LEMBRANÇAS DE INFÂNCIA

Aqui estou mais uma vez

Nesses versos registrando

A minha infância querida

Que venho compartilhando

E se você tem mais de vinte

Comigo vai relembrando.

Brincadeiras de infância

Foi minha primeira autoria

Descrevi algumas delas

Que quando criança fazia

As brincadeiras divertidas

Que alegravam o meu dia.

Mas nesse agora vou falar

De maneira mais geral

E lhe digo que esse cordel,

Vai ter um gosto especial

Pois quem viveu esses fatos

Recordar vai ser fatal.

Vou para o puxa incói

E deixe eu logo começar

Falando das brincadeiras

Que no outro deixei faltar.

Estão todos preparados

Para o que vão presenciar?

Bate-bate era um brinquedo

Com duas bolas e um cordão

Quem se lembrar dele agora

Nessa hora alisa a mão

Pois sabe a dor que dava

Aquele brinquedo do cão.

Quem nunca aqui pulou corda

Ou brincou de morto vivo,

De estátua ou de mímica

Não sabe o que é criativo

Brincar na casa dos outros

Esperando o aperitivo.

Caçar tesouro? é um tesouro

Isso de todas as maneiras

E ate hoje eu procuro

Perto de umas mangueiras

Um tesouro que enterrei

Nessas minhas brincadeiras.

Vai e vem era um brinquedo

Gostoso de se brincar.

Fazer trave com chinela

Pra na rua nós jogar

E dizer parô, parô

Pra o poder o carro passar.

Jogo de taco ou bets

Era muito divertido

Dois tacos, duas latas

E uma bola era envolvido

Duas duplas se enfrentavam

Em um jogo bem corrido.

A dança da cadeira

Sempre foi sensacional

Mas ninguém aqui diga

Que é algo surreal

Um puxãozinho na cadeira

Pra se ganhar no final.

Bambolê era brincadeira

Mas menino não brincava

Eu não queria nem saber

Com o bambolê já rebolava

Mas não venha me dizer

Que você não arriscava.

Misturando água e sabão

A gente fazia a festa

Bolhas por toda casa

Mamãe franzia a testa

O meladeiro era grande

Isso ninguém contesta.

E quem aqui já brincou

Da famosa melancia

Todos deitava no chão

E o bucho a gente enchia

Pra o dono da plantação

Ver se uma boa conseguia.

Uma outra brincadeira

Bem difícil de esquecer

Aquele joguim de prego

Me encantava pra valer

Era aquele o único jogo

Que eu não queria perder.

Também tinha outro jogo

Era o futebol de botão

E como não tinha o quadro

O meu campo era no chão.

Bem no meio da casa

Sempre dava confusão.

Com uma corda bem grande

E um lenço no meio

O meu grupo de um lado

Do outro o grupo feio

Fazíamos o cabo de guerra

E brincava no terreiro.

Está quente, esta frio

Era o que a gente dizia

Quando escondia o objeto

E o amigo procuraria

Se estava perto ou longe

Esses termos indicaria.

Brincadeira boa também

Era a de tentar enganchar

As cascas da laranja

Depois da gente chupar

No telhado da casa

Pra depois fazer chá.

Em um máquina de costura

Eu esbanjei imaginação

Transformando ela em carro

Eu dirigia sem direção

E quem aqui já teve um desses

Sabe o valor da diversão.

E agora o que vou dizer

Duvido alguém que diga

Que nunca em um jogo

Colocou nos dedos figa

Pra boicotar o outro time

Não minta que Deus castiga.

E por falar em mentira

Veja nos dedos da mão

Olhe bem nas suas unhas

E preste bem atenção

Se tiver uma mancha branca

Tu és mentiroso meu irmão.

E as brincadeiras de roda

Não tem como esquecer

Vou citar aqui algumas

Que vocês vão conhecer

Pois todos nós brincamos

Muito antes de crescer.

Atirei o pau no gato

A barata, borboletinha,

Alecrim, escravos de jó,

Cai cai balão, Terezinha,

Pirulito que bate bate,

Samba lê lê também tinha.

O clássico o cravo e a rosa,

O sapo não que lava o pé,

Um dois feijão com arroz,

Tinha o palhaço picolé

Marcha soldado, a canoa

E o pobre de marré, marré.

Essa cantigas que alegravam

As brincadeiras de roda

Foram e são importantes

E isso ninguém discorda

Ainda hoje quando escuto

A alegria em mim transborda.

Então transbordem também

Toda essa felicidade

Mostrem aos seus filhos

As brincadeiras de verdade

Regatem essa maravilha

Que tivemos nessa idade.

Mostrem a eles o que vocês

Brincavam quando criança

Instiguem ao contato

Para termos mais esperança

E a modernidade não estragar

Essa nossa linda lembrança.

A internet esta pra ajudar

Mas também é um vilão

E se você quer seu filho

Brincando com diversão

Saia dela você também

Dando exemplos meu irmão.

Troque o momento facebook

E Leve seu filho a um sarau

Troque a foto do instagran

Por um momento real

E a conversa do whats app

Pra brincar com ele no quintal.

Troque uma curtida

Pra te mostrar uma viola

Troque um comentário

Pra jogar com ele bola

E um compartilhamento

Pra levar ele na escola.

Compartilhem momentos

Pra que possam relembrar

Assim como essas brincadeiras

Que neste cordel está

Que foi feito pra que você

Pudesse aqui contemplar.

Com essas palavras finais

Simplesmente eu agradeço

Compartilhar as brincadeiras

Com vocês não tem preço

Aqui eu me despeço

E pra vocês eu confesso

Com elas rejuvenesço.

LEIDSON MACEDO FELIX

Capitão Jack
Enviado por Capitão Jack em 17/06/2018
Reeditado em 08/04/2020
Código do texto: T6366904
Classificação de conteúdo: seguro
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