De Carnaval e, de Eleição.

Não é sábio misturar as coisas, aleatoriamente, no mesmo espaço. Por menos explícitos que estejam os critérios, eles devem ser observados a fim de que não se promova a orgia das coisas, das cores, dos sons, das flores, dos animais, dos afetos e dos amores. Mesmo em uma escola de samba que, aparentemente, para alguns, esteja tudo misturado: som, ritmo, cores, tom, andamento, vestes e adereços, sempre vence aquela que apresentar a melhor harmonia nos quesitos. Pois, carnaval não é sinônimo de bagunça ou esculhambação, e por certo o júri segue regras, pelo menos, de bom gosto.

Já na política, as regras são outras. Estão definidas na lei. E a lei exige o preenchimento de requisitos mínimos para o cidadão se tornar candidato. Ou não?!!! E, pelo menos o Partido deveria conhecer o candidato, manter arquivo de seus dados pessoais, prestações de contas e, pelo menos, precariamente, viabilidade desse candidato acrescentar algum ganho ao Partido e à sociedade em geral, como justificativa de sua própria existência de ser, como Partido. Ou não?!!!. Não sei. Misturam-se mensaleiros, com sanguessugas, vendedores de partidos, com compradores de votos, defensores em causa própria, com dançarinas de araque, e outras “cositas más”, parece fazer parte do jogo. Alguém já disse: “foi sempre assim”. Surdos e cegos, seguem exemplos superiores de nada ver, nada saber, nada ouvir e ninguém me avisou. E, na hora da decisão de se promover o expurgo, o voto secreto nivela os bons e os maus. O eleitor não fica sabendo quem protegeu quem!!! É uma orgia só...

Mas, voltemos ao tema principal. Falávamos do bom gosto reinante nas escolas de samba. Breve vai haver eleição para renovação dos quadros dirigentes. Muitos candidatos merecem ser eleitos, outros tantos nem deviam tê-lo sido. Boa sorte para todos, eleitos e eleitores. Que vençam os melhores!

José Fernandes
Enviado por José Fernandes em 31/08/2006
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