Interiorização de uma maldição

Esta crônica se deu, ao comentar justamente uma crônica com o mesmo mote.

É um fato real e triste. Visto no mundo todo, há a concientização, mas faltam atitudes. Já me questionei algumas vezes.

Porque nos sentimos atados perante tantas guerras, tantas mortes de pessoas indefesas. O que fazem a ONU, os órgão de direitos humanos, as entidades pacifistas.

Aqui no Brasil, também temos nosso alicerce de Viva Sem Guerra, mas, tem um lado pouco desconhecido pelos brasileiros.

Que de certa forma, não deixa de ser uma guerra [omitida]. Enquanto o povo brasileiro se preocupa com taxas de juros, os famosos mensalões, os atos de corrupção; um povo pra ticamente esquecido pelo resto do pais, sofre numa guerra chamada apoderação.

Nosso norte do pais está praticamente tomado por americanos e japoneses. Aldeias indígenas protegidas pelo famoso IBAMA, que compactua com essa invasão. E tantas outras famílias que para transitarem em algumas estradas precisam de autorização para cruzar ou não uma cidade.

Cada dia que passa, perco a vontade de ver um noticiário. Sabem mostrar, provam os atos, e ninguém faz nada. Não existe direitos humanos para as crianças do oriente médio viverem uma infância sem ter de ouvir uma rajada de tiros ou o estrondo de uma bomba, de mães se orgulhando ao ver seus filhos pequenos já armados, aprendendo a serem guerrilheiros.

Os direitos de não se passar fome, de ter uma vida no mínimo digna de ter um teto, água potável, higiêne. Os direitos de um adolescente poder ter um diploma universitário, sem ter de concorrer com mil centos de outros, por uma vaga na universidade.

Dos aposentados, terem uma vida de respeito, depois de dado tanto do sangue em anos de trabalho, a ter de se sujeitar a provar que está vivo para poder receber seus benefícios; e tantos outros direitos que nos são cabíveis, e simplesmente nos tiram sem mais e nem menos prévio aviso. Salários injustos; por vezes me pergunto: Será que não saímos da escravidão?

Se compararmos, não deixamos de ser escravos. O povo trabalha demais e não ganha o que lhe é merecido, e a minoria, os "poderosos", mandam e ficam com a maior parte do bolo. Somos escravos de classe média, e infelizes são os que vivem na miséria. Comparados a que? Aos quilombos. Os fugitivos, que viviam dos restos, do medo, de serem apanhados e mortos.

Assim como, as leis punem aos pobres que devem ao tesouro público, enquanto os xerifes roubam e apenas têm seus mandatos caçados, sem mais nenhuma punição.

Isso não é Guerra? Não é terrorismo?

É a Guerra da SOBREVIVÊNCIA!!!!! Vivemos um holocausto sem grades e cercas elétricas, mas o tratamento é o mesmo

Anna Müller
Enviado por Anna Müller em 16/03/2006
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