Classe média e feriado = supermercado

Bom, para aqueles que não viajam em feriados, o que sobrou de opção de distração mais econômica?

Hum, deixe-me pensar...

Baixar filmes, lavar o carro, fazer churrasco, visitar amigos, receber sogro, cunhado, assistir um filminho da hora, com direito a uma básica pipoquinha,visitar algum parque, cinema.

Mas para a classe média nem sempre tão abastada, o que sobrou?

Hehehe, yes!

Supermercado!

Dia de oferta, obaaaa!

Aquele tumulto total.

E é hora de achar um carrinho e cadê o moço?

É mais fácil ganhar na mega-sena que encontrá-lo.

Você vira o corredor e dá de cara com um pirralho correndo e atropelando o seu carrinho, logicamente batendo no seu dedinho do pé.

Não podemos esquecer daqueles amigos que não se veem há tempos e resolvem atualizar suas novidades, conversando no cantinho ou meio do corredor.

A vovó e o vovô que caminham devagarzinho com a calculadora na mão, pois com suas ricas aposentadorias, só mesmo comprando programado e minguado.

O cara de terno e gravata, que esqueceu-se que não é dia de trabalho, mas precisa "programar" suas compras pois sua semana será corrida.

Os adeptos do celular.

Esse tipo é interessante, pois não desgruda do danado, nem para pegar as coisas. Aí fica aquela situação "linda": uma mão na orelha e a outra nos produtos que muitas vezes se contorce para pegar, pois afinal precisa ser malabarista e dos bons, para fazer tudo sozinho, sem nada derrubar.

Agora sem ofensas e essa é para todos:

" a mágica gôndola das promoções " - tradução:

- lugar ideal para você levar pisões, braçadas, trombadas, e não esquecendo dos distraídos, que largam o carrinho e nem se lembram que ali não é deles, e detalhe, se você reclamar que ele atrapalha, ainda corre o risco de ser xingado: lógico que isso não se aplica ao bem-educado.

- a padaria.

Por que será que sempre falta saquinho ou ferrinho para fechá-lo justamente quando você encosta para pegá-lo?

Quando você consegue se deslocar, após cruzar o "trânsito pesado" á sua frente, o produto que você tanto quer não tem mais?

Crianças levadas!

Aquelas cujas mãos nervosas tocam tudo, sem esquecer que esses anjos resolvem brincar na esteira e tudo de aparelhos de ginástica.

Cadê mamãe e papai nessa hora?

O casal indeciso:

- Amor, o que vamos levar para o jantar hoje?

- Ah, benhê, não sei.

- Você é quem sabe.

O curioso: olha tudo, compara, pensa e repensa e leva só uma coca-cola!

Agora não podemos deixar de falar nas colossais filas:

- Eita beleza!

Teste de paciência, simpatia, lugar para fazer novos contatos, ou ser enganado pelo falso tonto que diz estar junto ao fulano, e aponta para o início da fila e pede licença para passar ou vai empurrando rapidamente.

A vovó que dá tudo o que o neto birrento pede, e o que é mais dolorido e tragicômico, quando você, é você mesmo, se lembra que esqueceu após meia-hora na fila, de pegar a manteiga que foi a causa da sua vinda ao supermercado!

O reclamador de plantão que bufa o tempo todo, e parece uma enguia dando choque em quem está á sua frente, trás ou lados.

Enfim chegou a sua vez de ser atendido.

- "Que alegria e alívio!".

- É cartão ou CPF na nota? - pergunta mecanicamente a atendente

- Precisa carregar o cartão ou só isso?

- Próximo.

Então meus amigos, lhes digo que esse dramalhão rotineiro pode ser resumido numa só frase:

- Classe média e feriado = supermercado

Kunti

Kunti
Enviado por Kunti em 07/12/2012
Reeditado em 17/02/2022
Código do texto: T4024403
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