Lázaro Barbosa o terror de Goias
Lázaro o terror de Goiás
Parte I
Descrevo nesse cordel
Fato orrendo e assustador
De um sujeito perigoso
Frio, astuto e estuprador
Este é Lázaro Barbosa
Um Calculista sem amor
Desde bem criancinha
Tinha má comportamento
Seu pai afirmou ao jornal
De tenta-lo ao alinhamento
Porém o monstro não quis
Preferiu ser mesmo violento.
O criminoso Lázaro Barbosa
Natural do Estado da Bahia
Bem cedo foi para o crime
E as primeiras vítimas fazia
Estuprar e derramar sangue
Era o que lhe causava alegria
Sua ficha é bastante extensa
No mundo da crueldade
Já foi preso diversas vezes
O liso foge com facilidade
Por onde esse crápula passa
Deixava tristeza e atrocidade
Como se já não bastasse
A desgraça da pandemia
Causando o maior estrago
Fazendo vítimas sem quantia
Agora aparece um monstro
Que o mundo não conhecia.
Era dia nove de junho
De dois mil e vinte um
Dia como outro qualquer
Não tinha nada incomum
Má notícia espalhou-se
Foi grande o zum, zum.
Crimes que chocaram o mundo
Na região interior de Goiás
Quatro vítimas de uma família
Dois adolescentes e seus pais
Assassinados por Lázaro Barbosa
Um fiel discípulo de Satanás
Depois da bárbara chacina
O danado se escondeu
Evadiu-se mata a dentro
Em outro lugar apareceu
Fez de vitas outra família
Operando nos moldes seu.
Virou tarefa da polícia
Prender o maldito assassino
Que não tem dó de ninguém
Seja velhos, adulto ou menino
Na mata virou uma lenda
Sobreviver virou seu destino
Toda a polícia está inquieta
Igual nos tempos de Lampião
Reuniram todas as tropas
De carro, moto, barco e avião
Contam com cães farejadores
Para capturar a assombração.
Na selva ele é perito
Sabe então se camuflar
Passa seis horas na água
Sem ao menos respirar
As buscas cessando a noite
Sai ele para de novo atacar.
A mídia inteira comenta
Virou noticiários internacionais
Também é xacota no Tik Tok
Em outras plataformas digitais
O certo é que ele está famoso
A história está indo lonje de mais.
Uns dizem ele ser encabojado
Outros dizem ser feiticeiro
Sei que o Brasil está com medo
Desse homem hostil e ligeiro
Muitos buscam rezas e orações
Para terminar esse pesadelo.
O cerco parece fechar
Para esse cavalo do cão
Que se esconde entre as pedras
Em oco de pau e no chão
Lázaro desafia a justiça
Mais um dia ele vai pra mão.
Já se foi aquele tempo
De vangloriar cangaceiro
A polícia está aí de pé
Para encontrar o bagunceiro
Morto ou vivo vai aparecer
Para a calmar o país inteiro.
Fica o poeta por aqui
Acompanhando pelo jornal
Só de ouvir o nome Lazaro
Já começo passar mau
Imagine se eu visse ele
De certo pararia no hospital.
Lázaro Barbosa o terror de Goiás
Parte II
Lázaro Barbosa o terror de Goiás
Parte II
Caro amigo leitor
Conforme havia prometido
Volto a falar sobre Lazaro
Um bandido muito temido
Seu perfil no mudo do crime
Fez dele um ser conhecido.
Todos conhecem a história
Não é um filme de ficção
O tal que desafiava a justiça
Parecia não pisar nesse chão
Poucas pistas ele deixava
Temendo ir parar na prisão.
Diziam ter pai de santo
O bicho era estranho de mais
Embrenhou-se na floresta
Deixando poucos sinais
A polícia usou a inteligência
Não admitindo ficar para atrás.
Usaram drones com infra vermelho
Fizeram barreiras de isolamento
Delimitaram em metros quadrados
O espaço que o tal estava dentro
Ao checar o círculo por inteiro
Só restava insatisfação e lamento
Foram vinte dias de caçada
Até surgir o bom resultado
Ao mudar a linha de investigação
O danado foi encurralado
Tinha um enfeliz fazendeiro
Acobertando o procurado.
O velhinho fazendeiro
Que se apresentava fragilizado
Era um líder de uma quadrilha
Que aterrorizava aquele estado
Praticava todos os crimes
Inclusive nos roubos de gado
Lázaro não era esperto
Agia com ajuda de comparsa
Mas ele sabia que a casa caia
Que uma hora terminaria a farsa
Mesmo assim não se entregou
E continuava a mexer a masa .
Por meio de uma denúncia
Poderam então o localizar
Deram ordem de prisão
Para que pudessem se entregar
Mais o peça rara não quis
E a tiros começou a revidar
O estado que tem a força
E anda fortemente armado
Respondeu a Lazaro com tiros
Em pouco instante foi acertado
Trinta e oito balas lhe abateram
O delinquente caiu ali esticado
O cordelista deixa a mensagem
Para quem pretende ser bandido
Procure luz e não as trevas
Morcego é quem come escondido
Para essa gente tem dois caminhos
Vai ficar preso ou ser abatido.
Gratos sejamos as polícias
Que aí estão para nós defender
Saem de casa todos os dias
Num ofício de viver ou morer
Rogamos sucesso as eles
Que Deus possas os proteger.
Deixo aqui o meu abraço
Para o querido leitor
Que pediu a segunda parte
Dessa história de terror
Não gosto de má notícias
Divulguei no ofício de escritor .
Adão Almeida