O PESCADOR E A COBRA!
Nesses versos bem rimados,
Vou falar com precisão,
Dum amigo pescador,
Morador desse torrão,
Que me confidenciou,
Que certa vez avistou,
Uma cobra no Boqueirão.
Para assombrar os banhistas,
E quem gosta de pescaria,
Ele saiu lá pra rádio,
Logo cedo um certo dia,
E com audácia de sobra,
Disse ter visto uma cobra,
Num local que sempre ia.
Estava mais um amigo,
Que nunca fez nada a toa,
Na barragem boqueirão,
Numa pescaria boa,
Quando ele de repente,
Avistou uma serpente,
Bem ao lado da canoa.
Ele ficou assombrado,
Seu amigo muito mais,
Virou para ele e disse:
Olhe essa cobra rapaz,
Que se mexe aqui do lado,
É uma cobra de veado,
Braba feita o satanás!
Valei-me ó Jesus Cristo!
Minha mãe nossa senhora
Vamos sair da canoa,
Pegar tudo e dá o fora,
Que o diabo dessa serpente,
Se vier pegar a gente,
Sei que ela nos devora!
Voltaram para a cidade,
Ao chegar disse em bom tom:
Eu vi uma cobra grande,
Igualzinha a de Disom!
E com essa presepada,
O povo deu gargalhada,
E ele não achou bom.
Até hoje o pescador,
Inda fala da serpente,
O povo não acredita,
Pois dizem que ele mente,
Porém ele diz: destar
Eles vão acreditar,
Quando a cobra engolir gente!
(RAINILTON DE SIVOCA)