COMO NUM SONHO

Era tudo tão perfeito

Paz e amor predominavam

Homem, menino e mulher

Livremente transitavam

Gente era sempre gente

Independente da cor

Branco, negro, quilombolas,

Se tratavam com amor

Crentes, céticos e espiritas

Se ajudavam com fervor

Doutor, gari e pedreiros

Se abraçavam com calor.

As metas eram traçadas

Sempre pra o bem da nação

Ninguém ousava plantar

A tal alienação

A política era voltada

Para o desenvolvimento

A educação do país

Gerava contentamento

Todos tinham moradia,

Saúde e segurança

Não havia a falcatrua

Que gera insegurança

A fila do hospital

Era algo inexistente

E a nação como um todo

Interagia contente

Os indefesos velhinhos,

Pessoas “deficientes”

Órfão, viúa e gay

Transitavam sorridentes

E assim como na canção

Que retrata as emoções

O amor era a munição

Que carregava os canhões

Então pensei: impossível

Um mundo assim só de paz

Tranquilidade indizível

Será que o mundo jaz?

Fiquei contente em saber

Que ainda habito à terra

Embora lamente dizer:

Do sonho voltei pra guerra

Ibimirim, 08/12/19

Cláudia Rosa.

Cláudia Rosa
Enviado por Cláudia Rosa em 08/12/2019
Reeditado em 02/01/2020
Código do texto: T6814291
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