APENAS UM SONHO.

Hoje tenho pouco tempo e muito assunto. Impossível falar sobre tudo que quero , portanto  vou falar de um  sonho medonho como o da música de Chico.
Aprendi que o sonho é uma das maneiras de nos libertar. Sonhando nosso inconsciente libera o que recalcamos em vigília.
Uma outra forma de nos desfazermos do que nos incomoda é a somatização e venho somatizando há algum tempo.
Meu corpo tem expressado a dor que alma não suporta. Em meio a momentos de alegria e plenitude a ferida da alma ainda lateja em crises de coluna, em pés fraturados  ou em viroses.
O sonho dessa madrugada  foi provido de  símbolos  tão claros que dispensou esforço para sua interpretação. Posso até recorrer a Freud ou a Jung mais tarde, agora é desnecessário, pois o sonho continha todos os elementos : pessoas , situações, sentimentos e cores.
As expressões faciais, os olhares e as intenções também estavam lá. A surpresa, a decepção, a indignação, a injustiça e a dor foram vividas por mim enquanto dormia.
Acordei rindo e meu sorriso refletiu a leveza de não mais trazer sobre os ombros o fardo que sobrecarregava meu ser. 
Espero ter fechado de vez o ciclo, sinto-me como se tivesse enfim dado a última pincelada em uma tela inacabada.
Livre, encerro esse breve escrito com Padre Antonio Vieira definindo os sonhos bem antes dos doutores acima citados:


"Os sonhos são uma pintura muda, em que a imaginação a portas fechadas, e às escuras, retrata a vida e a alma de cada um, com as cores das suas ações, dos seus propósitos e dos seus desejos."




Evelyne Furtado
Enviado por Evelyne Furtado em 09/12/2008
Reeditado em 13/12/2008
Código do texto: T1326376
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