Vara de marmelo e fedegoso

Vara de marmelo e fedegoso

Os dois psicólogos famosos

Airam Ribeiro 01.06.2018

Por muitos e muitos ano

O adolescente trabalhô

Inté qui surgiu bagunçano

Este estatuto do horrô

No ócio eles intão ficáro

Suas vida se bagunçáro

E os pequeno rôbo iniciô.

Nun vende mais os picolé

Um cavalo eles nun pega

Muitos arranja uma muié

E nas casa dos pais se esfrega

É proibido trabaiá!

Eles perciza estudá

Senão pras lei eles intréga.

Na minha adolescência

O picicologo nun izistia

Mas mãe cum sua inocência

Cum varas de marmelo me batia

Mamãe esta era certa

Hoje minha vida é correta

Porque ela me corrigia.

Diz qui nun pode escravizá

Senão os pais pega cadeia

Mas pode matá e roubá

Isso pode, nun é coisa fêia

Toda essa lei do capeta

Ta deixano as coisa mais preta

E a famiação qui se apirrêia.

Um dia eles vão nos guverná

Os adolescente de hoje in dia

Para um futuro sei qui vão levá

Nada na mente que irradia

São adolescentes mal criado

Por ter no ócio se formado

Sem sabê nada da porfia.

Sem diêro para lanxá

Mas cada um sempre tem

Em cada mão um celulá

Muitos, roubô de alguém

É pruibido escravizá

Criança nun pode trabaiá

Só qui roubá lhes convém.

Tiraram o controle dos pais

A criança é do Estado

Pai e mãe nun sabe mais

O que é certo, o que é errado

Vai criando a riviria

Vendo o filho na nostalgia

Crescendo sem ser educado.

Pra escola é obrigado

Senão ele nun se alimenta

Cum o celulá na mão agarrado

Os professores eles atormenta

Sei não meu Deus do céu!

Tem dódeu neste cordel

Falano dessa tormenta.

Vara de marmelo e fedegozo

Os meu estatuto do passado

Dois picicologo bem famoso

Que fazia filhos formado

Qui nutricionista qui nada!

Quarqué comida se ajeitava

Nun buxo esfomiado.

Quando eu me ví no mundo sem um pai,

Aos treze anos de idade eu fui trabalhar de engraxate

E vender pão nas ruas de Sobradinho no DF

Para ajudar minha mãe a criar os filhos.

Estatuto uma ova!

Hoje sou um homem de bem e honesto