Sobre a Indiferença

Não eu não vou falar que “a indiferença é o contrario do amor” e blá blá blá.

Vou falar sobre a estranheza de ter que ser indiferente diante da indiferença.

Seja essa indiferença advinda por qualquer motivo, vergonha, acompanhamento ou por não se importar mesmo, mas o fato é, para o não indiferente, para aquele que lembra de cada detalhe

Que de certa forma não esqueceu, que algum tempo atrás estava ouvindo juras de amor, fazendo planos e todas essas babaquices que a gente faz e diz quando se está apaixonado.

Não importa! O problema é ter que fazer cara de monge ao passar por tal pessoa na rua, ao encontrar em uma balada, parar ao seu lado enquanto ela beija outra pessoa e você fica lá com aquela cara de paisagem, fingindo que nem se conhecem, quanto mais terem vivido uma “história de amor”.

Enquanto o seu interior grita, fica desconfortável e o seu pensamento voa longe.

Como alguém que já fez parte da sua vida dessa forma, de todas aquelas formas já conhecidas, pode nem olhar na sua cara hoje em dia?

Eu não sei dizer, mas tem duas coisas que penso quando algo assim acontece.

Será que dividimos das mesmas lembranças?

Foi em outra vida que um dia fomos felizes? Pois acaba sendo o que me parece já que a indiferença nos coloca tão distantes.

Distante de alguém que você já teve uma intimidade tremenda e até das suas manias se lembra.

Só sei que indiferença dói para quem não sabe ser indiferente.

Ultimamente acho que to aprendendo na marra.

Borboleta da noite
Enviado por Borboleta da noite em 04/06/2012
Código do texto: T3704535
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