O perigo da proliferação das Bets e dos jogos do Tigrinho
Estou, há meses, pensando e reprimindo a vontade de escrever sobre o fenômeno maligno e ignominioso das Bets (apostas) e dos jogos de azar, o "Tigrinho".
O caso do jogador Bruno Henrique, do Flamengo, investigado pela Polícia Federal, deveria servir de lição para os famosos e para aqueles que querem dinheiro fácil, mesmo já sendo milionários, com o vício e a infelicidade alheia.
Jogos viciam, destroem famílias, geram dependência, escravidão, suicídios e morte.
Até pessoas que recebem "Bolsa Família" estavam usando o dinheiro do benefício para apostas, deixando de comprar alimentos para seus filhos sendo levados pelo vício.
Hoje, infelizmente, quase todos os clubes da série A do Campeonato Brasileiro, são patrocinados por casas de apostas. É triste contemplar, nos jogos de futebol, propagandas de Bets por todo o estádio. Dificilmente uma transmissão de jogos não tem o patrocínio maldito de casas de apostas.
Galvão Bueno, que sempre foi a voz do esporte nacional e que recebia salário milionário da Rede Globo, sucumbiu à tentação do dinheiro fácil e começou a fazer propaganda para uma famigerada Bet, com a desculpa esfarrapada de que os jogos que ele promove são legalizados. Na busca incessante pelo dinheiro, ele jogou sua história na lama e seu sucesso como apresentador esportivo na lata de lixo da história.
Cada artista, personalidade, influencer e atleta que utiliza do seu prestígio e fama para fazer propaganda para Bets ou para jogos do Tigrinho é responsável por viciar milhões de pessoas, pelo suicídio de milhares e pela destruição de centenas de famílias.
Poucos são aqueles que resistem à tentação do dinheiro fácil, como o técnico Felipe Luiz e o ex-jogador Diego Ribas. Este último fez um vídeo brilhante e necessário denunciando o esquema de apostas e sua capacidade de destruição de vidas através do vício e da dependência química.
Ao ver artistas oriundos de comunidades carentes que "venceram na vida", ficando ricos com sua arte, fazendo propaganda de Tigrinho, no Instagram, percebo como as pessoas não evoluem como seres humanos e não percebem de onde saíram e o mal que estão causando, viciando pessoas pobres que, no dia a dia, já passam por extrema necessidade.
Devemos nos unir aos poucos artistas, desportistas e influencers que levantam suas vozes e denunciam esse grande mal na sociedade que é a proliferação mundial dos jogos de azar.
Vamos nos unir a essas poucas pessoas do bem e denunciar esse grande mal social.