Uma breve história da Matemática

Você já se perguntou

O que é a Matemática

De onde que ela veio

Por que da sua temática

Será que é uma língua

E tem a sua gramática?

Será que já existia

Na chamada Antiguidade

Lá na vida pré-histórica

Antes da Humanidade

Até mesmo do papiro

Longe da modernidade?

A Matemática só

Tem uma explicação

É uma grande ciência

Que nos traz a descrição

Que também pertence aos cálculos

Bem como demonstração.

Ela também apresenta-se

Baseada em teoria

Como retas, áreas, ângulos

Que se faz geometria

Também tem aritmética

Dos números, aprazia.

A origem eu não sei

Por onde vou começar

Mas dizem que no Egito

Começaram rabiscar

E muito antes do Cristo

Eles sabiam contar.

Alguns textos matemáticos

Foram então encontrados

Em escrita cuneiforme

Que no barro eram cunhados

Isso na Mesopotâmia

Por sumérios registrados.

Tais tábuas inestimáveis

Nos fazem testemunhar

Uma tal capacidade

Que era solucionar

Equações de grau segundo

Pra comercializar.

As trocas comerciais

Envolviam o mercado

Sacos de grãos e escravos

No barro era marcado

Os cálculos e os números

Do que era negociado.

Já no período grego

Os filósofos criaram

Ciência Aritmética

E também teorizaram

Pitágoras, Platão, Tales

Em prática colocaram.

E naquela grande época

Matemática seguia

Em um só caminho

Que todo império iria

Viajar para famosa

Escola de Alexandria.

Veio começo da Álgebra

Pois Diofanto marcou

Com a decomposição

De números que mostrou

Em dois quadrados idênticos

Ao final que resultou.

E com Euclides e outros

Veio dita Elementar

Arquimedes, Apolônio

Que estão a registrar

E outras geometrias

Vieram se postular.

Pois Euclides escreveu

O livro Os Elementos

Consagrou geometria

Da reta que vos comento

Une dois pontos distintos

Em único segmento.

Já o grande Arquimedes

Prestou contribuição

Para a geometria

Com tamanha precisão

Cientista da Sicília

Bom de observação.

Ele estudou os círculos

Com aproximação de Pi

Também estudo dos cones

E espiral que já li

Também gritou o Eureka!

Que quer dizer ‘descobri’.

Ele o teria gritado

Quando enfim concluiu

Seus estudos sobre empuxo

Também o que permitiu

E pelado pelas ruas

Gritava que descobriu.

Dizem que ele também

Teria então mergulhado

Uma coroa de ouro

Pra saber o resultado

Do volume desta joia

Sem tê-la danificado.

Pois a água que subiu

Quando a coroa afundou

Seria igual ao volume

Da joia que mergulhou

O rei Hierão II

Então não lhe condenou.

Pra findar, foi Apolônio

Um grande especialista

Na teoria dos cones

Sendo grande calculista

Parábola mais hipérbole,

Elipse estão na lista.

Ele também nos deixou

Cálculos da Astronomia

A excêntrica orbital

Que a nós explicaria

O movimento aparente

Que um planeta teria.

E depois Ptolomeu

Trouxe outros fundamentos

Junto com Papus, Hiparco

E novos ensinamentos

Veio a Trigonometria

E os seus apontamentos.

Matemáticos da Índia

Fizeram tais descobertas:

As transformações algébricas

Bem como outras tão certas

Teorização do zero

Foi uma das mais espertas.

Nessa época os árabes

E também ocidentais

Ainda não calculavam

Como os orientais

Não utilizavam zero

Nos dias habituais.

Lá pelo século IX

Os árabes agruparam

Os saberes indianos

E os gregos que encontraram

Fizeram da Matemática

Muito mais que imaginaram.

A numeração arábica

Foi um feito que marcou

Isso no século XI

Depois que guerra acabou

Invasões, dogmatismo

Ciência prejudicou.

E já no século XII

Foram além da gramática

Da retórica e da lógica

Para o bem da Matemática

E naquele mundo árabe

Veio melhor de tal prática.

Descobriram grandes sábios

E novas aplicações

E veio o “+ e – “

Como representações

Isso no século XV

Que não vemos nas lições.

E Viète transformou

Álgebra utilizando

Cartas sabidas ou não

E também simplificando

As equações que surgiam

Bem assim foi aplicando.

Assim Viète dizia

Que matemática não

Envolve apenas números

Mas trazem letras então

Capacitando o ser

Uma forma de expressão.

No século XVII

Enfim veio apogeu

E então a Matemática

Criou um solo só seu

Numa queda de maçã

Newton logo percebeu.

Vieram novos estudos:

Descartes, geometria

Logaritmos de Neper

E o que Pascal dizia

Com a probabilidade

Que mais e mais descobria.

Já o século XVIII

Por Euler foi dominado

Com infinitesimal

E funções, classificado

O teorema de Fermat

Pode então ser demonstrado.

De Lagrange e seus estudos

Também devemos lembrar

O precursor da mecânica

De fluídos, calcular,

Velocidade de onda

Num canal, aprofundar.

No século XIX

Vieram outras ações

E foram muitos avanços

Bem como demonstrações

Pois do século XVIII

Eram novas soluções.

E a reciprocidade

Quadrática avançou

E com Gauss e Legendre

Estatística rumou

E o planeta Netuno

Le Verrier nos confirmou.

E a eletricidade

Foi muito bem estudada

Gauss, Ampere e Maxwell

Formaram boa empreitada

Mach trabalhou inércia

Para Einstein embasada.

A lista dos 23

Problemas sem solução

Foi no século XX

Que causou ocupação

Para vários cientistas

Em busca de uma razão.

Foi tempo de teoremas

Que coisa nova surgia

Geometria algébrica

E também topologia

Estudos sobre mecânica

Bem como a teoria.

No século XXI

Terence Tao descobriu

Sobre os primos de Euclides

Isso logo progrediu

Sobre a massa das partículas

Subatômicas se viu.

Fica aqui um apanhado

Dessa bela Matemática

Que veio lá da antiguidade

Resolvendo problemática

Espero que este folheto

Seja uma nova didática.

Rodrigo Leonardo Costa de Oliveira
Enviado por Rodrigo Leonardo Costa de Oliveira em 12/06/2018
Reeditado em 02/08/2019
Código do texto: T6362124
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.