Liberdade
Os ruídos eram rotineiros, aqueles tão conhecidos e familiares das noites comuns em dias igualmente comuns. Meus olhos, numa ansiedade profunda, em busca de uma resposta, pura, simples, mas que acalmaria a angústia que tomava conta de minha alma.
Só... Assim me encontrava e apesar do barulho a minha volta, um estranho silêncio me envolvia, só meu, como a me isolar de tudo e de todos. Momentos íntimos, carentes de uma parceria que não existia. Tristeza, tremenda tristeza, que ardia, queimava como fogo e fazia minha pele sensível a qualquer aproximação.
De que vivia meu espírito naquele momento? Ainda não o sei ao certo, mas um desejo aparecia dentre tantas sensações. A tal liberdade, querida, amada, inatingível. Que liberdade seria esta?
Ah! Pensamentos, como gostaria de dominá-los! Mas vocês, não ignoro, são mais livres do que tudo que possa imaginar. E voam... viagem aberta, sem rumo, em vertiginosa velocidade. Almejaria alcançá-los, sair de meu mundo, ganhar o espaço e me soltar das correntes.
Liberdade, liberdade, onde estás? Personagem constante de meu sonhos juvenis, retorna agora, mais real do que nunca, povoando todos os anseios, ilusórios ou não.
Seria você a vontade de amar? Sem receios nem culpas, cumprindo o projeto de uma vida que mergulha no coração de cada um que encontro. Seria você a paz que procuro, colocada então em minhas mãos, como a me permitir que eu possa ser capaz de caminhar em passos firmes, com a certeza do espaço sagrado de cada um de nós, humildes e ingênuos moradores deste planeta?
Seria você porventura o amor maternal, que me domina e me faz sentir que nada existe, que este sentimento não possa superar? A doce presença de uma sensibilidade que transcende qualquer parte de mim e se torna meu próprio corpo, meu âmago, meu tudo e meu nada. Liberdade também pode ser a luz de meu olhar quando pousa em cada filho, como a acariciar, mesmo de longe, numa comunicação da qual ninguém mais poderia participar.
Liberdade, eu aspiro por você. Seria por acaso o encontro com o outro, numa troca total, modificando quem a ela pertence? Aquele momento mágico de duas pessoas, que trocam suas experiências e estas passam a fazer parte de cada uma, seus corações passando a abrigar este tesouro, que só muito mais tarde e com muita sensibilidade poderão desfrutar.
Liberdade pode ser também a busca incessante de Deus, o encontro mágico, que acontece como um sonho. Despertar dele se torna uma idéia insuportável, mas, quando se faz, percebe-se que Ele ainda está ali, dentro do coração, diante da visão, participando do corpo e da alma, em todos os pensamentos. E aí jamais haverá uma separação, daí por diante é só comunhão.
Penso que liberdade é de tudo isto um pouco. Poder chorar, sofrer, amar, crer, viver, cair e continuar. Desejo esta liberdade, em minhas mãos para poder agir e decidir. Desejo a vida, amando-a e percebendo o valor de cada momento, seja ele de dor ou alegria. Não importa. Será sempre uma oportunidade, sem retorno, de caminhar e crescer.
Desejo sentir ainda, inúmeras vezes, o toque de Deus, podendo ter a certeza de Seu amor, mais forte do que tudo. Olhar de frente, para os acontecimentos, sofrer com eles, não os compreender, mas ainda assim amar e confiar em Deus.
Sim encontrei o tesouro, encontrei a liberdade. Liberdade, não cheguei a lhe conhecer, mas pude enfim lhe experimentar.
Os ruídos eram rotineiros, aqueles tão conhecidos e familiares das noites comuns em dias igualmente comuns. Meus olhos, numa ansiedade profunda, em busca de uma resposta, pura, simples, mas que acalmaria a angústia que tomava conta de minha alma.
Só... Assim me encontrava e apesar do barulho a minha volta, um estranho silêncio me envolvia, só meu, como a me isolar de tudo e de todos. Momentos íntimos, carentes de uma parceria que não existia. Tristeza, tremenda tristeza, que ardia, queimava como fogo e fazia minha pele sensível a qualquer aproximação.
De que vivia meu espírito naquele momento? Ainda não o sei ao certo, mas um desejo aparecia dentre tantas sensações. A tal liberdade, querida, amada, inatingível. Que liberdade seria esta?
Ah! Pensamentos, como gostaria de dominá-los! Mas vocês, não ignoro, são mais livres do que tudo que possa imaginar. E voam... viagem aberta, sem rumo, em vertiginosa velocidade. Almejaria alcançá-los, sair de meu mundo, ganhar o espaço e me soltar das correntes.
Liberdade, liberdade, onde estás? Personagem constante de meu sonhos juvenis, retorna agora, mais real do que nunca, povoando todos os anseios, ilusórios ou não.
Seria você a vontade de amar? Sem receios nem culpas, cumprindo o projeto de uma vida que mergulha no coração de cada um que encontro. Seria você a paz que procuro, colocada então em minhas mãos, como a me permitir que eu possa ser capaz de caminhar em passos firmes, com a certeza do espaço sagrado de cada um de nós, humildes e ingênuos moradores deste planeta?
Seria você porventura o amor maternal, que me domina e me faz sentir que nada existe, que este sentimento não possa superar? A doce presença de uma sensibilidade que transcende qualquer parte de mim e se torna meu próprio corpo, meu âmago, meu tudo e meu nada. Liberdade também pode ser a luz de meu olhar quando pousa em cada filho, como a acariciar, mesmo de longe, numa comunicação da qual ninguém mais poderia participar.
Liberdade, eu aspiro por você. Seria por acaso o encontro com o outro, numa troca total, modificando quem a ela pertence? Aquele momento mágico de duas pessoas, que trocam suas experiências e estas passam a fazer parte de cada uma, seus corações passando a abrigar este tesouro, que só muito mais tarde e com muita sensibilidade poderão desfrutar.
Liberdade pode ser também a busca incessante de Deus, o encontro mágico, que acontece como um sonho. Despertar dele se torna uma idéia insuportável, mas, quando se faz, percebe-se que Ele ainda está ali, dentro do coração, diante da visão, participando do corpo e da alma, em todos os pensamentos. E aí jamais haverá uma separação, daí por diante é só comunhão.
Penso que liberdade é de tudo isto um pouco. Poder chorar, sofrer, amar, crer, viver, cair e continuar. Desejo esta liberdade, em minhas mãos para poder agir e decidir. Desejo a vida, amando-a e percebendo o valor de cada momento, seja ele de dor ou alegria. Não importa. Será sempre uma oportunidade, sem retorno, de caminhar e crescer.
Desejo sentir ainda, inúmeras vezes, o toque de Deus, podendo ter a certeza de Seu amor, mais forte do que tudo. Olhar de frente, para os acontecimentos, sofrer com eles, não os compreender, mas ainda assim amar e confiar em Deus.
Sim encontrei o tesouro, encontrei a liberdade. Liberdade, não cheguei a lhe conhecer, mas pude enfim lhe experimentar.