QUANDO HÁ SIMBIOSE HÁ AMOR
QUANDO HÁ SIMBIOSE HÁ AMOR
Num texto postado no Recanto das Letras, sob o título COMPANHEIRISMO (republicado), desenvolvi esta frase, em forma de acróstico. Recebi da inteligente colega de letras Ana Flor do Lácio, como é de seu carisma, o desdobramento do tema em forma de comentário.
Com palavras próprias sugeriu: “É bom sermos «um ser só», não «um só ser» no sentido de solitário, mas no sentido de formar uma unidade com um outro. Nos dias que correm, é necessário que este tipo de união seja resgatada entre as pessoas ou morreremos de inanição afetiva.”
Quando acima falei em , não o fiz para fazer agrados a uma bela mulher. Referi-me, isto sim, a uma verdade que todos nós sabemos que existe em nossos dias, mas ela teve a coragem e desprendimento de dizê-lo, em público, para que todos o lessem e conhecessem o pensamento que a identifica.
A verdade é que já há muito não existe mais aquilo que caracteriza um amor verdadeiro entre os casais e que os une num espírito cristão de verdadeiro sentido familiar. Mesmo em outros tempos, com culturas adversas a esse tipo de carinhosa vivência a dois, havia algumas famílias que curtiam esse luxo de vida em família, enquanto a maioria absoluta dos homens implantava um estado machista em seus lares.
Acontece que o mundo mudou... e para pior. Enquanto que o normal e, até, mais de acordo com a lei de Deus, é de que os sexos opostos se procurem para formar uma união séria, com base na convivência do entendimento amoroso – essa simbiose de que fala o acróstico. Mas os nubentes procuram no seu consorte, na maioria das vezes, as excelências do corpo e do bolso.
Visando somente as qualidades materiais e não as espirituais, o normal é que aconteça exatamente o que está acontecendo. Em poucos anos diz-se, quando um casal se separa, que o amor terminou. Isso acontece, não somente na sociedade brasileira, mas na sociedade mundial, donde, aliás, foi copiado o molde. Pergunto, como pode terminar uma coisa que nunca existiu? Existia paixão e interesse financeiro, mas amor, que é qualidade e essência da alma, não há nesta negociação, necessariamente.
O acróstico, a crônica e os comentários havidos da parte das poetisas Ana Flor e Luciane Cortat, apontam direta e enfaticamente numa só direção: - casamento, não enquanto sacramento da religião católica, mas como união de duas almas e dois corpos com a finalidade de uma vida em comum sob a égide do amor, está falido. Urge a necessidade de que haja contínua e incessante propaganda das leis de Deus que regem essa união, para que o gênero humano aprenda novamente o que é simbiose (cumplicidade afetiva) na união de dois seres, ou seja, do homem e da mulher, ou casamento.
Afonso Martini
Imagem google