O POSSÍVEL

Quando ainda não conseguimos conscientemente separar o que nos é possível do impossível, devido o devaneio da nossa mente, galgamos as mais altas torres e viajamos às estrelas criando em nossa cabeça, objetos e veículos capazes de satisfazer tal empresa.

Nossa mente ainda ilusória torna possível o que até então não foi tentado .

Porém, quando nos deparamos com uma falha em qualquer um dos objetos criados para a empreitada, paramos a louca e cega corrida e procuramos a razão.

Neste momento começamos a sentir que nem tudo ainda é possível como se imaginava. Começamos a refletir sobre o problema surgido. Surge dentro de nós o processo que poderíamos chamar de destruição para uma nova caminhada.

Então passamos a dar o devido valor às dificuldades. Nossa mente antes sequiosa passa a ser comedida. Onde tudo parecia ser possível, passa a análise. Uma análise reflexiva. Vamos destruindo tudo então outrora pensado que não seja possível e lógico.

Procuramos através do estudo, algo concreto que possa preencher os espaços que ficaram vazios. Quanto mais aprendemos, julgamos menos saber. Sabendo, porém que agora estamos aprendendo algo concreto, palpável e não uma abstração como outrora.

Passamos então a trilhar um caminho, enquanto o amadurecimento se processa. Vamos deixando para traz a imaturidade, desagregamo-nos de valores e idéias falidas que já há muito obstruíam nosso caminho rumo ao conhecimento.

O homem de outrora quase irresponsável pela ignorância, passa a dar o justo valor ao conhecimento, saindo, assim, do que se poderia chamar de eterna infância.

VEM-03/03/71-

Vanderleis Maia
Enviado por Vanderleis Maia em 14/07/2008
Reeditado em 09/07/2009
Código do texto: T1080454