A Insustentável Leveza do Ser.

Não me refiro à obra de Milan Kundera, da qual me lembro apenas de spas, de Praga, do médico, da primeira mulher e da moça do interior constrangida pelo sinal da fome no primeiro encontro.
Claro que recordo um pouco mais, do contrário não estaria escrevendo sobre o assunto, contudo esse texto não é uma resenha.
Peço licença para usar o título do livro de forma a expressar meu espanto quando o ser mostra-se denso por mais que eu o queira leve.
Conscientemente procuro o lado suave da vida. Evito sombras, filmes escuros, vidas perdidas.
Tento a leveza nos relacionamentos e aqui se dá meu ligeiro encontro com o livro do escritor tcheco
Desvio do mal e procuro a luz, mas nem sempre consigo me livrar do escuro, pois o mundo não é cor de rosa como você me ensina.
A vida não tem a mesma face e a paisagem vai mudando à medida que caminhamos.
Tento fazer belas viagens e carregar pouco peso, porém um atalho me põe de frente ao que não é bonito, ao que não é agradável, ao que não é leve.
E aí?
Se for possível acelarar o faço. Do contrário, paro e tento modificar o que estiver ao meu alcance.
Sempre que me deparo com uma situação dessa natureza, meu peito pesa e minha mente se prende ao que sinto. Vivo em poucos dias uma etenidade.
Mas a essa altura já aprendi lições preciosa: uma relação requer certo peso para ter continuidade e quando usamos os melhores sentimentos durante a densidade, ganhamos posteriormente uma leveza tão perceptível que nos leva perto do céu.
Evelyne Furtado
Enviado por Evelyne Furtado em 22/03/2009
Reeditado em 22/03/2009
Código do texto: T1499979
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