Inclusão

Pensando o termo inclusão, percebe-se que emana um sentido de justiça e compreensão que deveria ser o padrão de comportamento da humanidade. Observa-se que o mundo é feito de coisas semelhantes, mas não iguais. É mister se ter bem assimilado o amplo significado de cada termo, para que se possa, contribuir para a felicidade e realização de todos. Inclusão seria não deixar ninguém de fora das reais possibilidades e permitir que cada ser contribua, em sua natureza e essência, para os caminhos que tomam a humanidade. Neste ponto, surge uma idéia triste, mas que deve aqui ser abordada, o chamado preconceito. O que seria isto, senão, uma noção adquirida pelo senso comum, por padrões de comportamento, que exigem de cada sujeito, uma adequação para que não seja marginalizado. Mas o preconceito vai contra qualquer princípio da natureza humana, uma vez ser o homem, a única criatura que pensa, raciocina e coloca isto a disposição de um aprimoramento de vida. Por que então, antes de sabermos ou tentarmos entender as diferenças inerentes ao ser humano, procuramos julgar, submeter, alienar? Este espaço foi idealizado, justamente, para que as pessoas revejam suas idéias preconcebidas. Não é objetivo aqui, desenvolver teses acerca do tema abordado. A finalidade, em princípio, é o diálogo, de forma justa, humilde , como pressupõe a apreensão de novos valores. Discussões, com respeito e vontade de conhecer padrões diferentes do que estamos acostumados ou nos foram transmitidos. Aqui não há a intenção de citar os mais variados tipos de preconceitos, mas simplesmente tentar pensá-lo como uma forma de aprisionamento e impedimento para que pessoas vivam suas existências de forma plena. Desejamos aqui contribuir para que estas mesmas pessoas não se obriguem a uma baixa auto estima, a um posição serviçal, para que possam ser aceitas na sociedade, participantes como o são de uma complexa comunidade que a todos deve abrigar. Inclusão é muito mais do que um termo, com que se preocupam voluntários, intencionados em participar de uma melhora de qualidade de vida para todos. Inclusão é a essencialidade de uma caminhada, rumo à produção de um lugar para todos e qualquer ser humano. É uma bandeira, que há muito já deveria ter sido hasteada, numa forma de amor universal e reconhecimento do direito de cada um. Inclusão é reconhecer que não há vencedores nem vencidos. Os limites são inventados por uma sociedade que tende a colocar a alma humana onde ela, absolutamente, jamais caberá. Inclusão é reconhecer a grandeza de cada um, abrir-se ao diálogo, sem o qual, o preconceito jamais ter suas raízes arrancadas dos corações humanos. Não seria coerente, cada um pensar por si. A decisão seria tomada, mas fatalmente amanhã, alguém esbarraria num comportamento exigido, numa posição preconcebida. E voltaríamos então à estaca zero. Que seria de nosso mundo, se aos poucos, os grupos se fechassem, ensimesmados em suas realidades, formando comunidades de diferentes naturezas? Seríamos compartimentados e rotulados, não havendo então a troca de experiências, tão vital a humanidade. Vamos construir um mundo mais fraterno. Sei que a palavra não se torna imediatamente em ato, mas sei também que ela não volta ao lugar de origem. Atinge corações, plantando e germinando sementes de fraternidade. Defendo a inclusão, como caminho de um mundo para todos e todos para o mundo, suprindo-se as carências de cada um, porque, sem sombra de dúvidas, todos as têm. Limitações, diferenças são realidades que podem e devem se completar, numa simbiose de necessidade e disposição. Não existe limitação, existe apenas a invenção de modelos que aprisionam os corações humanos.