Dia do Perdão.

O Yon Kipur, Dia do Perdão, teve início no crepúsculo de ontem e se encerra ao por do sol de hoje. Nesse que é um dia significativo da religião judaica há expiações, proibições e orações.

Não pretendo me alongar sobre o Kipur, apesar de respeitar e achar bonito seus rituais. Não nasci judia, nem me converti, no máximo sou descedente de cristãos-novos e fui batizada na pia católica, por isso tomei um banho prazeroso, passei hidratante no corpo e apesar da dieta não farei jejum.

Empresto deles, os judeus, a data para falar sobre o perdão, tema que considero da maior importância.

Recorro sempre ao perdão nos meus textos, pois perdoar e ser perdoada faz parte das minhas prioridades. Só ama plenamente quem sabe perdoar, o que não é tão fácil.

Sou inclinada ao perdão. Perdôo sempre a quem amo. Esse bem que poderia ser meu lema. Aqueles com quem tenho uma relação de afeto verdadeiro são facilmente perdoados. E quando eu falho dou um jeito de me desculpar.

Porém, quando a minha entrega é usada para me ferir é muito mais difícil perdoar. Quando alguém com quem não tive tempo de edificar laços, insiste em me ferir sem motivos, também tenho dificuldade em perdoar.

Perdoar nem sempre é voltar a ter a mesma relação de antes com o perdoado. Perdoar é não sentir mais mágoa o que não significa se expor novamente ao sofrimento.

Naturalmente há situações onde perdão permite um recomeço ou a continuação da relação. Depois de se perdoarem duas pessoas podem alcançar um relacionamento melhor, com base no arrependimento e na verdadeira intenção de conviverem em harmonia.

Assim vou vivendo e dedicando atenção especial ao perdão nas relações comigo mesma, com Deus e com quem convivo. E pretendo alcançar naturalmente a capacidade de perdoar totalmente a quem ainda não consegui desculpar.

Evelyne Furtado, em 09 de outubro de 2008.

Evelyne Furtado
Enviado por Evelyne Furtado em 09/10/2008
Reeditado em 09/10/2008
Código do texto: T1219550
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