Bom Natal!

Crónica para que te quero!

Ainda não pensei o que hei-de escrever já está aí uma exclamação meio esdrúxula na sua acentuação de quem se levanta e parte à desfilada: crónica para que te quero!... Mesmo porque sim, de certeza porque não não será. Apenas isto de aproveitar a quadra do Natal para matar saudades de ter, pelo menos uma vez por ano, esse espírito de falar para os outros trazendo o coração nas mãos e as metáforas na ponta da língua, onde ela pode ser, como a estou a fazer, escrita. Escrevo, mas gostaria de estar a dizer... É isso que tento, falar um pouco com tempo para poisar na prosa. Dois dedos de conversa, coisa boa. Em quem pensaria para voltar à sensação associada à expressão usada? Todo o mundo... a coisa acontece quando não estamos à espera, tem por natural a sua natureza, ter tempo e gostar de o sentir, sem pressa de partir. Vai daí vim e estou, num sábado, escrevendo. Não vou estar muito tempo, estou entretido no vagar duma espera, enquanto espero para sair.

Vim para a ideia da escrita onde é fácil chegar quando, depois de ler, também nos apetece escrever qualquer coisa. Esta qualquer coisa ganha forma de formas diferentes, acaba sempre por ganhar uma história quando se repete, acaba por ser uma maneira de produzir memória. Neste ponto assenta a ideia das saudades, voltar onde a memória nos trás ao encontro do que é passado e nos encontra no presente. Um bom presente para o Presente é sempre encontrar um Passado ao qual podemos voltar, isso é e pode ser o melhor que tem e nos dá o Natal. É democrático, cada um vota como quer, com sorte, obtém o que deseja!

Pois, quero estar com a família, lembrar os amigos, voltar à infância, ter e dar presentes. O melhor presente é mesmo este, ter um Natal para partilhar.

Já hoje andei a apanhar pedras com musgo, musgo sem pedras e recebi uma prenda de Natal, as figurinhas para o Presépio. Pois é, tenho uma casa nova, ter um presépio, arranjar uma árvore de Natal, celebremos.

Quanto ao menino nas palhinhas que foi Jesus e transformaram em Cristo crucificado, acho que as festas podem e devem ser vividas sempre de forma religiosa, principalmente o Carnaval, valha-nos essa beleza sem dogmas nem os padres dos que não são seus filhos. Isto do sentimento religioso, só é contagioso com Fé e adoro sentir que a tenho para praticar com a minha mãe que é beata ou qualquer outro membro da família que em vez de Religião e Moral pediu para ter Educação Cívica e fica feliz duma disciplina que não tem TPC (Trabalho Para Casa) nem carece de fichas de avaliação. Não que isso seja mau, pelo contrário, é sempre necessário fazer trabalho e avaliá-lo e ser avaliado. Vamos lá ver como vai ser o presépio familiar?

O que quero mesmo desejar a todos e a cada um, uma alegre quadra! A felicidade como uma coisa fácil, um estado de espírito ao qual basta vontade para o ter. Imaginemos o pior, estamos longe, a família já era, estamos sozinhos... Uma coisa simples, acender uma vela! Apagá-la, tirá-la do bolinho, nem precisa de ser um bolo grande, comer essa coisa doce como se tivesse nascido o Salvador, o Pai Natal fosse visita, a Nossa Senhora fosse a de Fátima e resolvesse aparecer na televisão? Procuremos uma visão! Essa coisa do amor ao próximo, o nosso próximo amor. Com essa coisa boa de o podermos ter sem ter ciúmes de ninguém, nem imaginação para tal, apenas... imaginação para o Natal!

Feliz Natal, Bom Ano Novo, Boas Festas!!!

Francisco Coimbra
Enviado por Francisco Coimbra em 19/12/2010
Código do texto: T2679950