O FUTURO DO PLANETA DEPENDE DE CADA UM DE NÓS

Não data dos dias atuais a preocupação do homem em relação ao meio ambiente. Um olhar voltado para as questões da preservação da fauna e da flora, por exemplo, vem de décadas, de séculos passados. Entretanto, poucos dizem SIM ao meio em que vivem e a maioria fala NÃO, degrada, polui, modifica a paisagem natural, dando vez a um ambiente onde já não se consegue respirar, viver, conviver e sobreviver.

Em nome do progresso, da modernidade, da tecnologia e do capitalismo sem limites, ética e respeito, o homem se sente um “deus”, brinca de ser “deus” e cai na sua própria mania de grandeza, de narcisismo que levam para o fundo do poço todas as possibilidades de um planeta com equilíbrio ambiental. O planeta, atualmente, encontra-se em desequilíbrio, e caminha rumo a um futuro incerto.

Em nome do dinheiro, do egoísmo e da ganância de alguns privilegiados capitalistas, o nosso planeta pode estar com dias contados. Somos sabedores que a Terra é um super-organismo vivo, onde todos os elementos que a compõe têm a mesma importância, tudo interage, tudo se equilibra, tudo se renova. Homem, fauna, flora são elementos importantes do mesmo conjunto. Mas não é assim que o homem moderno pensa e age. O homem moderno tem sede de conquista: dominou todas as outras espécies existentes no planeta, conquistou mares, terras, continentes... e agora quer ir além de todas as suas possibilidades, com um olhar voltado para as estrelas. É essa mania de grandeza, de superioridade que está pondo tudo a perder.

Certa vez escrevi em um dos meus blogues, na Internet: “O homem moderno é como uma praga de gafanhotos, por onde passa destrói tudo”. Será que estou sem razão, que estou filosofando erroneamente? Não é preciso ir muito longe para entender tal realidade. Pense comigo e perceba em sua volta o quanto o meio ambiente está modificado! Quem é mais velho, mentalize, neste instante, cenas da paisagem de Guarabira há décadas e compare-as com as do cotidiano? Havia muitos animais? E hoje? Havia muita vegetação? E atualmente? As pessoas eram mais felizes, conversavam mais, tinham mais tempo para si mesmos e para com os semelhantes? O que aconteceu então, nesse piscar de olhos do ontem para o agora? Agora sofremos com o calor, sentimos a irregularidade das chuvas, nos assustamos quando chovemos e até pensamos que o clima deve estar louco.

“Não há um lugar quieto nas cidades do homem branco”, esta frase célebre do Grande Cacique Seatlhe pesa na consciência do homem atual, pois o que o índio disse no século XIX piora a cada dia, até mesmo nas menores cidades do mundo. Esse mesmo cacique norte-americano afirmava: “Quem cospe no solo está cuspindo em si mesmo”. Ele tinha razão: a própria natureza reage aos maus-tratos do homem, com manifestações sob forma de temporais, ciclones, furacões, superaquecimento global etc. e tal.

O futuro do planeta não está nas mãos de grandes entidades que se dizem protetoras do meio ambiente. Já está provado que, quem pode amenizar os sofrimentos da mãe-terra, da ecologia, dos animais, das plantas, dos rios, dos mares somos nós mesmos: eu, você... Aqui mesmo em nossa volta, na nossa casa, na escola, na rua, aonde quer que estejamos que possamos praticar ações em prol do meio ambiente. Portanto, não devemos poluir as fontes, os rios, os riachos; não devemos caçar, aprisionar, matar os animais silvestres; não devemos derrubar as matas, as árvores, cortar as plantas. A maior herança, exemplo de vida e de respeito que poderemos deixar para os nossos filhos, netos, bisnetos e todas as futuras gerações, é a de que preservamos e cuidamos com carinho e atenção o meio ambiente.

Ainda é tempo de cada um, de cada uma de nós salvar o mundo ao nosso redor.

André Filho

Professor, Poeta e comunicador da Rádio Comunidade Geral FM

DIVULGADA NO JORNAL DA COMUNIDADE, 3ª EDIÇÃO, 08.04.09