A ROMA ANTIGA NA ATUALIDADE - 10.000 ACESSOS E MUITAS CRÍTICAS

Sei que há muitos artigos, de outros escritores do Recanto das Letras, com infinitamente mais acessos que meu texto A Roma Atual, publicado em 28 de novembro de 2006, há cinco anos. Possivelmente esses artigos têm muito menos críticas que o meu. Até em espanhol alguém me deu a honra de, apesar do pouco que demonstra ter aprendido a escrever, chamar meu texto de “mierda”. Incrível a admirável autoridade cultural para criticar os escritos alheios que a maioria desses críticos têm, embora mal saibam escrever e se expressar.

Não obstante tantas críticas equivocadas, grosseiras e sem conhecimento de causa a esse texto, não deletei uma sequer e agora comemoro 10.000 (dez mil) acessos ciente de que, muitos o leram, nem que seja o enunciado, ou, provavelmente, muito mais do que isso. Afinal, ser lido é a razão de um texto e isto é o que motiva a quem escreve, sendo o que me motivou desde que comecei a escrever em 1984, durante um treinamento militar que participei como rádio-operador no campo de São Jerônimo, no Rio Grande do Sul. Escrever foi a melhor maneira que encontrei para me explicar, justificar minhas convicções e ações, e fico feliz por ao menos presumir que um texto meu foi lido, mesmo que muitas pessoas possam tê-lo entendido mal, pois entre tantos que leram, alguém, ou muitos, pode ter entendido o captado a mensagem intrínseca.

Quanto ao texto A Roma Atual, para pessoas cuja mente, a vida e a alma estão confinadas no memento e coisas atuais, ele se tornou uma contradição, para não dizer uma "bola nas costas", pois frustra a expectativa dos que procuram para copiar e colar algum artigo da internet sobre a cidade de Roma de agora e apresentar como trabalho escolar, sem ao menos ler, ponderar e argüir sobre alguma informação, compondo seu próprio texto. Meu texto não trata dessa Roma atual que esses estudantes buscam sem encontrar na internet com um título tão objetivo e tão pronto como esperam. Ele versa sobre Roma, a Roma antiga na atualidade, o que mentes tão secular não compreendem, por isto não lhes serve, então eles deixam transparecer a natureza primitiva e paquiderme que permeia o intelecto de rrande parte dos jovens e adultos de nosso tempo.

O título do texto A Roma Atual bem que podia ser A Roma Antiga na Atualidade. Decerto assim, especificando tão explicadamente que não se trata da cidade de Roma em qualquer tempo, muito menos na atualidade, mas do Império Romano de todos os tempos na atualidade, esse pessoal não perdesse seu tempo lendo o texto para depois desferir tantos impropérios anti-culturais contra meu trabalho e minha intelectualidade. Entretanto, A Roma Atual é um título muito apropriado, nada ambíguo para o texto, sendo também incomum na internet, pois ele evoca exatamente o assunto Roma filosófica, sendo explicado no texto com todas as letras, pontos e vírgulas que o artigo trata da Roma filosófica atual e essa Roma é Roma em todos os sentidos, uma Roma que existe ainda, e não há nenhum duplo sentido ou sentido aparente em chamar tal Roma de Roma Atual, pois ela é exatamente isto. E, com toda certeza, embora leia o texto de forma equivocada, pensando tratar-se de uma coisa, mas é outra, o leitor equivocado não perde seu tempo. Ao contrário, tem contato com um conhecimento de ponto de vista diverso do que está acostumado; conhecimento que, provavelmente, não examinaria de outra forma. Terá absorvido um conhecimento que lhe provocará o ímpeto questionador, ativando-lhe a disposição investigativa, e isto é ganho.

Portanto. Seguirei usando o título A Roma Atual no artigo que publiquei em 2006, que agora ultrapassa aos dez mil acessos, com a certeza de que não uso de má-fé, pois, seja falando da cidade de Roma da atualidade ou da filosofia Roma vigente, fala-se da Roma Atual.

Wilson do Amaral

A ROMA ATUAL

ESCLARECIMENTO A ESTUDANTES EM PESQUISA (Redigido em 12 de novembro de 2010, quando o texto atingira mais de 6.450 acessos.)

Antes de redigir alguma crítica ao final da página, leia ao menos a introdução até o fim, onde já será possível ver se o texto satisfaz ou não aos critérios de sua pesquisa, pois ele não tem o compromisso de satisfazer a algum critério pré-estabelecido, o que está bem claro desde a primeira linha da introdução. Digo isto porque considerei muitas das críticas postadas ao final do texto e percebi que a maioria dos estudantes em pesquisa não tem lido nem mesmo o segundo parágrafo do texto abaixo, senão jamais teriam postado tais críticas, teriam visto que meu texto trata da Roma filosófica atual, incluindo justamente uma análise do caráter do cristianismo atual, e que essa Roma não se trata de uma conformação geográfica, mas de uma filosofia que não é atual, que vem de quase três milênios, mas permanece atualmente. O estudante que ler com atenção certamente não fará críticas e nem tanto incoerentes, como são a maioria.

E reitero que o texto a seguir não tem por propósito se enquadrar nas exigências de nenhuma pessoa, trata-se de um texto livre. Tem sim o propósito de ponderar o assunto Roma atual de outro ponto de vista (que pode e, com certeza, é contraditório ao pensamento de direita corrente) e por isto jamais será como alguns em particular esperam que seja. E, de qualquer forma, nenhum texto é obrigado a ser como as pessoas querem ou tal qual como os indivíduos pensam (a não ser os textos que esses indivíduos mesmos escrevem), senão o que se escreve não seria jamais informativo, mas somente rememorativo.

Sendo assim, boa leitura e que se tire o melhor proveito.

INTRODUÇÃO (redigida em 10 de setembro de 2010)

Em virtude dos comentários e críticas feitas nos últimos dias por estudantes em pesquisas pela internet ao meu texto A NOVA ROMA, que acabou da atingir cinco mil acessos no Recanto das Letras, pretendo esclarecer que o texto não trata da Roma (cidade, município político de Roma, Capital da Itália) atual. No sentido geográfico e arquitetônico essa cidade continua sendo a mesma desde os césares e o Sacro Império e mesmo no período em a Igreja caiu e esteve humilhada (entre 1798 e 1803), quando Napoleão confiscou a suposta escritura do Vaticano outorgada por Constantino Magno –, ainda neste período o município de Roma continuou o mesmo. Começou a existir por volta de 700 a.C. em torno de uma ponte no rio Tibre ligando uma rota comercial; em torno dessa ponte fez-se uma praça de pedágio em torno da qual cresceu uma cidade que inicialmente era uma cidade-estado composta a princípio de três etnias, os latinos, etruscos e sabinos. Entretanto, a medida que foi crescendo e anexando as cidades-estado circunvizinhas, tornou-se primeiro a Capital de uma federação de cidades-estado da península italiana, mas cresceu de importância ao ponto de tornar-se a Capital de um império de abrangência mundial a medida que estendeu seu domínio e filosofia política por várias nações do mundo. Entretanto, jamais deixou de ser também o município de Roma, o que é hoje, quando sua importância política e filosófica não transcende aos limites da Itália.

A Roma município político atual não tem importância no contexto filosófico e político mundial, o que não é o caso da Roma histórica. Por isto, quando falo no texto sobre a Roma atual, estou falando da Roma política e filosófica dos césares e papas, da emanação política e filosófica dessas antigas Romas no sentido em que elas ainda existem a governar o mundo, os governos e suas decisões. É dessa mesma Roma que Yasser Arafat chamou os EUA de nova Roma em 2003. Entretanto, embora ele estivesse certo, os EUA não são a nova Roma, mas um de seus braços, aquele que segundo Apocalipse dá novo alento a besta que antes fora ferida de morte (a morte do Papa Pio VI e confisco da escritura do Vaticano), significando isto conferir frente ao mundo honrarias e autoridade ao Papa.

No texto traço o paralelo entre as filosofias e políticas das Romas antigas, mostrando que a Roma atual (a Igreja) exerce aquele mesmo poder, embora que, por enquanto, pardamente, mas esse poder cresce e vai tomando vulto conforme previsto no livro de Apocalipse e conforme bem mostrou o escritor José Chiavenato em seu livro Ética Globalizada e Sociedade de Consumo, o qual discutimos em aula no curso de História da Unisinos em 2003. Quando na ocasião eu discursava expondo meu trabalho a respeito do livro de Chiavenato, citei Gliford Goldstein, um funcionário da Casa Branca, que, em seu livro O Dia do Dragão corrobora com Chiavenato mostrando que a política norte-americana caminha para um Estado teológico e absolutista em completo acordo e apoio a filosofia católica, embora a aparente crescente aversão a religião. Quanto a isto, porém, não devemos esquecer que ateus são indivíduos que em certo momento sofreram alguma decepção religiosa, por isto sua oposição a Deus. A verdade, entretanto, é que a alma humana deseja naturalmente encontrar Deus e esta busca é flagrantemente crescente nos dias atuais.

No ponto em que tratava da tendência teológica absolutista do Estado norte-americano fui interpelado por um colega que bradou ser impossível tal coisa nos tempos atuais, mas, para surpresa geral e especialmente a minha, a professora fez saber a todos que o presidente George W. Bush dissera recentemente, em função de sua “cruzada contra o eixo do mal”, de sua intenção de aprovar lei estabelecendo o domingo como dia oficial obrigatório de guarda naquele país, o que é o grande sonho do Papa fazer valer no resto do mundo, tornando-se assim o seu único pastor.

Aos amigos leitores que reclamaram da pouca fundamentação do texto, esclareço que o mesmo não tem por pretensão esgotar o assunto, tampouco ser a autoridade absoluta, apenas expressa minha visão em breve comentário cujo propósito é motivar o leitor a investigação própria. Minhas bases são principalmente religiosas e bíblicas, mas incrementadas pelo curso de história na Unisinos e algumas leituras sobre a história e filosofia da história da humanidade. Entre os tantos livros que li está História da Civilização, de Will Durant, História Geral, de A. Souto Maior, O Grande Conflito, de Ellen G. White, As Veias Abertas da América Latina, de Eduardo Galeno, Viver nas Cidades Medievais - José Rivair Macedo, Guilherme Marechal ou o Maior Cavaleiro do Mundo, de Georges Duby, O Ano 1000, O Dia do Dragão, de Gliford Goldstein, O Governo da Nova Era, de Eliseu Lira, Ética Globalizada e Sociedade de Consumo, de José Chiavenato, O Egípcio, etc., alguns seminários, documentários, artigos de revistas e filmes. Lembro os amigos leitores, porém, que nem tudo que escrevemos somos obrigados a sustentar com citações, pois do contrário a maioria do que os escritores publicaram não teria o menor valor histórico ou filosófico, haja vista que os primeiros a escrever não dispunham de outra fonte a não ser a observação. E é bom lembrar que todo conhecimento foi e é produzido por observação e o que os escritores escrevem nada mais é do que o fruto de suas observações. Ao fazer-se citação, nada mais se faz do que mostrar que quanto ao fato histórico não falamos de nós mesmos, não inventamos, mas citamos mesmo é com o propósito de dar credibilidade ao que dissemos. Neste caso, quanto mais citações fizermos, mas credibilidade atraímos. Entretanto, quanto as observações, caso tenham sido feitas através de metodologia, a prova real sempre será a reprodução e funcionamento do modelo científico. Neste caso, muitas vezes, antigas teses já comprovadas em laboratório dão lugar a novas teorias. Caso sejam observações de vida, a repetição dos eventos provará a veracidade da teoria. Entretanto, quanto ao fim dos acontecimentos em curso, somente o tempo pode provar a veracidade das hipóteses.

O que fazemos ao escrever sobre os rumos que tomam as ações humanas atuais é compará-las com outras que já foram encenadas, bem como com as previsões feitas, presumindo daí que se elas se repetem em conformidade com as previsões seus efeitos também previstos se repetirão de igual modo. Nisso, porém, sempre se estará praticamente só, pelo que se buscam autores que tenham a mesma visão. Entretanto, sociologia não é uma ciência exata, por isto como produtor de conhecimento desejo levar o leitor a buscar as mesmas fontes e observar os acontecimentos do mesmo ponto de vista para que com essa mais uma forma de ver complete a tridimensionalidade do que se passa a seu redor e possa tomar posição preventiva quanto aos acontecimentos futuros.

ESCLARECIMENTO (redigido em 27 de agosto de 2009)

Com o propósito de atender a solicitação de uma leitora, a estudante keteryn, que deixou seu comentário neste texto 20/08/2009, ao atingir mil leituras, esta edição foi acrescida de novos dados, inclusive algumas fontes, para ampliar o entendimento dos fatos nela contidos e para que sirva de material de consulta escolar e acadêmica.

A ROMA ATUAL (publicado em 28 de novembro de 2006)

Hoje a poderosa Roma é muito mais filosófica do que literal. Melhor seria dizer que é filosoficamente literal. Digo isto no sentido de que a Roma atual é Roma no sentido figurado (figura da Roma antiga - uma sombra, mas bem marcada). O é por possuir as mesmas características daquela, tanto da Roma marcial (política/militar - Monarquia, República e Império), que esmagou o mundo antigo sob suas forças militares (anexando Estados pela força, impondo-lhes suas leis e cultura, bem como cobrando-lhes impostos abusivos), quanto da Roma sacra, que igualmente esmagou os mundos feudal e medieval. E isto fez usando também forças militares, igualmente coagidas (sancionadas) através da superstição, interesse e conveniência, bem como pelas forças militares dos Estados a ela sujeitos, como a Europa toda, parte da Ásia e da África. Todavia, a Roma atual não é um Estado com o nome Roma, como as duas primeiras foram, tampouco uma cidade, mas a Igreja romana o é (um estado e uma cidade), tendo esse Estado o nome de Vaticano, o qual está no centro do moderno Município e cidade de nome Roma, que ainda está geograficamente onde esteve o centro administrativo, militar e político das velhas Romas. A Igreja romana está dentro da moderna Roma tanto no sentido literal, quanto no filosófico, pois neste sentido ela ainda é a Roma sacra, a Roma papal, o que a cidade de Roma bem é ainda hoje, prova é a convicção dos modernos romanos quanto a divindade e poder papais.

Observo que em outros tempos o território do Vaticano era apenas um bairro do Município e cidade de nome Roma, onde a Roma primitiva surgiu e onde sempre foi a sede dos impérios romanos.

A exemplo da Roma dos césares, a Roma sacra (papal) possuía o poder marcial conferido pelos Estados que dela faziam parte (como bem narra Georges Duby, no livro Guilherme Marechal ou o Melhor Cavaleiro do Mundo, Editora Graal), dando-lhe suporte militar e financeiro(como exposto por Robert Lacey e Danny Danziger no livro O Ano 1000, Editora Campus), e seriam prontamente excluídos do mundo econômico, bem como do geográfico (como foi o caso dos três reinos bárbaros de nome, Vândalos, Hérulos e Ostrogodos) se não fizessem. No lugar dos Estados que apoiavam a Roma feudal e medieval estão hoje os EUA, a OEA, a OTAN e o Mercado Comum Europeu, além de outros mercados, podendo incluir praticamente toda a ONU, que conferem a esta Roma uma autoridade fenomenal, haja vista que o Estado Vaticano possuiu apenas em torno de 800 habitantes, 13 hectares de terra, mas, apesar disso, tem acento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas, enquanto países continentais, como o Brasil, por exemplo, não têm.

Outro ponto a ser destacado no poder da Roma atual é a influência monstruosa do papa nos assuntos políticos do mundo, sendo que o próprio João Paulo II foi quem conseguiu (o que os presidentes norte-americanos não conseguiram) a queda da União Soviética, reunindo-se com Gorbachev, pelo que também caiu o muro de Berlim, em 1989, e o sistema comunista foi reduzido a subserviente do capitalismo. Todavia, como bem colocou José Chiavenato, em seu livro Ética Globalizada e Sociedade de Consumo, 1ª Edição, o convencer o então presidente soviético rendeu ao João Paulo II cinquenta milhões de dólares.

Ao mesmo tempo em que o domínio do ocidente (principalmente por parte dos EUA) sobre o resto do mundo cresceu acima das nuvens, o avanço da Igreja Católica, bem como de toda a cristandade, em territórios outrora restritos mostrou-se espetacular, sendo que aos poucos a resistência no mundo islâmico aos cristãos também se desintegra. E isto não somente graças ao avanço do Evangelho, mas principalmente graças ao avanço das armas e da imposição política e militar. Nos dias atuais se andou falando até em uma nova cruzada do papa Bento XVI, Joseph Ratzinger, o ex prefeito da Congregação para Doutrina da Fé, a velha Santa Inquisição, com um novo nome.

Assim se configura a nova Roma e todo seu poder, que crescerá daqui para a frente de forma assustadora e cruel.

Portanto, como a Roma dos césares e a Roma papal, a nova Roma tem calcado aos pés muita coisas, bem como Estados e pessoas, embora que hoje ainda de forma disfarçada, mas com poder de persuasão e destruição crescentes. E saliento que nem mesmo o Santo Ofício da Inquisição desapareceu, tampouco seu poder mistificador e opressor, sendo hoje a Congregação para a Doutrina da Fé, da qual Ratzinger foi prefeito para João Paulo II, ou o inquisidor máximo. E antes de ser eleito Papa Carol Rochila dizia-se simpático ao movimento Teologia da Libertação, mas depois o padre Leonardo Boff sofreu inquisição e foi excomungado, perdendo o ofício sacerdotal por ser o inspirador de tal doutrina. E nem mesmo Dom Ivo Lochaider e Dom Paulo Evaristo Arm, que estavam com ele, puderam livrá-lo de ser arrebatado por fortes homens de preto nas ruelas escuras de Roma, sendo que seguiram os agentes do Vaticano, mas a entrada na sala para onde eles o levaram lhes foi vetada. Ao sair de lá o padre Boff já perdera seu emprego.

ANEXO PERTINENTE AO MOMENTO ATUAL (redigido em 09 de setembro de 2010)

Quanto aos atuais escândalos descobertos, imoralidade sempre foi um ponto forte na Roma papal, haja vista as tantas falsas acusações que autorizaram incontáveis martírios a inocentes, os tribunais ignominiosos e as execuções sumárias, bem como extermínios e em massa. Entretanto, essa Roma (papal), a despeito de sua imoralidade em todas as áreas, a exemplo da Roma cesariana, sempre se impôs de uma ou de outra forma sobre os fiéis (grande massa supersticiosamente fiel), que na grande maioria foi anexada por incapacidade (no batismo de incapazes - crianças) coação, acordos e tratados. Depravação sexual jamais foi segredo nos meandros clericais romanos e certamente que a prática que hoje se chama de pedofilia sempre fez parte do cardápio de muitos clérigos. Entretanto, tal qual Proteus (que depois de manjado transfigura-se de reação contra si mesmo), essa Roma agora exposta com tal imundícia se revestirá mui brevemente de reação ao mal e todos rapidamente esquecerão esta que compõe mais uma das tantas de suas milhares de resmas de páginas negras. E sua ascendência à restauração plena do poder seguirá intrépida, até que a “ferida de morte” sofrida em 1798 estará completamente curada e a “besta” estará de volta em plena atividade, conforme predito em Apocalipse 13.

Wilson do Amaral

Autor de Os Meninos da Guerra, 2003 e 2004, e Os Sonhos não Conhecem Obstáculos, 2004.