O CAMINHO MAIS CURTO. 
ANA MARIA RIBAS.

O caminho mais curto para o coração é o amor. Não há como viver prescindindo do amor. O amor nos mínimos gestos são como gotas de um elixir divino que  traz vida instântanea. Que ressuscita mortos. Seus efeitos não duram muito tempo, por isso o manancial precisa ser inesgotável. Um manancial a que você possa recorrer quando tem sede.
 
No Natal, na Páscoa, no aniversário, nas datas comemorativas de maior significado, recebemos doses exageradas de amor e esquecemos de tudo: só o amor nos contempla com nossos olhos baços.
 
Quero registrar o meu amor incondicional, nos 365 dias do ano pelas seguintes pessoas maravilhosas da minha vida, sem muitas maravilhas: Lourdinha Farinazzo Medeiros, Marcos e Fabiana Bonadio, Cristina e Antonio Mário Piffer, Luciane e Henrique Sass, Cidinha Moré, Douglas Vilcinskas, Marina Bernardelli, Michele Moré, Érica Bueno, Zélia Maria Freire, Tereza Camargo, Claudia Cabral, Jefferson Amaral – vocês se superam na capacidade de me amar.
 
E quero que continuem me amando pelo séculos dos séculos, porque amar é bom e eu preciso. Prometo não prometer nada em troca, porque amar é verbo fácil de conjugar e difícil de converter em atos concretos. Mas o amor prescinde de atos concretos. Os atos concretos do amor podem ser guardados para os momentos de celebração, ou quando a situação exija uma maior fidelidade. Quando a “coisa” aperta.
 
 Eu não prometo manifestar concretamente o meu amor por vocês, todos os dias da minha vida, mas prometo continuar amando vocês, apesar de esconder e/ou  revelar esse amor na palma da minha mão fechada e dura.  E prometo também não cobrar quando o amor não me vier em borbotões, ou em conta gotas, porque sei que, muitas vezes, Deus precisa nos deixar na solidão para que Ele possa ser o nosso único amigo e conquistar, de vez, um lugar de honra em nosso coração.
 
Por último, um carinho especial a um casal(zinho) que eu amo de paixão: Beto e Ni. Beto é, para mim, o símbolo do amor profundo de um homem por uma mulher. Pois ele, dentista no Rio de Janeiro, com clientela conquistada há 1.500 anos, deixou o passado para trás, deixou o mar aberto para conquistar uma enseada: veio morar na pequena Cruzeiro do Oeste, exatamente na última casa, da minha rua. Tudo por causa de Ni- minha amiga Ni- que numa sala de bate papo virtual, revelou-se tão femininamente humana e real,  que  a Beto não houve outra condição, senão se tornar genuinamente cruzeiroestano- por amor a Ni, e à nossa cultura interiorana. Azar das cariocas, sorte da Ni.   E lá já se vão, 5 ou mais anos, - faz tempo, hen?-  que ambos vivem uma história de amor quase impossível.
 
 O amor de vocês Beto e Ni,  me soa tão belo quanto um conto de fadas: eu nunca vi dois pombinhos que gostam tanto de um ninho. A qualquer hora do dia ou da noite, Beto e Ni estão no ninho. Não consigo mais achar uma brecha para conversar com esses dois. Chego lá, e vou entrando porque sou de casa.  A porta da casa está sempre aberta nessa enseada de tranquilidade,  mas a porta do quarto está sempre fechada – eis ali o ninho. Muita paixão nem sempre precisa ser tempestade. Eita trem bão.
 
 Obrigada por sairem do ninho ontem, para me trazerem esse belíssimo dvd que tem cheiro de infância para Beto e para mim – somos contemporâneos. E na arte como na vida, aquele tempo era, e ainda é, um tempo de sonhar e ser feliz. Seja pois feliz Luiz Roberto, na medida plena da sua felicidade e faça a Ni feliz com a sua plenitude tão plena.
 
Foi bom ouvir a linguagem do amor de cada um de vocês. Cada pessoa tem uma linguagem de amor que não pode ser revelada – precisa ser descoberta. Os que descobriram a minha linguagem de amor, terão de volta ainda mais amor. É a lei do retorno e não fui eu quem inventei.
Ana Ribas
Enviado por Ana Ribas em 01/11/2008
Reeditado em 08/11/2008
Código do texto: T1259732
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