Uma noite na cidade das mangueiras

Antônio, Cicero e Wal depois de um dia de trabalho estressante resolveram sair para conhecer a cidade. Em três dia alí, aquele, graças a Deus era o último dia. Agora com condições para pensar eles resolvera sair para jantar em algum ponto da cidade das mangueiras.

Chamaram um taxista e perguntaram sobre um bom lugar. De pronto foram levados a Estação das Docas.

Lá chegando foram perguntando até se acomodarem numa mesa de frente para a Baia do Guajará. Comeram pato no tucupi, maniçoba, vatapá e até açaí alguém arriscou a tomar. Em meio a tanta comilança a digestão foi falar do Pará e rirem dos fatos e conversas engraçadas, piadas que iam surgindo.

Paulatinamente a noite foi envelhecendo, a musica paraense foi acontecendo, as luzes foram se escondendo dentro do silêncio do avanço das horas e a solidão, a saudade começou a pausear o coração daqueles três grandalhões senhores do Sul.

Resolveram ir para outro lugar, onde houvesse mais mulheres desacompanhadas. E seguindo no imenso salão de pronto uma morena, de olhares venenosos persuadiu Antônio, que ao discutir com os amigos momentaneamente resolveu ir ao encontro da musa.

Lá chegando, cheia de atitude ela vós disse:

- Sou garota de programa você vai querer sair comigo?!...

Espantado Antônio disse: Sim!...

Quando recobrou a consciência disse-lhe: Acontece que estou com mais dois amigos.

Ela respondeu: Tudo bem! Não tenho preconceito.

Sem pensar direito o rapaz pegou a moça e apresentou aos seus amigos.

Todos ficaram extasiados com a beleza da morena.

Pegaram um taxi e ficaram sem saber para onde levar.

O motorista informou um motel e todos concordaram.

Seguindo para lá, no meio do caminho a moça confessa que está sem a sua identificação.

Como o rosto daquela moça parecia de criança todos ficaram preocupados e o motorista na entrada do motel sugeriu:

- Se ela é de maior mesmo e não está com a identidade o melhor é ela ir na mala do carro, do contrário irão barrar.

Os três se olharam e disseram tudo bem se a moça não se opusesse.

Todos concordando. Ela foi para a mala.

Os três então, com o motorista passaram na guarita e a moça do motel olhou e disse:

- O que vai ser?

- Apartamento! Alguém, respondeu de dentro do carro.

A moça então rejeitou:

- Sinto muito, como vocês estão em três só pode ser suíte!

- Tudo bem! Lá de dentro do carro, outra vez a voz acordou.

Seguiram e entraram na suíte 210.

Pegaram o telefone do motorista para quando precisassem pedissem para chamá-lo.

A coisa ficou animada. Todos rindo bastante pela situação que se formou.E quando ia ficar mais alegre, Wal lembrou que tinha que fazer uma transferência de voo, caso contrário ficaria em Brasília um dia. Ai ele seguiu com o motorista para o aeroporto, no compromisso de voltar. E os dois, com o sorriso largo subiram para brincar com a linda morena.

Papo vai, papo vem... Passando a meia noite, uma hora em meia, com a situação resolvida Wal resolve voltar para o motel e lá chegando, com o mesmo motorista fala com a moça, que identificando a suíte observa:

- Moço já tem três lá, mais um vai ter que ser cobrado adicional.

- Wal explica: Não. Só tem dois. Eu sai, e estou retornando.

A moça: sinto moço, mas vou ter que averiguar. Aguarde por favor.

Ligou para o apartamento e mandou o rapaz aguardar no pátio até outro funcionário ir lhe autorizar o acesso.

Depois de mais ou menos meia hora um funcionário bateu no vidro do taxi e falou para o Wal que estava liberado o acesso.

O rapaz com muita vergonha se dirigiu para a suíte.Com o carnaval já quase no final, ele despachou o motorista e nem quis mais lembrar. Entrou na suíte todo cheio de voz, quando se deparou com a moça e os seus amigos na banheira em plena madrugada, já não sabia o que queria da estrada.

A festa já estava no final, Antônio resfriado, Cicero desarrumado e o constrangimento da entrada lhe deixou meio sem solução.

A morena estava lá, chamando-o e cheia de energia. Mas o que ficou daquele dia na lembrança foi o tema principal para a sociedade. Três homens de idade avançada se encontrando para fazer amor numa suíte de outra cidade.