SURREALIDADE
Sábado, 10 de Maio de 2025.
Alguém poderia rotular este país. Teria até muitas possibilidades de o fazer. E nem seria difícil escolher tal rótulo. Assim, bem que se pode considerá-lo como um país surreal, tantas são as circunstâncias que o envolvem.
Atualmente, nos âmbitos político e judiciário, são férteis os acontecimentos para isto. São muitos imbróglios. Momentâneos, diários, semanais...e vai por aí. Mas as circunstâncias vão se agravando a cada dia que passa.
Choca é ver alguém, ou muitos, até, comentarem que o país está sob ditadura. E, diferente de todas elas mundo afora, a nossa está submetida ao Supremo Tribunal Federal, SFT. E sob o comando quase que absoluto do ministro Alexandre de Morais.
Nesta semana pudemos ver uma certa reação do Congresso Nacional, ao vê-lo aprovar a neutralização do processo das penalidades de alguns dos envolvidos no que chamam "golpe do 8 de Janeiro de 2023". E foi uma algazarra fenomenal. Ou melhor, está sendo.
E nada parou por aí. Logo veio a reação do mesmo STF em neutralizar esta decisão. E fica esse jogo. Um puxando prá cá, outro pra lá. E aí cabe uma indagação. Até quando se sustentará tal situação?
Segundo especialistas de leis e de institucionalidades, todo esse processo, desde seu início, não possui nenhuma legalidade, haja vista que há réus respondendo a tal processo, bem como outros já condenados, que não estariam subjugados ao domínio do STF, e sim de primeira instância.
Algumas dessas pessoas especializadas nesses assuntos, dão conta da imensa inconstitucionalidade perpetrada por aquele ministro, bem como alguns de seus pares no mesmo tribunal. Daí que coloca em risco a nossa própria segurança jurídica.
Segundo uma delas, o Ex-Desembargador Sebastião Coelho, ele diz livremente que aquele ministro "é um criminoso". Espantosamente isso não repercute em lugar algum. Pelo menos por enquanto.
Lastimável é assistir-se um Congresso Nacional derespeitar a população do país, não tomando as medidas legais que caberiam nesses imbróglios todos. À boca pequena têm quem comente que ambos os presidentes dessas casas no Congresso Nacional, estão profundamente comprometidos com atos nada lícitos em suas vidas particulares. Com processos rolando nesse mesmo STF. Isso dá munição aos ministros de os pressionarem a agir a seus favores.
Enfim, não há como desfazer essa surrealidade circunstancial que o país enfrenta. Vida que segue...