Mortes prematuras

Mais uma jovem aqui em nossa cidade tira a própria vida. O porquê é a primeira a pergunta a se fazer diante de uma notícia desse porte.

Segundo dados, Coelho Neto está com um índice altíssimo de jovens que cometem suicídio - (9,7), ficando em quinto lugar na Região Nordeste. São números alarmantes e preocupantes.

O que pensar diante desse caos? Jovens tão prematuramente arrebatando suas próprias vidas? É um processo complexo, qual novelo de lã que se enleia e não se consegue achar nem início nem fim. Complexo, porque intrínseco a consequências como essas, chegando ao suicídio, estão várias situações e sujeitos envolvidos, começando, afirmo categoricamente, pela família.

Abrindo um parêntese para o quesito família é relevante ressaltar que no processo educacional como um todo ela é a base, é o norte, é a escola primeira. É nesse sentido que a LDB 9394/96, discordando da Carta Magna do país, introduz a família em primeiro plano: “Artigo. 2º. A educação, dever da família e do Estado (...).

Certa vez, na escola em que leciono, cheguei à sala dos e professores e fiz um comentário sobre a minha noite anterior onde não havia dormido bem por motivo de alguns jovens, que ao voltarem de uma festa, apertavam constantemente o botão da campainha da minha casa e aquilo me incomodava. Ao que um professor respondeu dizendo que se os jovens faziam aquilo era culpa dos docentes. Pensei com meus botões: "minha filha não sai pelas ruas apertando sirenes das casas alheias porque, antes da escola, eu a ensinei o que é certo e o que é errado".

É isso que quero enfatizar, que essa fatia maior do bolo no processo educacional é parte inicial da família, a escola só consolida. Tanto é que a LDB, como já citei anteriormente, discorda da Constituição exatamente nesse ponto. A Carta Magna por si só diz que a educação é dever primeiramente do Estado: Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, já a LDB propõem outra visão, a educação é dever primeiro da FAMÍLIA.

Façamos valer nossos direitos, mas, jamais esquecendo os deveres, sejam quais forem as circunstâncias.

Elian Bantim
Enviado por Elian Bantim em 26/10/2012
Reeditado em 22/12/2013
Código do texto: T3953429
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