DROGAS, ESTE MAL FATAL

Segundo últimas pesquisas

A cada oito segundos

A Nicotiana Tabacum

Faz uma vítima no mundo

Pois durante esse processo

De escrever esse verso

Vinte vidas foram ao fundo.

Diz um ditado antigo

Que conselho não se dá

Se conselho fosse bom

Nós teríamos que pagar

Porém contra essa visão

Deixo aqui um conselhão

Pra você nunca fumar.

Eu vou seguindo a pesquisa

Em minha linha de frente

E vejo entre os fumantes

No cigarro uma serpente

Me trás grande sofrimento

Ver que setenta por cento

Fumam desde adolescente

Mais de cinquenta doenças

O cigarro é causador

Desde um infarto instantâneo

A um câncer arrasador

Má circulação no sangue

Também um fatal derrame

E um corpo cheio de dor.

Pesquisas também apontam

Quem não fuma vive mais

Vinte a vinte cinco anos

Veja o que o cigarro faz

Mata mais que toda guerra

Espalhadas pela terra

Não deixa o fumante em paz.

Quatro mil e setecentas

Substâncias inaladas

E tudo isso se dá

Em uma única tragada

Quem fuma, porém não pensa,

Ou não quer ter consciência

Que caiu numa cilada.

De todas as substâncias

Falaremos com exatidão

Do monóxido de carbono

Nicotina e alcatrão

Sendo esse último citado

O que deve mais cuidado

Por ser o grande vilão.

O monóxido de carbono

Reduz a oxigenação

Entope os vasos sanguíneos

Ou causa dilatação

A extremidade do corpo

Acaba morrendo aos poucos

Levando a amputação.

A nicotina é cruel

Porque causa dependência

Você fica sem controle

Ela por você que pensa

Você acha que controla

Porém é ela agora

Que dita a sua sentença.

Mas dentre as três substâncias

Ele é o mais vilão

Eu estou falando dele

Esse tão de alcatrão

Pois reúne Chumbo, Arsênio

Polônio cruel ferrenho

Pra corroer seu pulmão.

Boca, laringe e estômago

Tudo o alcatrão arrasa

Causando cânceres terríveis

Deixando tudo em brasa

Seu corpo desfalecendo

E você apodrecendo

Num hospital ou em casa.

De cem por cento do câncer

Que ataca o pulmão

Noventa por cento dele

Tem o fumo por vilão

Pois o fumo é o culpado

De fazer tantos finados

Sem dó e sem compaixão.

Não vou mais me aprofundar

Falar de tantas doenças

Mas eu deixo o meu recado

A todo o jovem que pensa

Que nunca fumou na vida

Se quiser vida tranquila

Fuja dessa dependência.

Entretanto, se um dia

Você foi apresentado

A esse vilão astuto

E hoje é viciado

Creia que ainda há tempo

De sair do sofrimento

E um dia ser curado.

A gente de toda idade

Eu deixo aqui meus escritos

Nunca pense que domina

Esse tão maldito vício

Ele corrói teu pulmão

Acaba com teu tesão

E te leva ao sacrifício.

Deixemos aqui o cigarro

Para no álcool falar

Essa infeliz substância

Comprada em qualquer lugar

Vender para adolescente

É uma infração recorrente

Pois ninguém quer respeitar

A lei determina que

Adolescente ou criança

Não pode nunca comprar

Diz a lei com segurança

Porém não é respeitado

E em todo supermercado

Todos compram a substância

O apelo pelo uso

É bastante divulgado

Jornal e televisão

Anúncio pra todo lado

Comerciais engraçados

Mulheres e homens pelados

E o jovem entusiasmado

A Bíblia então nos descreve

O mal que o álcool traz

Quem não se lembra de Cã

Desmoralizar seu pai

Noé nu jogado ao chão

Sem nenhuma proteção

Sua moral se esvai

Quantas famílias desfeitas

Quantas desgraças no mundo

Quantos que perderam a paz

Quantos em coma profundo

Quantos ficam violentos

Acabam seus casamentos

Caem num abismo sem fundo

Milhares de mortes trágicas

Acontecem toda hora

Sob o efeito do álcool

A pessoa não controla

Os seus instintos fatais

Agem igual animais

Que a outro animal devora

Mesmo que haja campanha

Se dirigir não beber

O trânsito mais que a guerra

Faz a vida perecer

Motoristas embriagados

Dirigindo sem cuidado

Mata e nem quer saber

Por uma briga banal

De pessoa embriagada

Pode acabar em tragédia

Ou uma grande enrascada

O cara acaba matando

E depois só lamentado

Preso sem lembrar de nada

Porque o álcool entorpece

E faz perder os sentidos

A visão fica embaçada

Fica afoito o indivíduo

Na hora animação

Mas no outro dia então

Eis um ser arrependido

Tem gente que se habitua

A beber socialmente

Toma dois copos de vinho

E já é suficiente

Mas tem gente que é demais

Que bebe duas e quer mais

Fica porre finalmente

Grandes problemas na vida

O álcool pode trazer

Quantas oportunidades

Faz o indivíduo perder

Além disso, abre as portas

A outras drogas mais tortas

Que o faz mais padecer

É muito triste se vê

Alguém preso a esse vício

Perde família e emprego

Faz da vida um sacrifício

Perde filhos e mulher

Perde moral, perde a fé

Farrapo humano sem Cristo

O álcool vai corroendo

Desde a boca ao intestino

Laringe, esôfago e estômago

Deixa tudo destruído

Aparência envelhecida

Toda pele destruída

Levando ao fatal “destino”

Vira um farrapo humano

Corpo jogado ao chão

Um vivo “morto” andando

Com um copo sempre a mão

Rondando pelas cidades

Um fardo a sociedade

Mendigando sempre o pão

Tem um final deplorável

E morre como indigente

Vai parar em qualquer cova

Pra descansar finalmente

Talvez na ressureição

Jesus terá compaixão

E o verá como gente.

Portanto, meu caro jovem

Que alguma vez já provou

Essa desgraça maldita

Essa serpente sem cor

Amigo tome cuidado

Não se torne um viciado

Não caia nesse terror

Vamos deixar por enquanto

O álcool e suas mazelas

Para falar de outra droga

Que se alastra nas favelas

Mas entra em prédio de luxo

Fazendo um grande empuxo

Nos playboys e nas donzelas

A maconha é uma droga

Por muitos apreciada

Em vários outros países

Ela já é liberada

No Brasil há discussão

De se liberar ou não

Vivemos nessa enrascada

Há muitos que a defenda

Em favor medicinal

Para aliviar as dores

De alguém passando mal

Porém de forma adequada

Pra não cair na cilada

Do vício descomunal

Vamos nos deter agora

Na maconha e seus efeitos

Psíquico e social

Que deixa um homem sem jeito

Por ser uma droga ilícita

Vira caso de polícia

E desperta preconceitos

Usar Cannabis Sativa

Seja em qualquer quantidade

Será sempre um vagabundo

Pra nossa sociedade

Pois logo associamos

Ao roubo fatal nefando

E cenas de crueldade

Mesmo sabendo que

Nem todos são vagabundos

Já conhecemos o ditado

Falado por todo mundo

Todos pagam por um só

Sem piedade e sem dó

Assim funciona o mundo

O efeito da maconha

Nem pra todos são iguais

Porém há alguns sintomas

Dos quais se conhecem mais

Como o lapso de memória

De efeito transitório

São sintomas cerebrais

Assim como toda droga

A maconha é viciante

Quanto mais se usa ela

Mais dá vontade ao fumante

Quando se vê já estás

Nos braços de satanás

Nesse mundo “deslumbrante”

Então para ter coragem

O viciado quer mais

A solução para ele

Se encontra na droga audaz

E vai perdendo com isso

Família e compromissos

A confiança e a paz

Perde toda a confiança

O dinheiro e a moral

Pois pra ele a maconha

Nunca vai lhe fazer mal

Pensa que domina o vício

E seu corpo no sacrifício

No precipício fatal

Quando está na abstinência

Vem aquela sensação

De que vive só no mundo

Sem ninguém na proteção

Perde-se em pensamentos

Desespero e aborrecimento

O seu mundo é solidão.

Os efeitos são pequenos

Do que era no passado

Para ficar ”ligadão”

Era só um baseado

Agora se fuma três

E o corpo por sua vez

Não fica mais sossegado.

Mistura álcool e maconha

Cigarro pra completar

Vai o corpo envenenando

Mas ninguém pode falar

Pois se torna uma agressão

Aos que buscam solução

Ao viciado ajudar.

Como todos esses vícios

Passam a não fazer efeito

O viciado então busca

Outros sintomas “perfeitos”

Então vem a cocaína

Com a sua cor branquinha

Com “ligas” de outros jeitos.

É então na cocaína

Que agora vou me deter

Esse mal desolador

Te pega sem perceber

Ela te dá ilusão

Te transforma em valentão

Mas vai destruir você

Assim como a Cannabis

Substância natural

A Erythroxylum coca

É uma planta normal

Dos Andes originária

Substância ordinária

Causadora de tanto mal.

Quando estás sob o efeito

Dessa infeliz substância

O mundo se torna seu

No meio dessa festança

Mas no fundo é fracassado

Pois é mais um derrotado

Mais frágil que uma criança

Quando o efeito se esvai

Vem então a solidão

O colorido do mundo

Perde toda a sensação

Abre um abismo medonho

Não há mais lugar pra sonho

Tudo vira depressão

Pra compensar a derrota

Seu corpo quer sempre mais

Usa maiores porções

Fica esperto e audaz

Exímio conquistador

Muito alegre e falador

Pelo efeito que ela faz.

Porém o frequente uso

Dessa tal de cocaína

Faz sua boca ficar seca

Seu corpo fica mofina

Efeitos colaterais

Não lhe deixa mais em paz

Logo você alucina

Ver coisas que não existe

Um mundo de sensação

Chora e grita amedrontado

Mania de perseguição

Fica igual bicho do mato

Acuado como um gato

Que se esconde de um cão.

Quando não está drogado

Nada mais fica legal

Assim fica o viciado

Dentro desse jogo mal

Que para ficar em “paz”

Acaba querendo mais

Até a morte fatal

Fica cego para tudo

Rouba a mãe e o pai

Vende tudo que tiver

E atrás da droga vai

O conceito de família

Pai e mãe, mulher e filha

Vai por terra tudo cai.

Quando ele fica sem nada

De casa para vender

Perde toda a confiança

Emprego não vai mais ter

Na fissura da ilusão

Começa virar ladrão

Até a polícia prender

Quando então a cocaína

Não faz mais o mesmo efeito

O usuário procura

A “liga” de qualquer jeito

Então no Crack ele cai

Nos braços de satanás

Sem lar, sem par, sem respeito.

O nome crack é bonito

Quando se é campeão

Quando se torna um atleta

De nome e grande expressão

Mas quando é esse maldito

Nada mais fica bonito

Com ele é só perdição

Na linguagem popular

Crack é o fim da picada

É o fosso mais profundo

É a terra assoreada

É morte rindo a espreita

É torrente na colheita

Morto vivo na calçada

O crack é uma mistura

Do resto da cocaína

Porém a mais viciante

Das substâncias malinas

Quem cair nessa esparrela

Se não sair com sequela

É por proteção divina.

Segundo especialista

Já na primeira tragada

O vício lhe toma conta

Começa infeliz jornada

Pois uma vez viciado

Torna-se um escravizado

Dessa vida desgraçada.

Quanto mais se usa o crack

Mais uso se quer fazer

Porque seu efeito é rápido

Você usa até morrer

Pois ele lhe tira a fome

Muito rápido lhe consome

Até desaparecer

Seu veneno é parecido

A mais fatal das serpentes

Nem a tão temida naja

Mata assim tão de repente

Nem mesmo a TAIPAN temida

Destrói tão rápido a vida

Como esse vício insolente.

Hoje o Crack é encontrado

Em muitas partes do mundo

Por ter valor muito baixo

Se torna grande o consumo

Para atenuar a fome

Muitos carentes consomem

Esse cão sujo e imundo.

Mas se engana quem pensa

Que somente os mais carentes

Sofre com essa mazela

E se torna um doente

Muito rico se desgraça

Perde tudo na fumaça

Cai no laço da serpente

O crack é o último estágio

Na vida de um ser humano

Quando se trata de drogas

Ele é o soberano

Pano de chão ele faz

Te arranca toda a paz

Te põe no mundo profano.

Quando você cai no crack

Você perde a identidade

Ninguém mais te reconhece

Como gente de verdade

Você fica igual zumbi

Todos vão passar por ti

Mas olham por caridade

Pense então num tsunami

Vendaval ou furacão

Que quando passa destrói

Casa prédio ou barracão

A vida assim que se parte

De um viciado no crack

Em plena destruição.

Quando se cai nesse estágio

Pra voltar é mais difícil

Porque você já sem força

Só espera o sacrifício

Porém quem quer não se cansa

Enquanto vida esperança

Pra sair do triste vício

Já falamos do cigarro

De álcool, crack e maconha

Da infeliz cocaína

Das substâncias medonhas

Que arrasa os pulmões

Destrói muitos corações

E deixa a vida enfadonha

Peço licença agora

Pra falar de anfetaminas

Essa droga perigosa

Sonho de muitas meninas

Pra ter um corpo perfeito

Ingerem de qualquer jeito

Como qualquer vitamina

As anfetaminas são

Tanto lícitas quanto ilícitas

Mas na grande maioria

Não é caso de polícia

Porém o êxtase malvado

E o “rebite” danado

São usados com malícia

Ligados na propaganda

Que vem da televisão

Aquela mocinha magra

Corpinho de violão

Mal sabemos o sacrifício

Para aquele corpo postiço

Poder virar sensação

Nós sabemos que gordura

Quando demais é doença

Porém não vamos sair

Fazendo o que se pensa

Correr atrás de saúde

Sem um médico que ajude

É ditar nossa sentença

Por isso caros amigos

Meu recado eu vou deixar

Se você tiver gordinho

E isso o incomodar

Consulte um médico primeiro

Não vá gastar seu dinheiro

Pra se automedicar

Outro recado que deixo

E não falo por despeito

Pra você nunca cair

Nesse papo sem respeito

Não procure a perfeição

Isso é só enrolação

Desse tal corpo perfeito

Usar essas substâncias

Não vai fazer-te feliz

Pois quem gostar de você

Não vai torcer o nariz

Quem ama não se acanha

Por um pouquinho de banha

Seguir outra diretriz

Essa substância lícita

Vendida em qualquer farmácia

Vai lhe trazer euforia

E logo a sua desgraça

Como outra droga serpente

Faz você ser dependente

E depois virar fumaça.

Causa irritabilidade

Faz o seu sono perder

Seu apetite se acaba

Você deixa de comer

Emagrece com certeza

Causando tanta fraqueza

Faz você se arrepender.

Te causa taquicardia

Nas artérias contração

Podendo ter um derrame

Com aumento de pressão

Veja quando sofrimento

Te trás um medicamento

Tomado sem prescrição.

Por isso caro leitor

Que está lendo isso agora

Pegue toda anfetamina

Que comprou e jogue fora

A não ser a que comprou

Com carimbo do doutor

Tome certinho na hora.

O meu recado agora

É para a linda mulher

Que olha para o espelho

Cada vez mais ela quer

Ficar igual a modelo

Que quando anda faz medo

Quase não se põe de pé.

A televisão nos vende

Um mundo de fantasia

E muitas vezes nos traga

Por termos mentes vazias

A tv é ilusão

Um mundo de enganação

Não o nosso dia a dia

Se a sua gordurinha

Deixa-lhe um pouco acanhado

Então procure malhar

Um pouco até mais pesado

Porém procure quem sabe

Um instrutor de verdade

Mas que seja acompanhado

Pois ingerir droga a esmo

Assim de um modo errado

Pode lhe causar transtorno

Doença pra todo lado

Você num grande tormento

Com enorme sofrimento

Podia ter evitado.

Desde o princípio de tudo

De nós a droga faz parte

Ainda lá nas cavernas

O homem fazendo arte

Quando a doença atacava

Toda droga que encontrava

Servia de baluarte

O homem então foi crescendo

Em sua investigação

Descobrindo cada droga

Aprendendo a lição

Mesmo sendo cauteloso

O homem é muito teimoso

Às vezes perde a noção

E quando está sem noção

Em risco coloca a vida

Ingerem drogas a esmo

Sem peso e sem medida

Ingere qualquer besteira

Até cocaína cheira

Ou toma qualquer bebida

Meu caro leitor amigo

Que acaso venha ler

Esse meu mal feito escrito

Peço perdão a você

Por ter ficado falando

Nesse mal triste e profano

Mas precisava escrever

Penso eu que toda droga

Tá em prol da humanidade

Precisa ser pesquisada

E ver sua afinidade

Todas levam ao sacrifício

Mais também trás benefícios

Quando tem finalidade.

No entanto toda droga

Precisa ser evitada

Pois todas trás prejuízo

Se for mal utilizada

Evite essa serpente

Que te pica de repente

E te mata da picada.

Aqui vou me despedindo

Porém prometo voltar

Novos rolos vão surgindo

Somente pra te informar

Porque meu leitor querido

Pode até chorar comigo

Se eu não incomodar

Se você leitor querido

Tá vivendo esse dilema

No uso de alguma droga

Preso em algum problema

Eu só quero que com calma

Eu penetre em sua alma

Através desses poemas

Não pense que meus escritos

Vem para te criticar

Longe de mim, quem sou eu?

Para querer te julgar

Só quero que compreendas

Se estás nessa contenda

Não deixe o vício ganhar.

Joel Marinho