Pães: para pais que são pais e mães.

Escrever para mães no seu dia é como repetir diariamente que o dia delas são todos os dias.

Escrever para os pais não é diferente. Poderíamos afirmar que pai é nosso herói, nosso referencial de vida, nosso ídolo.

Desde criança é neles que nos espelhamos e muitos mantêm para a vida toda a índole herdada deles.

Como estamos na semana em que eles no domingo, serão os homenageados, não poupemos louros a eles.

Existem pais presentes e pais ausentes.

Aos pais presentes cabe a incumbência de manter, como diziam nossos avós, a ordem, a disciplina e a conduta do lar. Ou seja, ser o provedor do “home sweet home”.

A instituição familiar mudou no decorrer das décadas. Hoje existem pais que trabalham em casa e a mãe trabalha fora, ou existem pais que educam e criam sozinhos seus rebentos, existem os omissos que estão ali só por estarem e nada fazem por seus filhos, existem outros que deixam de cumprir seu papel de pai e agem como amigo dos filhos, confundindo os papéis: quem é um ou quem é o outro.

Não falam aqui, daquele pai que atua o seu papel amigavelmente.

Existem aqueles que se matam trabalhando, deixam de comprar algo para si para não deixar faltar o pão do dia-a-dia.

Outros sozinhos, organizam-se e conseguem ser pais e mães tudo ao seu tempo – intitulados “pães”. Estes sabem o significado e o valor que cada um representa na estrutura do lar e tenta dar de si o máximo para que seus filhos não sofram conseqüências psicológicas.

Aos pais ausentes – estes que por razões adversas foram separados de seus filhos, ou por necessidade ou por omissão, cabe a eles a dura tarefa de resgatar o seu papel de pai presente, aquele que dialoga, que dá exemplos, que cobra, que elogia, que cumpre seu papel. Mesmo que seja por telefone ou outros recursos virtuais.

Homenageio a todos eles, mesmo os que partiram e também estão ausentes de corpo. Aos que estão presentes, que continuem na sua tarefa de mostrar o melhor aos seus filhos mesmo que esteja longe, que forneça o pão deles de cada dia, que lhes dêem “asas e raízes” como disse o poeta.

Aos que são pães - não desanimem, que sejam fortes o suficiente, pois, mais cedo ou mais tarde serão recompensados pelo que são.

Aos que estão ausentes que tentem (sei que às vezes é difícil, mas nunca é tarde) aproximarem-se de seus filhos. Deixem de lado o orgulho, o rancor, as más recordações e reabilitem-se no seu papel.

A todos vocês pais digo-lhes que nunca é tarde para tréguas e entregas. Que seja breve, pois, o tempo perdido não se recupera.

Assim como o pão é o alimento do corpo – que os pais, os “pães” seja o alimento das idéias, dos sonhos, das conquistas, dos limites, dos ideais.

E assim como todos os dias é o “Dia dos Pais”, comemorem: seja através de orações, reflexões, DDD, DDI ou melhor ainda: pessoalmente. Afinal este é só seu, todinho seu, e que seja “O” dia!

Rosi Venditi
Enviado por Rosi Venditi em 07/08/2006
Código do texto: T211440