujeito
Muito metido a valente
Quer que nele se acredite
Pra culpar o Bolsonaro
Assim não há quem evite
Porque eleitor tem faro
(1347)
Mas isso inda é resultado
Da desgraça que deixaram
Ficou tudo atrapalhado
Até centavos ficaram
É muita gente morrendo
Inclusive criancinhas
O dinheiro se encolhendo
No bolso dessas murrinhas
(1348)
No caso do vazamento
Do petróleo de Maduro
Por não ter bom armamento
O país não tá seguro
Porque seria normal
Falar forte por primeiro
Conter a gente do mal
E mandar pra Limoeiro
(1349)
Um negócio pra estudar
Essa tal reeleição
Quando o governo findar
Se houver a conclusão
Estão querendo tomar
Na marra e de supetão
Pra voltar a governar
Daquele jeito mais não
(1350)
Eita povo descarado
Sem vergonha do que fez
Deixando tudo lascado
Até mesmo no xadrez
Quebraram muitas empresas
Empreiteiras nem se fala
E fizeram as riquezas
Que cada goela entala
(1351)
Tem até muito dinheiro
Que viajou de avião
Pelo céu tão altaneiro
Fodendo nossa nação
Nosso ouro também foi
Levado até de carrada
Ou mesmo em carro de boi
Nessa grande ladroada
(1352)
Somente um sujeito burro
Acredita nos sujeitos
Porque tem muito sussurro
Lá pra dentro dos dejetos
Vota de novo no cara
Que promete e nada faz
Ferida que nunca sara
O pobre fica pra trás
(1353)
O que penso pro Brasil
É muito bem diferente
Coisa séria sem ser vil
Uma nação bem valente
Acabar com jogatina
E remessa de dinheiro
O padre usando batina
Cuidado com estrangeiro
(1354)
Nosso país é esperto
Em jogo de loteria
De vez em quando desperto
Pensando ganhar um dia
O danado é que acumula
De sorte a um só ganhar
Parece que dissimula
Ninguém quer acreditar
(1355)
A nossa Caixa Econômica
Sabe tudo, menos banco
Rápida tal supersônica
De repente tem um branco
Demora pra informar
Quem ganhou no resultado
Dando pra desconfiar
Ter sabido no traçado
(1356)
Tem a tal de Megasena
A quina, a quadra e demais
A Loto-fácil difícil
E dela tenho os sinais
Sem falar na loteria
Nossa antiga federal
Que pra mim já deveria
Ter tido seu terminal
(1357)
Tem até Loto-mania
Pro povo se acostumar
E jogando todo dia
Desejoso de ganhar
Podendo ser que o diabo
Dessa vez venha ajudar
Eu daqui não acredito
Nem na sorte nem azar
(1358)
Doutro jogo me lembrei
A famosa Dupla-sena
Nem uma já acertei
Mesmo fazendo novena
Hoje não marco nem ponto
Mas já fiz uma dezena
Parece que fico tonto
Quando muda de quinzena
(1359)
Lembro da Time-mania
Cujo nome tá dizendo
Precisa ter vilania
Para os pontos ir fazendo
Destinada ao futebol
Do clube que está torcendo
Nunca caio nesse anzol
Nisso só acredito, vendo
(1360)
Mas temos outros sorteios
Legais ou particulares
Que trabalham com recheio
Até mesmo nalguns bares
O famoso caça-níquel
Jogo do bicho também
Sempre mostra no painel
Tem jogo pra quem convém 
(1361)
Tem aposta na corrida
De cavalo e de veículo
Sempre leva de vencida
Quem decorar o versículo
Mas aqui no interior
Corrida até de jumento
Nosso povo dá valor
É um bom divertimento
(1362)
É o país da cartela
Tem pra tudo o que é jogo
O preço tá na tabela
Quem não sabe faz a rogo
Veja bem o Sílvio Santos
Com seu canal de tevê
O governo dá os mantos
Para ele enriquecer
(1363)
A famosa Tele Sena
Daquele antigo baú
Com a mesma cantilena
Gostosa que nem chuchu
Que distribui muito prêmio
O resultado na hora
Dinheiro fica no grêmio
Mas quem gosta sempre adora
(1364)
Casa, carro e dinheiro
Distribui em profusão
Como agulha no palheiro
E a capitalização?
O dinheiro nunca cresce
Ao contrário se reduz
Sendo que o bolo desce
Feito cauda de avestruz
(1365)
Tem sorteio até diário
Valendo pra todo mundo
Que comprou no crediário
Só não tem pro vagabundo
Tem aquele do milhão
Decerto muito importante
E tudo de prontidão
Vai se tornando constante
(1366)
E de posse do carnê
Ao terminar de pagar
O que vai acontecer
É outro você comprar
Então serve como entrada
Na troca pelo mais novo
É quando nessa jogada
O Sílvio enrola o povo
(1367)
Sabe, esse tal Roletrando
É demais interessante
E se vai adivinhando
O que no painel mostrando
Esse gira todo dia
Na roleta conhecida
É até divertimento
Pra se levar essa vida
(1368)
Roda a Roda Jequiti
Agitando a multidão
Que vibra que nunca vi
Com muita satisfação
O patrocínio decorre
Da fábrica de cosmético
Com outras marcas concorre
Pro povo ser mais estético
(1369)
Mas então achando pouco
O empresário criou
Um novo jogo de louco
“Topa ou não topa”, senhor
Cujos segredo nas malas
No prêmio um sonhador
Por vezes que cai nas valas
Pra se tornar ganhador
(1370)
No comando da Patrícia
Uma linda Abravanel
Cada vez uma delícia
É como a sopa no mel
E já virou um sucesso
E até celebridade
Vai ligeiro como expresso
Com total tranquilidade
(1371)
Outros jogos correm frouxo
Por todo o nosso torrão
Está faltando um arroxo
Em cima do dinheirão
Que faturam sem imposto
Uns recolhem, outros não
Não vejo ninguém disposto
A resolver a questão
(1372)
Agora já virou moda
Na internet meu caro
Um negócio mão na roda
O povo tem muito faro
Tem uma tal de “vaquinha”
Pra yutuber ajudar
Mais uma enroladinha
Que acaba de engendrar
(1373)
Algumas são construtivas
Como as da televisão
À Teleton nossas vivas
Pela boa produção
Apurou bem mais de trinta
Milhões raros de reais
E que aqui ninguém minta
O brasileiro é demais
(1374)
Em favor da AACD
Criança deficiente
Um programa já antigo
Por demais eficiente
Que todo ano se repete
E faz sorrir muita gente
Fácil de contribuir
Bastando ser insistente
(1375)
Na base do telefone
Tudo bem facilitado
Rápido que nem ciclone
Na conta é debitado
Tudo com poucos segundos
Resolvida essa parada
Nos seus olhos tão profundos
O sorriso da moçada
(1376)
Porém fico matutando
Se ninguém já percebeu
As empresas ajudando
Com o dinheiro que é meu
Porque se paga da sobra
Que do comércio gerou
Todos impostos que cobra
Os nossos já embolsou
(1377)
E descontando ademais
De seu imposto de renda
Que já ficou lá atrás
Que diga então a Fazenda
Quem no fundo paga tudo
É nosso consumidor
Tá demais o conteúdo
Do povo trabalhador
(1378)
É preciso então fazer
Uma bela auditoria
Pra que se possa dizer
Dessa honrosa euforia
Quantas pessoas ligaram
E quantos deram por fora
Porque tudo registraram
Nesse meu pensar, agora.
(1379)
Vou apenas de relance
Falar no da Rede Globo
Porque daqui tenho chance
Por vezes eu fico bobo
Com a sua performance
Apura muito dinheiro
Que entra como avalanche
Disso sabe o mundo inteiro
(1380)
É o Criança Esperança
Que se faz em sintonia
E faz sempre uma festança
Que só nos traz alegria
Com essa gigante UNESCO
Pros meninos contemplar
Leva fácil com refresco
Ninguém pode duvidar
(1381)
E na Globo mais possante
Os artistas a desfilar
O programa leva avante
Um sucesso pra apostar
Contudo daqui não quero
Com as duas comparar
Não deixo de ser sincero
Fica pros outros falar
(1382

(Abrindo parêntesis)
 
“Saiba que o Brasil fudido
É o país melhor qui há
Brasil que o índio nojento
No ano mil e quinhento
Beijou o tal fedorento
De Pedro Alves Cabrá”
 CORDEL – O que eu quero pro futuro do Brasil – Continuação – 29.10.2019 (PRL)
 
(Meio-ambiente)

(1383)
A discussão continua
Sobre o meio-ambiente
Bastante gente insinua
Com palavra leniente
Pondo no governo a culpa
De todos os malefícios
E nem pedindo desculpa
Merecem os sacrifícios
(1384)
Antes foram as queimadas
Na região da Amazônia
Que de tamanhas cagadas
Causaram bastante insônia
E depois foi que notaram
Que esse fogo é cultural
Conclusão a que chegaram
Que tudo virou banal
(1385)
Os pobres agricultores
Depois de cada colheita
Não dispondo de tratores
Tocam fogo sem suspeita
No que restou da lavoura
Pra preparar o terreno
Não pode ser com tesoura
O prejuízo é ameno
(1386)
Agora foi o petróleo
Que no Nordeste jogaram
Uma peste sem sensório
As praias esculhambaram
É mancha pra todo lado
O povo bem destemido
De tal sorte organizado
Do dever é convencido
(1387)
Mas as buscas continuam
Até mesmo na Marinha
É pena que se destruam
Sonhos de gente que vinha
Conhecer a região
Esse Nordeste sofrido
Que serve de ganha pão
Prum povo tão esquecido
(1388)
Alegando, por exemplo
A ex-Ministra Marina
Que tranquila no seu templo
Disse duma imensa sina
Foi a troca de comando
Havida nas direções
De gente que navegando
Nas antigas tradições
(1389)
Quer dizer se não houvesse
Essa troca anunciada
Por mais então se quisesse
Nem teria essa queimada!
Confesso que me chocou
Fiquei até mal-amanhado
Porque todo esse clamor
Se esse jogo foi jogado!
(1390)
Querem tirar o Ministro
Que novo tem a batuta
Daqui faço meu registro
Não serei filho da truta
Até penso sairá
A esquerda é poderosa
Vai ser difícil de achar
Pessoa tão corajosa 
(1391)
Depois da liberação
Da verba dos pescadores
Porque se o mar está sujo
A pesca não tem razão
Foi suspensa a pescaria
De peixes e camarão
Pra preservar todavia
Dos riscos de infecção
(1392)
Então veja essa inversão
O Bom é senhor Davi
O Bolsonaro é leão
Essa coisa nunca vi
É claro que Alcolumbre
Teve de alguém o aval
É bom que ninguém vislumbre
Que seja tudo ilegal
 
(Taxação da energia)
 
(1393)
Correu com toda heresia
Que iriam então aumentar
Os impostos da energia
Previstos na luz solar
 Pegando as fornecedoras
Meio assim de supetão
Essas mentes criadoras
Trabalham contra a nação
(1394)
Ora toda essa riqueza
Foi-nos dada por Jesus
De graça e com tristeza
Essa gente só conduz
Pro desespero do povo
Destinatário do bem
É quando daqui renovo
Que essa gente não convém 
(1395)
Eu já falei noutro tempo
Pra reforçar o Tesouro
Esse homem ou jumento
Que com seu peso de ouro
Taxaria todo vento
Todo ar que respiramos
Falando no Parlamento
Aumenta o que já pagamos
(1396)
Já dei outra sugestão
Quando limpar toda praia
Vou dizendo de antemão
Não entra mulher de saia
Então por cada mergulho
Uma taxa pra pagar
Pra sustentar o orgulho
E para os nobres gastar
(1397)
Quem fizer cocô na praia
Muito ralo ou na dureza
Na justiça se “atrapaia”
Não vai ter qualquer moleza
Pode até ser uma multa
Pesada quando omitir
É própria de gente culta
Se também fizer “xixi”
 
(Na saúde)
 
(1398)
Achei um grande descaso
Uma tal de Portaria
E já falo com atraso
Pra mim pura grosseria
Com a mulher brasileira
Proibir mamografia
Será doidice ou leseira
Tão repleta de ousadia 
(1399)
O ministro da saúde
O tal de Doutor Mandetta
Pode encher com ataúde
Aquela sua saleta
Porque essa economia
Não salvará o país
Que está sem autonomia
Pra ter o povo feliz
(1400)
É deputado do DEM
Lá do longe Mato Grosso
Não é isso que convém
O caldo ficando insosso
A culpa é do presidente
Que delega sem pensar
E paga por inocente
Pros outros vangloriar
(1401)
Essa coisa é muito séria
Câncer de mama, mortal
Já disse dona Simpléria
Que sofria desse mal
E que partiu proutra esfera
Dando adeus definitivo
Em face de que prospera
Sem haver o lenitivo
(1402)
A “presunção” aí sim
De suma honestidade
Desse doente por fim
Na completa ansiedade
De no SUS ser atendido
Seja aqui ou na cidade
Qualquer lugar escolhido
Não deve ser caridade
(1403)
Mas finalmente o Senado
Ordenou a suspensão
Porquanto o povo enganado
Nesse tal diapasão
Está pasmado de dor
E não quer conversa não
Porque isso tudo é horror
Pra desgraça do povão
 
(Sugestão do STF)
 
(1404)
Ontem na reunião
Do Senado Federal
Houve aquela sugestão
Partida do Tribunal
Pedindo que façam lei
Que trate de prescrição
Eu que nem acreditei
É da Constituição
(1405)
O fato causou espécie
Por parte de senadores
Porque a Casa fornece
A lei pra esses senhores
Que estão com a batata
Bem quente nas suas mãos
Pra cada mente sensata
Defender os cidadãos
(1406)
É muita coincidência
Esse tal expediente
Que parece com urgência
Alegrou a muita gente
Mas na Câmara já tramita
Um projeto desse porte
Vai estar tudo na escrita
No Tribunal mais suporte
(1407)
Mas se o Supremo soltar
A lei será favorável
Não há como se escapar
De coração adorável
Sabido que a lei penal
De efeito retroativo
Vai ser grande o carnaval
Seja qual for o motivo
(1408)
Mas ocorreu nesses dias
Uma nova prescrição
Por conta de heresias
Muita falta de atenção
A nossa lei brasileira
É forte como tufão
Mas é uma baboseira
Tudo depois da prisão
(1409)
O preso sempre tá solto
O solto nunca tá preso
Nosso Brasil tá envolto
Que nada aqui é coeso
O Juiz manda prender
Tem Tribunal pra soltar
Deixa tudo prescrever
Pois ninguém quer trabalhar
(1410)
Mas então eu me pergunto
Condenar então pra quê?
Vamos trocar desse assunto
Pois quero pagar pra ver
A tese da Presunção
Que custa caro, tal ouro
Defender essa pressão
Não é fácil pra calouro
 
(Segredo de Justiça)
 
(1411)
Existem muitos processos
Que a lei guarda segredo
Mas quando se é perverso
E livre de qualquer medo
Comete crime o sujeito
Que vazar informação
Porque faltou com respeito
Podendo ir pra prisão
(1412)
Mas daqui já protestamos
Sobre a tal “primeira mão”
Confesso que nós estamos
Lutando contra Sansão
Que aqui é invisível
Trabalha de supetão
Tornando tudo plausível
Cada qual por si meu irmão
(1413)
Pois essa tal novidade
Deve custar muito cara
Não se a tem por caridade
E nem debaixo de vara
Tem de ter muita amizade?
Para tudo conseguir
Quem quebrar a castidade
Não fez mais que delinquir
(1414)
Tudo na vida tem preço
Jornal não é diferente
Por isso é que padeço
Ao notar que essa gente
Explorando a vida alheia
De maneira renitente
Nem ao menos esperneia
Coitado do presidente
(1415)
Tem uma Rede fugaz
Sabe de tudo e de todos
Tem o tal do leva e traz
Juntamente com engodos
Mas a culpa não é dela
Pois quer dinheiro ganhar
Aprecia a passarela
Domina quem vai passar 
(1416)
É que essa gente não pode
Nem sequer ver microfone
Porque seus nervos, sacode
Pensando seja trombone
Querendo logo tocar
Pra agradar seu eleitor
E sua pose mostrar
Em cada televisor
(1417)
Respeitem esse senhor
Não queiram dele roubar
Seu mandato por favor
Pois precisa governar
Isso é uma malvadeza
Com nossa população
Que o colocou com certeza
Na disputa da eleição
(1418)
Querer forçar essa barra
Nessa história criminal
Não pode nem numa farra
Procedimento anormal
A famosa “Presunção”
Nesses casos funciona
É preciso ter noção
Nessa carente intentona
 
CORDEL – O que eu quero pro futuro do Brasil – Continuação – 02.11.2019 (PRL)
 
(1419)
Mas antes de prosseguir
Vou dizendo de começo
Pra que chorar, vamos rir
Cada qual com seu tropeço
Levo aqui na brincadeira
Nunca fiz opinião
Melhor pensar em leseira
Essa é minha sugestão
(1420)
Os assuntos são tratados
Numa certa rapidez
Não podem ser ordenados
Cada qual na sua vez
Não há tempo para isso
Vou chutando a bel prazer
Não mantenho compromisso
Daqui quero agradecer
(1421)
Nosso povo brasileiro
Seja do Norte ou do Sul
Apostou todo ficheiro
Pro país ficar azul
Fez uma grande mudança
Afastando muita gente
O celeiro da gastança
Sendo do mal, dependente
(1422)
Porém inda tem demais
Muito mais do que saiu
Esses são universais
Com muita lábia iludiu
E foi logo se entrosando
Se ajustando de mentira
E suas iscas pegando
Pescado que nem traíra
(1423)
A pior coisa do mundo
É sujeito traidor
Tão safado e tão profundo
Não passa dum impostor
Na boa-fé dum amigo
Cresce seu modo de vida
É isso que sempre digo
Por onde anda faz ferida
(1424)
Essa tal fidelidade
Que parece só na coxa
Já perdeu a castidade
De vergonha ficou roxa
Até mesmo no casório
Isso deixou de existir
Pois se trata de acessório
Pra se comer e sair
(1425)
Tem na contabilidade
Um princípio inteligente
De certeza e de verdade
Se desconfia então tente
Ora, quem promete deve
Quem paga fica credor
Na memória não prescreve
Nem precisa contador
(1426)
No Brasil o cara leva
E não fica devedor
Põe toda grana na treva
Como se fosse credor
Porém nada registrado
A não ser a gulodice
E volta sendo aprovado
Continuando a mesmice
(1427)
E vai repetindo a dose
Um rombo se desenhando
Mas lá na prova dos nove
O tutu está faltando
Tudo em forma de desfalque
Que chamaram de malfeito
Tem muita gente que é craque
E parece bom sujeito
(1428)
O que um pobre eleitor
Lá da casa de xaprego
Sabe do roubo, doutor?
Quase nada, aqui não nego!
E com seu nome anotado
Até na palma da mão
Decerto será votado
Pelo dito cidadão
(1429)
Parece, então, mas não muda
Reeleição garantida
Porque a grana é graúda
No cofre nem faz ferida
Resulta num parlamento
Mudado, mas só fachada
Porquanto de sentimento
O mesmo, não dá em nada
(1430)
No começo do mandato
Falei comigo dizendo
Tem de ser imediato
Esses novos tão mordendo
Mas só fogo de monturo
O ímpeto já abrandou
Isso pro povo é bem duro
Há gente que se esquivou
(1431)
Não tiro suas razões
Quem tem boca vai pra Roma
Em sonhos como ilusões
Pois muita gaita se soma
Não se sabem dos motivos
Da mudança de postura
Que por vezes é nocivo
Depende da criatura
(1432)
Num quadro de oitenta e um
Só conseguem vinte e nove
E saindo de um em um
A coisa não se promove
Pode ser que tenha brinde
Pra que seja Relator
Não quero criar melindre
Mas acho isso um horror
(1433)
Li num jornal inda há pouco
Que um navio da Grécia
Não confirmo aqui tampouco
Fez a sua peripécia
Jogou óleo no oceano
Do Nordeste do Brasil
E salvo melhor engano
Deve ser dum imbecil
(1434)
E nossas praias tão lindas
A riqueza Deus nos deu
Parecem águas infindas
Sem visitante europeu
Pois o óleo despejado
Um crime muito cruel
Deixa o Nordeste aleijado
Sem cumprir o seu papel
(1435)
De região de turista
Essa gente endinheirada
Até mesmo de sulista
Que do Sul já tá safada
Perdendo muito dinheiro
Em prejuízo patente
Afora o lado festeiro
Que diverte muita gente
(1436)
Quando da Globo surgiu
A notícia explosiva
Do jeito que nunca viu
Parece feita de oitiva
Colocando o Presidente
No cenário lá do crime
A notícia inconsequente
E desta que se redime
(1437)
Sendo falsa a acusação
Que feita pelo porteiro!
Não basta desculpa não
Pois mexeu no mundo inteiro
O prejuízo tá feito
Cabendo reparação
Porque com todo defeito
 Inda existe retidão
(1438)
Certo que já desmentiu
Mas isso foi muito pouco
Pois nosso Estado faliu
Isso é conversa de louco
Sei não, será que tem jeito?
O governo já carente
No regime de direito
Mas essa emissora ausente
(1439)
Mas tudo já caminhava
Parecendo resolvido
Porém de longe cantava
Um deputado renhido
Falando nesse AI cinco
Lá da década sessenta
Com coisas sérias não brinco
Tal ideia não sustenta
(1440)
O Bolsonaro falou
Que nisso não se pensava
Foi um sopro que murchou
Quando nem se imaginava
Quando se quer não se diz
Quando se diz não se quer
São muitos nossos Brasis
Não é como algum, qualquer
(1441)
A revolta foi tamanha
Falaram em cassação
Do mandato, coisa estranha
Pois livre de opinião
Noutro dia na sessão
Um deputado sem foco
Disse que Moro é ladrão
E não recebeu o troco
(1442)
Então fala o Senador
Dele sendo o seu irmão
Agora a coisa piorou
Esse é AI seis cidadão
E nesse clima fervendo
Que não faz bem a nenhum
O país fica temendo
Com tanto prucurundum
(1443)
Sobre essa tal ditadura
Que houvera sido pregada
Causou demais amargura
E foi mais uma piada
O pobre do deputado
Falou no “condicional”
Não pode ser amputado
Pra mim nada de anormal
(1444)
Não sei porque tanta gente
Tem medo de militar
Pois até são competentes
Só fazem nos ajudar
Quando se está em perigo
Todo mundo então apela 
Pra eles pedem abrigo
Até com muita cautela
(1445)
Quem tem contas a prestar
Em face de seus malfeitos
Pra esses valem chiar
Porquanto têm seus defeitos
Mas eles estão calados
Cada qual no seu lugar
Porque estão preparados
Para a hora de atuar
(1446)
Em defesa do país
E também do cidadão
Isso todo mundo quis
No momento da eleição
Sempre bom andar direito
Pra levantar a nação
Não piorar o conceito
Que se tem no coração
(1447)
Sem imprensa não se vive
Sem governo também não
Vamos fazer um declive
Botar a bola no chão
Trabalhando sem cessar
Quem ganhou, na direção
Não vale a pena tentar
Tumultuar a nação
(1448)
Bem melhor fazer acordo
Pra resolver o problema
Do Brasil que tem a rodo
É negócio de cinema
Tem tanta empresa quebrada
Tantos são os desempregos
A Pátria regenerada
Para todos os sossegos 
(1449)
E se o Tribunal quiser
Soltar essa leva toda
Já tem tudo de colher
Quem quiser que se exploda
São livres os seus poderes
Todos foram nomeados
Basta cumprir seus deveres
Para os cargos ocupados
(1450)
Voltando ao meio ambiente
Na praia aqui do Recife
Eu nem conto, minha gente
O povo come rosbife
Brincando na madrugada
E pela beira da orla
Muita droga é achada
Que de sopro fazem bola
(1451)
Camisa de todos tamanhos
Cheias ou mesmo esfoladas
Por conhecido ou estranhos
Depois de grande gozada
E também outras surpresas
Calcinhas e proteção
Das regras de sutilezas
Cuidado com boi tudão
(1452)
Brinquedos tem a granel
Para os gostos diversos
Alongamento em anel
E vibradores convexos
Até fraldas de criança
E mamadeira do leite
É completa a matança
Só falta mesmo o azeite
(1453)
O litoral muito grande
Quilômetros de enxurrada
Onde a galera se expande
Ao sabor da garotada
Arrastão que nem se conta
Todo dia é dia santo
Porque a gangue amedronta
Impondo a nós o seu espanto
(1454)
Noutro dia uma senhora
Achou belo megafone
Disse que chegou a hora
De gritar no microfone
 Na vida em nada melhora
Tem de ter a salvação
Daquele tempo de outrora
Que nos deu satisfação
(1455)
Mas voltando àquele assunto
Todo dia um quiproquó
Diabo sempre está junto
Vai deixando muito nó
Pra desatar é difícil
Terá de ter bem astúcia
Vale a pena sacrifício
Não é nada de pelúcia
(1456)
Porém vamos e venhamos
A Globo sabe o que faz
E mesmo que não queiramos
É por demais perspicaz
Pois falar do presidente
Nesse seu maior jornal
Audiência contundente
Isso né bom afinal!
CORDEL – O que eu quero pro futuro do Brasil – Continuação – 05.11.2019 (PRL)
(1457)
Ontem eu vi com tristeza
No domingo especial
Aparentando fraqueza
Um apelo sem igual
Desejava o presidente
Que a Rede Globo lhe desse
Pra falar pra muita gente
Cinco minutos merece
(1458)
No Jornal Nacional
Que é sempre mais assistido
Neste Brasil de Cabral
Mas disso estou convencido
No país e até lá fora
Porque na realidade
Mesmo inda triste, embora
Tem alcance de verdade
(1459)
Lá no Estadão Publicaram
Negócio de arrepiar
Deputados que pagaram
Mesmo que particular
Despesa com advogado
Um dinheiro de lascar
Esse país desastrado
Jamais pode prosperar
(1460)
Da verba daquele fundo
Que foi feito pros partidos
Isso chega a ser imundo
Saudade de tempos idos
Pronde é que estamos indo
Pergunta que não se cala
E os pobres ressentindo
De mesa farta na sala
(1461)
Fez questão de destacar
Mais a turma do partido
Pra poder só contestar
O presidente querido
Como dele culpa fosse
Essa grande safadeza
Não deixa de ser um coice
Ao roubar nossa riqueza
(1462)
Então morro de vergonha
Com esse tal disparato
É bem melhor tocar bronha
Olhando pro teu retrato
O pobre tá desgraçado
Não sobra nada pra nós
O gasto desenfreado
Encoberto nos lençóis
(1463)
Ontem no supermercado
Uma coisa me chocou
Estava sendo roubado
É verdade sim senhor
Pois um queijo que era sete
Carimbado no produto
O desonesto repete
Um aumento enorme e bruto
(1464)
Na passagem pelo caixa
Sem querer olhei a conta
E vi uma coisa baixa
Considerei uma afronta
Porque saiu registrado
O queijo por dezesseis
Já nem falo no quebrado
Digo aqui para vocês
(1465)
A gerente foi chamada
Numa demora da gota
Quando chegou animada
Minha cabeça já rota
Mexeu lá no sistema
Menos sete vai pagar
Abater é nosso lema
A nota vai registrar
(1466)
Aliás esse tal queijo
Que compro para regime
Subiu tanto que prevejo
Parar porque isso é crime
O novo agora é dezoito
Aumentou covardemente
O brasileiro é afoito
Engorda toda essa gente
(1467)
O tal pão de doze grãos
Do meu regime, freguês
Vem matando cidadãos
Em pouco mais de um mês
Subiu de seis para onze
Parece tudo cartel
Levou a taça de bronze
Pobre está no beleléu
(1468)
Vem o governo dizendo
Que não temos inflação
Penso que está só querendo
Enrolar o cidadão
Ou será que ele não sabe
Dessa que é a rotina
Que ao pobre sempre enrabe
No seco sem vaselina
(1469)
E no fim do expediente
Na hora de condensar
Tal apurado o gerente
Para o imposto pagar
Declara ter dado desconto
A todos os seus fregueses
Confesso que vivo tonto
Sofrendo com tais burgueses
(1470)
Hoje eu vi na Comissão
Que revê a lei penal
Só me causou emoção
Um Promotor bem legal
Numa boa sugestão
Defendeu com maestria
Uma profunda inclusão
Repleta em sabedoria
(1471)
Que seja então garantida
Proteção da testemunha
Que fica sem a guarida
Quando por vezes se expunha
Sujeita a qualquer revide
Talvez por parte do Réu
Se condenado na lide
Prele tiro o meu chapéu
(1472)
Na verdade, meu senhor
O governo nem garante
A vida do Promotor
Quanto mais do meliante
Que às vezes de horror
Tem tratamento gritante
O sistema é um terror
Mas temos de ir avante
(1473)
À tardinha pude ver
Um jogo, grande espetáculo
Foi o Flamengo meter
Quatro a um no Tabernáculo
Que é o Maracanã
Paraíso do Uruguai
Como Adão, comeu maçã
Do ano cinquenta, jamais
(1474)
O time do Parque entrou
Nas garras desse Urubu
Que goleou e deu show
Cavando que nem tatu
Sua bola bem corrida
Mexeu com toda galera
Que vem gozando na vida
Parece tudo quimera
(1475)
Dois fatos a registrar
Por conta do bom juiz
Porque resolveu marcar
Um Pênalti porque quis
Justo em favor do Flamengo
Que não precisa de ajuda
Um time de muito dengo
Se brincar, Deus nos acuda
(1476)
E também em outro lance
Justamente contra o Mengo
Eu vi toda performance
Parecendo mamulengo
Que não se pode dizer
Que um gol seria certo
Mas tem tudo pra fazer
A distância é muito perto
(1477)
O VAR não foi consultado
Porque teve sim certeza
Do que havia apitado
Depende da sutileza
Mas estou desconfiado
Que ele quis ajudar
Com o campo tão lotado
Para a torcida vibrar
(1478)
Nessa pisa do Carille
Treinador de muita sorte
Acabou todo desfile
Dessa vez levou um corte
Talvez volte para a China
Se verdade inda não sei
Porque lá o bobo ensina
E tendo um olho é rei
(1479)
Noutro dia foi o Grêmio
Levou cinco na caçapa
Renato perdeu o prêmio
E quase então que derrapa
Do jeito que a coisa vai
O Flamengo é campeão
Não utiliza do cai-cai
A bola corre no chão
(1480)
Voltando ao mundo político
A notícia bem recente
É que no momento crítico
Foi um pedido bem quente
De apuração no Congresso
De fatos do Senador
Que se mostrando travesso
Anda pregando o terror
(1481)
Tem se mostrado agressivo
Junto de seus camaradas
Com discurso corrosivo
Querendo duras jornadas
Da militância aguerrida
 Que debaixo d’água até
Pro PT dá sua vida
Acredite se quiser
(1482)
Estão querendo arranjar
Claro, sua cassação
Que difícil de levar
Pela lei desta nação
O parlamentar é imune
De tudo que lá disser
Até porque não se pune
Pois é tudo laisser-fair
(1483)
Hoje vi lá no Senado
Uma coisa costumeira
Esse negócio arranjado
Que pra mim é brincadeira
Reunião ordinária
Com somente dois senhores
Mas vá na conta bancária
Que tá cheia de louvores
(1484)
E fica na tabelinha
Um fala, outro preside
É tu na tua eu na minha
A soberba então reside
Pois quer sair na telinha
E mostrar pra seu Estado
Nada de sua entrelinha
Nesse orgulho descarado
(1485)
Um Senador de Sergipe
Todo dia mete o pau
Pareceu estar com gripe
Um médico sem igual
Esculhamba esse governo
Por todo mal que acontece
Não tem nada de fraterno
Penso que ele inda cresce
(1486)
Pois assim vai discursando
Até seu povo cansar
E também acreditando
Que este país vai quebrar
Mas elogiando aliados
Se esquece que toda merda
Foi feita por aloprados
Este governo é que herda
(1487)
Não vi, porém me disseram
Que a Ministra Cármen Lúcia
Sem pedir, mas sim fizeram
Com aliás muita astúcia
Manifestação de apoio
Não entendo do porquê
Porquanto ela não é joio
E bem capaz de entender
(1488)
Artistas de bom renome
De muito boa edição
Que bom dinheiro consome
Do povo com emoção
Cantores e produtores
Coloca a mídia em ação
Da Globo são sedutores
Com saudade da ilusão
(1489)
Voltar aos tempos de outrora
Dos incentivos fajutos
Dinheiro jogado fora
Benefício pros arautos
Sem ajudar ao mais pobre
Que sofrendo sem suporte
Sem qualquer fio de cobre
Entregue à própria sorte
(1490)
Não se viu pobre sequer
Nessa manifestação
Acredite se quiser
Que no fundo é intenção
De seu voto conquistar
No julgamento da ação
Pra condenados soltar
Essa é nossa opinião
(1491)
Mas eu já ia dormir
Quando vi na internet
O MSN se referir
Numa tristonha manchete
Declarações reveladas
Da Janaína Pascoal
Não sei se foram criadas
Por essa turma do mal
(1492)
É que segundo a jurista
Deputada Estadual
Uma nacionalista
Se tem melhor é igual
Que tem receio profundo
Que Bolsonaro não termine
O seu mandato profundo
Que tudo se contamine
(1493)
Andar mal acompanhado
O motivo principal
Não crê que nossos soldados
Por conta dum ideal
Assumam esse mandato
Não é o ponto fulcral
Tem muito apoio das ruas
Mas não seria legal
(1494)
E também se referiu
A erros de sua família
Que tem de tomar Doril
Levando toda mobília
Deixar o homem em paz
Muito bem aconselhado
Não vale esse leva e traz
Sendo tudo apaziguado
(1495)
Chegou então a dizer
Sente a ausência do Moro
Que está deixando correr
Sem seu apoio sonoro
Como tudo antes era
Porque agora há distância
Bem que o povo quisera
Que tudo sem discrepância
(1496)
Falou em alternativas
Mas não disse quais seriam
Mas nenhuma subversiva
As opções se abririam
O que sempre vislumbrei
Não um golpe, mas ação
Um grito forte bem sei
Um freio de arrumação
 CORDEL – O que eu quero pro futuro do Brasil – Atualização – 06.11.2019 (PRL)
(1497)
Num gesto bem-educado
O presidente levou
Pessoalmente ao Senado
A proposta que pensou
Diminuir os Estados
Tentando economizar
Os dias estão contados
Senão o país vai quebrar
(1498)
E se fez acompanhar
Do ministro Paulo Guedes
Para poder reforçar
Para quem quer nada impede
Foi uma boa maneira
De dar força à pretensão
Uma voz sempre altaneira
Em toda sua extensão
(1499)
O fulcro do documento
Tem três bases principais
Reduzir procedimentos
Deixar o ruim pra trás
Pretendendo economia
De uns quinhentos bilhões
Em quinze anos daria
Para ajudar multidões
(1500)
Esse negócio de esmola
Que prefeitos se acostumam
Pra Brasília de Sacola
E nenhum dinheiro arrumam
Também o governador
Andando pra lá e ao léu
Volta triste sim senhor
Por que nada no chapéu
(1501)
Vai mexer com estrutura
Reduzindo municípios
Pois vivem na sepultura
E só trazem malefícios
Com menos de cinco mil
Habitantes lá no censo
Precários que nem covil
Vão cair eu me convenço
(1502)
Com menos de dez por cento
Do total da geração
Da renda própria sedento
Perderá a posição
E vão ser anexados
A um vizinho maior
Reforçando resultados
E será muito melhor
(1503)
Em síntese vão voltar
A tudo que era antes
Menos despesas gerar
E daí seguir avante
Porque gente aqui pra nós
Há cidade bem precária
E todos dirão após
Mas quanta gente tão otária!
(1504)
Porque foram concebidos
Na tora, chute e pirraça
Pra socorrer escolhidos
Político em cada praça
E daí as consequências
Em todos os três poderes
Sem dar bolas pra carências
Nem da falta de afazeres
(1505)
Tem também esse negócio
Que é próprio do país
Assim como sacerdócio
Isso todo mundo quis
A tal de estabilidade
Nos empregos estatais
Sem olhar capacidade
Essa coisa que é demais
(1506)
Penso seja este Brasil
O único país do mundo
Em que fingindo servil
Empregado vagabundo
Enrola e é promovido
São direitos sem deveres
Tudo está bem pervertido
Segundo os seus prazeres
(1507)
Claro que há exceções
Tem gente trabalhadora
E firme nas decisões
E atuação produtora
Que sempre se prontifica
Em qualquer situação
O trabalho dignifica
Sua alma e o coração
(1508)
E só depois de dez anos
Conseguirá segurança
Ausente dos desenganos
Firmada sua esperança
Porque passou por estágio
Que provou em ser capaz
Sem precisar de sufrágio
No chefe ou seu capataz
(1509)
Novos níveis de carreira
Abolindo a demasia
Tem cargo de faxineira
Numa pura heresia
Tem também de datilógrafo
De auxiliar de vigia
Parece que de filósofo
Mas disso ninguém sabia
(1510)
Falam numa prefeitura
Que não tinha nem piano
Quando da ficha a leitura
Logo notaram o engano
Na folha de pagamento
Sim, isso mesmo na lista
Estava no assentamento
Salário do pianista
(1511)
E na reforma do Estado
Dinheiro deve chegar
Lá na ponta esse legado
Muita coisa vai mudar
Porque no quadro atual
O dinheiro vai sumindo
E nunca chega o total
Porque só vão repartindo
(1512)
Daqui damos só um toque
Não se pode condensar
Essa proposta de choque
Num cordel e deslanchar
Até porque falta tino
Deste pobre curioso
Que por ele nem assino
Porque não sou orgulhoso
(1513)
Ontem vi daqui um vídeo
Duma pessoa chorosa
Sem o jeito de canídeo
Falando com muita prosa
Tive pena até da Joyce
Que se mostrava famosa
Falou que levara um coice
De gente que mais gulosa
(1514)
E perdeu a liderança
Com todas as mordomias
Pra ele sem mais festança
Com as suas simpatias
Talvez lhe tenha tocado
A mosca desse poder
Que nos faz mudar de lado
Por vezes só por prazer
(1515)
Então parece que fez
Uma denúncia formal
Foi contra todos, os três
Filhos desse homem mal
Que neste agora em repente
Para alguns não serve mais
Incrível como essa gente
Esquece o que ficou atrás
(1516)
Uma outra novidade
Foi que nossa Federal
Andou em muita cidade
Isso que já é normal
E quarenta desta vez
Foram somente intimados
Tem até muito burguês
Na lista dos felizardos
(1517)
Os pedidos de prisão
Todos foram denegados
Mas só nessa ocasião
Para serem bem pensados
Pelo Ministro Fachin
Que relator do processo
Agindo bem certo assim
Querendo conter excesso
(1518)
Esse caso se refere
À eleição de catorze
Quando dali se interfere
Umas jogadas atrozes
De compra de uns apoios
Pra ganhar a eleição
Da Dilma por alguns joios
Com dinheiro da nação
(1519)
Enquanto isso uma afronta
Ocorre em Câmara baixa
Uma ONG que amedronta
Querendo tomar a faixa
Do Jair, o Capitão
Entrando com um pedido
Assim como imposição
Com enredo malnutrido
(1520)
É novo terceiro turno
Inda daquela eleição
Num momento que diurno
Não cabe contestação
Mas houve aquela promessa
De não deixar governar
Que só então interessa
A quem quer tumultuar
(1521)
Aliás nesta semana
Recomeça o julgamento
Se a memória não me engana
De todo aquele excremento
Da prisão antecipada
Ou seja, em segundo grau
Que vem tocando arrastada
Num gesto cara de pau
(1522)
A decisão tá na cara
A soltura desejada
Que talvez seja bárbara
Pra nação desenfreada
Decerto vem a caminho
Não quero mal pra ninguém
Sou um cara bem sozinho
Não julgo pois não convém
(1523)
O processo recrudesce
Falo dos irmãos Batista
Procurador aparece
E vendo que está na lista
A delação premiada
Que lhes trouxe só favor
Para o país quase nada
Quer cancelar sim senhor
(1524)
Porque alegando o justo
O crime continuou
Para o povo teve custo
No lucro que resultou
Porque mexeu no mercado
Provocando turbulência
Negócio bem planejado
Com toda a competência
(1525)
Esses senhores teriam
Abusado da confiança
E logo escorregariam
Naquele mar de bonança
Porque essas delações
Devem ser bem exigentes
Precisam de reflexões
Não ajudar delinquentes
(1526)
Vai competir ao Ministro
Prestigiar o pedido
Fica dentro do previsto
Caso esteja convencido
Esses jovens foram presos
E soltos com rapidez
Mas agora estão ilesos
Podem voltar ao xadrez
(1527)
Pelo que se ouve dizer
São os grandes produtores
De proteína animal
E são demais captadores
No mercado mundial
Perante os investidores
De recursos sem igual
Nisso também são doutores
(1528)
Essa noite eu conversava
Aqui com minha mulher
De vez em quando rezava
Pra ser bom o que vier
Mas ela então de repente
Num suspiro, num instante
Sugestão inteligente
Saiu assim de rompante
(1529)
Disse-me ela, então veja
O governo poderia
Acabar essa moleza
E com tanta correria
Viagem, diária, aluguel
De tantos parlamentares
Está virando escarcéu
São de altos patamares
(1530)
Nessa ideia que concebo
A base de cada um
Seria sua cidade
Sem esse tal zumzumzum
Só o líder do partido
Seguiria pra Brasília
Pra votar o discutido
Resumindo a camarilha
(1531)
Veja só a economia
Aos cofres, nosso Tesouro
Reduzindo regalia
Sem criar qualquer desdoiro
Difícil ser aprovado
Pra mexer na própria carne
Cada qual é vacinado
Contrário a qualquer desarme
(1532)
Mas claro que foi talvez
A melhor dessas propostas
Pois vi muita sensatez
Diferente desses bostas
Para o dinheiro sobrar
Mas precisa de algo roxo
Não somente de falar
Ou então de cara frouxo
(1533)
Vou parando por aqui
Tô cansado pra carai
A certeza que vivi
Durou tão pouco afinal
Mas o tempo vai passando
Fica vã toda esperança
Quanta força vai minando
Quero sair dessa dança

CORDEL – O que eu quero pro futuro do Brasil – Continuação – 07.11.2019 (PRL)
 
(1534)
Quarenta e três senadores
Assinaram bela carta
E levaram pros doutores
Com argumentação farta
Fizeram também louvores
Manifestando adesão
Pois até são defensores
Da discutida prisão
(1535)
Logo após segundo grau
Que já foi consolidada
Em votação infernal
E não precisa mais nada
Tudo isso é carnaval
Pois a culpa já formada
Lá num grande Tribunal
Não é mais do que jogada
(1536)
De robustos defensores
Nada cobram afinal (!)
Por amor são causadores
Desse troço que faz mal
Trazendo na polvorosa
Na mexida descabida
Com muita conversa e prosa
As provas foram colhidas
(1537)
Daqui já disse um bocado
Se quiser soltar os presos
Não precisa de recado
Atestem que são ilesos
E mandem todos pra casa
Pra causar muito tumulto
Que a vida da gente atrasa
E pode ser só insulto
(1538)
Alguém parou pra pensar
Os gastos desses processos
Que vai o povo onerar
Tudo nesse retrocesso
A população atenta
Não deseja isso mudar?!
É o que se salienta
Pois é melhor se mancar
(1539)
O grande doutor Fachin
Do Supremo Tribunal
Teria dito ontem sim
Que vai ser tudo normal
Mas que se for decidido
Por acatar os recursos
Ninguém se sinta ofendido
Com nenhum desses discursos
(1540)
Muita gente tá apostando
Que será de cinco a cinco
O placar vem demonstrando
Mas com isso eu não brinco
Talvez seja sete a quatro
Em favor da liberdade
Inda bem que esse teatro
É pura realidade
(1541)
Eu já vi alguém gritar
Que a chuva está bem fraca
O agricultor vai pifar
Pois com a seca se atraca
Todo ano de eleição
A indústria funciona
Da seca na região
Nordestina, que emociona
(1542)
Pra prorrogar os contratos
Dos pobres agricultores
Que precisam de aparato
E do favor de gestores
E então o bolo crescendo
Com os de anos passados
Com os juros dos horrores
Os pobres ficam quebrados
(1543)
Já se disse muitas vezes
Que a zona do Nordeste
De bode se criam reses
Porque afinal é agreste
O bode come até cerca
De tabica e de avelós
Muito antes que eu me perca
Ou que calem minha voz
(1544)
Claro que rendendo votos
O político se deita
Não vai de carro ou em motos
Levando sua maleta
Lá na terra acerta tudo
Mostra todos os detalhes
Afora algum conteúdo
Pra não sofrer achincalhes
(1545)
Sobre o leilão do petróleo
Que ontem se realizou
Não terminou em imbróglio
Setenta bi arrecadou
Então ficou reduzida
Toda a participação
Fiquei aqui na torcida
Por maior apuração
(1546)
De Estados e Prefeituras
No bolo desse dinheiro
Para conter as agruras
Do povo tão altaneiro
Mas isso é dinheiro certo
As reservas são riqueza
E novo leilão aberto
Vai faturar com certeza
(1547)
Veja quanta enormidade
Tudo aquilo que vendeu
Entenda por caridade
Em nada comprometeu
Pois é só o excedente
Do teto de cinco bi
De barris, daí pra frente
Há muito para extrair
(1548)
Por vezes me causa medo
Dos buracos que ficando
Nesse profundo segredo
Que só o mar vai guardando
O que fica em seu lugar
Se água, sal ou areia
Sou bem leigo pra falar
Sobre assunto que mareia
(1549)
E depois quando estourar
Fenômeno inesperado
Que ninguém queira alegar
Que isso não fora estudado
Um tsunami por acaso
Que no fim só deixa o resto
Como deixou tudo raso
Um continente funesto
(1550)
Quem tem medo de cagar
Não come só toma suco
Será que é bom arriscar
Não sei, pois fico maluco
Com essa tal de ciência
Que brinca com nossa sorte
Por vezes em leniência
Pode trazer mesmo a morte
(1551)
A Petrobras foi destaque
Nesses recentes leilões
Mostrando que já é craque
Falo aqui com meus botões
Nessa hora é estatal
Por vezes tem benefício
Mas na hora crucial
Sempre diz ser seu ofício
(1552)
Eleva todo seu preço
Com base sim no mercado
Como pobre sim padeço
Pois o dólar disparado
Ora se ganho em reais
Como em dólar vou pagar?
Será bom que alguém capaz
Ponha um freio pra arrumar
(1553)
O negócio é tão dureza
Que nem mesmo o presidente
Pode ter uma afoiteza
E ajudar toda essa gente
Que empobrece a cada dia
Com essas regras tão duras
Que em mim dão alergia
Benditas as criaturas
(1554)
Venho me apercebendo
Que não só a Rede Globo
Só críticas vem fazendo
Com seu famoso arroubo
Mas também outras tevês
Como a BAND por exemplo
Não é muito rara a vez
Que fala dele e do templo
(1555)
A Cultura nem se fala
Essa já é conhecida
E que bom que não se cala
Mas parece desvalida
Jornalistas de primeira
Parece que de encomenda
Por vezes dizem besteira
Talvez estejam de venda
(1556)
Até mesmo a do Senado
E da Câmara do Maia
Parece estar tudo armado
Para que a Casa caia
Falo na do presidente
Porque assisto entrevistas
De gente falando mal
Sejam do ramo ou artistas
(1557)
Talvez escolhido a dedo
Cada um dos visitantes
Que só complicam o enredo
Com todos seus agravantes
Aliás bom que se diga
Dessa estrutura montada
Está enchendo a barriga
Da TV que tá inchada
(1558)
Pra competir com empresas
Do ramo já conhecidas
Todo dia com surpresas
Novas caras conhecidas
E pra que funcionar
Vinte e quatro horas por dia!?
Só pra dinheiro gastar
E também hipocrisia
(1559)
Estou ficando cansado
Com certos comportamentos
Ligo a TV do Senado
Dou de cara com jumentos
Que querem esculhambar
A merdinha que inda resta
E falam mal de lascar
Só dizem o homem não presta
(1560)
Então mudo de repente
Vou pra Câmara Tevê
Pois é pior minha gente
É desgraça pra valer
Não tem muito cidadão
Que fale pra defender
Uns dois ou três de plantão
Lutando pra arrefecer
(1561)
É bem nítida e cruel
A falta de liderança
Que cumpra com seu papel
Até parecem criança
Engolidos por panteras
Escolados no discurso
Leões e outros que feras
Inclusive o amigo urso
(1562)
Alguns são despreparados
Nunca que foram do ramo
E ficam todo enrolado
Isso daqui eu reclamo
A culpa toda é do povo
Que não tem em quem votar
Se não tem tu vais de novo
Pra todo mundo enganar
(1563)
Dos que defendem o bem
Vou somente aqui falar
Desse do Rio de quem
Pode sim impressionar
Falo do OTONI DE PAULA
Esse um grande baluarte
Quando começa alguém cala
Dispara seu bacamarte
(1564)
Eita rapaz competente
Fala bem e faz correto
Não aguenta sorridente
Insulto de analfabeto
E desse o Brasil precisa
Eleger bem muito mais
Com sua fala concisa
Vai muita gente pra trás
(1565)
Nem o próprio presidente
Tem tanta sabedoria
Deve ser bem mais prudente
Não entrar nessa anarquia
Não sei porque esperar
Pra rescindir um contrato
Se um dos lados falhar
Pode fazer o distrato
(1566)
Outra coisa bem visível
Não parece ser político
Porque isso não é crível
Nesse momento tão crítico
Fundir tantos municípios
Às vésperas da eleição
Pode exigir sacrifícios
E faltar boa adesão

 
 ARTIGO – Presunção de inocência – 08.11.2019 (PRL)
 
Preliminarmente, não vai aqui nenhuma crítica à decisão emanada do Supremo Tribunal Federal, em data de ontem, quando reverteu entendimento anterior no qual reconhecia o instituto da prisão após sentença confirmada em segundo grau, por ser inconstitucional, consoante votação por 6 x 5 de plenário. O que se pretende é apenas dizer da opinião de um curioso nesses assuntos da área penal.
Ora, se a primeira aula sobre a matéria, nas faculdades, trata de que “Não há crime sem lei anterior que o defina”, e isso já fora confirmado nos julgamentos a nível de colegiado, esgotando-se as etapas da comprovação dos fatos e da apresentação das provas, por que esse orgulho de nossos Juízes de chamar para si todas as decisões vindas de baixo, assim como quem diz: “Quem manda aqui sou eu!!!”. Na verdade, essa lide já havia sido decidida em julgamento de 2016, pelo mesmo placar, em favor da tese ora desmanchada. Por que mudar, se os ilícitos continuam vivos e encartados nos respectivos processos? Ao bel prazer das celebridades, não deveria.
No Brasil, permita-me a digressão, o Código vem sendo lido ao inverso, ou seja, “Não há lei sem crime anterior que o defina”, é o que se pode deduzir da marcha dos acontecimentos. Essa decisão, correta pra uns e esdrúxula para outros competentes causídicos, pode funcionar como um recado curto e grosso no sentido de que o TFR e o STJ poderiam ser extintos, de vez que estariam  somente nos proporcionando despesas sem qualquer compensação para o Estado, que fica impedido de oferecer ao cidadão de bem a resposta que a sociedade exige, dando todos os direitos aos réus, inclusive o da “Presunção de Inocência”, mas punindo-os pelos males que fizeram às instituições brasileiras e, consequentemente, ao seu povo.
A “Presunção de Inocência”, data vênia, segundo nosso pensar, seria como estar numa balança (de um lado), e no outro prato a “Formação da culpa”. No primeiro prato o peso dez, por exemplo, e no segundo, zero. Portanto, 10 a zero em prol da inocência no começo da pesagem.  À medida em que os fatos e provas vão se constituindo, o prato mais pesado vai cedendo lugar ao seu vizinho, de sorte que a tendência é se inverter o primeiro resultado, senão totalmente, mas de sorte que haja uma diferença razoável em favor da culpa, e vice-versa. E a maioria vence. E isso não poderia mais ser julgado nas instâncias superiores.
Simples assim. Pergunta-se: Pra que voto de duas horas para insistir no orgulho de que se presumem inocentes réus já confessadamente tidos como culpados? Somente Deus poderá saber.
Não, não sou contra coisa alguma. Por vezes falei aqui mesmo que deveriam soltar o ex-presidente, até mesmo porque ao contrário da Constituição, na prática, nem todos são iguais perante a lei. É da natureza humana a cria ser fiel ao criador.
 
Meu abraço.

SilvaGusmão 
 
 CORDEL – Mote: Num governo vigoroso/Outra seria a postura – 09.11.2019 (PRL)
 
 
(1567) 
É claro que aqui estamos
Para cumprir nossa lei
Sempre nos regozijamos
Por isso mesmo ansiei
Estava muito nervoso
Nunca quis a ditadura
Num governo vigoroso
Outra seria a postura
 (1568)
Porque teriam respeito
Com o povo sofredor
Pois não seria direito
Distribuir tal favor
Para qualquer ardiloso
Ou cheio de diabrura
Num governo vigoroso
Outra seria a postura
(1569) 
Falaram até em conchavo
Gigante, tal “acordão”
Mas daqui eu nada cravo
E não meto a minha mão
Pois nesse clima viscoso
Vai caber muita fervura
Num governo vigoroso
Outra seria a postura
(1570) 
Quando se faz algo errado
Nada se pode exigir
Precisa estar preparado
Pra tudo que possa vir
Tudo fica tenebroso
Então só vem amargura
Num governo vigoroso
Outra seria a postura
 (1571)
Não se pode falar tanto
De coisas simples, banais
Pra não se perder o encanto
Nem mesmo nos maiorais
Num momento belicoso
Precisando de bravura
Num governo vigoroso
Outra seria a postura
 (1572)
Há de corrigir o rumo
De certas coisas maléficas
Que complicam todo o prumo
Tirando todas estéticas
Lutar contra astucioso
Precisa de envergadura
Num governo vigoroso
Outra seria a postura
 (1573)
Quando se pede um favor
O troco tem de pagar
E fica tudo um horror
Pois vão querer te ferrar
No mundo tudo é maldoso
Tem de comer rapadura
Num governo vigoroso
Outra seria a postura
 (1574)
Por vezes alguém pediu
Pro malandro lhe ajudar
Sem saber pois nunca viu
Esse danado roubar
Sendo o cara duvidoso
E mesmo sem compostura
Num governo vigoroso
Outra seria a postura
(1575) 
Comandar é sacrifício
Nada se pode esconder
Mesmo que seja suplício
Tudo tem de resolver
Se afastar de criminoso
Com medo da criatura
Num governo vigoroso
Outra seria a postura
 (1576)
Não confie em tanta gente
Por conta dessa maldade
Nunca seja leniente
Com toda sinceridade
Tenha pena do leproso
Com ele tenha ternura
Num governo vigoroso
Outra seria a postura
 (1577)
Não queira unanimidade
Porque se torna impossível
Mas existe qualidade
Mesmo de lado sofrível
Por vezes atencioso
Colhendo a semeadura
Num governo vigoroso
Outra seria a postura
 (1578)
E não se abata por nada
Nosso oceano é profundo
Cuidado com camarada
Que pode ser vagabundo
Isso é bem doloroso
Porque lhe falta lisura
Num governo vigoroso
Outra seria a postura
(1579) 
Respeite o poder alheio
Não se mostre subalterno
Diga forte pra que veio
E seja um chefe moderno
Mas também criterioso
Perfeito na sua altura
Num governo vigoroso
Outra seria a postura
 (1580)
Suspenda tanta entrevista
De roldão ou de improviso
Com pretenso jornalista
E se der seja conciso
Mas se mostre cauteloso
Nessa sua investidura
Num governo vigoroso
Outra seria a postura
(1581) 
Querem só se aproveitar
De sua sinceridade
Tentando então arrancar
Toda e qualquer novidade
Pois o cara escandaloso
Vai tentar sua fritura
Num governo vigoroso
Outra seria a postura
 (1582)
Medidas de muito impacto
Nesse clima tão hostil
De Deus não perca contato
Em favor deste Brasil
Mas deixe de ser guloso
Devagar e sem loucura
Num governo vigoroso
Outra seria a postura
 (1583)
Não assanhe o formigueiro
Também não pise na lama
Não se ferre com blogueiro
Pois alguns só querem fama
Pode ser pernicioso
Aqui, acolá, porventura
Num governo vigoroso
Outra seria a postura
 (1584)
Sabe, nunca fui político
Apesar de assediado
Sou um sujeito até crítico
Não daria pro riscado
Por vezes impetuoso
Escapei da queimadura
Num governo vigoroso
Outra seria a postura
(1585) 
Tem gente lhe incentivando
Numa briga sem limite
Por isso que cultivando
Daqui dou o meu palpite
Pode ser crime culposo
Fuja dessa embocadura
Num governo vigoroso
Outra seria a postura
 (1586)
Não machuque todo apoio
Que nosso povo lhe deu
Se afastando desse joio
Como sim nos prometeu
Não se apresente afrontoso
Esqueça dessa soltura
Num governo vigoroso
Outra seria a postura
 (1587)
Mas o povão quer saber
Do governo a posição
Se contra, diga o porquê
A respeito da prisão
Porquanto está curioso
De boca em plena secura
Num governo vigoroso
Outra seria a postura
CORDEL – O que eu quero pro futuro do Brasil – Continuação - 15.11.2019 (PRL)
 
(1588)
Confesso aqui minha gente
Que perdi toda vontade
Desse escrever pertinente
Porque só vejo maldade
De grupos bem orquestrados
Que perseguem o poder
Até mesmo magistrados
Não cumprem o seu dever
(1589)
Falando de independência
Mas só da boca pra fora
Mas se metem com frequência
Decidem e vão embora
Na seara de terceiros
Isso me causa tristeza
Mas deviam ser guerreiros
Invés de vossas altezas
(1590)
Na discussão da prisão
Que na Câmara se esvai
Há muita rebelião
Com agressão do “carai”
De um lado defensores
Do crime que se escancara
Para ajudar malfeitores
Em delito que não sara
(1591)
Porque no segundo grau
Não se olha nem pra prova
Que ficou no lamaçal
Não insista nessa trova
Que pro direito faz mal
Então querer anular
Todo o processo é banal
E não deve prosperar
(1592)
Não vi o Procurador
Geral de nossa República
Lutar com tanto fulgor
E pouco fazendo súplica
Ao contrario pouco esteve
Não se fazendo presente
Lavando as mãos se manteve
Do lado do delinquente
(1593)
E daqui dou meu palpite
Nessa faca de dois gumes
Que desenho no grafite
Meu caminho não tem lumes
O trunfo está no Supremo
Que governa sem limite
Somente uma coisa eu temo
Que tenha labirintite
(1594)
Porque ao invés de exigir
Pede como seja esmola
Mas como pode ruir
Findando o tempo não cola
Pra muita gente de cima
Que corre por outra linha
Afanar é obra prima
Mas só não lesa galinha
(1595)
Um escândalo recente
Causou enorme tristeza
O cara bateu de frente
Mostrando a sua pureza
Ordenou e conseguiu
Dados demais sigilosos
De gente que até não viu
Por motivos caprichosos
(1596)
Foi do antigo COAF
De suspeita esquisita
Não se joga Pife pafe
Tendo seu nome na lista
Porque não será surpresa
Caso o seu dela constar
E com toda gentileza
Você mandar apagar
(1597)
Ora por que tiraram?
Da Justiça pro BACEN
E nada justificaram
Pois é lá que tem o sêmen
São dessas coisas que adoro
O medo de ser guindado
Pelo doutor Sérgio Moro
Que anda até processado
(1598)
Um pedido irregular
Pois rompe todo sigilo
Faz inocente calar
Comigo não tenho “grilo”
Mas por que esse interesse
Também porque essa zanga
Somente pra dar benesse
Ao rico com seu capanga
(1599)
Mas o senhor do direito
Está e muito amparado
Pela força dum sujeito
Ninguém sabe do seu lado
E nesse alto patamar
De grande acordo na mão
Não adianta falar
Enterra nossa nação
(1600)
São mais de seiscentos mil
Brasileiros que constaram
Dessa lista tão servil
Que agora já avisaram
Ainda não acessaram
Aos dados do dito rol
São feridas que não saram
No canto do rouxinol
(1601)
Vocês sabem como penso
Essa medida só pode
Ser feita se de bom senso
Porque senão vai dar bode
Quem se sentir ofendido
Pode instaurar um processo
Pra punir quem atrevido
Nesse farto retrocesso
(1602)
Mas mudando de assunto
Embora já publicado
Tá velho que nem presunto
Bem gordo e bem enlatado
Já começaram os gritos
Da nossa indústria de seca
Com acenos esquisitos
Dessa gente tão sapeca
(1603)
Esse grito é um aviso
Nova seca já chegou
Eu então sou só sorriso
Lembrando do agricultor
Daquele familiar
Que vai sendo sem temor
Aprendendo a não pagar
Valei-me Nosso Senhor
(1604)
O banco então prorrogando
Sua dívida anual
Um montante vai gerando
Engana até o fiscal
E vai ficando impagável
Pois rende juros de juros
Isso que não é viável
Pois no final estão duros
(1605)
E toma novo dinheiro
Pra montar nova cultura
E com água no chuveiro
Levanta sua postura
Mas é ano de eleição
As hienas vão pra luta
Em mera repetição
E sempre a mesma conduta
(1606)
E no final da história
Dirá que choveu demais
Dou a mão à palmatória
A safra ficou pra trás
A lavoura apodreceu
Coitado, tava tão bela
Até o milho morreu
Em espiga tão donzela
(1607)
Se se fosse computar
As aguadas contratadas
Nesse nordeste a chorar
Por secas tão fabricadas
Não haveria sequer
Um metro de terra enxuta
Não se engane se eu disser
Teria peixe, até truta
(1608)
Falando da seleção
Que dizem ser brasileira
Isso é contradição
Ou é de muita leseira
Com o Tite no comando
Chamando sua patota
O povão tá esperando
A seleção patriota
(1609)
Perdeu ontem pra Argentina
Num jogo que nem sabia
Mas isso virou rotina
Pois provou que teoria
Não vence e não decide
Só vale bola na rede
Porque não há quem duvide
De gol o Messi tem sede
(1610)
Há cinco jogos não vence
Um verdadeiro alvoroço
Quando joga não convence
E só cai dentro do poço
A mudança está madura
Esse senhor nada fez
Não entrega a rapadura
Um milhão no fim do mês
(1611)
Salário de quem devia
Apresentar resultado
Mas isso eu já temia
Teria de ser trocado
Pela nova teoria
Dum Renato por exemplo
Gente nova que surgia
E que merece o seu templo
(1612)
Abarrancado no Grêmio
Da famosa Porto Alegre
Pro Portalupe o prêmio
Para que ele se entregue
Porque a Copa tá longe
Gente de fora jamais
Concentração como monge
Sem frequentar bacanais
(1613)
Vamos dar vez aos atletas
Que jogam seu futebol
De atitudes repletas
Lutando de sol a sol
Acabar com safadeza
Que consome muita grana
Vamos com delicadeza
Não nos faça de banana
(1614)
O valor que o Tite ganha
Por demais demasiado
Mas não ganha, só apanha
Já está acostumado
A comissão também cara
Ganha de papos proar
Mas não sou dessa seara
Nunca aprendi a lesar
(1615)
Outra coisa bem patente
O governo tem de agir
E sendo mais consequente
Não dá mais para iludir
Esse povo leniente
Da seleção brasileira
Parece tem dirigente
Da Globo sua parceira
(1616)
Não é privada, mas pública
A bandeira não se vende
Vai daqui a minha súplica
Quem não entende se rende
O povo quer retomar
O poder da diversão
Pra ninguém se rebaixar
Por conta da transmissão
(1617)
Dos jogos e outros eventos
Da camisa canarinha
Afastar esses sarnentos
De sujar a camisinha
Vamos embora meu povo
Lembrar dos tempos de glória
E campeões ser de novo
Pra não sair da história
(1618)
Corre lá pelo Senado
Uma boa petição
Que está jogada de lado
Contra a Confederação
Com o seu triste desmando
Mas o Davi engaveta
E não se sabe até quando
Vai vingar essa mutreta
(1619)
Mas veja bem meu leitor
Na comissão do Senado
Um parecer aprovou
Torcedor prejudicado
Bebida em campo jamais
Nos recintos da partida
O que é que o diabo faz
Muita gente despedida
(1620)
Pode aumentar desemprego
Na fábrica e no varejo
Num país que sem sossego
Com certeza é o que vejo
Porém do lado de fora
Do campo o que vai fazer
Sem bebida pois adora
Perderá o seu prazer
(1621)
Combater só o efeito
Ao invés de nossas causas
E nosso eterno defeito
Vai nos causando náuseas
Tudo está na educação
Porque costume de casa
Vai à praça de montão
E na vida só arrasa
(1622)
Soube que há Senador
Que possui quase noventa
Assessores sim senhor
Muita gente se sustenta
Nosso dinheiro jogado
No ralo do malefício
Gastança pra todo lado
E sem qualquer benefício
(1623)
Alguém já imaginou
A quanto monta a despesa
Por mês desse senador
Que precisa de limpeza
Do erário por favor
Nada mais do que torpeza
Quando soma dá pavor
Não precisa sutileza
(1624)
Oitenta e um senadores
Com essa tal mordomia
Esses que são promotores
Das leis com muita ousadia
O país não mais aguenta
Essa Casa não resolve
Pois cada um se sustenta
Na conversa se dissolve
(1625)
Agora daqui pergunto
Qual o moral que se tem
De criticar o defunto
Que ficou no vai e vem
Ora é crime ora não é
Depende do que convém
Da cadeia deu no pé
Sem dever mais a ninguém
(1626)
Por vezes fico pensando
Na famosa rachadinha
Que está contaminando
O moral que ele tinha
Porém daqui não afirmo
Porque não tenho certeza
Quando souber eu confirmo
Não gosto de safadeza
(1627)
De política dá nojo
Um ambiente profundo
A grávida tem entojo
Porque deve ser imundo
Foi feita de pai pra filho
Como trono de reinado
Mas alguns deles têm brilho
Pois entendem do riscado

CORDEL – O que eu quero pro futuro do Brasil – Atualização – 19/20.11.2019 (PRL)
 
(1628)
Vi na sessão do Senado
As coisas que vou falar
Um ex-presidente magoado
Sua história a contar
Pois o Collor deslanchou
O verbo, pois, em ação
E, portanto, desfiou
Com toda sua emoção
(1629)
Contou toda sua história
De Alagoas oriundo
Sujeito bom de memória
No seu discurso profundo
Deputado estadual
Federal, governador
Um sucesso sem igual
Um esnobe sim senhor
(1630)
E se afastou do governo
Com olhar na presidência
Procurando no moderno
Ganhar toda preferência
E fez a sua campanha
Muito bem estruturada
Comemorou com champanha
A vitória bem ousada
(1631)
Bateu vários candidatos
De nome e de dinheiro
Segundo constam dos fatos
O homem subiu ligeiro
O Lula ficou pra trás
Não foi dessa vez feliz
A vantagem foi demais
O que todo mundo quis
(1632)
Mas então logo de cara
No dia em que assumiu
Tomou a medida rara
Todo dinheiro sumiu
Num bloqueio corajoso
Ninguém podia sacar
Nesse plano astucioso
Para a inflação rechaçar
(1633)
E nunca mais que cinquenta
Podia movimentar
A Dona Zélia sardenta
Muito dura de lascar
Foi boa protagonista
Se manteve no lugar
Naquela sua conquista
Querendo nos ajudar
(1634)
Medidas foram tomadas
Pro país desenvolver
Foram muitas as jornadas
Para a indústria crescer
Automóveis com carroças
Foi feita a comparação
Pois chamou tudo de troças
Com olho na exportação
(1635)
Mas por falta de diálogo
Do governo com Congresso
Houve um final, um epílogo
Que pareceu um regresso
Foi então que conseguiram
Afastar o presidente
Por besteiras perseguiram
Não brinque com essa gente
(1636)
Uma coisa fique clara
Todo dinheiro retido
Numa coisa muito rara
Pro dono foi devolvido
Mesmo desvalorizado
Porque não foi corrigido
O pobre sempre lascado
Muito dinheiro perdido
(1637)
Até hoje inda se paga
A devida correção
Mas muita gente se indaga
Por que precisa de ação?
Pois o dinheiro foi meu
Foi tomado de montão
Com o tempo derreteu
Com lucro para a nação
(1638)
Eu mesmo tenho pendência
Vinte mil depositados
Já perdi a paciência
Com todos os aloprados
Já ganhei no grau segundo
Mas o banco recorreu
Num processo tão imundo
Ganhando no que é meu
(1639)
Mas aqui continuando
Sobre a sessão do Senado
O Renan esbravejando
Pois estava tão calado
E mandou sua turbina
Contra vários dos colegas
O esperto sempre ensina
Com o seu discurso brega
(1640)
Chamando de mentirosos
Os senadores que querem
Inquirir os escabrosos
Por isso que a eles ferem
Porque clamando justiça
São feitos como palhaços
Para engolir a carniça
Nesse grande estardalhaço
(1641)
Também levou rebordosa
De vários parlamentares
Nos discursos e na trova
Cada qual nos seus lugares
Falou o Oriovisto
Assim também o Girão
Mas não estava previsto
Foi um grande safanão
(1642)
Depois então o Major
O Olímpio lá de Sampa
Que penso levou melhor
Da panela fechou tampa
O Álvaro também falou
Eita sujeito arretado
O Alessandro disparou
E deixou tudo enquadrado
(1643)
Com o rabinho entre pernas
O Renan foi se afastando
Dessa tristonha caverna
Claro que só resmungando
É triste ver essa Casa
Com falta de compostura
Pois o Brasil só atrasa
Porque é essa a cultura
(1644)
Tem sido grande surpresa
O Senador Comparato
Seu discurso uma riqueza
Está se tornando chato
É mera repetição
Pode até mandar gravar
E fazer uma edição
Pra não ter de repisar
(1645)
Com a reforma aprovada
Falo aqui da previdência
O Kajuru não viu nada
Pois sentiu uma dormência
E caiu da sua mesa
Por conta até da derrota
Que pra ele foi surpresa
Porque diz ser patriota
(1646)
A atuação do Paim
Merece ser destacada
Pro pobre não é ruim
Para o rico não é nada
Defende com galhardia
Da classe média à pobreza
Teimoso e com ousadia
E mantém sua nobreza
(1647)
Mas uma coisa me choca
Por que com tanta anarquia
Nem mesmo em fala remota
Criticou a companhia
Falo aqui do seu partido
Que permitiu safadeza
Enricou muito bandido
E lascou toda pobreza
(1648)
Deixando um rombo danado
Nas contas e desemprego
O país excomungado
Já perdeu todo sossego
Uma palavra sequer
Dirigiu aos brasileiros
Que vive os dias sem fé
Bem dentro desse vespeiro
(1649)
O que me deixa aturdido
É sempre a mesma frieza
Desse Alcolumbre sabido
Que parece sua alteza
Quarenta e nove dos pares
Querem medidas severas
Mas quem está nos altares
São gigantes como feras
(1650)
Mas existem senadores
Que constam da delação
Lutando nos corredores
Pra evitar a punição
Esse país não tem jeito
Com tamanho descalabro
Nem mesmo sendo refeito
Nesse ambiente macabro
(1651)
Vai conseguindo adiar
Pra uma data oportuna
Que não deseja pautar
Porque vale uma fortuna
Mas aí tem um segredo
É o que parece tanto
Com certeza é por medo
De causar o desencanto
(1652)
Na novela do partido
Sai, não sai e sai talvez
Um negócio remoído
Que debilita o freguês
Agora parece vai
Sair desse emaranhado
É segurar senão cai
Na rede todo arranhado
(1653)
Já falou em liderar
Isso é coisa de criança
Bem melhor se afastar
Sair logo dessa dança
Pra não mais se machucar
E renovar a esperança
Do Brasil que quer vingar
Esquecer toda lambança
(1654)
Tá difícil de esperar
O povão bem ansioso
Quer voltar a confiar
Nesse país precioso
Da promessa de campanha
Que nos deixou orgulhoso
Porém agora se acanha
Num momento perigoso
(1655)
Se ligo para o Senado
Ou pra Câmara também
Fico até desamparado
Não fica fora ninguém
Aqui, ali um voluntário
Por amor sabe de quem
A defender o sistema
Sem bom respaldo porém
(1656)
O povo vai para as ruas
Agora que virou moda
Cada qual com suas luas
Mas a roleta não roda
Autoridades são moucas
Ou fazem que não escutam
As multidões estão roucas
E nisso nada resultam
(1657)
Graças a Deus no meu caso
Já não posso mais votar
Pensei seria um arraso
Depois do homem ganhar
Mas fiquei desiludido
Nada tem pra festejar
Porque não tenho partido
E daqui vou me mandar
(1658)
O negócio da prisão
Depois do segundo grau
Só de ventre, meu irmão
Vai render muito mingau
Empurrando com a barriga
Ficando no Deus dará
Eita país duma figa
Não dá mais pra esperar


Em tempo:
 
(1659)
Mas na Câmara engendraram
Uma proposta de urgência
Para apagar melindraram
Com aquela leniência
A proposta em discussão
Que já foi pro beleléu
Porquanto entrou de roldão
O Maia seu coronel
(1660)
E já votaram a urgência
De sorte que vai a plenário
Com a sua consequência
Talvez que mude o cenário
E tem tudo pra vingar
Porque quando o chefe quer
Consegue tudo aprovar
Invencível que ele é
CORDEL – Mote - Não se entende presunção/Quando o crime está patente – 24.10.2019 (PRL)
 
CORDEL – Mote - Não se entende presunção/Quando o crime está patente – 24.10.2019 (PRL)
 
Oitavas de sete sílabas poéticas
Esquema de rimas ABBAACCA
 
(1661)
No Brasil não é recente
Diferente dos demais
Cada qual bota pra trás
Nessa tremenda vertente
Que pro ladrão sempre assente
E sofre nossa nação
Não se entende presunção
Quando o crime está patente
(1662)
Não sai de nossa cachola
Logo recebe o perdão
Escapou do “Mensalão”
A justiça nos enrola
Com postura insistente
O Supremo lava a mão
Não se entende presunção
Quando o crime está patente
(1663)
E seguiu no “Petrolão”
O maior crime do mundo
Um bando de vagabundo
Roubou a nossa União
Muita gente leniente
Mas tem também charlatão
Não se entende presunção
Quando o crime está patente
(1664)
Tem roubo pra todo lado
De gola de toda cor
Isso pra nós é horror
O país todo quebrado
Disse um médium vidente
Quando viu um tal clarão
Não se entente presunção
Quando o crime está patente
(1665)
Em cada órgão oficial
O rombo foi planejado
Pelo dono do cajado
Um sujeito desigual
Merece ser indigente
Com todo esse sermão
Não se entende presunção
Quando o crime está patente
(1666)
De sorte que este país
Ficou todo aparelhado
Tudo pendendo pro lado
De quem roubou tão feliz
Em cena tão deprimente
Com muita contradição
Não se entende presunção
Quando o crime está patente
(1667)
Os partidos se juntaram
Pra fazer grandes assaltos
Não ficando nem ressaltos
No desejo que juraram
Em cena tão deprimente
De péssimo coração
Não se entende presunção
Quando o crime está patente
(1668)
Perguntar quem foi o chefe
Fica difícil dizer
Cada qual o que fazer
Nada disso foi um blefe
E de cuca inteligente
Levaram tanto bilhão
Não se entende presunção
Quando o crime está patente
(1669)
A PETROBRAS quase quebra
Ficou devendo um horror
Todo mundo no pavor
Mas buiu com sua vértebra
Prejudicou muita gente
Nas bolsas com seu pregão
Não se entende presunção
Quando o crime está patente
(1670)
E teve de indenizar
Acionista estrangeiro
Perdendo muito dinheiro
Difícil recuperar
Muita gente renitente
Mas falando de antemão
Não se entende presunção
Quando o crime está patente
(1671)
Do jeito que essa coisa anda
Nem mesmo o réu confessando
Ninguém tá acreditando
E se torna uma ciranda
Mas nossa gente valente
Já tomou muita aversão
Não se entende presunção
Quando o crime está patente
(1672)
Cada poder que se manque
Conheça de seu dever
Sem sequer esmorecer
Não podendo ser estanque
Nem também ser estridente
Pra não se ter convulsão
Não se entende presunção
Quando o crime está patente
(1673)
Quando eu gostava de ler
Certa vez me convenci
E muita vez até vi
Aquilo me deu prazer
Eita cara competente
O Juiz em abstenção
Não se entende presunção
Quando o crime está patente
(1674)
Somente porque do réu
Recebeu nomeação
Que com tamanha emoção
Aquilo foi seu troféu
E nisso foi coerente
Alegando suspeição
Não se entende presunção
Quando o crime está patente
(1675)
Por mais que honesto seja
E também merecimento
Isso tudo é tormento
Que no direito maneja
E não sendo conivente
Com essa interpretação
Não se entende presunção
Quando o crime está presente
(1676)
Todo ministro é direito
Mas deseja agradecer
Da vida o bom viver
É quando aí tem defeito
E se mostra bem presente
Esquece até do povão
Não se entende presunção
Quando o crime está presente
(1677)
Por que então afirmar
Que esse tal julgamento
Não teve qualquer intento
Do ex-presidente soltar
Quando então bem sorridente
Esboçou a gozação
Não se entende presunção
Quando o crime está presente
(1678)
Quando estava cinco a cinco
Mostrou o colegiado
Pois o placar empatado
Com verdade eu não brinco
Tendo dúvida iminente
Isso ajuda ao falastrão
Não se entende presunção
Quando o crime está presente
CORDEL – O que eu quero pro futuro do Brasil – Continuação – 27.11.2019 (PRL)
(1679)
Mas o povo foi às ruas
Pedindo pra endurecer
Com verdade nua e crua
Precisando de saber
Porque não cassam ministros
Nem resolvem a prisão
De criminosos sinistros
Desta nossa encarnação
(1680)
Também porque o Senado
Embromando não resolve
Isso é também um recado
Que na cabeça dissolve
Estava tudo marcado
Inclusive uma audiência
Do Moro lá no Senado
Requerida com urgência
(1681)
Mas a doutora Simone
Ficou em palpos de aranha
Tem seu curso na Sorbonne
E não gosta de piranha
Foi de repente que viu
O plano ser fraquejado
O negócio então ruiu
E tudo ficou adiado
(1682)
O presidente Alcolumbre
Numa jogada de mestre
Com medo que se aprofunde
Resolveu fazer um teste
Levou todos para casa
Os líderes de partidos
Mas essa coisa não vaza
E todos são envolvidos
(1683)
Se era só para partidos
Porque havia um general
Com doutor Moro incluídos
Mas o recado do mal
De logo foi construído
Só depois do carnaval
Quando tudo pervertido
Vão tocar o berimbau
(1684)
Desconfio minha gente
É simples opinião
Isso está inconsequente
Ninguém quer mesmo a prisão
Nem governo nem ninguém
E mormente se ladrão
Porque aqui tem um porém
E muita contradição
(1685)
Uma semana perdida
Pro Senado e para o povo
Essa gente resolvida
Vai nos enganar de novo
Porque no ano que vem
Vai haver nova eleição
Para prefeitos de quem
Domina a situação
(1686)
Pois quem mesmo tem voto
É o chefe da cidade
Mesmo em controle remoto
Sendo um homem de verdade
É quem decide a parada
O dono do município
Pois acompanha a jornada
E conhece o precipício
(1687)
E se empurra de barriga
Essa triste decisão
Esses caras têm lombriga
E falta de coração
Quando chegar em São Nunca
Decerto do deus dará
Vai quebrar sua espelunca
Pro cara não mais votar
(1688)
Hoje vi um deputado
Que já foi do Comunista
Parece trocou de lado
Mas permanece esquerdista
Falando com muita força
E vibrou com emoção
Não que por ele eu torça
Deu valor à decisão
(1689)
De se adiar a celeuma
Para poder decidir
Sem que venha causar trauma
Sem o Congresso cair
Mas citando outras razões
Tudo pra mim faz de conta
Respeitando opiniões
Até de barata tonta
(1690)
Explicou o deputado
Citando outros direitos
O tal trânsito em julgado
Parece que seja o jeito
Porque em outras ações
Até de pequena monta
Só existem soluções
No Supremo que desponta
(1691)
Na justiça do trabalho
E também na de tributos
Ou até em quebra galhos
Só sabe quem for astuto
Tem de ir para o Supremo
Essa última apelação
O legislador foi extremo
Essa é nossa nação
(1692)
Com isso quer alterar
Todo o projeto de lei
Pra poder intercalar
Todos os casos bem sei
Equivale no dizer
Nova Constituição
Porque vai se intrometer
Em toda legislação
(1693)
Até posso concordar
Mas o assunto na pauta
Ninguém pode duvidar
Só se for também incauta
Não é esse comentado
Mas é só sobre a prisão
Não pode ficar de lado
Isso é pura enrolação
(1694)
Porque no nosso direito
O penal principalmente
Quando o pedido é aceito
A ação segue normalmente
Pois o Juiz provocado
Pelos fatos deduzidos
Enquadrando o indiciado
Pelos crimes produzidos
(1695)
Uma coisa me chocou
Foi que mesmo sem pergunta
O doutor Maia falou
Pois ele mesmo que assunta
Que nada tem com a ou bê
É um caso impessoal
Todo mundo pode ver
Pois enganar não faz mal
(1696)
Mas o doutor Alcolumbre
Isso então reafirmou
Não faço aqui um deslumbre
Mas muita gente gozou
Tudo bem não dirigiu
O comboio proutro lado
A verdade é que sumiu
O conceito do Senado
(1697)
Se não é quem desconfio
E disso guardo segredo
Minha vida por um fio
E também o meu degredo
É pra soltar essa gama?
De presos em seus milhares
O Congresso cria fama
Ai do Ruy com seus olhares!!!
(1698)
Eu até penso comigo
Aqui em meus velhos botões
Ninguém merece castigo
Nem mentir pros charlatões
Tirem o busto dessa Águia
Que brilhou até em Haia
E nos poupem dessa lábia
Que nosso povo “atrapaia”
(1699)
E quando falam que o Rui
O mentor daquelas frases
Que todo o povo estatui
Até mesmo alguns mordazes
E com vergonha na cara
Pra fazer novo Brasil
Quando a ferida não sara
Vá pra ponte que caiu
(1700)
Tenho pena dessa Frente
Que se diz muda Senado
Composta de tem boa gente
Mas tá penando um bocado
Alguns com experiência
No tratar dessa política
Mas vale pela insistência
 
 Nessa fase muito crítica
(1701)
Por exemplo Álvaro Dias
Que até foi um candidato
Com bem grandes simpatias
Mas por vezes leva gato
Na conversa de colegas
Que indecisos se achatam
Fugindo dessas refregas
Que muitos deles retratam
(1702)
Teve um dia que escrevi
Pro doutor Oriovisto
Por isso que decidi
Por que sendo tão benquisto
Educado e boa gente
Saberia me entender
Eu fui até contundente
Pra ele pude dizer
(1703)
Traduzindo pra vocês
Foi o mesmo que dizer
Para acabar o Congresso
Somente pelo prazer
Porque é uma desgraça
Mas nada de violência
E sem qualquer arruaça
Mas só na manemolência
(1704)
Então seriam criadas
Mais quatro vice-presidências
Todas as cinco montadas
Somando as eficiências
Para cada região
Gente de grande valor
Como representação
Dos reclamos e clamor
(1705)
Pra que tanto deputado
E também o senador
Se caminha lado a lado
E do povo tem pavor
Vamos economizar
É dinheiro pra chuchu
Pois não se pode gastar
O gasto é muito tutu
(1706)
Então ele respondeu
Que não seria possível
Neste país de só breu
Pois isso não era crível
Defendeu o seu bocado
Ele que é bem formado
Um homem bem-educado
Sendo jogado de lado
(1707)
Porque dele vão gozando
Tratando-o como boneco
Que nem mesmo ele notando
Vão levando como treco
Sinto pena dessa gente
Que tem a boa intenção
Em Brasília é diferente
Tudo é falsa impressão
(1708)
Eu já cansei de dizer
Solte o homem minha gente
Ponha o país pra crescer
Porque tudo tá patente
Não há nada que provar
Nem também pra arrefecer
O rombo que foi ficar
Sendo melhor esquecer
(1709)
Não há pena neste mundo
Que nos possa aliviar
Prejuízo tão profundo
É melhor recomeçar
Fundar um novo país
Pra que possa prosperar
A nossa força motriz
Precisamos perdoar
(1710)
Mas senhoras e senhores
O Senado reagiu
Com a fala por temores
Do que falou, quem ouviu
Com a fala do ministro
Falando no AI cinco
E então ficou malquisto
Com essas coisas não brinco
(1711)
Eu nunca vi tanto medo
De gente dos militares
Porque não têm segredo
Seja no mar, terra e ares
Pois são homens de vergonha
Que amam a nossa nação
Não agem como cegonha
E têm bom coração
(1712)
Convocaram doutor Guedes
A depor na Comissão
Segundo nosso Praxedes
Dizendo por antemão
Que não foi muito feliz
Temos outra solução
Porque todo mundo diz
Vamos na paz meu irmão
(1713)
Essa minha independência
Pode me prejudicar
Daqui não faço exigência
Digo o que vejo falar
Se não agrado, desculpem
Não sou bom pra escrever
Que meus erros não resultem
Em aumentar meu sofrer
CORDEL – O que eu quero pro futuro do Brasil – Atualização - 28.11.2019 (PRL)
(1714)
Num julgamento sabido
Tribunal Superior
Negou todos os pedidos
Que a defesa formulou
Porque queria anular
A sentença promulgada
Que houve por condenar
Mas no fundo deu em nada
(1715)
Não deu bolas pro Supremo
Decidiu com altivez
Há momentos em que tremo
Não deixo de ser cortês
E por cima decidiu
Discordando só da pena
Os vários crimes, reuniu
E logo fechou a cena
(1716)
A recente decisão
Da instância dispensável
Retroceder sem razão
Pois seria condenável
Porque mexe com processo
Mas não arrefece o crime
Porque sendo retrocesso
O réu jamais se redime
(1717)
Aumento pra dezessete
Os anos de reclusão
Dando assim um bom bofete
Nesses donos da nação
Mas em regime fechado
Não fico contente não
Pode até ser perdoado
Mas não venham com sermão
(1718)
O que noto claramente
Decerto grande acordão
Para escapar muita gente
Dessa e doutra punição
Esses nossos deputados
E também os senadores
Por vezes são debochados
E praticam seus horrores
(1719)
Pois justamente no dia
Da falada votação
Fizeram tanta ingrisia
Sem decidir a questão
Marcaram pro ano que vem
Que é tempo de eleição
Por amor claro de quem
Metido na confusão
(1720)
Todos baixam a cabeça
Em homenagem ao senhor
Que essa gente só cresça
Devendo tanto penhor
Esvaziado o Senado
A reunião ocorreu
Na casa do premiado
Que tristeza só nos deu
(1721)
Mas então por outro lado
O Conselho Promotor
Não foi de caso pensado
O Dallagnol se lascou
Punido com advertência
Vai atrasar a carreira
Tem de bater continência
Nessa que é grande leseira
(1722)
Estou triste caro irmão
Porque ao cumprir nossa lei
Falta consideração
Porque quem manda é o rei
Num severo desestímulo
Pra quem quer fazer sucesso
Um pontapé no testículo
Por isso não me interesso
(1723)
O que dizer para os filhos?
Que decerto tão sabendo
Porque andando nos trilhos
Ficam até não entendendo
O que é certo ou errado
Num país enlameado
Tem ladrão pra todo lado
Num povo mal-educado
(1724)
Assim é nossa cultura
E temos de suportar
Vamos comer tanajura
Carne só faz aumentar
Penaliza o brasileiro
Cada qual belo bobão
Pois mandam pro estrangeiro
Excesso de produção
(1725)
Mas aqui passamos fome
Deturpa nosso salário
Talvez por falta de home
Mas tem muito salafrário
Sobe a carne sobe o pão
Sobe o queijo, até linguiça
Sem falar nosso feijão
Por conta dessa carniça
(1726)
Ganhando o exportador
Sofrendo a população
Pois o dólar aumentou
Também especulação
A bolsa então meu senhor
Tem tendência de baixar
Mas sendo pouco o clamor
Aonde vamos parar!?
(1727)
Enquanto isso acontece
Agricultores reclamam
Eu não sei, porque parece
Que do governo só mamam
Incentivo até demais
Quase sem risco na vida
Tem um seguro por trás
Fica a safra garantida
(1728)
O conhecido Proagro
Que muito bem formulado
Muito bom e não amargo
Que garante o mutuado
Aquela dívida em banco
Tomada para plantio
Eu sempre fui muito franco
De olho pois tem finório
(1729)
Tem gente que tendo safra
Consegue até enganar
Não precisa ser de Mafra
Para não desconfiar
Pois um amigo me disse
Que há casos descarados
Não afirmo, pois, doidice
São problemas complicados
(1730)
Mas começou a fritura
Do Guedes e do Dudu
Porque muita criatura
Deveria tomar no olho
De onde quer que se fosse
Porque tendo liberdade
Para ver o bom pra tosse
São gente sem caridade
(1731)
Não pediram AI cinco
Pois simplesmente lembraram
Não querem quebrar o trinco
Políticos se tocaram
Mas é só de mentirinha
Querem cassar deputado
Com toda essa conversinha
Nesse cenário abusado
(1732)
Convocaram o ministro
Para dar satisfações
Tem cara muito sinistro
Não tiro suas razões
Mas vai dar naquilo mesmo
Decerto muita agressão
De gente que sempre a esmo
Cavando de grão em grão
(1733)
Pra derrubar o governo
Num talvez grande revide
São clientes de caderno
Bem seguros no cabide
Desde que a Dilma caiu
Que querem o seu retorno
Mas coitada ela ruiu
Bem dentro do seu entorno
(1734)
Foi candidata ao Senado
Do grande Minas Gerais
Na pesquisa demonstrado
Liderança até demais
Mas depois no resultado
A derrota foi severa
Foi choro pra todo lado
A ruindade não prospera
(1735)
Na minha fraca impressão
Vão fazer todo impossível
Pro ministro de antemão
Não passar por invisível
Pedindo pra cair fora
De tamanha confusão
Pois pra meu ver não tem hora
Talvez em contradição
(1736)
Até mesmo porque o barco
É difícil navegar
O Brasil virou um charco
Difícil de se limpar
Pois a pouca minoria
Quer essa zorra afundar
Pra poder dar alegria
Ao comunismo vulgar
(1737)
Veja o caso da Assembleia
Da morte da Marielle
Rende votos da plateia
A justiça não repele
Nem também a tal facada
No atual presidente
Que tem de ser decifrada
A polícia é competente
(1738)
Penso que nosso ministro
Da área devia propor
Pra decifrar o sinistro
Apurar com mais calor
Recorrendo para a CIA
Que ajudasse a desvendar
Mas sem qualquer covardia
Porque seria um manjar
(1739)
O cara foi preso na hora
Em flagrante criminoso
Quando fala sequer chora
Dizem que é perigoso
Nesse caso penso até
Que pode ter sido pago
Por um alguém de má-fé
Querendo fazer estrago
(1740)
 Algum talvez rancoroso
Inconformado e doente
Um sujeito bem guloso
Querendo tirar da frente
Um candidato vistoso
Que pretendia mudar
Esse país fabuloso
Para bons tempos voltar
(1741)
E quase que o cara morre
Sofreu bem nos hospitais
De anestesia um porre
Abriu muito seus canais
Só sabe quem já sofreu
Cirurgias invasivas
Por um fio não morreu
De Deus as nossas missivas
(1742)
Quando lembro desse caso
Fico triste, só pensar
Confesso que tenho arraso
Pois um crime de lascar
Que ficou bem enrustido
Quem sabe se uma cigana
Não deslumbre o ocorrido
Pois ela nunca se engana
(1743)
O Tribunal já deu conta
Que terá dificuldade
No partido que desponta
Como a grande novidade
Nas eleições de prefeito
Para o ano que se aproxima
Talvez possam dar um jeito
De construir obra prima
(1744)
Fazendo coligação
Mas é difícil saber
Pois com tanta divisão
Nem temos o que dizer
O povo já tá fodido
Se correr o bicho pega
Se ficar vai ser comido
Por gente nessa bodega
(1745)
Mas ontem na Zona Franca
O povo todo aclamou
O presidente Jair
Que num discurso falou
De todas dificuldades
De governar o país
Sem quaisquer facilidades
Não pôde fazer o que quis
(1746)
O Congresso resolveu
Apoiar o lado contra
Sete vetos, reverteu
Essa turma ficou tonta
Porque sem dar seu apoio
O país não vai pra frente
Mistura trigo com joio
Por conta de renitente
(1747)
Mas daqui dou um recado
Dum pobre velho senil
Porque muito mascarado
Quer foder nosso Brasil
O poder do presidente
Não pode ser alterado
Por medida de repente
Votada pelo Senado
(1748)
Também nem pela Câmara
Porque senão muda o jogo
Como disse dona Sâmara
Não estou vivendo a rogo
O homem tem de mandar
Senão o Brasil não muda
E quem quiser discordar
Deixe de ser linguaruda
(1749)
Tem gente que bom de papo
Apoia e fica enrustida
Troca gato por sapato
Tem muita língua comprida
Mas “no pega pra capar”
Vota contra o este Brasil
Quer o país afundar
Bebe dentro do barril
(1750)
Não penso que ouvi direito
A notícia se espalhou
No Senado, tal sujeito
Dizendo que juro baixou
Lá no cheque especial
Parece pra oito por cento
Mas isso ao mês não faz mal
Vai-te embora fedorento
(1751)
Assim num grosso saber
Se fossem simples, normais
Multiplicar para ver
Noventa e seis é demais
Mas tudo é diferente
São juros acumulados
Não enganem essa gente
Do povo amargurado
(1752)
Juros por cima de juros
No final dá mais de cem
Porque existem os impuros!?
Não dão valor a ninguém
Enquanto em sua poupança
O pobre recebe quatro
Vejam só essa lambança
Não aguento esse teatro
(1753)
Falando o Banco Central
Que ficou independente
Isso nos faz muito mal
Nosso povo que se aguente
Não deve satisfação
Nem ao próprio presidente
Que na última votação
Pois o seu carro na frente
(1754)
Mas o Guedes só descansa
Quando for privatizar
O Banco das esperanças
O do Brasil secular
Porque causa muita inveja
Sempre querem desgastar
Por isso que ele moureja
Até sua ânsia vingar
(1755)
Já tiraram toda espécie
De direitos desse banco
Querem o que remanesce
Para deixá-lo bem manco
Isso é grande disparate
De quem só quer entregar
E fugir do bom combate
Para o produtor quebrar
 CORDEL – O que eu quero pro futuro do Brasil – 03.12.2019 (PRL)
(1756)
O país se surpreendeu
Com atitude de Trump
Que parecia um judeu
Porque promete e não cumpre
De ajudar nosso Brasil
De bandeira tão bonita
Porém tudo mundo viu
Sua atitude esquisita
(1757)
Sobretaxando produtos
Que abundam nosso país
São exportados e brutos
Sem mão de obra feliz
Alegando proteção
E mesmo sabedoria
Na desvalorização
Que fazemos todo dia
(1758)
No malfadado real
Que despencou no mercado
Isso tá fazendo mal
Ao povo desesperado
Só é bom pra quem exporta
Porque recebe em verdinha
Consumidor não suporta
Tem reflexos na cozinha
(1759)
Porque no mercado interno
Os produtos só disparam
A vida fica um inferno
Mas os sujeitos encaram
E nem estão nem aí
Entroncham sua cabeça
Mas isso não pretendi
Que esse governo pereça
(1760)
Moeda manipulada
No Brasil e na Argentina
É demais essa mancada
Porque de olho na China
E vem o Banco Central
Com sua independência
Vai nos causar tanto mal
Com medida de emergência
(1761)
Não, vamos falar com Guedes
Chefe supremo de tudo
Que entre quatro paredes
Domina seu conteúdo
Todos fazem o que quer
Presidente pouco manda
Feito marido e mulher
O patrão tocando a banda
(1762)
Tudo isso é fictício
Uma grande xavecada
No fim ficando o resquício
De postura descarada
O Tio Sam não é besta
Protege sim sua indústria
Esse negócio de cesta
Fica pra quem tem astúcia
(1763)
Mas também lá no seu agro
Manda toda proteção
E não gosta dum estrago
Na sua enorme produção
Está com olho na China
Que no Brasil transformou
Uma cliente divina
Daqui produziu, comprou
(1764)
Tenho ligeira impressão
Que o Guedes quer deixar
Essa sua posição
Pois tá ruim de levar
Quer mudar tudo de vez
Vender todas estatais
Melhor devagar talvez
Segurar um pouco mais
(1765)
Quem partiu duma desgraça
Em que deixaram o país
Mas houve muita trapaça
Só não roubou quem não quis
O Brasil no hospital
O povo muito infeliz
Tem de tomar Melhoral
É o médico quem diz
(1766)
Na rua é tudo apitando
Em ambulância e polícia
Na fábrica vai zoando
E dando sua notícia
No porto o navio apita
No homem barriga aperta
Quando com fome ela grita
Dando sinal dum alerta
(1767)
Um fato interessante
Foi agora em Curitiba
Roberto Carlos possante
Que canta e grande escriba
Falou no nome do Moro
Toda plateia explodiu
E num aplauso sonoro
Animou nosso Brasil
(1768)
Nosso povo reconhece
Quando o sujeito é capaz
Por isso que nunca esquece
Quando só bem ele faz
Pois colocou na cadeia
Gente de muito prestígio
E desmanchou uma teia
Que decerto tem vestígio
(1769)
Não há quem tome seu moço
Desse cara competente
Que tem a lei no pescoço
E vai ser o presidente
Se a inveja não proibir
A sua candidatura
Ou se a ganância subir
Na outra legislatura
(1770)
Só duma coisa não gosto
Dessa tal ilicitude
Que não passa, tanto aposto
Embora tenha virtude
É que na lei já existe
Exclusão noutra palavra
Embora a Globo persiste
Somente o burro não grava
(1771)
A legítima defesa
Já prevê essa excludente
Isso já não é proeza
Mas deve ser contundente
É por demais criativa
Que se cale o presidente
A “defesa putativa”
Já tem muito precedente
(1772)
Não há porque insistir
A Globo já deu recado
Porque gosta de iludir
O povo mal-educado
Não é todo brasileiro
Que pode entrar nessa onda
Tem até no estrangeiro
Onde a bola é redonda
(1773)
Essa defesa meu povo
É simples de se notar
É sensível como o ovo
Basta o malandro acenar
Que pretende reagir
Ou talvez iniciar
Um ataque pra punir
Um civil ou militar
(1774)
Lá no Código Penal
Está bem explicitado
Não há crime, é normal
Porquanto o nosso soldado
Defendeu com galhardia
Sua vida ou de terceiros
E seria covardia
Bandidos são traiçoeiros
(1775)
Sem licença pra matar
Embora podendo haver
Quem queira até se vingar
E bem na hora abater
Ou num acerto de contas
Porquanto a maldade infesta
Muitas vezes por afrontas
Ninguém tem placa na testa
(1776)
Gente ruim em toda parte
Mas há muita gente boa
Napoleão Bonaparte
De lembrança que povoa
Foi um grande Rei na França
Muito rico o seu reinado
E deixou muita bonança
E seu povo prosperado
(1777)
Houve nova tentativa
De matar o Bolsonaro
Uma invenção criativa
A polícia com seu faro
Foi pegar lá no quartel
Um pobre terceirizado
Que desenhou no papel
O crime já planejado
(1778)
Foi na ESA dos sargentos
No dia da formatura
São assassinos nojentos
Que andam na conjuntura
E se metem no recinto
As vezes muito seguro
Isso é o que pressinto
E daqui muito conjuro
(1779)
Pra que tenham mais cuidado
Com a nossa segurança
Pois tem muito endiabrado
Com toda a sua pujança
Que pretende aniquilar
Quem ganhou as eleições
E não quer se conformar
Quer manter as tradições
(1780)
Mas no caso dos laranjas
O Bivar já foi citado
Isso pra ele é só canja
Um advogado ilustrado
E vai sair de mansinho
Domina o nosso direito
Sua família fez ninho
E conhece dos defeitos
(1781)
Daqui até já falei
Muito melhor um acordo
Porque por bem demonstrei
Segundo aqui me recordo
Porque não vai dar em nada
O homem é deputado
Câmara toda empenhada
Já se sabe o resultado
(1782)
Já ando meio arretado
Porque não vejo ninguém
Nem mesmo o desajeitado
Mas o pobre fica aquém
O Bolsonaro sozinho
Nem deputado sequer
Aparece de bonzinho
Seja homem ou mulher
(1783)
Os líderes do governo
São assim mera encomenda
E nem pro consumo interno
Embora com sua prenda
Fazem força pra falar
Dizendo até sem sentir
E só sabem concordar
Porque não podem mentir
(1784)
Nem mesmo qualquer ministro
Sai em defesa do pobre
E daqui faço o registro
Pois seria muito nobre
Botar a mão na fogueira
Pra que sempre sustentou
E pra mim fez muita asneira
Seus ministros, segurou
(1785)
Prece que eles vão
Abandonando seu barco
E joga o pé pela mão
Quando entram nesse charco
É melhor viver sozinho
Do que viver com traíra
Nem mesmo com o vizinho
Da cidade ou caipira
(1786)
Mas no caso do COAF
O Supremo decidiu
Cancelar o pife-pafe
Pois agora permitiu
Que todas informações
Posam ser compartilhadas
Pra ajudar apurações
De crimes das canalhadas
(1787)
Por que falar do Neymar?
Bem aqui neste cordel
Pois sua bola a murchar
Acabou lua de mel
Nem a própria Marquezine
Uma lindura, uma deusa
De vestido ou de biquíni
Terminou sua proeza
(1788)
Parece o mandou pra fava
Porque cansou por demais
Quando ela quer ela grava
Mas pra voltar nunca mais
No mercado ele caiu
Seu valor está mais baixo
E na Receita explodiu
Nessa área não me encaixo
(1789)
E nessa convocação
Do povo pro dia oito
Confesso estou sem tesão
Porque não sou bem afoito
Ir pra rua nada vale
A cegueira dominou
E que ninguém se regale
Fazendo novo louvor
(1790)
Porque quem manda não quer
Faz pouco desse povão
São gente sem coração
Pense lá o que quiser
Porque inventando brecha
Na lei que muito rasgada
Acerta com sua flecha
A gente desesperada
O que eu quero pro futuro do Brasil - Atualização – 06.12.2019 (PRL)
 
(1791)
Venho notando seu moço
Que falta boa vontade
Com a carne de pescoço
Ou talvez só por maldade
Trato dessa votação
Que tramita no Senado
A respeito da prisão
De sujeito condenado
(1792)
Pois é grande a confusão
Uns dizem ser contra a lei
Nossa Constituição
Mas o que é eu não sei
É no Código Penal?
Ou mesmo no de processo
Tem gente falando mal
E pretende retrocesso
(1793)
Doutor Davi Alcolumbre
Do Senado Presidente
Parece não ter vislumbre
De certa forma insistente
E não deseja pautar
Isso que ficou maduro
Por que somente adiar?
E juntar tanto monturo
(1794)
Pois ontem lá no Senado
Ele muito claro foi
E quis dar por encerrado
Galinha engolindo boi
Falou que não mais neste ano
Comissões teriam chances
Mas parece por engano
A CCJ tem nuances
(1795)
Deseja na terça-feira
No próximo dia dez
Isso não é brincadeira
Botou as mãos pelos pés
Mas alguns querem votar
Outros estão indecisos
Mas há quem queira enganar
E não são muito concisos
(1796)
A pressão é muito grande
Só aguenta quem é forte
Tudo que é ruim se expande
Seja do Sul para o Norte
E dali da Comissão
Seguirá para a plenária
Talvez pra Câmara então
Que será destinatária
(1797)
Desde logo se presume
Que essa lei não vai passar
Porquanto aqui se resume
Férias de parlamentar
E só em dois mil e vinte
Que poderão decidir
Isso graças ao requinte
De quem deseja ruir
(1798)
Mas a bomba é o fundão
Com quase quatro bilhões
Do dinheiro do povão
Nisso não tenho emoções
Faltará para a saúde
A segurança também
Não vejo qualquer virtude
Naquele povo do além
(1799)
Senador de nível alto
Votou pra derrubar veto
Do Palácio do Planalto
Sem nenhum pouco discreto
O dinheiro fala mais
Nem Nosso Senhor dá jeito
Tem tratantes anormais
Que fode qualquer sujeito
(1800)
A Câmara se prepara
Pra converter em projetos
Que mais dinheiro escancara
São vários seus arquitetos
Sob o comando do Maia
Um rapaz inteligente
Que ganhou toda gandaia
Com seu jeito displicente
(1801)
Um jeito mal-ajeitado
Tanto que com pouco voto
Na eleição de deputado
Porque daqui tudo anoto
Muito menos de cem mil
E então se reelegeu
Foi no dia em que sorriu
E presidiu o Brasil
(1802)
Vão ser então de carrada
Os projetos sociais
O dinheiro em disparada
O retorno nunca mais
O pobre vai virar rico
O rico, milionário
O pobre andando em burrico
Nosso rico perdulário
(1803)
Alega que o Bolsonaro
Nada fez nem vai fazer
Esse menino tem faro
Vai botar pra derreter
 Ramos será relator
Deputado do PL
Do comunismo eleitor
Nosso governo repele
(1804)
É mesmo contra à prisão
Jurou isso na OAB
Diz por sua formação
A justiça defender
Está sendo preparado
Pra sua candidatura
Que vai ser para o Senado
Na outra legislatura
(1805)
Mais ainda tô pensando
Que a prisão não passará
Tem muita gente zonando
Querendo um susto pregar
Pode até haver recurso
De quem quer tumultuar
Já notei pelo discurso
Não tem preso pra soltar
(1806)
A leva tem sido grande
Para as ruas empestar
Enquanto o crime se expande
Basta prender e soltar
E nada tenho com isso
É assunto pra gigante
Pois só tenho o compromisso
Que o país vá adiante
(1807)
E chegou o dia dez
Estamos para aguardar
Dos homens a validez
Dessa lei por aprovar
Vou acompanhar com afinco
Todo esse desenrolar
Com coisa séria não brinco
Muita água vai rolar
 
(10.12.2019)
(1808)
Não para minha surpresa
Não vi na programação
Do Senado com clareza
Nadinha da comissão
Pois passando uma reprise
Duma tal reunião
De gente que sem deslize
Defesa do cidadão
(1809)
Porquanto ficou marcado
Pro plenário reunir
Isso não fora acordado
Assim não pode intervir
A Simone vai ficar
Chocada e desiludida
Seu desejo sem vingar
Só terá uma saída
(1810)
É no tal manda quem pode
A cabeça vai baixar
Mas com jeito ela sacode
Algum dia vai votar
A herança de seu pai
Decerto não esqueceu
Quando quer a coisa vai
Desde quando se elegeu
(1811)
Mas antes de prosseguir
Tenho a minha posição
Que sem coragem de agir
Ficando com sensação
De que sou incompetente
Um sujeito derrotado
Que não tem cara de gente
Mas talvez de tresloucado
(1812)
Agora às dez e dez
Parece vai começar
Vamos ver se tem revés
Sem ninguém tumultuar
O som inda não abriu
Tudo mudo sim senhor
A reportagem pediu
Porém ninguém se arriscou
(1813)
A presidente chegou
Por volta das dez e doze
E logo cumprimentou
Mas sem fazer qualquer pose
Ao lado do Oriovisto
Mais um novel senador
Como ficara previsto
Da matéria o relator
(1814)
A leitura dispensada
Da sessão anterior
A ata fora aprovada
Disso ninguém reclamou
Com três matérias na pauta
Começou pela terceira
Que pareceu muito lauta
Assunto pra noite inteira
(1814)
Falava sobre o controle
Das despesas exigidas
Quem é sabido não engole
Porque faz muitas feridas
Não se pode gastar tanto
Sem cumprir o orçamento
Porque para o nosso espanto
Sempre causa algum tormento
(1815)
Mas houve requerimento
Pra ouvir em audiência
Gente com discernimento
E de muita competência
Creio que para empurrar
Para muito mais pra frente
Somente tempo ganhar
Por demais inconsequente
(1816)
O relatório aprovado
Sem maiores consequências
As palmas para o Senado
Com a grande consciência
O senador Kajuru
Protestou nessa inversão
Da pauta nesse chabu
Quer resolver a prisão
(1817)
Porque segundo informou
O item primeiro era outro
O Álvaro, que concordou
O PODEMOS é afoito
Pelo andar da carruagem
O tempo pode ser curto
Nessa tal camaradagem
Daqui quase tenho surto
(1818)
Começaram a emperrar
O curso dessa sessão
Pois querendo atrapalhar
O negócio da prisão
Para poder resguardar
O poder dalgum grandão
Chego até a duvidar
Do final da decisão
(1819)
Então ficou resolvido
Como matéria que anime
Assunto já discutido
O pacote contra o crime
Que por demais complicado
Poderia não constar
Deixando pra ser votado
Numa data a combinar
(1820)
Pra não voltar para o Maia
Não foi feita alteração
Porque senão “atrapaia”
E vira esculhambação
E logo após veio à tona
A falada discussão
Que paro povo apaixona
Que faz fé pela prisão
(1821)
Decisão terminativa
Vai direto pro plenário
Essa a grande expectativa
E começou o calvário
Deu zebra em computador
O painel ficou confuso
Causando grande amargor
Sem rosca no parafuso
(1822)
Os do contra, conhecidos
De sempre de antigamente
Homens estabelecidos
Do Senado tem patente
Arraigados com fervor
Na cultura brasileira
Daquele tal por favor
Muitas vezes sai besteira
(1823)
Mas o som emudeceu
O resumo demorou
A vitória pareceu
Que desta vez sim vingou
E por vinte e dois a um
Em favor do voto sim
Insatisfação de algum
Que agem como Caim
(1824)
Mas mera coincidência
Não vai haver a sessão
Da plenária do Senado
Que talvez por precaução
Com medo do resultado
Digo aqui por antemão
Que fiquei envergonhado
O Alcolumbre é “mandão”
(1825)
O Senado tem que ter
Reunião todo dia
Para não comprometer
E não quebrar harmonia
Mas não pode depender
Do que quer seu presidente
Tem de votar pra valer
Pois há matéria pendente
(1826)
Nosso país não merece
Tratamento desse jeito
Porque de Deus uma prece
Levanta qualquer sujeito
Mesmo até de má vontade
Querendo a vida emperrar
Até mesmo por maldade
O povo tem de berrar
(1827)
Aliás eu até penso
Que tem muito senador
Precisamos de bom senso
Porque muito gastador
Bastariam vinte e sete
Só um para cada estado
Pois muito mais é um brete
Fica caro pro diabo
(1828)
Mas quem foi solto não volta
No penal não retroage
Só se der reviravolta
Ou no Francês a “mirage”
Sendo pelo mesmo crime
Não entendo e não carimbo
Pois a pena só redime
Quanto a gente está no limbo
(1829)
Por vezes fico brincando
Com essas coisas, sei não
Muita gente criticando
E não me leem mais não
Mas eu pouco tô lixando
Não vivo desse negócio
Todo tempo vai passando
Isso aqui é sacerdócio
 
CORDEL – O que eu quero pro futuro do Brasil – Atualização – 11/12.12.2019 (PRL)
 
(1830)
O Brasil tá complicado
Porque a cada novo dia
Mais um rombo é apurado
Meu Deus e Virgem Maria!
A turma da Lava-Jato
Em plena atividade
Andou ontem atrás de rato
Essa a grande verdade
(1831)
Dessa vez é de lascar
Dinheiro até demais
E dizem que vai vingar
É muita gente, rapaz
Falam quinhentos milhões
De reais, nem acredito
Foram muitos medalhões
Faltando o chefe maldito
(1832)
Tem a ver telefonia
Negócio bem enrolado
Que de muita sintonia
Vão trabalhar um bocado
O rastro fora seguido
A arapuca conseguiu
É muito cara, bandido
Só não sei quem os pariu
(1833)
A Polícia Federal
Explicou tudo em detalhe
É negócio de animal
Merece muito achincalhe
Tem filho de gente grande
E também de perdulário
Pois quando o crime se expande
Engana a qualquer otário
(1834)
São contratos fraudulentos
Repletos de descalabro
Esses caras fedorentos
Têm um futuro macabro
As perdas são expressivas
Dinheiro que só faz falta
E dispensa narrativas
Operado pela malta
(1835)
Tida como “Mapa da mina”
Na operação meia nove
Um ladrão em cada esquina
Que sua corja promove
A roubar o nosso povão
Dinheiro para a saúde
Também para educação
Um golpe na juventude
(1836)
Mas ontem inusitado
Curioso aconteceu
Um mandato foi cassado
Juíza Selma perdeu
O Tribunal Eleitoral
Recebeu um seis a um
Um revés demais severo
Intempestivo, comum
(1837)
Porque foi no mesmo dia
Que a Comissão decidiu
Aprovar sem covardia
A Simone presidiu
Prisão em segundo grau
De muita contestação
Porquanto fica anormal
Essa forte decisão
(1838)
Uma tal coincidência
Que acontece no Brasil
Um país por indulgência
Que já foi muito viril
Também fora decidido
Suspender por oito anos
O direito possuído
Causando até desenganos
(1839)
Ela pertence ao Podemos
Um partido de valor
Conhecimento não temos
Do crime que praticou
Parece foi caixa dois
Uma prática comum
Tem muita gente, pois, pois
Que vai levar no bumbum
(1840)
Houve apenas reação
Desse tal Major Olímpio
Que com alguma emoção
Dizendo ser por princípio
Esculhambou Tribunais
Só não chamou arroz doce
Porém isso não se faz
Nem mesmo com uma foice
(1841)
Os demais cabeça baixa
Gente até com expressão
Da pressão sentiu tarraxa
Com medo duma prisão
Ou mesmo do julgamento
De processos contra si
Esse um grande tormento
Porquanto foi o que vi
(1842)
Há muita gente que consta
Dos arquivos do Fachin
Na denúncia que demonstra
Que nesse tal crime enfim
Se realmente apurado
Muito cara vai pro pau
Ficará desempregado
Vai provar desse mingau
(1843)
Confesso que já pensava
Que essa prisão discutida
Jamais seria votada
E também ser decidida
Pois Alcolumbre não quer
A mando de gente fina
Daqui não faço mister
Porque em pizza termina
(1844)
Era grande a expectativa
Porque constava da pauta
Mas por iniciativa
De gente talvez incauta
Conseguiu assinatura
De cinquenta senadores
Fazendo então nessa altura
Mais alguns dos seus horrores
(1845)
E conseguiram barrar
Isso é uma vergonha
Com receio de enjaular
Pra dormir até sem fronha
Ou perder o seu mandato
Pois o aviso foi claro
Julgamento imediato
Pro crime não há reparo
(1846)
Porquanto quem deve, teme
Esse tal rabo de palha
Não adianta passar creme
Porque nossa vida encalha
Quando o governo não quer
Ninguém consegue exigir
Nem mesmo o povo sequer
Tem poderes para agir
(1847)
Só não viu quem não quis ver
Que nesse desenrolar
Poderia acontecer
Dá vontade de chorar
Não adianta prender
E nem mesmo processar
Quem cumpre com seu dever
Inda terá de pagar
(1848)
Muito caro em ser honesto
Uma virtude arretada
Prefiro ser pobre, e presto
Pois nunca quis roubar nada
E não há crime perfeito
Pois um dia vem à tona
Tem de ser um bom sujeito
Pra que não fique na lona
(1849)
Troco de pau pra cacete
Falo agora do Pezão
Tirando seu cacoete
Saiu ontem da prisão
Já pagou pelo pecado
Também pela corrupção
O povo decepcionado
Vai tomando essa lição
(1850)
A lei maior do Brasil
Todos juram defender
Com rigor e bem hostil
Isso até quando morrer
Uma coisa interessante
Uma jura descabida
Porque dali em diante
Ela será bem mexida
(1851)
Cumprir o que vai mudar
É negócio prum otário
Pois emenda vai entrar
Em proposta, que calvário!
O que é hoje sempre muda
Ao bem prazer dessa gente
Que com a conta polpuda
Por vezes fica indecente
(1852)
Mas agora complicou
Ninguém sabe quando vai
O recesso já chegou
E quem foi grande não cai
Tão somente em fevereiro
Do ano dois mil e vinte
Vai ter sequência o festeiro
Com todo grande requinte
(1853)
Mas não se perde esperança
Pois o mandato se encerra
Depois da grande festança
A máquina desemperra
Fazer somente besteira
Em favor de delinquente
Pode causar a cegueira
Do senado inconsequente
(1854)
Uma coisa interessante
Acaba de acontecer
O Senado delirante
Resolveu assim fazer
Uma sessão para avença
E logo para aprovar
Todavia sem presença
De gente para votar
(1855)
Quando por sabedoria
Deixou o painel aberto
Com as presenças de ontem
Essa coisa não dá certo
No plenário apenas cinco
No painel mais de cinquenta
Essa coisa vai dar trinco
Porque fica bem nojenta
(1856) 
Se não fosse o Oriovisto
Senador independente
Seria feito o previsto
Aprovar tão de repente
O Álvaro em seu socorro
Gritou com muita firmeza
De vergonha quase morro
Com toda essa proeza
(1857)
Os babadores sem graça
Terminaram convencidos
Que não queremos trapaça
Por conta desses sabidos
Mas parece que marcaram
Pra próxima terça-feira
Desse jeito desmancharam
Isso não é brincadeira
(1858)
Quando vejo senadores
Defender com tanta garra
No país quem fez horrores
Com desculpa tão bizarra
Muitas vezes me arrependo
Neste país ter nascido
Que nem mais me surpreendo
Sempre teremos bandido
(1859)
Desculpe, mas isso o prime
Tendo ainda de falar
No pacote contra o crime
Que só fez desidratar
Lá na Câmara do Maia
Nosso real presidente
Que merece uma vaia
Por que muito saliente
(1860)
Pois junto com Alcolumbre
Engessou nosso país
Quando um fala, outro assume
Fazendo tudo o que diz
Bolsonaro nada aprova
Quando veta, o veto cai
Isso é tal como uma sova
E fica num vai não vai
(1861)
Minha gente tô cansado
Esse cordel dá trabalho
E não sou recompensado
Pelo leitor, agasalho
Desde maio de dezoito
Escrevo por linhas tortas
Porque sempre fui afoito
Com esperanças tão mortas
(1862)
Caso fosse autoridade
Eu só faria uma lei
A do selo, de verdade
E daria uma de rei
Taxaria pra valer
Com imposto bem mais justo
O país ia crescer
Na marra com qualquer custo
 
 CORDEL – O que eu quero pro futuro do Brasil – Atualização – 18.12.2019 (PRL)
 
(1863)
Sabe tô desanimado
Com toda essa desgraça
Nesse país desgraçado
Todo cheio de trapaça
Deputado e Senador
Já não somam quase nada
Cada um com seu temor
Topando qualquer parada
(1864)
O que mais sabem votar
Os deputados, senhores
É pra despesa aumentar
Só para causar horrores
Querem tornar o país
De maneira ingovernável
Esses são os seus perfis
Pro governo condenável
(1865)
Ainda agora de tarde
Estavam na discussão
Na calada e sem alarde
Meio assim de supetão
Um aumento da remessa
Para as nossas Prefeituras
Na votação muita pressa
Nessas pobres criaturas
(1866)
Esse aumento da despesa
É como roer o osso
Do governo com clareza
Como carne de pescoço
Porque engessa inda mais
O Governo Federal
Esses caras são os tais
Isso já não é normal
(1867)
Já não bastasse o pre-sal!
Emendas impositivas!
O povo ficou boçal
Com essa pauta explosiva
Mas isso não é possível
Tá precisando de grito
Assim como combustível
Da terra até do infinito
(1868)
Quando o grande General
O Vilas-Boas reinava
Emitia seu sinal
E isso tudo parava
Lembrava do compromisso
De defender o Brasil
Por que nunca fora omisso
Com o nosso verde-anil
(1869)
Mas hoje não se repete
Nenhum grito de alerta
Do povo ou de quem compete
Fechar essa porta aberta
Porém o povo cansou
De gritar, de ir pra rua
E preguiçoso ficou
A verdade nua e crua
(1870)
Não adianta falar
Para alguém que já é mouco
Os gritos foram parar
Numa vala desse esgoto
Que inda chamam de Brasil
O país da safadeza
Sujeira nem com bombril
Pode fazer a limpeza
(1871)
Governo sem liderança
A que tem é muito nada
Fica tonta tal criança
E se mete na enrascada
São outros os seus partidos
Sempre da oposição
Ou repletos de enrustidos
Sem motivo e sem razão
(1872)
Por aí vem um negócio
Que já querem ressurgir
Parece com sacerdócio
Para nosso povo engolir
Refazer os sindicatos
Com as verbas dos palhaços
Vão virar gato e sapato
Mas o dinheiro...um abraço
(1873)
Mas hoje se reuniu
O Congresso Nacional
Muito pouca gente viu
Um combate tão normal
Todos foram favoráveis
À derrubada do veto
Da decisão intragável
Do presidente dileto
(1874)
Segundo todos disseram
Até mesmo os seus amigos
Que contrários mantiveram
Ao veto com seus artigos
 Bolsonaro tá maluco?!
Ou foi gente pra zonar...
Será que ficou caduco!?
Pro minha casa acabar!?
(1875)
Sei que a partir desta data
Não pretendo mais ligar
Não sou mais que vira lata
Pra tanto erro aguentar
Defender tanto impossível
Até de se acreditar
Porque assim não é crível
Ninguém pode suportar
(1876)
Estou achando difícil
Do mandato terminar
Não vale esse sacrifício
Se ninguém colaborar
E se querem só chupar
Nas mamas do nosso povo
Basta só se apresentar
Que fico aqui comendo ovo
(1877)
Noutro dia descobri
Que a parentada domina
Filho, mãe, pai, neto, vi
No parlamento comina
Se transmite por herança
O mandato popular
Quem é rico enche a pança
Basta se candidatar
(1878)
Tem até verba do povo
O Fundão que se aprovou
E vai eleger de novo
Quem dele se aproveitou
Isso é uma derrota
Uma desgraça fatal
O país na bancarrota
Com essa gente do mal
(1879)
Mas hoje no pingo do IS
Eu ouvi e duvidei
Tudo que o ministro diz
Confesso até que corei
Falou da tal Lava-Jato
E nela colocou culpa
O negócio ficou chato
Depois vai pedir desculpa
(1880)
Dizer que empresa faliu
Por culpa da operação
Será que o ministro viu?
O monte de corrupção
Pois essa surgiu primeiro
A Federal veio depois
E botou no galinheiro
Tanto corrupto, pois, pois
(1881)
O caldo está esquentando
No Caso com o Queiroz
O pessoal tá cercando
Tem muito agente atroz
Que joga qualquer parada
Para o circo pegar fogo
Não importando a jornada
Só querem vencer o jogo
                                      (1882)                           
Mas hoje lá no Catar
O Flamengo deslanchou
E botou para quebrar
Levou o primeiro gol
E virou fez o placar
Três a um no seu rival
Que nada sabe jogar
E que também foi pro pau
(1883)
Esse novo mundial
Parece tá sendo queijo
O Flamengo sem igual
Mas o título prevejo
Que reinará bem profundo
Na torcida rubro-negra
O de campeão do mundo
Que pra todos nós, alegra
 
 CORDEL – O que eu quero pro futuro do Brasil – Continuação – 29.01.2020 (PRL)
 
(1884)
Confesso que me afastei
Do nosso mundo político
Claro me decepcionei
Aqui me faço de crítico
São muitas coisas erradas
Gente demais a roubar
Virou tudo cachorradas
Difícil de consertar
(1885)
Pouca gente merecendo
Do governo a confiança
Os podres aparecendo
Nisso o país tem bonança
E em qualquer entidade
O gasto é demasia
Não existe claridade
Nem de noite e noite e dia
(1886)
Como é que pode um sujeito
Substituto de ministro
Devagar dando seu jeito
Isso daqui eu registro
Viajar em avião
Dessa nossa Força Armada
Bem assim de supetão
Isso foi grande mancada
(1887)
E depois de passear
As secretárias de lado
Foi pra Índia se juntar
Ao Capitão enfezado
Isso é da Casa Civil
Desse senhor Lorenzoni
O Bolsonaro zuniu
(1888)
E demitiu logo o homem
Ora se o Ônix o nomeou
Também terá de sair
A confiança trincou
Jamais se pode iludir
Porque perde a confiança
Que demorou até demais
Isso é caso de mudança
Porque assim não satisfaz
(1889)
Essa viagem tem porte
Custa setecentos mil
É um gasto muito forte
Um buraco pro Brasil
Deve ter diária cara
Pra pagar tanto trabalho
Quando é que esse povo para?
Enquanto daqui eu migalho
(1890)
Pois o Vicente Santini
Secretário executivo
Parece toma martini
Pro país muito lesivo
Recebeu bilhete azul
Sua demissão sumária
Verberou de norte a sul
Faltam só as secretárias
(1891)
Nem sequer ele esperou
O retorno do Ministro
Que de férias escapou
Daqui faço meu registro
Assunto desse mister
Jamais se pode esperar
Reclame aqui quem quiser
O remédio é exonerar
(1892)
Mas o cara é muito forte
Retornou noutra função
Nunca vi tamanha sorte
Nem tanto peixe na mão
E demitido de novo
Desta vez parece o fim
Daqui agora renovo
Não devia ser assim
(1893)
Presidente muito esperto
Mas lhe faltando traquejo
Ele quer fazer o certo
Porquanto de seu desejo
Por vezes se precipita
Quer resolver duma vez
O povo nele acredita
Não conta nem até três
(1894)
Outra coisa que não pode
É essa situação
Assim o povo se fode
E vira esculhambação
Temos quase dois milhões
De pedidos na gaveta
De cortar os corações
Tem gente até de muleta
(1895)
Mas faltou planejamento
Porque quando a lei saiu
Ninguém aqui é jumento
Que o corre-corre não viu
Porque faltou previsão
Essa coisa deu na vista
É só cumprir a missão
E afastar os anarquistas
(1896)
O governo quer correr
Convocou gente da farda
Para logo resolver
Mas a justiça só tarda
Até nisso se meteu
Enquanto no seu arquivo
Tem processo que fedeu
Que ficou sem o seu crivo
(1897)
O chefe do INSS
Parece foi demitido
Vamos fazer uma prece
Pra tudo ser resolvido
É resquício da política
De gente sempre do contra
Que geralmente empeitica
E que demais amedronta
(1898)
Calculo aqui bem ligeiro
Nós estamos é fodido
Nosso povo hospitaleiro
Tá cercado de bandido
Da nossa população
Pelos roubos que fizeram
Mais da metade é ladrão
Foi isso que me disseram
(1899)
Tô até encabulado
De continuar o cordel
Com tanto peru de lado
Pensando sou Zé Manel
Daqui não faço rascunho
Escrevo tudo que vem
Tudo aqui vem do meu punho
E da mídia também
(1900)
Nesse tempo que passei
Descansando minha mente
Sem escrever, descansei
E me fez bem tão somente
Mas o bom mesmo é lutar
Dando minha opinião
E também denunciar
Os corruptos da nação
(1901)
Sei que não posso dar jeito
Pois a peste é abundante
Não se encontra algum sujeito
Sem a cara de farsante
Político então nem se fala
Nasceu sabendo assaltar
Quem acompanha e se cala
Está ajudando a roubar
(1902)
Mas a tática é grosseira
Querem derrubar o mito
Pra mim é tudo uma asneira
Pois não se ganha no grito
Tem de ter o voto sério
Do povo tão sofredor
Não aceitando impropério
Dessa gente sem valor
(1903)
Ao voltar liguei na Globo
Que repete a mesma história
Precisa de cara probo
Pra contar toda vitória
Que o país vai conseguindo
Devagar e com firmeza
Empregos reassumindo
As cartas estão na mesa
(1904)
É muito fácil dizer
Que temos doze milhões
Desempregos pra valer
Que até corta corações
Mas é bom esclarecer
Que são dois milhões por ano
Que vão ao mercado sofrer
Afora o embaixo do pano
(1905)
Mas o Maia lá deputado
Desejoso de mudar
Já anda meio abusado
Dois ministros quer tirar
Educação e Ambiente
Deles danou-se a falar
O desejo dessa gente
Anda do lado de lá
 CORDEL – O que eu quero pro futuro do Brasil – Continuação – 03.02.20120 (PRL)
(1906)
O capitão hoje falou
Que muitos governadores
Recusaram sim senhor
Um colégio militar
Muito bom para o nordeste
Pra formar gente decente
E também cabra da peste
Como são incompetentes
(1907)
Dizer o que minha gente
Pra essa turma do diabo
De sabido ou de demente
Cada qual esconde o rabo
Inda falam do ministro
O nosso da educação
Tem muito cara sinistro
Tem de levar de roldão
(1908)
O Maranhão como sempre
Regido por comunista
Que mais parece uma trempe
Claro tem nome na lista
Dos que já se recusaram
Quanto ao cívico-militar
E como sempre negaram
Não querem colaborar
(1909)
Do Piauí por seu turno
Nada mais se esperava
O governador soturno
Toda vez se lambuzava
Nas merdas que já se fez
Porque sempre se cagava
De leve ele perde a vez
E sua mente se trava
O Rio Grande do Norte
(1910)
Estado beleza e astuto
Inda bem que está de sorte
Tem um governo absoluto
Cujo partido tem dono
O PT das falcatruas
Nada faz está com sono
A desgraça vai nas ruas
(1911)
O que será da Paraíba?
Terra de gente famosa
Que vive na pindaíba
Tem menina carinhosa
Também não quis a escola
Simplesmente por ser contra
Não me entra na cachola
Nem tão pouco me amedronta
(1912)
Pernambuco, Leão do Norte
Do grande Miguel Arraes
Na verdade, só por morte
Que Deus o guarde na paz
Recusou tão boa ajuda
Pra formar nossos rapazes
Que Deus do Céu nos acuda
Com esses caras mordazes
(1913)
Alagoas do Renan
Mostrando sua pobreza
Horrível como pagã
Recusou a gentileza
Mas quando chegar a seca
Vai chorar pedindo esmola
Todos já somos carecas
E vão encher a sacola
(1914)
Mas o Sergipe Del Rei
Lugar tão lindo e pacato
Que sempre apreciei
Que não me chamem de chato
Se pendeu pra recusar
A oposição é feroz
É o PT quem manda lá
Que Deus valha a todos nós
(1915)
A Bahia também nega
Sua colaboração
Mas lá o PT carrega
E domina a opinião
Chora de barriga cheia
Seu poder é gigantesco
No orçamento tem areia
Tem de tomar um refresco
(1916)
Parece que o Ceará
Está querendo aderir
E dá pra desconfiar
Foi isso que ontem ouvi
Mas o PT lá domina
Gente mal-agradecida
Cada qual tem sua sina
Tem de curar a ferida
(1917)
Até onde eu sei dizer
Quando o governo deseja
Terá de mandar fazer
Não precisa essa peleja
A verba é federal
É um bem pra educação
E recusar pega mal
Quase sai um palavrão
(1918)
Sobre essa nova doença
Que tem origem na China
Eu não sei, mas minha crença
Seguida da irmã Carina
Pode ser grande boicote
Lançado contra o progresso
Pois no reflexo por lote
O Brasil entra em recesso
(1919)
Pois a China é compradora
Dos produtos do país
Sua gente é gastadora
E são lindos seus perfis
Vai sofrer a economia
Não só de lá, mas do mundo
Pode até ser covardia
Mas o Brasil é fecundo
(1920)
Trazer os nossos irmãos
É assunto de primeira
A doença de grão em grão
Que vai matando altaneira
Não avisa vem depressa
Pelo ar, pelo mar e terra
Só não deseja conversa
Na cova é que se encerra
(1921)
Doutor David Alcolumbre
Presidente do Senado
Sempre com o seu deslumbre
Só puxando pro seu lado
No Brasil só ele manda
Juntamente com o Maia
Vão tocando sua banda
Vez em quando se “atrapaia”
(1922)
Numa entrevista recente
Falou bem e até demais
Enganou a muita gente
Coisas ficaram pra traz
E não falou de reformas
Tampouco nas CPI
Ele é quem faz as normas
Tem de mudar seu Davi
(1923)
O Kajuru por exemplo
Dizendo estar boicotado
Pois que daqui tome tento
Que ele espere sentado
Soube que estava proibido
Falar na TV Senado
Parece ser sem sentido
Mas falou e tá falado
(1924)
Mas então como emergência
Acabaram de aprovar
Uma lei da providência
Para o vírus derrubar
Bastaram quarenta e oito horas
Pra essa medida passar
Quando se quer vão nas toras
Nem é preciso votar
(1925)
Uma coisa ficou certa
O mérito da prevenção
Ficando aqui meu alerta
Não seguiu pro capitão
Foi pro Mandetta, ministro
Pro Alcolumbre e para Maia
Logo daqui eu insisto
Isso merece uma vaia
(1926)
No final da reunião
Do Senado, uma tristeza
Disse não o presidente
E com muita clareza
Que decide se quiser
E não tem obrigação
Pois faz o que ele quer
Não atende a sugestão
(1927)
De CPI ou cassação
De ministro do Supremo
Eu disse a mim essa não
Esse cara tá com Demo
Um cara que foi eleito
Prometeu revolução
Agora corre dum jeito
Que fica sem condição
(1928)
Coitados dos senadores
Daquele “Muda Senado”
Estão passando horrores
Cada qual mais humilhado
O pior que a maioria
Apoia esse ditador
Que faz muita cortesia
Tem cara de lesador
CORDEL – O que eu quero pro futuro do Brasil- Continuação – 21.02.2020 (PRL)
 
(1929)
Agora, recentemente,
O povo de boca aberta
Viu a cena deprimente
O Papa deu em oferta
Uma audiência fatal
Para um presidiário
Isso pra ele é normal
É o seu abecedário
(1930)
O Papa é argentino
Das terras do Maradona
Que já foi um libertino
Quando tocava sanfona
O Lula foi poderoso
Protegeu o River Plate
Um time assaz asqueroso
Foi um grande disparate
(1931)
A Petrobras quase quebra
Cujo golpe foi demais
Só um milagre ou zebra
Quase que faltando gás
O dinheiro que é do povo
Gasta-se na profusão
Inda quer voltar de novo
A comandar a nação
(1932)
Dizem que essa visita
Foi forma de pagamento
Pelo apoio do petista
Na hora do sacramento
À eleição do Francisco
Ao papado general
Com trovoada e corisco
Na jornada triunfal
(1933)
Não fora apoio banal
Petistas do mundo todo
Em convenção mundial
Compareceram em rodo
Para eleger o papal
Abalou as estruturas
O sucesso foi geral
Previsto nas escrituras
(1934)
Na volta do Vaticano
Com as honras que lhe cabem
Juntou-se com o tucano
E como todos já sabem
Recebidos no Senado
Por um grande demagogo
Que dele estamos cansados
Tem de abaixar o seu fogo
(1935)
Essa é uma maneira
De procurar irritar
Que parece até asneira
Pro Presidente chiar
Mas não deu repercussão
O país é contumaz
Ninguém aprende a lição
De quem não rouba, mas faz
(1936)
De repente a dobradinha
Do Lula com doutor Dória
Estou calado e na minha
Não quero contar história
A parada será dura
Com certeza não verei
Já comprei a sepultura
Daí jamais saberei
(1937)
O Moro já disse não
Abrindo de seu prestígio
Com ele está o povão
Conforme todo o vestígio
O vice já abriu mão
A surpresa é o Tarcísio
Que no lugar do Mourão
É um ministro preciso
(1938)
Nesse elenco de ministros
O de maior atuação
Embora todos benquistos
Um vem chamando atenção
O Tarcísio minha gente
O homem da construção
Das estradas é gerente
É uma revolução
(1939)
Mas a turma temerosa
Das garras do Juiz Moro
Sempre fica em polvorosa
Mas isso então eu adoro
É o medo da cadeia
De ver o sol bem quadrado
O ladrão gosta de teia
E todo mundo é roubado
(1940)
Estão bem articulando
Uma lei de quarentena
Pro ministro ir afastando
E logo sair da cena
Pois assim quem for ministro
Terá de esperar seis anos
Pra pleitear, é sinistro
Sujeira abaixo dos panos
(1941)
O pior de tudo isso
É uma tal CPI
Que roubando o povo omisso
Só pensa no denegrir
O sucesso da eleição
Do ano dois mil e dezoito
Quer mais um turno, pois não
Tem muitos caras afoitos
(1942)
Fake-new o nome dela
Que é a própria mentira
Ninguém cai na esparrela
Nem sequer o caipira
O presidente é do contra
Um sujeito incompetente
A serviço duma lontra
A relatora é latente
(1943)
A morte do capitão
Que houve lá na Bahia
Vai mexer no batalhão
Ficou em anomalia
Ele era fugitivo
Da justiça lá do Rio
Não me interessa o motivo
Precisa ter sangue frio
(1944)
Tem de ter apuração
Legal e minuciosa
Pra mostrar ao cidadão
Não de forma mentirosa
Porém de toda a verdade
Porque tirar uma vida
Vira até calamidade
Nesta terra tão sofrida
(1945)
O Paulo Guedes deu azar
Quando falou na doméstica
Porém não quis humilhar
Como entendeu a frenética
Ele quis elogiar
Porque quem ganha tão pouco
Consegue economizar
Viajando deixa louco
(1946)
Quem gasta tudo o que ganha
Ainda toma emprestado
Nunca soube o que é barganha
Esbanja pra todo lado
Não junta um tostão sequer
Devendo a Deus e pro mundo
Com bebida e com mulher
Como boêmio profundo
(1947)
A mídia foi infeliz
Levou tudo para o mal
É o que todo mundo diz
Querendo vender jornal
Num jornalismo fajuto
De resto bem parcial
Porque tem sujeito astuto
Entrando no lamaçal
(1948)
A Globo então nem se fala
Provoca e quer atenção
Atinge como uma bala
Os poderes da nação
Ela diz o que não prova
E não prova o que já fez
Pois no país a desova
É de galinha pedrês
(1949)
Hoje uma diarista
Ganha cento e dez reais
Com o pagamento a vista
Pois fiado nunca mais
Pois com carteira assinada
Não se pode então bancar
A despesa de bolada
Pra terceiro sustentar
(1950)
Os encargos sociais
Encarecem nossos custos
Pois não ganhamos demais
Pra manter com tantos sustos
 O sistema é trabalhoso
No site da previdência
Tem de ser habilidoso
Pra resolver a pendência
(1951)
Talvez havendo maneira
De se fazer uma opção
Resolvesse essa besteira
Não seria obrigação
Pagava-se pro empregado
O salário e mais despesa
Sem corre-corre danado
Mais prático com certeza
(1952)
Então ele recolhesse
Paro banco que escolheu
E demonstrasse interesse
Pois o dinheiro é seu
Se não quisesse pagar
Perderia seu direito
De também aposentar
Esse negócio é malfeito
(1953)
A reforma tributária
Que mandaram pro Congresso
Não deve ser arbitrária
Nem demonstrar um regresso
O pobre que nada pague
O rico vá se lascando
Dinheiro sem ziguezague
Sem muita gente lesando
(1954)
Imposto sobre comida
E remédio pra curar
O pobre já sem guarida
Que não pode se cuidar
Acabar toda mamata
E com toda mordomia
E com o gasto em cascata
Dia e noite, noite e dia
(1955)
O Congresso reduzido

A duzentos cidadãos
Liberar quem for sabido
E domina com as mãos
Acabar com esse fundo
Sim, falo desse fundão
Que socorre ao vagabundo
Nas épocas de eleição
(1956)
Mas pra votar o projeto
Fizeram a comissão
Isso até que foi correto
Pra fazer a discussão
Deputado e Senador
Em conjunto vão fazer
Uma lei com tal vigor
Pra nosso país crescer
(1957)
Tem de ter seriedade
Lobby não pode vingar
E também honestidade
E sem querer isentar
Empresas e Estados ricos
Pois não vai adiantar
Aqui e ali tem salpicos
Não vai ter com quem rachar
(1958)
Se taxar exportações
O país vai sofrer muito
Digo aqui pros meus botões
Outro não é meu intuito
Conselho pode ser bom
O passado nos avisa
Falando alto em bom tom
De vender é que precisa
(1959)
Pois eu vi um Senador
Apelando pra taxar
Justo por Nosso Senhor
Produto para exportar
Não creio seja jumento
Ou então analfabeto
Porque fez um juramento
Pensando que está correto
(1960)
Os Estados do Nordeste
São meros consumidores
Sofrem as cabras da peste”
Até mesmo agricultores
São Paulo está sempre grande
Parece um novo país
Cada dia mais se expande
Por sua força motriz
(1961)
Para falar no Cid Gomes
Não se podendo olvidar
Pois ameaçou os “homens”
No trator a comandar
E deu só cinco minutos
Pra eles se retirar
Não são ladrões nem corruptos
Para cabeça abaixar
(1962)
E naquela confusão
Todos ali sem motivo
Naquele diapasão
Procedimento lesivo
Dois tiros acionados
Atingindo ao Senador
Que logo foi dominado
Naquele clima de horror
(1963)
No comando do trator
Com aquela força bruta
Na mente do Senador
Um político batuta
Passar por cima do povo
Muita gente morreria
A violência de novo
Provocou tal correria
(1964)
A bola tem de baixar
Que todos prestem atenção
Tem de saber perdoar
Estendendo suas mãos
Que eu saiba o comandante
Do Quartel é Coronel
Não pode um ser pensante
Querer virar o tonel
CORDEL – O que eu quero pro futuro do Brasil – Continuação – 28.02.2020 (PRL)
 
(1965)
O carnaval que passou
Foi mesmo grande sucesso
Muita gente que brincou
E que agora no regresso
Deve pra Deus e pro mundo
Não vai ter como pagar
Está zerado e profundo
E não tem onde parar
(1966)
No desfile das escolas
Muita beleza se viu
Para a fome não deu bolas
O brasileiro sorriu
Jesus foi para a avenida
Levado pela Mangueira
Que de muito enxerida
Não ficou como primeira
(1967)
Jesus entrou de criança
Mulher e gente de rua
Foi um estrago a festança
Mas a vida continua
Com mau-gosto e com pirraça
Pois Deus tem mais pra nos dar
Mesmo tomando cachaça
Vamos ter de respeitar
(1968)
Vamos lavar nossa boca
Pra falar no Criador
Pois dizem muita minhoca
Blasfemando sem louvor
Pois o inferno lhes espera
Pra seu fogo consumir
Quem gosta do Pai, o venera
Na corrente nos unir
(1969)
Tanto tema pra tratar
Droga, corrupção e saúde
Para o povo se alertar
Nossa vida é um talude
Torta e sem rumo perfeito
Quebra-cabeças difícil
E só aparece sujeito
Pra jogar no precipício
(1970)
Tem também jogo do bicho
Que segue sua contenda
Pelas ruas é só lixo
Não havendo quem se entenda
O Cabral já disse tudo
Só não ouve quem não quer
É demais o conteúdo
Dele e de sua mulher
(1971)
Presidente criticado
Por algumas das escolas
Tudo de ruim é culpado
Até sapato sem solas
Comunidades coitadas
São levadas de roldão
E não sabem quase nada
Do que faz o seu patrão
(1972)
As escolas bem faturam
Com direitos de TV
Com verba da prefeitura
E também muito cachê
A roupas e fantasias
O desfilante que paga
Pra fazer alegorias
E quem ganha não se indaga
(1973)
A Viradouro ganhou
Ficou com alma lavada
Com grande charme agradou
Vibrou toda arquibancada
Realmente uma lindura
Muita gente dedicada
E mudou sua postura
A comissão afinada
(1974)
Coitada da Beija Flor
Tinha tudo pra vencer
Mas um jurado, um horror
Botou tudo pra perder
E lhe roubou uns pontinhos
Que no final empacou
Esse povo bem certinho
Torce com muito fervor
(1975)
Mudando um pouco de assunto
Vou dizer sobre a política
Querem fazer um presunto
Essa gente tão fatídica
Tão pedindo ao presidente
Que dê uma de machão
Lute com unhas e dentes
Tome conta da nação
(1976)
Tá havendo movimento
Pra tirar o presidente
Ninguém é burro ou jumento
Pra ficar tão sorridente
São três homens poderosos
Que comandam o pendão
Dos deveres tão ciosos
Têm grande orquestração
(1977)
Nesse tal de manifesto
Do povo pro Bolsonaro
Que por aqui não contesto
Porque o homem é caro
Governa com mão de ferro
Mas querem a mordomia
Mas os meus versos enterro
Porque me dá agonia
(1978)
Não sei pra que ir pra rua
Não há respeito pro povo
Que não acredita e recua
Porque não aguenta o antojo
Cagam na cabeça dele
Inda limpam com jornal
Bem feliz será aquele
Que fugiu do carnaval
(1979)
O presidente engessado
Por um Congresso divino
Tudo que aprova é vetado
Como se fosse cretino
E prometeu, mas não faz
Está de mãos amarradas
Mas não quer andar pra trás
Com uma só sapatada
(1980)
Eu pensei que ele ganhando
Tudo seria tranquilo
Com o povo respeitando
Não haveria algum grilo
A turma da oposição
De forma bem sorrateira
Na loucura e de paixão
Quer lhe passar a rasteira
(1981)
O discurso é sempre aquele
Pra derrubar o coitado
Que sofre na própria pele
Porque vem sendo açoitado
Sendo o culpado de tudo
Tanto o certo como errado
Embora seja peitudo
Está sofrendo um bocado
(1982)
Governo sem liderança
Sua sorte está lançada
Pois faltando governança
Só mesmo com Força Armada
Mas os nossos militares
Não querem mais o poder
Democracia nos ares
O que irá acontecer?!
(1983)
Os homens que estão na frente
Do governo são contrários
E quem duvidar que tente
Pensar que sejam otários
Os de sempre novamente
Dão as cartas e decidem
O povo está descontente
Porque não cresce, regridem
(1984)
Os três patetas são claros
Vão agindo em colusão
Um tem a cara de Lázaro
Numa baita confusão
Se Bolsonaro cair
Quem entra é o Mourão
Não vale a pena insistir
Lembra da revolução?!
(1985)
Nem Maia nem Alcolumbre
Merece ser presidente
Nem mesmo quando se alumbre
Pois não são independentes
Têm contas a ajustar
Decerto com a justiça
Quem deve tem de pagar
Pois errado sempre enguiça
(1986)
Tóffolli por sua vez
Que o Lula já soltou
Por vezes com timidez
Na hora agá farrapou
Nada temos contra ele
Nem contra o seu Tribunal
Pois nunca sofreu na pele
Pra buscar seu ideal
(1987)
Esse vírus lá da China
Que está invadindo a terra
Chegando pelas esquinas
E subindo pela serra
Pode empestar o planeta
E causar as muitas mortes
Mas os caras de veneta
É vidrado nos esportes
(1988)
No Brasil está chegando
Viaja só de avião
Chega até no contrabando
A vacina não tem não
E no tempo de eleição
Político a se esbanjar
Com o gasto sem leilão
Mas os pobres vão pagar
(1989)
E quem for contaminado
Com o ramo da desgraça
Terá de ser isolado
E suportar a trapaça
Vai viver tal em hotel
Passar do bom e melhor
Com tanto gasto em granel
O ladrão sabe dar nó
(1990)
Aqui neste Pernambuco
Muito gosta de vacina
Tem gente que tá maluco
Já pensando na propina
Pra comprar da mais barata
E prestar contas da cara
E da sobra bem intata
Só vai debaixo de vara
(1991)
A Bolsa caiu de novo
Os capitais vão perder
Foi do vírus que deu ovo
E botou pra derreter
O pobre quando aplicou
Querendo um pouco ganhar
O seu tesão empacou
Tem um remédio: é quebrar
(1992)
Guedes quer privatizar
Essas grandes estatais
Quer dinheiro pra gastar
Com as lides sociais
Isso é o que ele diz
Mas eu já não acredito
Porque não tendo raiz
Plantio fica restrito
(1993)
Nosso Banco do Brasil
E também nossos Correios
Vão entrando no funil
E não teremos receios
Ajudar agricultura
E também a pecuária
Com dinheiro e com lisura
E sem gente perdulária
(1994)
BASA e Banco Nordeste
Certamente vão pular
E que ninguém manifeste
Discordância de rachar
São seres inexpressivos
Sem tutu pra emprestar
Nem na Bolsa têm ativos
Portanto é melhor fechar
(1995)
A Petrobras por seu lado
Vai perdendo o monopólio
Tem sócio que tá vidrado
Nesse negócio de óleo
Ganhando grana demais
Pois tudo dolarizado
Ninguém é burro, rapaz
Mas eu me sinto enganado
(1996)
A seleção brasileira
Que parece ser da Globo
Tem um montão de leseira
É lógico não tem bobo
Seu futebol tá bisonho
O treinador é teimoso
Por isso daqui proponho
Um time mais valoroso
(1997)
O Flamengo continua
Decerto muita potência
Porque sempre bem atua
Joga com muita cadência
Seu treinador valoroso
Nosso irmão de Portugal
Por vezes muito engenhoso
No time fenomenal
(1998)
Mas coitado do Vascão
Já foi um time perfeito
Mas caiu de supetão
Pra levantar não há jeito
O Luxa foi muito bem
Engendrou time barato
E sem dever pra ninguém
Saiu logo como gato
(1999)
O Cruzeiro, coitadinho
Está caindo aos pedaços
E ninguém dá um jeitinho
Jogadores no bagaço
E quem já viu esse time
Dar um show de futebol
Acredita que redime
Tem fumaça no paiol
(2000)
É muita competição
Jogador extasiado
Falta planificação
Pois isso cansa um bocado
Jogo de dois em dois dias
Não há quem suporte não
Porque queima as baterias
De cortar o coração
(2001)
Este cordel pode ser
Um dos maiores da terra
E se isso acontecer
Pode até ser uma guerra
Já tem gente discordando
Com inveja e sem pudor
Eu pouco tô me lixando
Porque tenho algum valor
CORDEL – Mote: O Congresso disse não – Mas o governo cedeu – 06.03.2020 (PRL)
(2002)
No veto cinquenta e dois
Sobre os tais trinta bilhões
Muita gente se indispôs
De todas as gerações
Pro desgosto da nação
O pior aconteceu
O Congresso disse não
Mas o governo cedeu
(2003)
O movimento geral
Dessas redes sociais
De posição radical
Pra salvar os capitais
Do governo e do povão
Que todo mundo entendeu
O Congresso disse não
Mas o governo cedeu
(2004)
A derrota do sabido
Ficou assim esperada
Pois não teria sentido
Fazer tanta xavecada
Enganar a população
É coisa de fariseu
O Congresso disse não
Mas o governo cedeu
(2005)
O que se sabe, contudo
É que se negociou
Um montante tão polpudo
Que nosso povo chiou
Vou dizendo de antemão
Muita gente padeceu
O Congresso disse não
Mas o governo cedeu
(2006)
Houve muito deputado
Que se escondeu de votar
Precisando dum trocado
Para no pleito gastar
Bem antes da votação
De logo se arrependeu
O Congresso disse não
Mas o governo cedeu
(2007)
Nosso governo tá fraco
Está em palpos de aranha
Todo mundo dá pitaco
Mas é apenas um que apanha
Quem sofre do coração
Não precisa ser judeu
O Congresso disse não
Mas o governo cedeu
(2008)
Pensando iria perder
O palácio remeteu
Uma lei pra dissolver
Pra muita gente valeu
Voltando a doar bilhão
Contra o povo, que plebeu
O Congresso disse não
Mas o governo cedeu
(2009)
São trinta bi fatiados
Numa tamanha enrolada
Tem roubo pra todos lados
Passando boi e boiada
Isso é tapeação
Essa gente enlouqueceu
O Congresso disse não
Mas o governo cedeu
(2010)
Mas o grito desse bando
Pra derrubar o mandato
E assumir o comando
Do Brasil imediato
Tem muita contradição
Roubaram tanto e fedeu
O Congresso disse não
Mas o governo cedeu
(2011)
O discurso é sempre um só
Parece até gravação
Esses caras dão um nó
Até em fio de algodão
No mesmo diapasão
Sua riqueza cresceu
O Congresso disse não
Mas o governo cedeu
(2012)
Mas eles se multiplicam
Sempre vai falando mal
É que jamais dignificam
São mesmo cara de pau
Fortes como gavião
E gostam desse apogeu
O Congresso disse não
Mas o governo cedeu
(2013)
O danado é que nem sempre
Tem alguém pra contestar
A base não tendo trempe
Não pode se sustentar
É demais toda pressão
Tem gente que renasceu
O Congresso disse não
Mas o governo cedeu
(2014)
Esse negócio de sósia
A distribuir bananas
É duro tal qual ardósia
Pode até ser desumana
Sei que isso é gozação
No Palácio Coliseu
O Congresso disse não
Mas o governo cedeu
(2015)
Mas a mídia merece
Por conta dos competentes
De nossa gente uma prece
Pra afastar deprimentes
Que gostam de corrupção
Que nos governos nasceu
O Congresso disse não
Mas o governo cedeu
(2016)
O bom é dar o desprezo
Que por demais merecido
E que não fique surpreso
Dono de mídia falido
E cobrar sem devoção
Pro erário o que é seu
O Congresso disse não
Mas o governo cedeu
(2017)
Tem empresário devendo
Imposto bem atrasado
Não recolhe está retendo
O dinheiro descontado
Sem haver qualquer razão
Pois assim enriqueceu
O Congresso disse não
                                                   Mas o governo cedeu        
(2018)
E isso é grande crime
Apropriação indébita
E que pra logo se intime
Dessa roubada não inédita
E que prenda de roldão
Seja católico ou ateu
O Congresso disse não
Mas o governo cedeu
(2019)
Quando do erário se rouba
O buraco é dos pobres
Enquanto o rico se esnoba
E dão as cartas de nobres
Está faltando ambição
Do país de filisteu
O Congresso disse não
Mas o governo cedeu
(2020)
O orçamento brasileiro
É um balaio de gato
Todo ano faz festeiro
Tem muito cara gaiato
Que com toda precisão
Num ambiente de breu
O Congresso disse não
Mas o governo cedeu
(2021)
Agora vão acabar
Com uma porção de fundos
Querem dinheiro sacar
Pra gastar com vagabundos
Cuja grana é ficção
Não existe, escafedeu
O Congresso disse não
Mas o governo cedeu
(2022)
Dinheiro só no balanço
Não existindo o papel
Esse furo não alcanço
Foi tudo Papai Noel
Ou levaram de arrastão
Quem sabe algum galileu
O Congresso disse não
Mas o governo cedeu
(2023)
Tanto que para sacar
O Banco Central terá
De títulos fabricar
E também negociar
Botando lá no pregão
 Esse o povo já perdeu
O Congresso disse não
Mas o governo cedeu
(2024)
Aumentando o circulante
Nossa dívida também
Assim não se vai avante
Não tem talvez nem porém
Devemos ter aversão
A quem nisso nos meteu
O Congresso disse não
Mas o governo cedeu
(2025)
Tem fundo pra todo gosto
Até de órgão gigante
Que foi tirado do imposto
Excessivo, extravagante
Roubando do cidadão
Que sem defesa gemeu
O Congresso disse não
Mas o governo cedeu
(2026)
Se um fundo foi criado
É claro tem sua origem
Não pode ser apagado
Nem escapar de vertigem
Pois houve capitação
Ou talvez alguém roeu
O Congresso disse não
Mas o governo cedeu
(2027)
Mas a trinca do barulho
Continuando afinada
Só pode gerar entulho
Ou mesmo uma derrocada
É preciso precaução
Não merece jubileu
O Congresso disse não
Mas o governo cedeu
(2028)
Estou notando que aos poucos
Amigos vão se afastando
Alguns com discursos loucos
Muita coisa tão manjando
E todos de pés no chão
Muita gente percebeu
O Congresso disse não
Mas o governo cedeu
(2029)
Presidente em Mossoró
No Rio Grande do Norte
A governadora é nó
No Senado foi de morte
Pois fez muita confusão
Com seu grupo arremeteu
O Congresso disse não
Mas o governo cedeu
(2030)
E naquele município
Que é grande e muito lindo
Mas eu penso por princípio
E muitas vezes sorrindo
Não sei se sobra razão
Mas o Haddad lá venceu
O Congresso disse não
Mas o governo cedeu
(2031)
Além disso a Senadora
Grande doutora Zenaide
Tem uma metralhadora
Deseja o “homem” na lápide
Já conheço seu refrão
Parece que se ofendeu
O Congresso disse não
Mas o governo cedeu
(2032)
Pode ser uma estratégia
Pra angariar simpatia
Pode ser boa, até régia
Ou alguma alegoria
Mas o povo do Sertão
Ainda não renasceu
O Congresso disse não
Mas o governo cedeu
(2033)
Três senadores do Estado
Dois se declaram contrários
Ao presidente empossado
Claro que não são otários
E falam com emoção
Mas nunca me convenceu
O Congresso disse não
Mas o governo cedeu
(2034)
Digo que no meu pensar
Os do contra são depois
Não se pode recusar
Nosso feijão com arroz
Mas a vez da oposição
Vai chegar, não pereceu
O Congresso disse não
Mas o governo cedeu
(2035)
Nos dezenove bilhões
Que dos trinta retalhado
Já tem muitos espiões
Pro dito ser relatado
O Senado é alçapão
Tem gente que envelheceu
O Congresso disse não
Mas o governo cedeu
(2036)
Até o muda Senado
Que é uma turma de trinta
Já se sente ameaçado
Com a promessa que pinta
Isso é contradição
Que também não convenceu
O Congresso disse não
Mas o governo cedeu
(2037)
Mas Alcolumbre deseja
Punir quem dele discorda
Por isso que já moureja
Destruindo pela borda
Mandando pra comissão
Quem dele não dependeu
O Congresso disse não
Mas o governo cedeu
(2038)
E na Comissão de Ética
O sujeito vai sofrer
Uma coisa sem estética
Que só vai favorecer
A quem dele for babão
Ou que já retrocedeu
O Congresso disse não
Mas o governo cedeu
(2039)
Causa nojo essa costura
Plena de engendramento
Está faltando lisura
Acaba o deslumbramento
Pra mim isso é agressão
Muita gente percebeu
O Congresso disse não
Mas o governo cedeu
(2040)
Daqui vou me despedindo
Estou farto de mentira
O mundo se destruindo
Só um doido se delira
Não aguenta meu culhão
Que inda não esmoreceu
O Congresso disse não
Mas o governo cedeu
(2041)
Talvez eu volte algum dia
Pois estou de saco cheio
Rezando uma Ave Maria
E Pare Nosso no meio
Pra merecer um perdão
Do povo que já me leu
O Congresso disse não
Mas o governo cedeu
 
CORDEL - O que eu quero pro futuro do Brasil – Continuação - 10.03.2020 (PRL)
 
 
(2042)
Em votação no Congresso
A farra da dinheirama
Dificuldades não meço
Muita gente só quer fama
O Bolsonaro pediu
Para que não fosse votado
O projeto que expediu
Mesmo depois de acordado
(2043)
Na sessão hoje marcada
O quórum não foi legal
Teve de ser adiada
Por questão regimental
Ainda tem muito veto
Pra confirmar ou cair
Mas se for voto secreto
A coisa pode implodir
(2044)
Agora virou rotina
Adiar muitas sessões
A prática nos ensina
Porquanto existem senões
Mantendo o mesmo painel
De presença proutro dia
Isso é muito cruel
Pode virar anarquia
(2045)
Porque deve ser zerado
Para não haver imprevisto
E alguém ser prejudicado
O que seria sinistro
As coisas têm de ser claras
Sem nenhuma enrolação
A ferida sempre sara
Sem queimar a votação
(2046)
Se o PT foi à França
Pra receber homenagem
Parece que deu lambança
Foi aquela fuleiragem
O Mito foi para América
Um país amigo nosso
Onde se valoriza ética
E não aqui nesse troço
(2047)
A viagem de improviso
Teve até bom resultado
O Trump muito conciso
E também retemperado
Os acordos discutidos
Pra ajudar nosso Brasil
Que ninguém fique iludido
Porque o mundo inteiro viu
(2048)
A prisão do Ronaldinho
O Gaúcho do Rio Grande
Causou muito burburinho
E logo a mídia se expande
Com seu passaporte falso
O ex-atleta se ferrou
Policiais no seu encalço
A liberdade acabou
(2049)
Essa coisa tá difícil
E ninguém sabe entender
Qual foi o seu artifício
Para nos surpreender
Porque com tanto cartaz
Vivendo como nababo
Essa brincadeira faz
Com o cunho do diabo
(2050)
Do dinheiro tem fortuna
A fama só prosperou
No campo deixou lacuna
Com seus dribles encantou
Tinha passe em precisão
Para o melhor colocado
Era grande solução
Com o gol escancarado
(2051)
Um ídolo de primeira
Aqui e no exterior
E sempre na dianteira
Um soberbo jogador!
Que de repente se mete
Nessa grande emboança
Perdendo todo confete
Para sair da lembrança
(2052)
O seu irmão, que eu não conheço
Também está no xodó
Mas eu daqui me esmoreço
Não fui criado com vó
Também foi pro xilindró
Por conta do passaporte
Essa coisa vai dar nó
Confesso fiquei sem norte
(2053)
Quem sabe, são inocentes?!
Entraram numa armadilha?
Ou seriam tão dementes?
Ao não manjar tantas trilhas!
Mas logo no Paraguai
Que do povo tem lorotas
E que produtos atrai
E tem coisas muito tortas
(2054)
No dia 15 de março
Vai haver manifestação
Mas não contem com o Tasso
Um homem de opinião
O movimento é gigante
Talvez de desilusão
Pois o vírus infestando
Ademais toda a nação
(2055)
Mas na minha opinião
Já não vale mais tentar
É que essa oposição
Está querendo tomar
O lugar do nosso Chefe
Que ganhou com muita garra
E que não vai aceitar blefe
E vai enfrentar na marra
(2056)
A oposição brasileira
Está pegando pesado
Isso pra mim é asneira
Da Câmara e do Senado
Falando grosso demais
Esculachando o tal mito
Isso é ruim não se faz
Querendo ganhar no grito
(2057)
Hoje em qualquer dos canais
De nossa televisão
Alguns pobres imorais
Denigrem nossa nação
Numa cantiga orquestrada
A mando não sei de quem
Essa gente descarada
Não deseja o nosso bem
(2058)
As entrevistas guiadas
Com uma grave intenção
De ruir a pátria amada
Isso é poluição
Quem do país fala mal
Ou contribui pra falar
Parece com marginal
Que nada tem pra nos dar
(2059)
E no centro do poder
Cercado de general
Que já não querem saber
De ato institucional
Porque se gritar, os caras
Acovardam-se ligeiro
Tudo debaixo de varas
Mesmo sendo passageiro
(2060)
Mas foram os militares
Que fizeram a abertura
Pois apesar dos pesares
Acabou com a ruptura
E deu vez a todo mundo
Liberou todos partidos
Até mesmo vagabundo
Alguns até esquecidos
(2061)
Interessante na China
Nascedouro do problema
A doença não fascina
Logo acabam o dilema
Mas no Brasil é notícia
Durante todos os dias
Talvez seja até fictícia
Rezem dez Aves Marias
(2062)
Há muita gente falando
Que nossos Governadores
Contra o governo lutando
Querendo ser os atores
Vão todos baixar decreto
Vetando “concentração”
Mas esse assunto é secreto
E nele não meto a mão
(2063)
Tem até Governador
Que suspendeu todas aulas
Isso pra mim é horror
Língua, por que não te calas?
Um boato até correu
Contra o nosso Presidente
Que por sorte não morreu
Dos golpes dum inocente!!!
(2064)
Estou ficando intrigado
A facada foi primeiro
O mato muito queimado
Aquele óleo certeiro
Derramado no oceano
Pra poluir nossas praias
Salvante melhor engano
Produzido por gandaias
(2065)
Mas o tempo vai passando
O governo titubeia
Com três homens governando
Isso muito me encandeia
Fico cego e nada vejo
A oposição sem proposta
No passo do caranguejo
E nem merece resposta
(2066)
Quem só sabe criticar
Nada constrói de valor
Pois do poder quer tirar
Como se fosse impostor
Pode até não ser melhor
Mas ladrão já nos mostrou
Que nunca será o pior
Mesmo pra quem não gostou
(2067)
A gastança começou
Sem zelo e sem qualquer plano
Ao Deus dará, professor
Nem tente que não me engano
O quadro que estão pintando
Parece de mal agouro
Tem muita gente adorando
Vão torrar o nosso ouro
(2068)
Tem gente ganhando muito
Com a moeda estrangeira
Mas eu segui meu intuito
A Bolsa na bagaceira
E daqui logo pergunto
O Guedes perdeu dinheiro?
Mas eu juro de pés juntos
Deposita no estrangeiro
(2069)
As reservas brasileiras
Eram 500 bilhões
Mas de todas as maneiras
Sempre as nossas decisões
São pra torrar o dinheiro
Principalmente os vilões
Disso sempre sinto cheiro
É de cortar corações
(2070)
Aliás tive pensando
Que talvez ditas reservas
Que de pouco vão gastando
Quando muito se preserva
E servem de garantia
Mas aqui estão usando
Pra segurar burguesia
Com muita grana ganhando
(2071)
Está passando da hora
Desse governo engrossar
Não se aguenta essa demora
Tem medidas pra tomar
Por decreto decidir
Dissolver alguns partidos
Que só sabem iludir
E já estão corroídos
(2072)
Permitir candidatura
Isolada, pessoal
Acabar essa cultura
Fidelidade é normal
E não liberar bancada
Pra votar como quiser
Pois a turma mascarada
Vai vivendo de aluguer
(2073)
O Bolsonaro falou
Que na eleição de dezoito
Houve fraude sim senhor
Mas um alguém muito afoito
O resultado mudou
Ganhou no primeiro turno
Mas um esperto fraudou
Num roubo muito soturno
(2074)
Querem então que ele prove
Palavra de Presidente
Não vai ter prova dos nove
Sua fala é consistente
Na presunção da verdade
Não pode ser diferente
Essa gente com maldade
Dá uma de incompetente
(2075)
Voto tem de ser impresso
Pra certeza do eleitor
Aliás nosso Congresso
Uma lei até votou
No Brasil quem cumpre lei
Nosso pobre sofredor
Mas aqui não acusei
O danado do assessor
(2076)
A FIFA já adiou
Os jogos da seleção
Pois o vírus dominou
Todo mundo de plantão
Qualquer doença é fatal
A virose predomina
E mandam pro hospital
Logo virou pantomi 
(2077)
Esse vírus é antigo
Já houve em anos sessenta
Matou muita gente eu digo
Quando chega faz tormenta
O melhor é prevenir
E nunca facilitar
Mas todos hão de convir
Não precisa se exaltar
 CORDEL – O que eu quero pro futuro do Brasil – Continuação – 20.03.2020 (PRL)
(2078)
Foi um caso imprevidente
Pois o povo resolveu
Não atender o Presidente
Que dessa vez se perdeu
E muita gente na rua
Mandando mais um protesto
Sem violência e na sua
Foi bonito o manifesto
(2079)
Penso que houve um ardil
Pra desanimar o povo
Vá pra puta que o pariu
Para um fiasco de novo
A polícia andou prendendo
Por ordem de governantes
Que vão-se contradizendo
São fortes como elefantes
(2080)
O próprio Jair, messias
Ajuntou-se à multidão
Fazendo estripulias
Com cara de meninão
Apertou a mão da galera
Bateu fotos pra valer
Mas o que dele se espera?!
Dum homem que quer vencer
(2081)
Essa tal proibição
De certa forma orquestrada
Pra desviar o povão
Duma festa já marcada
Por conta duma virose?!
Que da China se importou
O Brasil todo se move
Por trama dum impostor
(2082)
Doutor Ronaldo Caiado
Governador de Goiás
Ficou demais irritado
Deu um show não contumaz
Bradou contra a multidão
Querendo paralisar
Toda essa concentração
Do goiano popular
(2083)
O mundo ficou parado
A choradeira é geral
Eu posso até ser ferrado
E conceber esse mal
Estou na linha de risco
Mais pra lá do que pra cá
Não posso comer marisco
Nem também maracujá
(2084)
O Coronavírus novo
Mata até dizer um basta
Tem perigo até no ovo
Que na doença contrasta
O número de infestados
Já passava de duzentos
Muitos deles internados
Nos seus próprios aposentos
(2085)
O país está em pânico
Tá todo mundo assombrado
Tem muito jornal satânico
Pra derrubar nosso Estado
Com mentiras e xavecos
E gente sem expressão
Que parecendo bonecos
Gostam de contradição
(2086)
Nas ruas o que parece
É que estamos em “Finados”
E nada nos apetece
São muitos os aloprados
As escolas liberadas
As faculdades também
Pra matar essa charada
Não posso eu nem mais ninguém
(2087)
Até mesmo o futebol
Tapeação para os pobres
No canto do rouxinol
Vai servindo para os nobres
Parado em todo o planeta
O mundo virou doidice
Mais uma triste faceta
Ou uma grande burrice
(2088)
O Senado Federal
Em decisão escondida
Achando tudo normal
Agora deu investida
Pra votar pela internet
As leis e qualquer medida
Rápido como foguete
Com medo da recaída
(2089)
A Câmara se prepara
Para seguir esse exemplo
Dentro de sua seara
O Maia manda no templo
O Supremo já faz isso
Solta até preso corrupto
Por falta de compromisso
Ficando um sistema abrupto
(2090)
Já pensaram por acaso
Pra tirar o Bolsonaro
Que fica longe do ocaso
Essas coisas que reparo
Vai ser uma presa fácil
Na vontade dos algozes
Tem gente que lá é grácil
E por vezes tão ferozes
(2091)
Acabei de perceber
Que o Presidente falou
Que está havendo histeria
Muita gente concordou
Mas depois pediu ao Maia
 “Calamidade” por favor
Pra liberar o orçamento
Todo o Congresso gostou
(2092)
Podem gastar à vontade
Ultrapassando os limites
Não roubem, por caridade
Senão daqui dou chiliques
E num tempo de eleição
O dinheiro corre solto
O tutu entra num ralo
E vai saindo por outro
(2093)
O poder executivo
Sem cometer crime algum
Poderá fazer a farra
Gastando com qualquer um
Fazendo até pedalada
A porteira foi aberta
Esse Brasil né de nada
A todos nós desconcerta
(2094)
Mas uma boa pedida
Adiar as eleições
Pra luta ser mais renhida
Penso cá com meus botões
E somente em vinte e dois
A disputa ocorreria
A vingança vem depois
Acabando essa histeria
(2095)
A Janaína Pasqual
Uma das grandes juristas
Fez um discurso tão mal
Que ajudou aos esquerdistas
Quer afastar o tal mito
Para que assuma o Mourão
Um homem de gabarito
E traidor não é não
(2096)
Conhece da hierarquia
Sempre a seguiu com rigor
Não descamba pra anarquia
Sendo um homem de valor
Mas ela então que se cuide
E que não entre na treita
Pois seu prestígio amiúde
Vai derrocar na colheita
(2097)
Ou será que ela pensando
Que ganhou por seu prestígio
Pois o povo consagrando
Logo depois do litígio
Que dona Dilma afastou
E por grande maioria
O seu mandato cassou
Naquela imensa euforia
(2098)
Tô com pena dos idosos
Condenados à prisão
Sem poder sair do lar
Tá pior do que ladrão
Que consegue um alvará
Nossas ruas tão desertas
Só aparece gambá
Pra levar as coisas certas
(2099)
Tanto não podem sair
Como receber visitas
Então vão se consumir
Essas coisas esquisitas
As potências vão falhando
Esse vírus não domina
O mundo tá se acabando
Não sei se veio da China
(2100)
Vai ter dinheiro de rodo
Pra gastança sem igual
Mexendo no povo todo
Pior do que carnaval
Tal emenda dos bilhões
Pode até ser arquivada
Levantem seus pavilhões
Vão torcer na arquibancada
(2101)
Ando bem desconfiado
Que esse todo burburinho
Com o governo atolado
Perdido em meio ao caminho
Vai gerar CPMF
Dinheiro para a saúde
Dou minha cara a tabefe
A crise tem magnitude
(2102)
O ministro Paulo Guedes
Penso que ficou perdido
Até em quatro paredes
Já perdeu todo sentido
Nada do que faz prospera
Coisa pra remediar
Algumas que são quimeras
Não se pode incrementar
(2103)
As reformas aprovadas
Que teriam o condão
De brecar as derrocadas
Que causaram na nação
Parece não deram certo
Só provocaram tumulto
O país ficou deserto
Alguns tomam como insulto
(2104)
Apostar num homem só
Não é de bom pensador
Tem momentos que dá dó
Que pode ser um favor
Inda há tempo de estornar
Alguma medida estranha
Onde que vamos parar?!
Talvez em teia de aranha
(2105)
Desta vez o panelaço
Está sendo revertério
Até em terra do cangaço
De encomenda e sem critério
Relembra o tempo da Dilma
Que do cargo foi chutada
Tá aí a TV que filma
No bolso da “petezada”
(2106)
E por falar em TV
A CNN inaugurou
Uma festa pra valer
Que todo mundo esperou
Emissora de prestígio
Muitos nomes de valor
Para nós sempre um prodígio
Valei-me Nosso Senhor
(2107)
Confesso de minha parte
Claro que me confundi
Ao ver tanto baluarte
Parece que a Globo eu vi
Só mudou mesmo o prefixo
Mas as caras são as mesmas
Eu beijei meu crucifixo
Quando olhei aquelas lesmas
(2108)
O governo está cercado
Será difícil sair
É gente pra todo lado
A gritar, mesmo latir
O dinheiro dos escândalos
Ainda tem muita força
Está no poder de vândalos
Que a história não se torça
(2109)
Falta dois anos e meio
Pra terminar o mandato
E daqui tenho receio
Não gosto de desacato
Mas as coisas mudarão
Se derrogar as medidas
Fechando os olhos então
Para enterrar as feridas
CORDEL – O que eu quero pro futuro do Brasil – Continuação – 25.03.2020 (PRL)
CORDEL – O que eu quero pro futuro do Brasil – Continuação – 25.03.2020 (PRL)
(2110)
O governo do país
Está mal orientado
Com tanta gente importante
Está errando um bocado
E tem tanto General
Técnicos que sabem tudo
Mas a máquina vai mal
Com seus erros cabeludos
(2111)
O presidente também
Tem hora que é menino
E naquele vai não vem
Facilita ao libertino
Perguntar muita leseira
Cheio de mal intenção
E daí lá vem asneira
Por conta da redação
(2112)
Com tantos auxiliares
Procurador, Advogado
Contadores basilares
Que recebem seus trocados
Que não sabem redigir
Nem Medida Provisória
E o Presidente a cair
Não havendo escapatória
(2113)
No caso da suspensão
De contato de trabalho
Complicou o cidadão
Que ficou sem assoalho
Perder renda ninguém pode
A coisa tá muito feia
Vai passar a comer bode
E perder seu pé de meia
(2114)
Foi erro de redação?!
Que mentira deslavada
Povo pobre, povo anão
E pensar era escolada
E só falta contratar
Um autêntico ao PT
Pra escrever ou ditar
As medidas pra valer
(2115)
Porque nessa seleção
De ministros muito boa
Tem sido uma negação
Porque sempre alguém destoa
Para mi somente uns sete
Merecem estar no cargo
Alguns não têm cacoete
Aqui falo sem embargo
(2116)
O Maia deu seu palpite
Dos gastos com a desgraça
Deu um chute de rebite
Sempre na base da traça
Quer 400 bilhões
Pra gastar só com o vírus
Faz todos de bobalhões
Sejam quais forem seus “miros”
(2117)
Como que ele calculou
Com essa pressa todinha
Um dinheiro que sonhou
Eu me calo, estou na minha
Estou cheio de vergonha
Esses caras só pensando
Que dinheiro é cegonha
Que pro bolso vai voando
(2118)
A primeira providência
Não gosto de ditadura
Mas seria pertinência
A mudança de postura
Esse Estado de Defesa
Está passando da hora
E com toda essa leveza
Não aguenta mais demora
(2119)
Nosso povo está recluso
O vírus só não é causa
Pois o roubo está profuso
A violência sem pausa
Mas se esse povo sair
Em revolta pelas ruas
Pra poder subsistir
E acabar com falcatruas
(2120)
Muita gente só votou
No caso do Bolsonaro
Pensando que esse Senhor
Contivesse mais preparo
E na hora dessa zorra
Desse um grito de basta
E dominasse essa porra
Dos ladrões prendesse a casta
(2121)
Endurecendo o regime
Adiando as eleições
Ao criminoso reprime
Para dar novas lições
E com o país nos eixos
Por uns três a quatro anos
Seria um murro nos queixos
Dos que levam desenganos
(2122)
A coisa ficou invertida
Para baixar um decreto
Tem de fazer a descida
E de ser muito discreto
Implorar aos deputados
Quando o certo é o contrário
Você faz e os enrolados
Vetam ou são solidários
(2123)
É triste votar num cara
Mas um outro governar
Quando essa merda escancara
Não se tem mais jeito a dar
Nosso Chefe abriu a guarda
E deu tudo de colher
O povão não mais aguarda
Pense lá o que quiser
(2124)
Eu não sei qual o pecado
Que esse Mito deve ao Maia
Confesso-me encabulado
Se fosse ao menos de saia
Esse farto corpulento
Que conduz esse cabresto
Que mantém o seu intento
Para um lado tão funesto
(2125)
Pois o Maia tá querendo
O governo abiscoitar
Lá do Rio vai dizendo
Ter tudo pra governar
E tem mesmo muito jeito
 Em pingo d’água dá nó
Vai imprimindo respeito
Por vezes de fazer dó
(2126)
Mas escapou dos processos
Das garras do doutor Moro
E vem fazendo sucessos
Sem querer lamento e choro
Pode anotar seu doutor
Que ele só vai reverter
A postura que emplacou
Quando a coisa endurecer
(2127)
Porém antes mesmo de tudo
Vai tentar de todo jeito
Num esquema cabeludo
E cheio de preconceito
Impedir o Presidente
Pelo voto virtual
Isso tudo a gente sente
E refletir não faz mal
(2128)
Na verdade, estou sentindo
Que da turma do apoio
Poucos estão insistindo
Continuar nesse aboio
E ninguém nem mais defende
Se esquecendo da eleição
Isso pra mim tanto ofende
Esquecer quem deu a mão
(2129)
O que vemos hoje em dia
É o Dória dominando
Toda e qualquer freguesia
Sua campanha mirando
E junto com o do Rio
Forma uma força gigante
Eu não sei se falta brio
Mas seu poder é possante
(2130)
Mas Dória inteligente
Conseguiu por liminar
Dum ministro inconsciente
A dívida não pagar
Então cantando de galo
Virou galã de TV
Sua campanha no embalo
Certamente vai crescer
(2131)
Não adianta falar grosso
E logo depois miar
Pois enxergamos um poço
Mas não sabemos nadar
Doutor Maia resolveu
Fazer um novo orçamento
Pra Câmara remeteu
Eita cara de talento
(2132)
Nosso gasto crescerá
Donde tirar mais dinheiro?!
Pois o cofre vai secar
De gastar com o boleiro
Nesse clima de agonia
Cada qual querendo um taco
Isso tudo é heresia
O que me resta é um caco
(2133)
Nossa Bolsa de Valores
Que a classe média faliu
Pois confiou nos pendores
Dessa gente varonil
De outro lado os ricaços
Compraram Dólar mais Euro
Para os pobres um cagaço
Que procure logo um neuro
(2134)
Nessa crise da doença
O comércio se aproveita
Porque de Deus perde a crença
Vai fazendo sua treita
Os preços vão aumentando
Sem motivos aparentes
O PROCON nem tá ligando
Um bando de incompetentes
(2135)
O álcool-gel disparou
Pobre não pode comprar
Ficou caro, nesse horror
As usinas vão parar?
Máscaras no mesmo passo
Difícil aquisição
Esse Brasil do cangaço
Não pode dar certo não
(2136)
A propaganda dispara
No rádio e televisão
Não é barata, é cara
Não ajuda ao cidadão
Porque só diz uma coisa
Usar água com sabão
Já preparei minha lousa
Perdi a pele da mão
(2137)
E dentro de poucos dias
Até água vai faltar
O sabão já nem se fala
Decerto vai aumentar
E volta pro sabonete
Somente para esnobar
Será esse o tirinete
Ninguém queira duvida
(2138)
Sobre o tal do panelaço
Comandado por alguém
Que na desgraça um palhaço
Não sei por amor a quem
Decerto que é revide
Pra mostrar quem tem poder
Porque ao nosso povo agride
Mandam todos se foder
(2139)
Os contrários conseguiram
Tumultuar a nação
Na anarquia imprimiram
Toda essa esculhambação
Daqui pra frente não nego
Nem imagino o futuro
No peito meu Deus carrego
Enxergo tudo no escuro

 Por falta de habilidade – A Rede Globo venceu – 26.03.2020 (PRL)
(2140)
Um assunto previsível
Desde o tempo da eleição
Um inimigo plausível
Parecendo um tubarão
Empestou toda a cidade
Toda a causa derreteu
Por falta de habilidade
A Rede Globo venceu
(2141)
Quando de tempos atrás
Divulgava dados falsos
Retirando do rapaz
Da corrida, com seus passos
Sem qualquer necessidade
Para apoiar tanto breu
Por falta de habilidade
A Rede Globo venceu
(2142)
Desde a posse do novato
Uma arapuca se armou
Pra tirar o seu mandato
Muita gente se juntou
Mas alguns por falsidade
Na corrente se meteu
Por falta de habilidade
A Rede Globo venceu
(2143)
E julgando estar bem forte
Com apoio popular
Desde que sofreu o corte
Julgava fosse esnobar
E com que facilidade
O seu prestígio encolheu
Por falta de habilidade
A Rede Globo venceu
(2144)
Primeiro os governadores
Do Nordeste, em profusão
A defender impostores
Pra não falar de ladrão
Em plena calamidade
Sua patota espremeu
Por falta de habilidade
A Rede Globo venceu
(2145)
E foi perdendo terreno
Ao redor só deu traíra
Gente de muito veneno
Que pro governo atraíra
Com muita sagacidade
Inda tentou, mas não deu
Por falta de habilidade
A Rede Globo venceu
(2146)
No presente burburinho
Dessa peste descabida
Bolsonaro está sozinho
E parece na descida
O Mourão na autoridade
De repente apareceu
Por falta de habilidade
A Rede Globo venceu
(2147)
Disse o Mourão à imprensa
Que a fala do presidente
Só representa o que pensa
Mas de um homem somente
Mas não faltou lealdade
Muita gente entristeceu
Por falta de habilidade
A Rede Globo venceu
(2148)
Pois em momentos de crise
O vice jamais falou
Porque pra mim é deslize
Pra não dizer um horror
Ele tem fidelidade
E jamais comprometeu
Por falta de habilidade
A Rede Globo venceu
(2149)
Alguém pode deduzir
Que nem nossos militares
Ao governo quer seguir
Isso que ficou nos ares
Sem haver cumplicidade
Ao brasileiro fodeu
Por falta de habilidade
A Rede Globo venceu
(2150)
E com isso demonstrou
Que sabe manipular
As cabeças com primor
Ninguém pode duvidar
Ela é sua majestade
E se julga no apogeu
Por falta de habilidade
A Rede Globo venceu
(2151)
Clima em desobediência
Tendente a guerra civil
Tudo agora é turbulência
Afundaram o Brasil
É preciso claridade
Pois a coisa então fedeu
Por falta de habilidade
A Rede Globo venceu
(2152)
Só lhe resta nesta hora
Tomar severa atitude
Endurar sem mais demora
Seria grande virtude
Dizer pra comunidade
O dinheiro no liseu
Por falta de habilidade
A Rede Globo venceu
(2153)
E prorrogar os mandatos
De Prefeito e vereador
De todos os municípios
Que não seria um favor
E com muita agilidade
Em sendo rico ou plebeu
Por falta de habilidade
A Rede Globo venceu
(2154)
Esse clima de princípio
Vai reverter o problema
E sem causar precipício
Ficará dentro do esquema
Acaba a barbaridade
Do Fundão que renasceu
Por falta de habilidade
A Rede Globo venceu
(2155)
É claro ganhei meu voto
Mas perdi um cidadão
Que ficou num maremoto
Sem apoio dum cristão
Recorro por caridade
Pegou a isca e roeu
Por falta de habilidade
A Rede Globo venceu
(2156)
O Dória agora é artista
E da mídia se apossou
Segundo algum analista
A todos já enrolou
E pensa ser a beldade
Carregando o jubileu
Por falta de habilidade
A Rede Globo venceu
(2157)
A inflação que teremos
Nos anos que vão seguir
Baterá todos extremos
A riqueza vai fugir
Foi tanta velocidade
Que o olho grande cresceu
Por falta de habilidade
A Rede Globo venceu
(2158)
Nos tempos do Villas Boas
O rumo tocava assim
Sem entrar nessas canoas
Do pior e do ruim
Sua credibilidade
O seu grito estremeceu
Por falta de habilidade
A Rede Globo venceu
(2159)
No discurso doutro dia
Não gostei do conteúdo
Porque minha mãe dizia
Você tem de ser raçudo
Não gosto de ambiguidade
E nem sou algum europeu
Por falta de habilidade
A Rede Globo venceu
(2160)
O Bolsonaro lutava
Pro pânico amenizar
A economia fechada
Sem poder funcionar
Tem gente com falsidade
Assim como fariseu
Por falta de habilidade
A Rede Globo venceu
(2161)
Pretendia liberar
Um pouco da mão de obra
Para o país não parar
Pois muita gente de sobra
Não é isso atrocidade
Mas o clima já ferveu
Por falta de habilidade
A Rede Globo venceu
(2162)
Ninguém morre mais de nada
Só do vírus que chegou
De câncer, rim, coração
Pois a doença abarcou
Provocando ansiedade
O ladrão já se escondeu
Por falta de habilidade
A Rede globo venceu
(2163)
Aqui no nosso Recife
Acaba de falecer
Um homem não um patife
Quando acaba vão dizer
Não mintam por caridade
O senhor muito viveu
Por falta de habilidade
A Rede Globo venceu
(2164)
E também andam falando
Que muitos já se curaram
É conversa de malandro
Foi pra mentir que juraram
Se não sabe a validade
Nem vacina apareceu
Por falta de habilidade
A Rede Globo venceu
(2165)
Eu daqui falo de leigo
Porque de nada estudei
Não me escrache que sou meigo
Pois erro muito bem sei
Não tenho praticidade
E não falo como ateu
Por falta de habilidade
A Rede Globo venceu
(2166)
O ministro Paulo Guedes
Abriu o chão se encantou
Ao parceiro Diomedes
Calado, silenciou
No Brasil muita maldade
Pro povo que padeceu
Por falta de habilidade
A Rede Globo venceu
(2167)
Não se sabe se retorna
Porque é muito guloso
Nenhum conflito contorna
Quando em terreno arenoso
Ao notar realidade
Das reformas que se deu
Por falta de habilidade
A Rede Globo venceu
(2168)
Quis mudar de uma vez
Os costumes arraigados
E sem qualquer timidez
Apelou pros deputados
E não deixará saudade
Pois a mim não convenceu
Por falta de habilidade
A Rede Globo venceu
(2169)
Ouvi na televisão
Disse uma pobre coitada
Da banda da oposição
Ela não sabe de nada
Com total sagacidade
O meu corpo estremeceu
Por falta de habilidade
A Rede Globo venceu
(2170)
E com cara de santinha
Se passa por entendida
A grana que ganha é minha
Para ser tão atrevida
Isso é pura crueldade
De gente que se escondeu
Por falta de habilidade
A Rede Globo venceu
(2171)
O maior antagonista
Do Governo Bolsonaro
É doutor Maia egoísta
Político de preparo
Que pede cumplicidade
Que essa nunca forneceu
Por falta de habilidade
A Rede Globo venceu
(2172)
Nosso sistema penal
Carece de novas crenças
A sacanagem legal
Protege até sem doença
Onde anda a seriedade?
Onde que prevaleceu
Por falta de habilidade
A Rede Globo venceu
(2173)
Acabaram de soltar
Com base na nossa lei
Que manda então relaxar
A prisão de quem foi rei
E como tal novidade
Ao Cunha favoreceu
Por falta de habilidade
A Rede Globo venceu
(2174)
Lamento tenha o Caiado
Governador de Goiás
Que era bom aliado
Do presidente capaz 
Que foi uma raridade
O seu protesto irrompeu
Por falta de habilidade
A Rede Globo venceu
(2175)
Então o governador
Foi amplamente vaiado
Sem medo e sem temor
Pelo seu povo arretado
E sem mais paternidade
Seu prestígio decresceu
Por falta de habilidade
A Rede Globo venceu
(2176)
Governantes de amargura
Mandam parar seus Estados
Diminuir a fartura
Pra cair os apurados
Numa severa maldade
É coisa de fariseu
Por falta de habilidade
A Rede Globo venceu
(2177)
Nesse tal Coronavoucher
Que seria de duzentos
Parecendo um deboche
Maia queria trezentos
Com sua paternidade
Mas o governo estendeu
Por falta de habilidade
A Rede Globo venceu
(2178)
E passou para seiscentos
Deu um rapa no Congresso
Pois tem muitos fedorentos
Que não desejam progresso
Mas por unanimidade
A promessa já se deu
Por falta de habilidade
A Rede Globo venceu
CORDEL – São muitas forças do mal – 01.04.2020 (PRL)
 
(2179)
Se mataram o Tancredo
E o Zavascki também
Não se revela o segredo
De quem só dá o que tem
Na lista faltava um
Que incomodava demais
Com uma facada e pum!
Num plano muito fugaz
(2180)
Até hoje não se sabe
Quem mandou assassinar
À polícia que só cabe
Esse crime desvendar
Mas não existe interesse
Deve ser gente graúda
Do soçaite e da finesse
Toda boca fica muda
(2181)
Muita gente andou dizendo
Claro, dessa oposição
Que foi do próprio atingido
Pra comover a nação
Assim num auto flagelo
Arriscar a sua vida
Numa ação sem paralelo
E também tão descabida
(2182)
Mas o certo é que escapou
E tocou sua campanha
A TV escanteou
Fugindo duma baganha
Nem precisou de debate
O povo compreendeu
Que a mídia não tem quilate
Pra oposição se pendeu
 
(2183)
A vitória foi cabal
Sem qualquer contestação
São muitas forças do mal
Que querem nova eleição
Alegando Fake News
Com o uso de robôs
Vá pra ponte que caiu
Quem a CPI impôs
(2184)
Muita gente cabisbaixa
Ante tamanha derrota
Quando recebeu a faixa
De gente não patriota
A inveja mata até
E machuca o coração
Tem gente que bate o pé
Por perdidas não se dão
(2185)
A morte de Marielle
Foi um assombro danado
Quando o crime não repele
Foi no governo passado
Pra descobrir esse evento
A solução mais viável
E com talvez cem por cento
A CIA recomendável
(2186)
Garanto que em quinze dias
Tudo seria apurado
Por conta das ousadias
Com ela não tem babado
O culpado vai pro pau
E vai cair do quiabo
Vai ser preso sem mingau
E vai chorar um bocado
(2187)
Teve até um deputado
Que fugiu pra Portugal
Ele que muito engendrado
Com essas forças do mal
Deixando em seu lugar
Um tão famoso suplente
Que não consegue apagar
O desgosto dessa gente
(2188)
Dizem que comprometido
Com aquelas gravações
Não sei nem faço sentido
Me meter em confusões
Fico na minha e normal
Só digo aquilo que sei
Tem muita gente do mal
Que se parece com rei
(2189)
Logo vieram as queimadas
Lá das terras da Amazônia
Dessa gente mal amada
Negócio da Babilônia
O dinheiro corre frouxo
E vence quem é mais forte
Tem de ter aquilo roxo
Ou então cagado de sorte
(2190)
Espalharam pelo mundo
Governo devastador
Querem o Brasil bem fundo
Pior do que o Equador
A intromissão foi geral
Na política local
Contra o país detonaram
Todas as forças do mal
(2191)
Falar mal do seu país
Aqui até se suporta
Mas lá fora, meretriz
Que é boa se comporta
É crime de traição
Deve ir para a cadeia
Sem qualquer contemplação
E tomar bem muita peia
(2192)
Teve até presidiário
Viajando em mordomia
Nesse tempo, perdulário
Por conta da burguesia
Só mesmo numa gangorra
Assim como no Brasil
Muita gente duma porra
Enche a cara num barril
(2193)
Espalharam dado falso
Das queimadas lá do Norte
Merecem um cadafalso
Para um castigo bem forte
Mas a justiça protege
Até quando assim quiser
Ao satanás e herege
Aguente-se quem puder
(2194)
Podem botar batalhões
Pra vigiar a Amazônia
Digo aqui com meus senões
E sem qualquer cerimônia
Não haverá quem impeça
A saída das riquezas
Da madeira ou qualquer peça
Do fundo, das profundezas
(2195)
O Brasil é impotente
Pra conter toda grilagem
De um modo diferente
Sem qualquer camaradagem
Pois a grana fala alto
E corre de mão em mão
Seja índio e até mulato
Por falta de coração
(2196)
A grande mata fechada
Com toda sua amplidão
Vai servindo de enxurrada
Para guardar corrupção
Coca e maconha escondida
Até no solo meu irmão
Com a gente desnutrida
Perto da destruição
(2197)
Precisamos duma lei
Seja da pena de morte
O meu apoio não darei
Pra criminoso de porte
Parar o seu terrorismo
Pois impera na república
E também com casuísmo
Fica daqui minha súplica
(2198)
Quem não se lembra do óleo
Que largaram pelas praias
Do Nordeste esse petróleo
Foram homens que nas baias
Deveriam se enterrar
Pra pagar pelos seus crimes
E muitas contas ajustar
Sejam quais forem seus times
(2199)
Afastou o veranista
Desse bem da natureza
Seja pequeno e/ou artista
Porque de muita beleza
Causou muito prejuízo
Aos cofres desses Estados
De governos indecisos
Muito mal assessorados
(2200)
O povo todo se uniu
Diante da barbaridade
Num esforço que partiu
Da solidariedade
E limpou o litoral
Com a cara e só coragem
Tem muita gente do mal
Que não quer camaradagem
(2201)
Até hoje ninguém sabe
De onde esse óleo veio
Ao culpado que se enrabe
E que tome bem no meio
Vá baixar em outras plagas
Seu malandro, vagabundo
Que morra repleto em chagas
Seu cachorro, triste e imundo
(2202)
E tudo veio ao normal
Os turistas retornaram
O prejuízo cabal
Nunca mais equilibraram
Mas o governo tão fraco
Sempre apela ao federal
Quando se reduz ao caco
Por essa gente do mal
(2203)
E as praias ressurgiram
Belas e tão formosuras
As mulheres imprimiram
No corpo suas posturas
Esnobando e sensuais
Com seus seios usurparam
Simpatias pessoais
Dos homens que deslumbraram
(2204)
A mala com cocaína
Levada por um corrupto
Que foi preso na faxina
Tão safado, tão abrupto
Pretendia incriminar
O cortejo oficial
O presidente enquadrar
Como se fora do mal
(2205)
É muita sem-vergonhice
Do bando de malfeitor
Que Deus queira na velhice
Pague com todo rigor
Mais uma vez o direito
Que supera com razão
Não há crime tão perfeito
Que não deixe rastro então
(2206)
Até mesmo a nossa mídia
Andou querendo enquadrar
Nesse clima de perfídia
Para o homem derrubar
O complô é muito vasto
É assim quase geral
Mande essa gente pro pasto
Porque só pensa no mal
(2207)
Candidaturas fantasmas
Do partido vencedor
Foi mesmo como que plasmas
Na época pouco ligou
Porém nomeou pessoas
Que malfeitos praticaram
Atitude que ressoa
Pois o balaio sujaram
(2208)
Tempo teve, mas não fez
Apostou no que não disse
E talvez por timidez
Esperou que se traísse
Foi um dos poucos enganos
Mas o governo seguiu
No moral e sem os danos
Mais uma crise sumiu
(2209)
Outra falha clamorosa
Foi sair de seu partido
Pois com um pouco de prosa
Teria então resistido
E com grande liderança
Tocava o barco pra frente
Livrando-se da emboança
Bem forte e tão reluzente
(2210)
Ao fundar a nova sigla
O caminho atrapalhou
Vamos ver se os bons migram
E mudam também de cor
Acho que foi infeliz
Ao preferir trinta e oito
Pois tal número condiz
Com um cara bem afoito
(2211)
E talvez nem tenha tempo
Pra poder se organizar
E fique tudo a destempo
Para eleição disputar
Depende do Tribunal
Que até pode amenizar
Há muita gente do mal
Que só deseja emperrar
(2212)
Veio esse Coronavírus
Que começou lá na China
Já estou maluco e me piro
Com essa carnificina
Governantes enturmados
A decretar quarentena
O povo embaraçado
Sem trabalhar, uma pena
(2213)
O do Rio tem anseio
De ser nosso presidente
O Jair foi seu esteio
Pra ficar tão sorridente
E depois que se elegeu
Derrubou toda barraca
Nem sequer agradeceu
Não merece uma pataca
(2214)
Sim porque voto não tinha
Foi guindado de favor
Juiz de primeira linha
Mas sem voto do eleitor
E recebeu muita ajuda
Do provável vencedor
Que foi deveras graúda
Esse cara é um temor
(2215)
Prega a insurreição
Do povo contra o poder
Desmantelar a nação
Não é esse seu dever
É caso de GLO
Pra botar tudo nos eixos
Pois o país é um só
Não se ligue para o Freixo
(2216)
O de São Pulo também
Segue na mesma trilha
E todos no mesmo trem
Que por certo descarrilha
Porque também no Nordeste
A cantiga se repete
E por demais que se investe
Levará sempre bufete
(2217)
Veio esse grande Fundão
Com as emendas forçadas
É dinheiro de roldão
As finanças desmontadas
Arrombaram com as bolsas
De valores pelo mundo
Um bando de calças frouxas
E de muito vagabundo
(2218)
Foi uma grande mancada
O país negociar
Uma cifra tão pesada
Pro político gastar
E com Maia tudo passa
Pois resolveu inventar
Com a verba tão escassa
Onde que vamos parar!
(2219)
A mídia que está cobrando
Uma maior rapidez
Pro “voucher” logo ir pagando
Tá havendo timidez
De onde virá o dinheiro
Vem a pergunta do dia
No caixa só tem palheiro
Pois gastou na burguesia
(2220)
O Maia quer mais ligeiro
Porque vai ser candidato
Lá no Rio de Janeiro
A prefeito isso é fato
Está parecendo um lorde
Domina a situação
Com audiência recorde
Vejo na televisão
(2221)
E vai surgir novo imposto
Nas costas do cidadão
Que já está com desgosto
Dos homens desta União
Vai ser direto na conta
Seja qualquer movimento
A gente vai ficar tonta
Nunca vi tanto jumento
(2222)
A mídia vai chaleirando
Todo mundo que for contra
E por um lado mostrando
Nosso povo se amedronta
Se a oposição retornar
Ao poder nova aventura
Onde que vamos parar
Bem na rua da amargura
 
  
(31 de março)
 
(2223)
Teve gente que tremeu
Depois que o Vilas falou
E decerto se melou
Num momento emudeceu
Porém foi só um alerta
Dum homem bom, mas doente
Que tem a palavra certa
E já foi muito influente
(2224)
Em mais um aniversário
Do golpe de meia quatro
Um panelaço em rosário
Apupou e fez teatro
Deplorando o presidente
Que no fim vai ser coitado
Vai pagar pelo presente
Os mal feitos do passado
(2225)
Confesso fiquei com pena
Pois o homem é esforçado
Sempre a mesma cantilena
Com um general de lado
E sem apoio do verde
As demais cores se escondem
Recolhidas numa rede
E nem com grito respondem
(2226)
Fica fácil deduzir
Que os sempre inimigos
Querem o país ruir
Mas sem perder seus umbigos
E perdemos mais um dia
De responder duramente
Sem moleza e covardia
Dos que pensam diferente
(2227)
Fez cinquenta e seis aninhos
Que a voz do povo gritou
Pedindo por um jeitinho
E a tropa armada chegou
E botou tudo nos eixos
Gente ruim não gostou
Recolheram os seus queixos
Quando a coisa desandou
04.04.2020 (PRL)
 
(2228)
Não liguei muito pro assunto
Até pois desacredito
Tem gente como presunto
Em lugar talvez maldito
Pois a morte de granel
Parecia maratona
Um tema bom pra cordel
Foi esse tal de corona
(2229)
Não houve preparo algum
O mundo foi empestado
Na China um zumzumzum
De logo já consumado
Como Torre de Babel
Linda tal qual a Madona
Um tema bom pra cordel
Foi esse tal de corona
(2230)
Os chineses resolveram
Seus problemas, tão ligeiro
Mas ao mundo entristeceram
Pôs todos num formigueiro
Assim como um carrossel
Foi girando em cada zona
Um tema bom pra cordel
Foi esse tal de corona
(2231)
Dizem que guardou segredo
Pois detentor do milagre
Para salvar do degredo
Que cura até quem é bagre (¹)
Embarcado num tonel
Viajando de poltrona
Um tema bom pra cordel
Foi esse tal de corona
(2232)
Também detém monopólio
Para artigos de hospital
Aumentou seu capitólio
Numa riqueza infernal
Mas isso é muito cruel
Desgraça proporciona
Um tema bom pra cordel
Foi esse tal de corona
(2233)
Agora grandes potências
Num mundo tão desigual
Têm de bater continências
Pro chinês no vendaval
Pois já visto no painel
Alguns ficaram na lona
Um tema bom pra cordel
Foi esse tal de corona
(2234)
Estão gastando reservas
E fabricando dinheiro
O Brasil entrou nas trevas
Quem gosta disso é boleiro
Ou mesmo algum infiel
Não é coisa de matrona
Um bom tema pra cordel
Foi esse tal de corona
(2235)
Os poderes vão criando
Despesas pra todo lado
As fontes estão secando
O povo será lascado
A coisa virou bordel
Beber, só com azeitona
Um bom tema pra cordel
Foi esse tal de corona
(2236)
O gasto descontrolado
Era tudo o que queria
Algum tal desmiolado
Pra virar tudo anarquia
Até mesmo a cascavel
Por vezes se emociona
Um bom tema pra cordel
Foi esse tal de corona
(2237)
Nosso orçamento já era
Pois aqui nunca vingou
A gastança que prospera
Novamente extrapolou
E de tão seco o farnel (²)
Derrubou nossa amazona (³)
Um bom tema pra cordel
Foi esse tal de corona
(2238)
Mas um fato interessante
É que doutores de classe
E gente muito pensante
Estão escondendo a face
Com seu patrono é fiel
Isso me decepciona
Um bom tema pra cordel
Foi esse tal de corona
(2239)
Quais as drogas que curaram
Tão potentes defensores
Da promessa que juraram
Defender os benfeitores
Não foi só com álcool gel
Nem mesmo com acetona
Um bom tema pra cordel
Foi esse tal de corona
(2240)
Por conta do Bolsonaro
Cuja luta continua
Em defesa do que claro
A verdade nua e crua
Mas nunca foi coronel
Quem sabe, usou cortisona
Um bom tema pra cordel
Foi esse tal de corona
(2241)
Isso tudo na verdade
Até parece uma trama
Gente, tenha caridade
Acabe com esse drama
Cada qual em seu papel
Não busquem essa intentona
Um bom tema pra cordel
Foi esse tal de corona
(2242)
Muito dinheiro sumiu
Tem até mesmo hospital
Que de novo ressurgiu
Recebendo capital
Que rolando em carretel
A riqueza impulsiona
Um bom tema pra cordel
Foi esse tal de corona
(2243)
A grana que a China gasta
Ao comprar do meu Brasil
Agora vai dizer basta
E mudar o seu perfil
Vai ser mesmo que aluguel
Pra pagar com beladona
Um bom tema pra cordel
Foi esse tal de corona
(2244)
Só com produto primário
E nos manda industrial
Daqui não vou ser otário
Nem me lembro do Cabral
Ao dizer do Menestrel
Tudo de bom vem à tona
Um bom tema pra cordel
Foi esse tal de corona
(2245)
Tem até gente folgada
Que de casa removida
Sua vida deu guinada
Virou hóspede assumida
Morando mesmo em hotel
Com menina de trintona
Um bom tema pra cordel
Foi esse tal de corona
(2246)
Com direito ao bom Viagra
Pra levantar o caído
Que nem mesmo numa praga
Poderia ser erguido
Outros estão em motel
Com a linda e boazona
Um bom tema pra cordel
Foi esse tal de corona
(2247)
Porém se não tiver jeito
A língua corre em socorro
Não fale isso sujeito
Porque assim eu já morro
Mas há de levar o mel
Pra doce ficar a dona
Um bom tema pra cordel
Foi esse tal de corona
(2248)
Castigaram o velhinho
Isso foi muita maldade
Com medo de seus anjinhos
Porque tem autoridade
E possui um bom cartel
Não pega qualquer mijona
Um bom tema pra cordel
Foi esse tal de corona
(2249)
Tem bacana muito esnobe
Que tem medo duma sombra
Muita vez seu pau não sobe
Gosta muito duma lombra (*)
Eu conheço um bacharel
Que pai da testosterona
Um bom tema pra cordel
Foi esse tal de corona
(2250)
A virose, se falou
Surgiu nos anos sessenta
Do século que passou
Mas é rebelde e cruenta
E amarga que nem o fel
Não atinge a quarentona
Um bom tema pra cordel
Foi esse tal de corona
(2251)
E quem já teve malária
Deduzo aqui sem certeza
Nem vacina é necessária
Pode pegar com rareza (+)
Tem de beber moscatel
Ao lado da manjerona
Um bom tema pra cordel
Foi esse tal de corona
(2252)
Sem qualquer grito ou barulho
Bem que o povo nem notou
Esconderam tanto embrulho
Mas parece que calou
Não houve nem furriel
Nem precisou de Baiona (++)
Um bom tema pra cordel
Foi esse tal de corona
(2253)
Quando falo aqui arrisco
Militares no poder
Nem precisou de confisco
É verdade pra valer
Quero escrever um Rondel
Tem muita gente ladrona
Um bom tema pra cordel
Foi esse tal de corona
(2254)
Tem à frente o Braga Neto
General de quatro estrelas
Um homem muito discreto
Não tem medo das abelhas
Já ouviu muito o Gardel
De camisa ou de gabona
Um bom tema pra cordel
Foi esse tal de corona
(2255)
Agora governadores
Estão com rabo entre as pernas
Com medo dos eleitores
E das votações internas
E sem usar o cinzel
Como se fosse o Arizona
Um bom tema pra cordel
Foi esse tal de corona
(2256)
Liberar hidroxicloroquina
Se faz urgente e preciso
Fazer logo uma faxina
E voltar nosso sorriso
Desde a Princesa Isabel
Sua lei se questiona
Um tom tema pra cordel
Foi esse tal de corona
(2257)
Mas há algum interesse
Talvez de laboratório
Quer ficar com a benesse
Não se importa com velório
Jogue fora algum anel
Ou o troque por carmona
Um bom tema pra cordel
Foi esse tal de corona
(2258)
Esconder de brasileiro
Esse remédio adequado
Tem muito cara fuleiro
De jumento aparentado
Que corre como corcel
Mentiras coleciona
Um bom tema pra cordel
Foi esse tal de corona
(2259)
Deveriam demitir
Desses empregos polpudos
Pra nunca mais se mentir
Ou decerto ficar mudos
Ou colocar num batel (**)
E mandar pra Barcelona
Um bom tema pra cordel
Foi esse tal de corona
(2260)
Não tem por que me alongar
Nessas considerações
Já é hora de parar
De testar opiniões
Vou descansar o pincel
E cuidar da prima-dona
Um bom tema pra cordel
Foi esse tal de corona
(2261)
Mas um colega pediu
Pra que eu logo me alongasse
Tô cansado, não me viu
Aqui perco toda classe
Vou comer o meu pastel
Ao lado duma japona
Um bom tema pra cordel
Foi esse tal de corona
(2262)
Para amigo não se deve
Negar um simples pedido
Ou fazer bola de neve
Enrolando sem sentido
Vou tomar meu coquetel
E deixar de ser cafona
Um bom tema pra cordel
Foi esse tal de corona
(2263)
Quero ver nessa eleição
Que já vai se aproximando
Com que cara o cidadão
Vai receber o comando
De cagão em carretel
Ou dalguma comilona
Um bom tema pra cordel
Foi esse tal de corona
(2264)
Mas eles têm muito papo
Dá nó mesmo em pingo d’água
E deixam pobres no trapo
Cansado e cheio de mágoa
Grande amigo Raphael
Não solte essa gostosona
Um bom tema pra cordel
Foi esse tal de corona
(2265)
Dizem que grande surpresa
Será do doutor Datena
Mas a Band como empresa
Utiliza sua antena
Funciona de bedel
E se julga tão grandona
Um bom tema pra cordel
Foi esse tal de corona
(2266)
Ela é contra Bolsonaro
Certamente que perdeu
Pois tem gente de preparo
Parecida com judeu
Quer receber o laurel
Não fica na segundona
Um bom tema pra cordel
Foi esse tal de corona
(2267)
Aqui pra nós tá na hora
Para o povo trabalhar
Tão logo, mas sem demora
Pois o Brasil vai quebrar
O cavalo de tropel
Pega a égua moleirona
Um bom tema pra cordel
Foi esse tal de corona
(2268)
Vou pro meu apart-hotel
Abraçar minha querida
Que me espera com seu véu
Um tanto enlouquecida
Mas evitar escarcéu
Porquanto é solteirona
Um bom tema pra cordel
Foi esse tal de corona
(2269)
Eu queria meu bom Deus
Que mandasse muitas luzes
Pra esses pobres filhos teus
Evitar que tantas cruzes
Se mudem pro beleléu
Pois tem gente safadona
Um bom tema pra cordel
Foi esse tal de corona
(2270)
Mande embora essa doença
Salve qualquer desse irmão
Que mesmo não tendo crença
Precisa ganhar o pão
Mande que São Ezequiel
Que não sabendo ele clona
Um bom tema pra cordel
Foi esse tal de corona
(2271)
Deixo aqui um grande abraço
Pro pessoal que me leu
Vou-me embora pro regaço
Porque cansado estou eu
Não sou homem de labéu
E nem gosto de tapona
Um bom tema pra cordel
Foi esse tal de corona
14.04.2020 (PRL)
 
(2273)
O Brasil em polvorosa
Gritando toda a nação
E da vida tão formosa
Ficou de cara no chão
Arrombou a economia
Com prejuízo abismal
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2274)
Velho não pode sair
Mas os novos também não
Seja pra não contrair
Ou levar infestação
A coisa virou fobia
E não é acidental
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2275)
Se todos em casa ficam
Por vezes, amontoados
Nem mesmo sexo praticam
Vão ficar abobalhados
E não é por anomia
Porque isso só faz mal
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2276)
Não se pode dar abraço
Nem apertar qualquer mão
Mas assim nesse compasso
Dou a minha opinião
Isso é muita covardia
O que fazer, afinal
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2277)
Imagine se for beijo
Pra expandir sua vontade
Você não terá o ensejo
Vai morrer na castidade
Por conta da anomalia
Nem tomando antigripal
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2278)
E se beijo diferente
Aí muda de figura
Esse adota muita gente
Vidrado na formosura
Daqui isso já antevia
Porquanto tudo é banal
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2279)
Mas pense no meia nove
Tanto pra lá e pra cá
Que seu gosto se renove
Não convém tanto arriscar
Eu por mim me conteria
Até o novo carnaval
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2280)
O São João está bem perto
Não se vai comemorar
A data fica em aberto
Porque merece adiar
Esperar a calmaria
No país continental
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2281)
O São Pedro vem depois
Que tem as portas do céu
Que as chuvas, não repôs
O Nordeste no escarcéu
Numa severa agonia
Que não venha temporal
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2282)
Porque se chuva não vem
A seca fará sofrer
Não deve escapar ninguém
Pela falta de “comer”
Até fome eu passaria
Pra levantar o moral
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2283)
E sem lavoura nem safra
O dinheiro não circula
Não se tenha por salafra
Ou diga que não sabia
Porque sendo covardia
O assunto é crucial
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2284)
O gado também morrendo
Pela falta de ração
Pois quando não tá chovendo
Chega logo à inanição
Morrer assim é cruel
Até fora do curral
A crise d pandemia
Nunca suplanta à moral
(2285)
A economia padece
Aqui no nosso Nordeste
De gestor, pois enobrece
Que possa enfrentar a peste
Que aplique sabedoria
Pra melhorar nosso astral
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2286)
Há lavouras, asseguro
Que decerto escaparão
O homem do campo é puro
Boas safras colherão
Está faltando ousadia
Ou mesmo credencial
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2287)
O mundo só fala nisso
Há muita contradição
Mas o nosso compromisso
É defender nosso irmão
Sem qualquer alegoria
A doença é capital
A crise de pandemia
Nunca suplanta à moral
(2288)
O país está cansado
De malhar na recessão
É feito bode embarcado
Que conduzem no porão
Mas a nossa agronomia
Tem aumento colossal
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2289)
Para ajudar o carente
O auxílio manutenção
Foi criado de repente
Com muita repercussão
Veio com muita alegria
Num ambiente infernal
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2290)
Houve gente bem sabida
Que logo entrou no sistema
E fraudando descabida
Com o pobre no dilema
Digo por analogia
Um bom ladrão afinal
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2291)
Seiscentos reais são poucos
Mas quando é multiplicado
Por milhões de pobres loucos
Vai pra bilhões os trocados
Fica grande a correria
Algum chora no aguaçal
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2292)
Temos o Bolsa Família
Com mais catorze milhões
Todos eles de vigília
Recebendo seus tostões
São pobres com euforia
Pessoas de bom astral
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2293)
Das contas roubam dinheiro
Do coitado cidadão
Não perde só o banqueiro
E toda população
Chega me vem alergia
É negócio de animal
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2294)
Os produtos importados
Que nos chegaram da China
Muitos deles já roubados
Pois o ladrão se fascina
E na sua confraria
Protegido por arsenal
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2295)
A polícia no encalço
E já prendeu uns ladrões
Confessam têm muitos calços
Mas um monte de senões
São cheios de acrobacia
Não é roubo artesanal
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2296)
Gente de muita perícia
Conhecendo dos mistérios
Também com muita malícia
Rouba em todos hemisférios
Tem quem faça apologia
Pra esse negócio infernal
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2297)
Com tanta escola fechada
Alunos prejudicados
Professor sem fazer nada
Dizem mal remunerados
Muitos com idolatria
E bagagem sem igual
A crise da pandemia
Nunca sepulta à moral
(2298)
Ao chegar no fim do ano
O letivo está perdido
Esse governo tão insano
Se firmando no partido
E com ideologia
Fica ditatorial
A crise da pandemia
Nunca sepulta à moral
(2299)
Os problemas brasileiros
Atuam em vários campos
Refletindo no estrangeiro
Pois recebem vários grampos
Dentro da tecnologia
Um progresso cultural
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2300)
Quero ver quem vai pagar
Por tantos dias parados
O patrão a reclamar
Porque não tem faturado
A Câmara na euforia
Em votação virtual
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2301)
Muita gente está de férias
Até cara preguiçoso
Essas coisas muito sérias
Deixando o homem nervoso
Caso de neurologia
Eis o diferencial
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2302)
Fábricas estão paradas
É grande a desolação
Tem gente desempregada
Que tem de ganhar o pão
Nem entrar na padaria
Pra comprar o cereal
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2303)
 
Nos esportes nem se fala
Os atletas vão folgando
Nossa torcida se cala
Os clubes viraram bando
Tem gente na boemia
Numa cachaça informal
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2304)
O meu velho Santa Cruz
Que já foi um grande time
Hoje só tem papangus
Seu passado não redime
Acabou a cantoria
Não chega mais na final
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2305)
Jamais sai da série Cê
Eita torcida arretada
Colabora e nunca vê
Alguma grande jornada
É grande a bilheteria
Em clássico Estadual
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2306)
Se você está tossindo
Ou mesmo com muita febre
Dor de cabeça sentindo
Vá ligeiro como lebre
Mantenha sua ousadia
Corra para um hospital
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2307)
E se vier dor no peito
O negócio é mais urgente
O coração quer respeito
Qualquer defeito ele sente
Diz a cardiologia
Pode ser eventual
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2308)
A campanha “fica em casa”
Que nossa mídia abraçou
A meu ver é muito rasa
Um preguiçoso a criou
Numa vã filosofia
Saudades do carnaval
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2309)
Essa coisa de prefeito
Limitar seu município
De fato, não leva jeito
Pois aumenta o sacrifício
Com dinheiro faz orgia
Nessa verba colossal
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2310)
Já conheci um prefeito
Que vivia como príncipe
Porém não tinha respeito
Com cada um do munícipe
Metido na burguesia
Adorava um bacanal
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2311)
Vão ter saudade do vírus
Por conta da dinheirama
Pode até dar alguns giros
Mas depois ninguém reclama
Pruma grande minoria
O tutu é principal
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2312)
Ou voltar inda mais forte
Ou então dar um adeus
Quem for rico ou tiver sorte
Mesmo que seja o Mateus
Vai tocar na sinfonia
No nosso Municipal
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2313)
Falam que a nossa curva
Do perigo reduziu
A minha vista está turva
Lá em casa ninguém viu
Talvez seja miopia
A causa de todo mal
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2314)
Não tem como acreditar
Nessas nossas estatísticas
Tão cansados de burlar
São pessoas muito místicas
Se eu pudesse, todavia
Me transformar em fiscal
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2315)
Quanto menos fizer teste
O resultado se esconde
Tem gente que cafajeste
Que mente quando responde
Tá na criminologia
No direito criminal
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2316)
São Paulo só faz dois mil
Por dia que é muito pouco
O dinheiro ninguém viu
Isso vai dar num pipoco
O governo em fantasia
Não conduz o essencial
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2317)
Esse é décimo nono
Do dezoito se esqueceram
O vinte vai ser abono
E vão mostrar que venceram
Não, não será utopia
É verdade magistral
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2318)
Eu quero sair de casa
Para dar uma voltinha
Já estou mandando brasa
Quero entrar na rapidinha
Nunca tive mordomia
Para surpresa geral
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2319)
A entrevista continua
Todo dia na Tevê
É quando lá insinua
O quadro que vai dizer
Tem gente com nostalgia
Cumprindo ordem feudal
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2320)
Vi noutro dia uma cena
Que me fez até chorar
O preparo de centena
De buraco pra enterrar
Achei que era demasia
Que deu até no jornal
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral

 18.04.2020 (PRL)
(2321)
O poderoso ministro
Julgava estar abafando
O clima ficou sinistro
E o Presidente aguentando
De repente entrou na dança
Parecendo um picareta
Por falta de confiança
Foi demitido o Mandetta
(2322)
Bem que estava demorando
O doutor cheio de corda
Com dinheiro festejando
Enche o cofre, que transborda
Tem gente que faz herança
Numa gastança com treta
Por falta de confiança
Foi demitido o Mandetta
(2323)
Confiava certamente
Nos apoios que tivera
Porque cada presidente
Dos poderes, que impera
Preparou sua mudança
Arrumou sua maleta
Por falta de confiança
Foi demitido o Mandetta
(2324)
Quem ficou bem arretado
Foi doutor Maia do DEM
Deu coice pra todo lado
Só escapou seu harém
Porque faz muita lambança
E sem medo da caneta
Por falta de confiança
Foi demitido o Mandetta
(2325)
Deputados reagiram
Prometendo aquele troco
Alguns deles já sumiram
La na casa de reboco
Não perdi a esperança
Não sou homem de gorjeta
Por falta de confiança
Foi demitido o Mandetta
(2326)
No dia da despedida
Ignorando a distância
Ultrapassou a medida
Beijou sua militância
Abraçando em abastança
Nem tirou a camiseta
Por falta de confiança
Foi demitido o Mandetta
(2327)
Ainda saiu cantando
Somente pra tapear
Ser feliz e se alegrando
Ele mesmo a se enrolar
Parecendo uma criança
Tinha dado na Gazeta
Por falta de confiança
Foi demitido o Mandetta
(2328)
Aliás esse Alcolumbre
Por sua vez não gostou
Pois um cara de vislumbre
No Senado esperneou
E mandou sua ordenança
Apanhar sua jaqueta
Por falta de confiança
Foi demitido o Mandetta
(2329)
Até mesmo alguns juízes
Não aprovaram o fato
E vão ver muitas reprises
Não assim de imediato
Quem quiser entre na dança
Ou mude sua faceta
Por falta de confiança
Foi demitido o Mandetta
(2330)
Entrou um novo doutor
No lugar do demitido
Muita gente não gostou
Do discurso descabido
Dizem que tem pujança
De pimenta malagueta
Por falta de confiança
Foi demitido o Mandetta
(2331)
Presidente tá querendo
O retorno da jornada
Do trabalho já prevendo
Uma severa enxurrada
Pra onde vai a balança
Pergunto aqui sem careta
Por falta de confiança
Foi demitido o Mandetta
(2332)
Mas o Dória comandando
A coisa vai demorar
Mas ele pouco lixando
Tem dinheiro pra gastar
E também já deu fiança
Pros demais numa cruzeta
Por falta de confiança
Foi demitido o Mandetta
(2333)
Quer abrir, mas só em maio
Os setores produtores
Da indústria, temerário
São grandes aplicadores
Mas falando de finança
Assunto só de veneta
Por falta de confiança
Foi demitido o Mandetta
CORDEL – Mote – Se doutor Moro cair – Acaba nossa esperança – Da série “O que eu quero pro futuro do Brasil” – 23.04.2020 (PRL)
 
(2334)
Houve hoje uma notícia
Que nos deixou arrasado
Não sei se foi malícia
Porém merece cuidado
O governo vai ruir
Se fizer essa lambança
Se doutor Moro cair
Acaba nossa esperança
(2335)
Tudo parece por conta
De trocar o diretor
Que tem caráter de afronta
Sem ouvir esse senhor
Dizem que vai desistir
De prosseguir nessa dança
Se doutor Moro cair
Acaba nossa esperança
(2336)
Houve logo desconversa
Talvez um mal entendido
O boato se dispersa
Assunto mal resolvido
Mas todos hão de convir
Que toda essa coisa cansa
Se doutor Moro cair
Acaba nossa esperança
(2337)
O Moro é muito calado
Nunca fala de besteira
De vez em quando amuado
Mas está na prateleira
Está lá para servir
Pela nossa segurança
Se doutor Moro cair
Acaba nossa esperança
(2338)
Se o Guedes na economia
Dita e faz o que quiser
Seria muita ousadia
No Moro perder a fé
E na hora sabe agir
Pois um cara de pujança
Se doutor Moro cair
Acaba nossa esperança
(2339)
Porém falam do ciúme
Provocado na pesquisa
O ministro foi ao cume
Numa contagem concisa
E quem quiser aferir
Já reduziu a matança
Se doutor Moro cair
Acaba nossa esperança
(2340)
Contudo ele avisou
Que não tem a pretensão
Mas do povo conquistou
Tamanha repercussão
Mas isso vai prosseguir
Não é hora de vingança
Se doutor Moro cair
Acaba nossa esperança
(2341
As coisas vão caminhando
Como gosta a oposição
O governo vai minguando
Com muitas pedras no chão
Não nasceu para mentir
Caso saia tem festança
Se doutor Moro cair
Acaba nossa esperança
(2342)
 
Um homem de nomeada
Horado e bom cidadão
Na pasta uma guinada
Em face da retidão
É mais fácil boi mugir
Seja aqui seja na França
Se doutor Moro cair
Acaba nossa esperança
(2343)
Corre também a notícia
Que ficou encabulado
Com um monte de malícia
Em algum caso julgado
Por isso quero aduzir
Sem ter medo de cobrança
Se doutor Moro cair
Acaba nossa esperança
(2344)
Dizem ficou revoltado
Com um certo julgamento
Que soltou o condenado
E chiou como jumento
Pois não se pode admitir
Essa grande pajelança
Se doutor Moro cair
Acaba nossa esperança
(2345)
Confesso que aqui pensava
Que o país avançaria
Tem uma coisa que trava
Não só em economia
Nós temos de produzir
Acabar com a emboança
Se doutor Moro cair
Acaba nossa esperança
(2346)
É um fuxico danado
Dentro e fora do palácio
Quando se reúne o gado
Bem na sala do Horácio
Minha cuca vai fundir
Por falta duma aliança
Se doutor Moro cair
Acaba nossa esperança
(2347)
Soube hoje de madrugada
O diretor se demitiu
Não entendi a jogada
O brasileiro explodiu
Digo aqui pra concluir
É cargo de confiança
Se doutor Moro sair
Acaba nossa esperança
(2348)
Agora danou-se tudo
A Bolsa despencará
O Dólar, que é raçudo
Agora vai disparar
Sua tendência é subir
Terminou nossa poupança
Se doutor Moro cair
Acaba nossa esperança
(2349)
Pelo andar da carruagem
Vai sair muito mais gente
É preparar a garagem
Pra botar o contingente
Não se pode resistir
Porque falta liderança
Se doutor Moro cair
Acaba nossa esperança
(2350)
Mais ou menos desconfio
Dos próximos, que virão
Basta acender o pavio
Que solto meu palavrão
Pois estou pra explodir
O macho não usa trança
Se doutor Moro cair
Acaba nossa esperança
(2351)
 
24.04.2020
Porém hoje, vinte e quatro
Pude ver com surpresa
Aconteceu no teatro
As cartas foram pra mesa
Da imprensa ele fugiu
Deus nos dá muita bonança
O doutor Moro caiu
Perdemos nossa esperança
(2352
No seu pronunciamento
Ele foi bem assertivo
De livre convencimento
Não se tornou agressivo
Mas então ele aduziu
Sempre com a fala mansa
O doutor Moro caiu
Perdemos nossa esperança
(2353)
Foi despedido o Valeixo
O ministro se arretou
Sendo bom não treme o queixo
Mas tem de ter bom humor
Ainda bem que advertiu
Este país não avança
O doutor Moro caiu
Perdemos nossa esperança
(2354)
Falou que nada exigiu
Prometeram carta branca
Mas a promessa faliu
Então se deu a retranca
E todo mundo assistiu
Nova desgraça se alcança
O doutor Moro caiu
Perdemos nossa esperança
(2355)
 
Sua única condição
Que termina de contar
 Batendo com pé no chão
Sua família amparar
Porém nisso ele insistiu
A corda quando balança
O doutor Moro caiu
Perdemos nossa esperança
(2356)
Deixou a Magistratura
Vinte e dois anos perdidos
Cidadão com estatura
Para todos os sentidos
A carreira destruiu
Atuando com Constança
O doutor Moro caiu
Perdemos nossa esperança
(2357)
Caiu a criminalidade
Nesse Brasil um gigante
Trabalho e honestidade
Sempre levou adiante
O medo que instituiu
Ao fazer tanta mudança
O doutor Moro caiu
Perdemos nossa esperança
(2358)
Reduziu muito homicídio
Recolheu droga demais
Melhorou tal subsídio
Nas esferas criminais
O respeito progrediu
Com a sua temperança
O doutor Moro caiu
Perdemos nossa esperança
(2359)
A Força Nacional
Atuando pra valer
Até mesmo em capital
Tudo pode acontecer
O COAF lhe fugiu
Por conta da governança
O doutor Moro caiu
Perdemos nossa esperança
(2360)
Acusou o presidente
De querer interferir
No trabalho eficiente
Que nunca quis admitir
Pouca gente não ouviu
E falou na comilança
O doutor Moro caiu
Perdemos nossa esperança
(2361)
A fala do Bolsonaro
Que durou quase uma hora
Nunca esquece isso é raro
Logo surgiu sem demora
De tudo ele desmentiu
Em toda sua falança
O doutor Moro caiu
Perdemos nossa esperança
(2362)
Dentre os assuntos falados
Disse que ter tentado
Apressar a apuração
Da Marielle e atentado
A facada que o feriu
Porque tá tendo tardança
O doutor Moro caiu
Perdemos nossa esperança
(2363)
Tem o disse por não disse
Isso se saberá após
Eu só sei que é chatice
E ruim fica pra nós
Mas novidade surgiu
Isso ficou na lembrança
O doutor Moro caiu
Perdemos nossa esperança
(2364)
Disse o Ministro insistiu
Pela vaga do Supremo
Moeda em troca sentiu
Mas assim foi pro extremo
E tão logo pressentiu
Logo pensou na livrança
O doutor Moro caiu
Perdemos nossa esperança
(2365)
Então ele concordava
Com a troca do Valeixo
Que já cansado restava
Mas isso foi um pretexto
Só não sabe quem não viu
Não existe semelhança
O doutor Moro caiu
Perdemos nossa esperança
(2366)
Tem matéria para a mídia
Falar pro resto do ano
Que não pratique a insídia
Todos vão rasgar o pano
Vá pra puta que o pariu
Também leve sua ordenança
O doutor Moro caiu
Perdemos nossa esperança
(2367)
Desculpem a rapidez
Do cordel de ocasião
Tem a minha timidez
Todos sabem de antemão
Eu só sei que refletiu
Negativo pra poupança
O doutor Moro caiu
Perdemos nossa esperança
 
SilvaGusmão

(¹) – pessoa feia
(²) - provisões
(³) – Mulher forte, viril
(+) – raridade
(*) – maconha
(++) – antiga constituição de José Bonaparte
(**) – pequeno barco
 
 

02/11/2019 10:16 - Jacó Filho, um grande Mestre na poesia, nos mandou essa interação:

Não precisa ler jornal,
Quem acessa sua escrita.
Aqui a verdade é dita,
Mesmo sem ponto final.
É um registro histórico,
Que o estudante tem.
Verdadeiro, categórico,
E sem adular ninguém... 

Parabéns! E que Deus nos abençoe e nos ilumine... Sempre...

Muito grato meu caro...um abraço.


Foto: INTERNET-Google
 
 


(*) – Janot
 


 
Em revisão

 
Em revisão, feito às pressas
 


                                                        
Ansilgus


(*) - Principal mecanismo de fomento à Cultura do Brasil, a Lei Rouanet, como é conhecida a Lei 8.313/91, instituiu o Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac). O nome Rouanet remete a seu criador, o então secretário Nacional de Cultura, o diplomata Sérgio Paulo Rouanet. Esse nome é de origem francesa, se não me falha a memória.
 
Fonte: GOOGLE


 
Isso não termina nunca


Crédito da imagem: INTERNET/GOOGLE - Caso haja direitos autorais, por favor me avisem, eis que aqui nós pagamos para publicar nossos textos, sem patrocínio algum.
 
ansilgus
Enviado por ansilgus em 29/05/2018
Reeditado em 29/04/2020
Código do texto: T6349645
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.