ANALISANDO O HINO NACIONAL (De forma hilária)

Quando Osório Duque Estrada
Escreveu o nosso Hino
Que me perdoem os mais críticos
Mas digo o que estou sentindo
Acho até que ele estava
Umas vodcas consumindo.
 
Pois as duas margens “Plácidas”
Ouviram do Ipiranga
Só não me pergunte o quê
Ele estava meio Panga
Sei que é licença poética
Ó meu leitor, não se zanga
 
Como explicar o “Fulguras”
E o “Lábaro” estrelado
E o “Florão” da América
Para um pobre coitado
Tão fora do seu real
Parece um mundo encantado.
 
Ó grande Duque-Estrada
Sou de ti admirador
És mesmo um camarada
Das letras conhecedor
Mas não dosou as palavras
A um povo sofredor.
 
Não vamos pousar de vítima
Porém vamos ser real
Ao escrever nosso hino
Qual a cachaça afinal
Que o senhor ingeriu
Acho que ela lhe fez mal.
 
Qual o sentido afinal?
Cantar nosso lindo hino
Se a grande maioria
Já sabem o seu “destino”
Me coloco no lugar deles
De quando eu era menino.
 
Eu cantava obrigado
Porém não entedia nada
Mas tinha que acompanhar
Toda aquela patuscada
Com a barriga roncando
Querendo voltar pra casa.
 
E hoje já homem feito
Penso o quanto fui tolhido
Da liberdade que tenho
Hoje depois de crescido
Rezar e cantar o hino
Nada a mim foi acrescido.
 
E até hoje não entendo
O diabo dessa “viagem”
Como foi que Duque-Estrada
Conseguiu essa miragem
Em ter visto o Ipiranga
Num bate papo de tanga
Conversando com as margens.

JOEL MARINHO