PAPAI É ÓTIMO!

Realizar alguma atividade com o filho no final de semana é algo que muitos pais consideram importante. Dizem _ todo orgulhosos _ que isso vai estreitar os laços de amizade entre eles.

Pessoalmente não testei essa teoria da psicologia paterna.

Na verdade durante o período de infância não me recordo de meu pai ter empinado pipa ou jogado futebol comigo uma única vez. Também não me lembro de esse fato ter me deixado aborrecido. É simples: meu pai e eu não gostamos das mesmas coisas, então desde muito cedo fizemos um pacto sem palavras. Esse acordo mudo estabeleceu que: um respeitaria o outro sem forçar uma situação, e até hoje tem sido dessa forma.

Nossa amizade vem da confiança mútua.

Nunca tive meu pai como modelo. Ele não foi o herói nem o bandido da minha meninice. Assim como eu mesmo, papai é uma criatura falha, mas que busca fazer a coisa certa segundo seu próprio ponto de vista mais ou menos limitado. Erramos e acertamos juntos por inúmeras vezes.

Ah, saibam que meu velho já me decepcionou em diversas ocasiões. Entretanto, com a experiência de vida mais dilatada que só o tempo faz aparecer, aprendi a relevar tais faltas, porque certamente ele continua relevando as minhas.

Sim senhor, meu pai é ótimo!

Ainda não possuo as alegrias e os desgostos que a paternidade oferece. Contudo, agradeço sinceramente a Deus por conservar meu velho ao nosso lado (a família). Um pai que às vezes é corriqueiro e rabugento, mas que em outras oportunidades se mostra bastante carinhoso.

Não deve ser nada fácil fazer o que a sociedade espera que você faça. Por esta razão muitos nem querem tentar.

A coisa não depende de vocação; é antes uma missão. Ou você assume logo e bota a mão na massa, ou desiste dela. Em ambos os casos as consequências para o indivíduo virão.

Sim senhor, papai é ótimo!