Emoções_ "Ética"

Emoções

Ética

Filos.,

disciplina filosófica que tem por objecto de estudo

os julgamentos de valor na medida em que estes se relacionam com a distinção

entre o bem e o mal.

"Priberam"

Dificílimo falar em ética, especificamente, sem nos enveredarmos por lugares intransponíveis e muitas vêzes de difíceis interpretações. Ética é comportamento, é discernimento, é respeito, é sensibilidade que nos refletem como seres humanos, que somos, com nosso carater, nossa formação, nossa índole, nosso "eu"..

Ética são regras, são células de dignidade, de honra e afinidade que nos formam, nos definem.... São novelos que se misturam na decência, na dignidade, na perfeição de dogmas de intensa peculiariedade que se perpetuam no âmago das nossas índoles e se alastram pelos capilares da imensa sabedoria, que tingem e matizam nosso ser humano, dotando-os de perfís de regras de reflexos de sobrevivência nas formações do nosso carater, na nossa decência e altíssima dignidade.

A ética não cria bolor, pois é isenta de culturas mesquinhas, reles, não favorecendo à criação de microorganismos , de coccus de qualquer espécie que venha macular sua limpidez de alma-lar, extremosíssima isenta de odores desagradáveis, que vêm perturbar suas fragrâncias florais, múltiplas, silvestres, únicas que a natureza as doou, porque são puras em sua síntese de lavanda celestial de ética pura, perfumada e deliciosamente sentida, que entranham nossas narinas e nos levam aos céus, em êxtase imaculado e condizente ao ser que tanto dignifica Nosso Pai Criador...

Não quero falar de ética-filosófica. Cabe a quem domina o assunto à conversas profundas, à explicações que são nitidamnete inteligentes e sagazes. A ética que tratarei nessas minhas palavrinhas pequeninhas e singelas, é aquela do dia-a-dia. das nossas lições de casa, aprendidas em bancos escolares, exemplificados pelas professoras em seu lingujar quase infantil nos conduzem às revelações dos ensinos primários, secundários, depois, de tênuemente comentados e especificados pelas condutas em nossos lares de origem.moral, dos nossos hábitos ensinados, estudados pela escola da vida e do bom viver.

Comentarei aqui sobre "a minha ética". Aquela que me faz figura-gente, figura-mulher, figura-mãe. Aquela ética que me conduz nos trilhos que me proponho seguir, me qualificar, me determinar desde que pessoa-gente me transformei e que, nas minhas passadas, minhas trajetórias de vida me fizeram exigentes comigo mesma, sem desfaçatez, sem ludibriar meus pensamentos, minhas ações que na minha exigência particular me projetei, me completei, me transformei..

Quero, na "minha ética", poder me olhar no espelho da vida e me ver refletida, não como figura material, pois essa o tempo por si só, nas batidas das horas, minutos, segundos vai, inexoravelmente, modificando, transformando em metamorfoses de envelhecimento, mas agora já saida do casulo da mocidade, das etapas cumpridas nas responsabilidades que assumí e que me deram e me dão a paz de espírito que necessito, tendo como louro dos troféus que pude aquinhoar nas minhas lutas e decisões.

Quero, sim, ver refletidas imagens do meu carater, das minhas mãos estendidas no auxílio aos mais necessitados, nas palavras-conselhos dados para suavisar vicissitudes alheias, nos braços estendidos nos perdões aos que me feriram e magoaram. Quero ver em mim, lenços encharcados de lágrimas no conforto nas horas-despedidas nos momentos dos desenlaces de pessoas queridas que partiram e que me deixaram com o torpor das perdas, das saudades que já meassolam nos silêncios que logo virão, sem respostas, sem presenças.

"Minha ética" não são regras, regulamentos, avisos, em conjunto das maneiras sociais de lidar com o público. Essas são sobejamente obrigações morais, de honra e dignidade que nós, que vivemos em sociedade, temos que obedecer, temos que cumprir para podermos nos integrar entre seres do bem, entre irmãos viventes e tementes a Deus, como mandamento sacro-santo religioso.

"Minha ética", "minha tabuada da alma", "minha cartilha de procedimentos humanos", "meu bê-a-bá espiritual", meu orgulho em possuí-la assim mesmo como a defino, para minha glória e elevação moral. Assim sendo, podendo ajudar dignamente meus irmãos , meus semelhantes, posso me olhar no espelho e me ver como éticamente entendo meu viver, meu acalentar desvarios, meu afagar com palavras simples, como eu sou, e ver os efeitos surgindo por todas as minhas pretensas éticas do coração emperdenido de calor-amor, sem vaidades vãs, sem sentimentos de superioridade que muitos oferecem só para demonstrarem efeitos-pessoais.

"Minha ética", meu colar de pérolas que enfeita meu peito, que me avassala o coração e que me faz muito feliz na minha simplicidade-ética do amor, da sinceridade, da lealdade, da fidelidade aos preceitos aprendidos pelas escolas da vida infantil, familiar, e agora já na minha senilidade que me encontro.

Agradeço a vocês pelo cuidado, pela benevolência da escuta, da leitura dos meus simples momentos de vida.

Que Deus sempre nos dê acuidade intensa para seguirmos os preceitos-éticos dos nossos bondosos corações.

Maria Myriam Freire Peres

Rio de Janeiro, 06 de maio de 2006

Myriam Peres
Enviado por Myriam Peres em 29/08/2006
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