EQUÍVOCO

Gosto de ler poetas portugueses, gosto principalmente Da “pronuncia” escrita, e o apego romântico à terra natal na construção das imagens. Outro dia, lendo um desses poetas, me encantei com um poema, muito bonito, denso e extenso..., muito tocante. Resolvi copiá-lo. Abri o Word

e salvei o poema, sem no entanto salvar o arquivo. Deixei-o ali, sem no-

me e continuei a ler outros poemas. Inspirado em tal leitura, escrevi um singelo texto, de umas poucas linhas, abaixo do poema que tinha co-

piado. Resolvi enviar meu texto para um crítico, através do seu site (fiz isso uma vez e ele, gentilmente me respondeu). Na hora de enviar

o meu texto, acabei por enviar também o outro, do português.

Percebendo tardiamente meu equívoco, escrevi para o crítico

explicando que o texto de cima não era meu e sim do poeta lusitano,

e o que o meu,seria o segundo, mas acho que não me fiz entender.

Recebi dois dias depois a resposta do crítico me dizendo o seguinte.

“Caro José, li oportunamente, tanto o texto que me enviaste por

engano, como também o seu. Digo-lhe apenas que você deve buscar

na simplicidade e suavidade do segundo texto (dele) o exemplo maior

para quem pretende adentrar no mundo da poesia. Você escreve bem,

mas não tente ser aquilo que não é...”

É, pois é...

Jose Carlos Cavalcante
Enviado por Jose Carlos Cavalcante em 19/05/2005
Código do texto: T17944