CUBA LIBRE!

A “FAMIGLIA” CASTRO

Nelson Marzullo Tangerini

Soltei, na internet, a minha revolta contra a ditadura da “Famiglia” Castro. E um bando de cubófilos saiu em defesa dos ditadores.

Alguns se dirigiram a mim como sendo um escritor de direta. E eu ri muito. Até porque, enquanto membro da Anistia Internacional, uma ong muito séria, lutei pela liberdade de Nelson Mandela e me revoltei contra as ditaduras do Irã, do Chile e da Argentina.

Sinto-me confortável para criticar Os Castro, até porque o escritor português José Saramago, Prêmio Nobel, comunista de quatro costados, retirou seu apoio ao ditador. E vejam que Saramago retirou seu apoio após o senil Fidel Castro mandar fuzilar três barqueiros que tentavam fugir da ilha.

Lamentavelmente, um grupelho de baba ovos [cantadores e escrivinhadores] ainda viajou para Cuba, depois disto. Para os que defendem os ditadores e as ditaduras – religiosas, de direita e de esquerda – a opinião pessoal e a vida humana não têm valor algum.

Alegou-me um:

É por isto que você não consegue espaço na mídia.

E eu respondi-lhe:

Então existe uma censura marxista neste país?

Um outro me disse que não deveríamos interferir nos assuntos de Cuba, que Cuba tem uma constituição diferente da nossa, que as eleições para presidente em Cuba existem e que são indiretas. Enfim, conversa para tentar fazer o boi dormir.

Ou ele é conivente com um regime autoritário e repressor ou é ingênuo demais, porque quem votar contra os Castro não terá outro destino, senão as cadeias sujas de Cuba ou o “paredón”.

Já havia me esquecido de Cuba e da “famiglia” Castro, quando recebo a notícia de que Orlando Zapata Tamayo morre após uma longa greve de fome – único recurso para um cubano que não tem direito à liberdade.

Sinicamente, Raúl Castro, herdeiro do trono cubano, diz lamentar a morte do dissidente. E, a seu lado, seu “amigo” Lula condena a greve de fome como arma de protesto.

Devemos respeitar a forma de protesto de Orlando, assim como devemos respeitar vidas humanas, que têm direito à liberdade.

A pobre mãe de Orlando, Reyna Tamayo, mal pode velar e enterrar seu filho. Os gorilas da “Famiglia” Castro, sem gentileza alguma, foram chegando e prendendo todos aqueles que ali estavam - em solidariedade à família do dissidente.

Um outro defensor do regime da ilha me diz que conhece muitos cubanos que vem e voltam para Cuba, com total liberdade [seria o caso daqueles atletas repatriados pelo nosso governo?]. Mentira. Todos aqueles que vêm e voltam são apadrinhados do governo cubano: em troca, eles ganham benesses e mordomias do sistema. Como aquele funcionários do governo cubano que andaram por aí com suas violas debaixo do braço, cantando as maravilhas da ilha.

Apesar de a internet estar extremamente controlada e censurada, blogueiros cubanos soltam o verbo e enviam mensagens para o mundo. Visitei alguns deles [Voces trás lãs rejas, Mala Letra e Voces Cubanas]. Deixei lá o meu recado e a minha solidariedade, a minha vontade de ajudá-los.

Nos jornais do Rio, muitos leitores, através de cartas, condenam a truculência da ditadura cubana, que, há muito se afastou do verdadeiro socialismo. Por mais que critiquemos nossa imprensa, devemos reconhecer que seria impossível essas cartas serem publicadas no Gramna, jornal oficial da “famiglia” Castro, que não fez qualquer comentário sobre o ocorrido.

Não faz muito tempo, a revista americana Forbes relacionou o ditador e latifundiário cubano [dono de toda a ilha] entre os maiores milionários do mundo, avaliando, inclusive, a sua fortuna. Quem duvidar da Forbes, que leia o livro “Cartas de Fernando Arrabal a Fidel Castro”, editado pela Editora Europamérica, de Lisboa, Portual. O leitor vai ler ali, com riqueza de detalhes, como sãos as mansões e o belo iate do imperador de Cuba.

Do outro lado do mundo, na Coreia do Norte, uma outra monarquia comunista se eterniza no poder e disputa com os Castro quem fica mais tempo no poder.

Está na hora de os intelectuais cubófilos do Brasil saírem de seus hoteis 5 Estrelas cubanos e visitarem os porões da ditadura.

Contra a pena de morte! Pelo respeito aos Direitos Humanos! Liberdade sempre! Cuba Libre da “Famiglia” Castro!

Nelson Marzullo Tangerini, 54 anos, é escritor, jornalista, compositor, fotógrafo e professor de Língua Portuguesa e Literatura. É membro do Clube dos Escritores [ clube.escritores@uol.com.br ], onde ocupa a Cadeira 073, e membro da ABI, Associação Brasileira de Imprensa.

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Nelson Marzullo Tangerini
Enviado por Nelson Marzullo Tangerini em 28/02/2010
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