Sobre escolhas e erros.

Muita coisa tem acontecido. A normalidade de nossos dias.

A tecnologia. A globalização.

Muita coisa acontece. E todo mundo sabe de tudo. Ou o mínimo que dá tempo de saber.

O interessante disso tudo, dessas reviravoltas e descobertas e redescobertas e invenções, é que não se muda muito.

O relacionamento humano acaba o mesmo, ou muito parecido com o que sempre foi.

Desde a invenção do poder. Desde a intuição dos lideres. Sempre que o mais fraco perdeu.

Desde essa necessidade humana de regras. De definir o que é certo e errado.

Então as regras estão aí, e de vez em quando são modificadas, para acompanhar as mudanças. Mas não mudam muito, de fato.

E seguimos nossas vidas escolhendo entre o certo e o errado. Pelas regras humanas. Nós que definimos tudo isso.

Dizem que a primeira impressão é a que fica.

É possível apagar uma primeira impressão?

Difícil mesmo é mudar as escolhas.

Muitas vezes, aquele lado da moeda vai marcar sua vida para sempre.

E vão decidir por você o que é certo e errado, pelo o que você escolheu fazer. Ou nao fazer.

Pelas regras humanas. Que nós modelamos. E remodelamos.

E essas escolhas nos marcam. E ficamos conhecidos por elas para sempre.

Ou até outra escolha mudar tudo.

Como este piloto de fórmula 1 que tomou decisões aparentemente equivocadas.

Aceitou quebrar as regras. E se calou.

E depois decidiu que deveria contar a todos.

E claro, foi punido por sua coragem, ingenuidade, burrice, trapaça.

Mas ele não revelou que o achava errado, pelo contrário, o jamais teria feito.

Sua escolha, que antes parecia lhe resultar em lucro, de repente passou a ser insignificante.

Não houve boas escolhas.

E ele ficou marcado.

Mas não foi boa intenção. Foi egoísmo. Auto-preservação. Instinto animal?

Como aquele outro piloto, que era o segundo.

Era bom. Mas escolheu ser o segundo melhor.

E não ficou marcador como melhor.

Apenas como segundo.

Ele escolheu desacelerar para dar mais pontos a quem tinha chances. Fez pela equipe.

Mas era apenas, o segundo...

E a vida continua.

E nossas escolhas continuam...

Como dormir com um homem casado.

E parecer que você não fez nada de errado. Não pelas regras e talvez você não vá para o inferno. Talvez.

Mas suas escolhas não mudam. No momento que você poderia ter renunciado.

Continuou sendo a escolha errada.

Pelas regras humanas. Que fazemos. Escolhemos.

Uma cirurgia que não deu certo.

Palavras mal escolhidas.

Mal interpretadas. Não entendidas...

Uma morte não vivida.

E essas escolhas nos marcam. Para sempre...

Jule Santos
Enviado por Jule Santos em 19/09/2009
Código do texto: T1819474
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