O Filme

A vida brincando de filme.

Conto ligeiro – em poucas palavras descortinava o enredo.

Filme de antigamente, quando a cortina se abria e não se sabia o que Vinha Pela frente...

Não era um folhetim

Final tranqüilo

Até feliz - o destino da nossa vida se cumpria

Opostas...

A cortina de vinho intenso, teimava em não fechar

Idas e vindas; o filme se repetia diferente...

Novas emendas numa fita tão pequena!

Por que haveria de ser mágica?

Sonhavam apenas, alguns minutos de lembranças...

Na suavidade do tempo passado; sem presente, sem futuro

Personagens bizarras!

Vidas desnudas em papel sem ponta

Não era uma trama interessante

Mas não era vulgar

Especial, tenho certeza...

Aquela vida toda em uma pequena tela:

Os personagens pulavam para dentro, totalmente enloquecidos

Não sabiam mais de cor suas falas e outras línguas subiam pela garganta...

Novos sons, melodias e cores

Corpos molhados da chuva, que entrava pela janela de fora

Confundia-se com pranto

Não queriam ser brincantes

Era momento da ausência; fechar do pano

Voltar à vida, os figurantes!

Sem voz e emoção...

Sair da sessão

Medo da dor do desfecho

Corpos caindo na cadeira, feito fim de feira... Era o fim da fita

Ou recomeço?

Verônica Aroucha
Enviado por Verônica Aroucha em 14/06/2005
Código do texto: T24445
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