O PESCADOR E A COBRA!

Nesses versos bem rimados,

Vou falar com precisão,

Dum amigo pescador,

Morador desse torrão,

Que me confidenciou,

Que certa vez avistou,

Uma cobra no Boqueirão.

Para assombrar os banhistas,

E quem gosta de pescaria,

Ele saiu lá pra rádio,

Logo cedo um certo dia,

E com audácia de sobra,

Disse ter visto uma cobra,

Num local que sempre ia.

Estava mais um amigo,

Que nunca fez nada a toa,

Na barragem boqueirão,

Numa pescaria boa,

Quando ele de repente,

Avistou uma serpente,

Bem ao lado da canoa.

Ele ficou assombrado,

Seu amigo muito mais,

Virou para ele e disse:

Olhe essa cobra rapaz,

Que se mexe aqui do lado,

É uma cobra de veado,

Braba feita o satanás!

Valei-me ó Jesus Cristo!

Minha mãe nossa senhora

Vamos sair da canoa,

Pegar tudo e dá o fora,

Que o diabo dessa serpente,

Se vier pegar a gente,

Sei que ela nos devora!

Voltaram para a cidade,

Ao chegar disse em bom tom:

Eu vi uma cobra grande,

Igualzinha a de Disom!

E com essa presepada,

O povo deu gargalhada,

E ele não achou bom.

Até hoje o pescador,

Inda fala da serpente,

O povo não acredita,

Pois dizem que ele mente,

Porém ele diz: destar

Eles vão acreditar,

Quando a cobra engolir gente!

(RAINILTON DE SIVOCA)

Rainilton poeta
Enviado por Rainilton poeta em 11/08/2019
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