s (EJA): por detrás dos bastidores

Vivemos em busca de “luzes, ação”- não falo aqui no sentido de mostrar-se mas, das que estão por detrás dos bastidores. São estas que permitem nos abastecer para enfrentarmos as tensões diárias.

Existem pessoas que gostam de flashes, outras que gostam do anonimato. Mas, nem por isso, gostam de não se sentirem valorizadas, lembradas...

Um elogio, por exemplo, pode até parecer carência (que seja!) faz muito bem, quando se está meio de mal com a vida, com o mundo... Quem dos mortais nunca reclamou de nada? Quem nunca sentiu vontade de jogar tudo para o alto?

Parece que aos olhos dos outros somente quem diz o que quer, está certo... quando precisam ouvir, aí nada lhes convém...

As atribulações do dia-a-dia desgastam o exercício da prática da gentileza, da solidariedade, do bom humor.

Existem pessoas que tentam, mas por mais que se esforcem acabam não conseguindo. Não sei se por falta de motivação

à vida ou por falta de educação mesmo, mostram um lado maquiavélico que afasta os que se aproximam.

O fato é que isso deixa para os mais sensíveis marcas profundas.

Sou dessas pessoas que sabem transitar e respeitar as pessoas nas suas diferenças sem discriminação. Se preciso for, fico entre “pobres e plebeus”, se assim posso falar, sem ostentação e respeito. R-E-S-P-E-I-T-O - essa talvez seja uma palavra que perdeu o sentido até mesmo para muitos adultos. Sim, porque para uma criança que está em fase da formação de caráter é fácil mostrar o sentido e ainda há tempo para fazer valer o verdadeiro sentido desta palavra. Mas, para um adulto já considero algo grotesco ter de lembrá-lo.

Tenho alunos de todas as idades. Alguns até bem mais que a minha. E nem por isso deixo de chamá-los de “senhor, senhora”, se preferirem. Um tratamento, que ao contrário a ser repulsivo, aproxima-os de mim, pela forma gentil, carinhosa como considero-os.

As pessoas que têm o mínimo de sensibilidade são capazes de dar um outro sentido à vida de muitos que escondem-se, que não sabem o que há por detrás das máscaras que usam para cada situação. E, nem por isso, não necessitam também de receber um agrado, seja lá de que forma.

Dando e recebendo. Trocas. Crescendo em doação, generosidade e respeito.

O mínimo para se ter a tão sonhada “paz interior”, para poder-se repassar da mesma forma que foi doada.

Nenhuma cobrança... mas, não esqueceste de nada hoje?!

Pense nisso tudo.

Boa semana!

Rosi Venditi.

Rosi Venditi
Enviado por Rosi Venditi em 13/09/2006
Reeditado em 16/08/2009
Código do texto: T239333