DIVAGAÇÃO

Ontem, entre uma caída e outra da internet, dormitava ouvindo "Carpenters"...

Esplendoroso dia, calor, céu azul de brigadeiro. Meus "fiéis" cercavam-me ao redor da espreguiçadeira. Dia perfeito para morgar. Fazer nada. Sentir a vida, olhar as flores com suas cores vibrantes. Alimentar a alma, acarinhar o coração... Pensar, sonhar, fantasiar... Um rápido mergulho. Tremia, quando saí da piscina. Pensei enrolar-me na toalha. Mas alí estava ele: o sol! Enredou-me em seus braços quentes, aconchegantes...esquentou-me com seu calor. Meus pensamentos varreram o infinito e meu coração chorou naquele instante em que tudo era calma. Senti que a lágrima (do coração) exorava uma pungente esperança indefinida... Pensei nas ilusões longínquas perdidas em mágoas incandescentes e espalhadas pelas imensas, eternais estradas do universo infinito dos meus sonhos. Cerrei os olhos. Enquanto o sol aquecia meu corpo, um imenso vazio enregelava minha alma...

É doce o momento

Gostosa solidão. Não!

É dor. Sofrimento...

Miriam Panighel Carvalho