Os Sete Flagelos do Apocalipse


Uma grande voz vinha do santuário
Esta voz aos sete anjos determinava
Derramar a ira de Deus é necessário
A terra recebia o mal que disseminava
Das sete cóleras espalhadas sofria o efeito
Úlceras perniciosas era a consequência do mal
O que se planta sempre se colhe de algum jeito
A marca da besta era o sinal de castigo infernal

A segunda taça do flagelo foi derramada no mar
Águas do mar em sangue foram transformadas
E a vida de todo ser vivente do mar se fez ceifar
Em nossos erros espécies marinhas sacrificadas
Águas que viraram sangue de pessoas mortas
Toda fúria de Deus é uma profecia inevitável
O castigo vem aos que preferem as vias tortas
Melhor rejeitar o que nos conduz ao abominável

Terceira taça jogada em fontes de águas e rios
Águas e rios em sangue também se tornaram
O senhor é Santo e Ele julga os nossos desvios
Sangue de Santos e Profetas também derramaram
Grande quantidade de sangue foi dada para beber
Do altar anjos no fervor e na fé adoravam ao Senhor
Do Senhor são justos todo o seu juízo e proceder
O Todo –Poderoso de todo o louvor é merecedor

Sobre o sol a quarta taça é derramada
O Anjo obedece ao que foi designado
A carne do ser humano é incendiada
Calor do corpo ainda mais intensificado
Insensatos o nome de Deus blasfemaram
Deus sabe o motivo de todos estes flagelos
Homens, arrependimento não demonstraram
Rompem-se entre humanidade e Deus os elos

No trono da besta derrama-se a quinta taça
Em trevas já havia se tornado o reino perdido
A dor mostrava a dimensão de toda desgraça
Mordiam-se as línguas pelo infortúnio sofrido
Por causa da angustia blasfemaram outra vez
Úlceras aumentavam ainda mais o sofrimento
Mais ainda continuaram no caminho da estupidez
Sem qualquer possibilidade de arrependimento

No Rio Eufrates a sexta taça o anjo derramou
Com este gesto ás águas secaram-se totalmente
Novo caminho de onde nasce o sol se originou
Espíritos imundos iguais a rãs surgiam de repente
Saiam da boca do dragão, da besta e do falso profeta
Espíritos demoníacos juntando-se aos reis da terra
A peleja do grande dia do Deus Todo Poderoso é certa
O bem e o mal vão travar sua maior e definitiva guerra

No derramar da sétima taça ecoava grande voz
Feito está o que me foi ordenado, o anjo dizia.
Surgiam fenômenos da natureza de forma atroz
Um terrível terremoto que nunca se viu então surgia
A grande cidade em três partes acabou dividida
E a terra recebe de Deus toda sua ira e furor
Lembrou-se Deus da grande Babilônia, cidade perdida
Incorrigivelmente homens blasfemavam contra o Senhor




*Estilo criado por Alelus Esmeraldinus (Bosco Esmeraldo)
* Sequência de rimas: ABABCDCD




 
Fábio Brandão
Enviado por Fábio Brandão em 06/06/2018
Reeditado em 08/01/2019
Código do texto: T6357026
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