A dor do Adeus


Interessante observar, que todo adeus é dolorido.

Não porque ele sempre possa significar uma separação definitiva, mas porque sempre pode ser ainda que não se deseje isto.

É o adeus a um ano que está findando, onde lembramos tudo o que fizemos conquistamos ou tudo o que perdemos neste ano.

É o adeus que damos a um ente querido que vai viajar ou que tendo estado conosco vamos deixar.

É o adeus a animal de estimação que tivemos e que temos de abandonar ou porque vamos a algum lugar que não o podemos levar ou porque desapareceu ou morreu.

É o adeus que damos a alguém que muito queremos bem e que veio a falecer.

É também o adeus que damos a alguém que muito amamos e por um motivo ou outro nos desligamos.

É ao adeus que damos a colegas de trabalho ou de escola que estamos deixando por ter findado o curso ou porque devemos mudar de emprego.

É o adeus a amigos que deixamos quando mudamos nosso local de residência.

Mas em qualquer destes casos esse adeus dói, machuca nossa alma, sentimos aquele nó na garganta, um aperto no peito e o ar nos falta.

Ou não encontramos as palavras para a despedida ou as palavras não saem mesmo que desejemos e ao invés delas, saem as lágrimas de nossos olhos.

Sei que é impossível que não tenhamos em nossas vidas muitas dessas despedidas, mas a verdade é que a cada uma delas deixamos em algum canto ou com alguém um pedaço de nós mesmos.

Quisera eu nunca dizer adeus.


Em vôo entre Recife e São Paulo 30/11/2008