Nova era

E a árvore havia crescido. Seu tronco erguia-se quase até tocar o céu. As cascas duras e apodrecidas caíram-lhe aos pés. Delas servira-se para crescer. Delas se alimentaria para florescer. De seus galhos, em chuva de folhas, deslizavam parasitas em flor. Belas flores! Frondosa, oferecia sombra e paz. Do alto, cantavam passarinhos, hóspedes perenes de seu paciente amor. As borboletas voejavam aqui e ali, por entre suas entranhas, tão estranhas.

Abraçada, à ela, compreendi: era o momento e tudo haveria de ser. Bastava, como ela, deixar acontecer.

Linda Maria
Enviado por Linda Maria em 13/04/2005
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