As peripécias de Elvis

Se vocês vão ler esta crônica pensando em se tratar de alguma aventura do sol do Rock, Elvis Presley sinto muito desapontá-los.

O Elvis que irei falar não tem nada haver com o rockstar. Falarei dum outro. Dum vira-lata, de tamanho mediano e de pelos negros como o asfalto. Que atualmente conta com sete anos de pura reinação.

Desde seus poucos meses de vivência esse cachorro já demonstrava certo pendor para traquinagem. Houve vez- já ele um pouco crescido- em que era um insaciável devorador de meias. Não podia ver uma a sua frente sem que lhe abocanhasse. Devorara dezenas.

Outro fato interessante, fora quando ele se tornara adolescente. Os impulsos sexuais nessa idade afloram com uma força impressionante. E ele necessitava descarregar, extravasar essa energia. Minha mãe tinha um leãozinho de pelúcia que ela gostava muito. Tanto que às vezes punha o felino em cima da cama para fazê-lo de travesseiro. Como nessa época Elvis, vivia dentro de nossa casa – depois de certo tempo este crescera e tivemos de pô-lo num cômodo desativado e adjacente a nossa habitação- o sapeca andava livremente pela casa: deitava na cama, bebia água do sanitário, fuçava no cesto de lixo e dentre outras coisas. E com adentrar da puberdade este procurara algo que aliviasse seus desejos. E ao ver o felino de pelúcia começou logo cortejá-lo. Farejou-o da cabeça ao rabo.

E... Ah, vocês sabem!! Foi amor a primeira vista.

Como qualquer cão ele tem seus desejos e gostos. Por exemplo: é louco em manga. É impossível chupar uma sem que ele apareça na nossa janela ou comece arranhar a nossa porta. Ou mesmo quando começa uivar loucamente reivindicando pelo menos um pedaço.

Outra coisa é quando chegamos ao portão de casa com a sacola da padaria e ele está lá esperando para receber um pão quentinho recém saído da fornalha. Parece até que tem uma espécie de radar no fuço no qual detecta a aproximação de pão e manga. Muitas vezes o malandrinho assaltou-nos no café da manhã, pois naqueles tempos deixávamos a porta aberta e o ladino aproveitava para nos assaltar.

Sabe aquela velha máxima antiqüíssima: o cão é melhor amigo do homem? Não é que ela é realmente verdadeira!Quantas e quantas vezes meu amado cãozinho não defendera minha família postando-se na frente de nosso portão como um inabalável guardião. Quantas vezes, não afastara os inimigos? Quantas vezes deitado no chão duro e frio não esperara incansavelmente meu pai chegar de madrugada? Ao relembrar todas estas peripécias desse mamífero canino penso quão é bom desfrutar da lealdade! Quão é bom possuir um amigo que nunca lhe abandonará.

Elvis, espero que você viva muito tempo a nosso lado. Obrigado por ser meu cachorro, um amigo de todas as horas!!

E aí o que acharam? Comente vai....

Raffael Petter
Enviado por Raffael Petter em 16/10/2012
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