Ele queria. Mas começou a achar que talvez estivesse querendo sozinho.

Ele queria. Mas começou a achar que talvez estivesse querendo sozinho.

No começo, ela parecia interessada. As conversas fluíam, havia um brilho diferente em cada troca. Ele se pegava sorrindo depois de falar com ela — e não era qualquer sorriso, era aquele meio bobo, que vem quando alguém realmente mexe com a gente.

Mas então… ela sumiu um pouco. Demorava a responder. Não puxava mais papo. E ele, que estava tão certo de que algo ali valia a pena, começou a duvidar. Será que exagerou? Será que ela só foi gentil e ele confundiu? Ou será que ela também queria, mas estava tentando esconder?

Pensou em mandar mensagem, mas segurou. Mandou outra, mas não insistiu. Deu espaço — porque aprendeu, talvez com as dores passadas, que insistir onde não há reciprocidade machuca mais quem fica do que quem vai. Mas a verdade é que ele esperava que ela aparecesse. Nem que fosse só pra dizer “oi”.

E enquanto ela testava se ele viria, ele testava se ela sentiria falta.

Dois orgulhos em silêncio. Dois quereres abafados.

E nenhum dos dois sabendo que talvez, bastasse um gesto simples, um toque leve… pra tudo começar de verdade.