BREJO SECO... BREJO MOLHADO... 2005

O Curral Eleitoral do Deputado José da Rosas, agora, livre da seca, havia crescido e enriquecido. Em Brasília, com prometera em campanha, acabou com o desemprego de muitos conterrâneos da antiga “Córrego Seco”, como sua mulher, que passou a sua secretária particular; seu filho mais velho, seu 2º secretário; seu irmão, que sabia contar muito bem notas de dólar, principalmente, ganhou um emprego de tesoureiro; sua sobrinha de 2º tesoureiro; e, até o vira-latas da família, conquistara um posto de “Cão de Guarda” em sua casa, afinal, Deputado tem que ter proteção. Todos de sua inteira confiança, é claro! Assim, não correria o risco de ser roubado. Coitado! Afinal, seu pequeno salário, mal dá para as despesas que o cargo não cobre, como iates, apartamento em Miami, ou mesmo em Búzios, para ser mais simplório. Conta na Suíça, nem pensar! Porém, surgiu no Congresso, algo parecido com uma “Mesada”, coisa de pai para filho. Era um esquema honesto... honestíssimo... bastava aprovar alguns projetos do “Partido Pai”. Por quê não? Afinal a irrisória “ajuda de custo” ajudaria a cobrir parte de suas imprescindíveis despesas. Mas, o que o Deputado José das Rosas não previa, é que uma bomba, ou melhor, um homem-bomba, explodiria com tanta violência; e que, o molho da pizza azedaria tão depressa.

É hora de uma retirada estratégica. Quem sabe, voltar aos Cassinos de “Nova Las Vegas” para, talvez, ganhar uma bolada. Mas, isso dependeria de sorte e não de maracutaia.

Obs.: Para melhor compreensão do texto, leia a primeira parte da Crônica “Brejo Seco... Brejo Molhado...”.