MARINÍSSIMA


Quem conhece, sabe: Marina Bernardelli Rocha é digna de uma jornal inteiro, não só de uma crônica. Essa mulher, essa moça, essa menina, essa bebê, é a caçula do clã Bernardelli, a irmãzinha dentre os treze irmãos do Ivo.



 

A mais amada e a menos compreendida.
 Quem consegue compreender um brilho cósmico se não tiver uma luneta? Eu consigo!
 Na essência, ela é um perfume dos mais puros.
 Na aparência é isso que se vê. O nariz Bernardelesco nem lhe faz sombra: onde ela chega, chega! Onde ela passa, passa.
 Não há como deixar de perceber esse brilho absurdamente intenso.



 Um brilho que, às vezes, incomoda.
Que contraria as regras de que se deva existir sem que ninguém note a nossa existência. 
 Que se deva viver sem que ninguém se sinta afrontado por  viver de forma tão intensa.
 
Marina, depois de todos esses anos, de convivência das mais felizes, se eu pudesse lhe dar um presente maior do que o amor que sinto por você, eu escolheria lhe dar um novo planeta para habitar. E lá as regras de convivência social seriam assim:




 
- É proibido proibir. É proibido proibir:
 - a alegria de viver
 - a magia de amar
 - o amor incondicional
 - a esperança de ser feliz
 - o brilho do olhar
 -  a confiança renovada
 - os cachorros dentro de casa
 - o som no volume que você quiser ouvir
 -   a dança na hora que você quiser dançar
- o choro na hora em que você quiser chorar
 - o sonho na hora em que você quiser sonhar
 - As gargalhadas na hora que você quiser gargalhar.
 - Os anjos na hora que você precisar.

Dos quais eu seria apenas um - entre eles. 

Tudo isso sem afrontar nenhuma dignidade constituida. Nem a autoridade de Deus,  e nem a autoridade dos homens. 

Eu também lhe concederia uma prorrogação, um segundo tempo, um terceiro tempo, um quarto tempo, e todos os tempos que fossem necessários para que você vivesse a vida da maneira grandiosa como você experimenta em vida. 

A vida com o seu grande coração que pulsa e bate como um cabrito descontrolado, que sofre por amar amplificadamente,  sem receber o equivalente em volta.



 
Sabe Marina, se eu pudesse, não lhe levaria mais para  conhecer Roma, nem para conhecer  Jerusalém. A Jerusalém dessas muralhas. 

Eu lhe traria de volta para esta ínfima terra, terra de tantos tesouros, onde você pode amar e ser amada, com a prerrogativa dos que não precisam mais provar nada a ninguém. Evitaríamos assim, o choro que lhe toma sempre que você me abraça quando volta, o pedido de socorro que me envia nas mensagens pelo msn, evitaríamos a saudade que sentimos todo final de dia, a nostalgia que nos invade em datas especiais quando de especial mesmo só temos as boas lembranças para lembrar e ser feliz. 




Como essa, no Aeroporto International Leonardo da Vinci, em Roma, quando você velou pelo meu sono e me deu colo de mãe e alegria de filha.
 
 E se tudo isso lhe fosse pouco, como parece ser tão pouco para mim, perguntaríamos a um profeta: “Onde fica Pasárgada?" E ele nos indicaria o caminho, o caminho reto, sem atalhos, na estrada comprida, larga, diáfana, cheia de luz: os múltiplos sentidos de Pasárgada, nosso, lúdico, lúcido,  enfim! 

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O aniversário foi dia 1 de outubro, mas a homenagem só veio agora. Antes tarde do que nunca. Te amo, Marinovicz.
 
Ana Ribas
Enviado por Ana Ribas em 03/11/2008
Reeditado em 08/11/2008
Código do texto: T1264066
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