ATIRANDO O PAI

Hoje, por volta das 9:30 horas, vindo de Nova Almeida-Serra-ES, com destino à Viana-ES, pude observar no ônibus onde me encontrava, uma menininha de aproximadamente ano e meio de idade, cantarolando a música "atirei o pau no gato" à sua maneira, que passou a ser "atirei o pai no gato". Comecei a viajar, imaginando como aquela menininha inocente e cheia de graça, não sabia absolutamente o que estava cantando, porém cantava com a convicção de quem sabia o que estava cantando. A sua canção, formada por uma só frase (atirei o pai no gato), repetida por várias vezes, fazia-me dar gostosas gargalhadas por dentro, imaginando-a atirar o pai no gato e até machucar o gato, ou quem sabe, o pai sair machucado, enquanto o gato saía ileso. Comecei a imaginar aquela menininha dotada de força extraordinária para atirar o pai no gato, por estar insatisfeita com o pai por alguma razão, sabe-se lá qual?

Depois que aquela menininha seguiu o seu rumo pelos caminhos da vida com a mãe que a acompanhava, fiquei imaginando nos adultos que agem como aquela criança: NÃO SABEM O QUE FAZEM OU DIZEM! Sem saber o que fazer ou dizer, são alvos constantes de pessoas inescrupulosas e manipuladoras que roubam-lhes tudo, até mesmo a paz, que é o bem mais precioso depois da vida.

O mais importante de tudo, é que aprendí com aquela criancinha, que ela seria totalmente incapaz de atirar o pau no gato ou o pai no gato, pois o seu coraçãozinho puro, totalmente livre da maldade, seria incapaz de praticar tanto um quanto outro ato.

Neste mundo doido em que vivemos, onde impera a maldade dos adultos, seria maravilhoso se procurássemos aprender um pouquinho mais com as crianças, que muito podem nos ensinar, se olharmos com atenção para os seus gestos inocentes, vindos de corações puros, refletindo os gestos do próprio Deus Criador.

Antonio Alves
Enviado por Antonio Alves em 01/04/2011
Reeditado em 05/07/2011
Código do texto: T2883378
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