ENTRE AS NUVENS

     De repente, quando nuvens parecia abrirem espaço no céu azul, quase brilhante e o País voltava a ver o sol, eis que também de repente, a nebulosidade naquela tarde se tornava mais intensa, o sol desaparecia novamente e os sonhos de liberdade desabavam mar adentro e a partir daí o País passa a chorar a perda do cérebro que gerava sonhos; sonhos que tantas vezes se fizeram realidade na busca de encontrar os verdadeiros caminhos onde o Pais seguiria rumo à esperança de melhores dias.

     De repente também, num pequeno espaço de tempo, aquele instante transformou-se em agonia, em eternidade e os sonhos dos brasileiros, levados pelo mar que viria a tornar-se para sempre seu jazigo, já que esforço algum resultou em sucesso e seu corpo jamais foi retirado do mar.

     Isso aconteceu faz alguns anos, mas nós que acreditávamos naquele ser humano, sonhador, apaziguador, embora para muitos, fosse considerado senil, era alguém que só ocupava um lugar de mais destaque, quando havia necessidade de substituir por alguns dias,  aquele que o comandava. Ele era a fonte inspiradora onde os sonhos certamente viriam a tornar-se realidade e este País bem poderia estar a viver dias melhores.

     Ele não estava sozinho quando dizem, que embarcou naquele helicóptero, haviam outras pessoas cujos corpos foram encontrados e apenas o seu, segundo se sabe, jamais foi retirado do mar, por isso, cremos que lá será para sempre o abrigo que o guardará se é que na verdade aquilo tudo aconteceu. Porém,  seus sonhos de liberdade hão de permanecer por entre as nuvens e entre aqueles que sempre acreritaram nele. Que seu espirito sempre sonhador, tenha encontado o caminho da paz e onde os sonhos se realizam.


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Esta, foi minha modesta homenagem ao eterno sonhador e apaiguador
Dr. Wlisses Guimarães, de saudosa memória.


Brasília, 13/06/2010