Crônica #117: REDUZINDO PARA ACELERAR

Outro dia trafegávamos pela EPIA, uma das mais importantes autovias de Brasília. Ao meu lado, o Od Jr. observava-me enquanto eu conduzia o veículo.

[Od Jr]: Pai! Por que o senhor, de vez em quando, reduz a marcha para depois ultrapassar o veículo à frente? Porque não o faz na marcha que já se encontra?

[Od]: Filho! Você não percebeu que o veículo à frente está mais lento e, por esta razão, nosso carro perdeu velocidade?

[Od Jr]: Percebi. E daí?

[Od]: Daí que o carro perde também potência e não pode ultrapassar com segurança. Se eu atolar o pé no acelerador, forço o motor e poderei até fundi-lo. Entendeu agora?

[Od Jr]: Hum! Hum!!!

[Od]: Então! Para que o veículo alcance velocidade tal que possa ultrapassar o outro, foi necessário que eu reduzisse sua marcha para que fosse recuperando arranque, potência e pique. Agora percebeu como foi fácil a ultrapassagem?

[Od Jr]: Sim! Foi moleza!

[Od]: Pois é, meu Filho! Na vida aconte
ce algo semelhante. Muitas vezes, nós estamos indo a todo vapor e nos falta chão. E não queremos parar por nada e prosseguimos a todo o custo até a exaustão.

[Od Jr]: É, mas aí a gente marcou maior 'bobeira'! Mal comparando ao carro seria como se tivesse 'batido o motor'.

[Od]: Isso, Filho! É mais ou menos por aí. Então! Quando as coisas parecem não dar certo, melhor mesmo é desacelerar, reduzir ou até parar e reiniciar tudo, para depois seguir em frente, à toda, mas do jeito correto.

Deus aje assim conosco. Assim é o bálsamo do perdão
. É assim que se processa o arrependimento e o novo nascimento. É preciso dar meia-volta e deixar o erro radicalmente para trás, sem receio de fruir plena felicidade.

Quando for preciso, reduza para depois acelerar e alcançar o limite de sua capacidade.
Alelos Esmeraldinus
Enviado por Alelos Esmeraldinus em 12/08/2012
Reeditado em 13/08/2012
Código do texto: T3826859
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