FELIZ JULHO NOVO!

E aí, já começou o regime e perdeu aqueles quilinhos que prometeu? E o carro, já trocou? Fez aquela viagem para o Chile? Está lendo os livros que disse que ia ler? Parou de fumar? Está correndo no parque uma ou duas vezes por semana? Melhorou sua relação familiar? Batalhou pela promoção que tanto desejava? Guardou um dinheirinho? Não?! Nada disso?

Bem, então feliz meio ano novo para você também!

Caso ainda não tenha se dado conta, hoje estamos na virada imaginaria para a segunda metade do ano. Hoje é um ótimo dia para olhar para trás e ver que você é o ‘rei das promessas não cumpridas’. Talvez, até leve jeito para política, heim!

Falando sério... quantas promessas ficaram para trás e quantos projetos você abandonou no inicio, antes mesmo de completar, digamos... uma semana?

Cadê aquele entusiasmo do inicio do ano, onde você estava com olhar obstinado e iria fazer uma ou mais mudanças que iriam revolucionar a sua vida??

Não quero ser o porta-voz da desgraça, mas se em seis meses você não fez porcaria nenhuma, as chances de que aconteça algo de bom até dezembro são insignificantes.

Por isso, tire esse traseiro gordo e preguiçoso desta cadeira e desligue o computador. Saia daqui já!! Obedeça! Faça alguma coisa, carambolas!

Desde janeiro, o que você conquistou? Nada? Muito pouco? Uns pneuzinhos e mais cabelos brancos. O único progresso na sua vida foi o aparecimento de um joanete?

Então não me venha, no final do ano, com essa bobagem de se vestir de branco ou amarelo pra chamar sucesso ou dinheiro, se é para você aí ficar mofando na cadeira assistindo Faustão, sem se ajudar e ficar à espera do milagre cair do céu.

Desculpe o tom extremamente realista, mas a partir desta época do ano, o tempo voa e quando você menos esperar: os sinos estarão tocando, o velhinho barbudo vai se vestir de vermelho e o peru vai estar à mesa. A contagem regressiva já começou! “Hou hou hou!!”

Em geral estamos tão desligados quanto às coisas que deixamos de fazer e que ficam para trás que sequer lembramos das promessas que fizemos. Cumpri-las então, nem pensar. Se tivéssemos a visão do que prometemos no dezembro que passou, ao menos teríamos algo em nós mesmo que nos cobraria e que faria não desistir tão cedo. Tem muita gente que fala de memória curta na política, nas relações trabalhistas e na família. Mas a pior memória curta é quando esquecemos de nós mesmos.

Derrame algumas lágrimas ou gotas de suor. Não dói.

Mova montanhas se preciso for e Feliz Natal, afinal, ele está logo ali.

Martins Filho
Enviado por Martins Filho em 01/07/2005
Código do texto: T29844