RESPONSABILIDADE SOCIAL: ING – individuo não governamental.

Interessante como as pessoas reclamam de tudo nesse país. Parece até que a culpa de estar como está ou ser como é, é de alguma divindade do mal que insiste em nos tentar para o inferno.

Para resolver problemas sociais, nos últimos tempos, tem se tornado comum no mundo organizacional, o termo “responsabilidade social”. Ou seja, o que a empresa pode e fará em prol da comunidade que lhe oferece os recursos e muitas vezes, durante muito tempo, recebeu em troca somente os restos poluentes ou degeneradores do meio ambiente?

Da maneira que nos comportamos, como cobrar posição responsável dos governantes ou das empresas se a única diferença entre nós e os políticos, é que eles foram eleitos para fazer o que fazem?

Vejam bem: Ando constantemente pelas cidades da região oeste do Estado de São Paulo. Por isso, observo as mesmas ocorrências em várias praças diferentes. Uma situação que me irrita profundamente é a má utilização das vagas para deficientes (também não gosto do termo mas vou usa-lo agora, para dar seqüência na crônica).

A Lei é boa, criou uma baia de estacionamento próximo a prédios de uso público, para que ali parem ou estacionem os veículos que transportam alguém que posua limitações.

Essas vagas destinam-se a pessoas portadoras de limitações em sua mobilidade. Ou seja, se tiver que parar muito afastado, as suas dificuldades serão tantas que de certa maneira, estará sendo constrangido em seu direito de ir e vir.

Mas repare quem se utiliza dessas vagas: Marmanjos de todos os tipos! Peruas que vão as compras, Doutores “sei lá do que” que estão com muita pressa e ficarão somente “1 minutinho”, ou o pior deles, o senhor ou senhora “Vai cuidar da sua vida FDP”.

De certa maneira, a Lei está sendo cumprida, pois afinal, a vaga é destinada á alguém limitado. Mas deveriam observar que o símbolo que a identifica, demonstra “limitação motora” (a cadeira de rodas estilizada), e não limitação “mental” ou “educativa” que é o caso desses indivíduos.

Ora meus caros, mais que passou da hora de “detonarmos” uma campanha de responsabilidade social individual. Ou, em breve, não haverá Programa de Responsabilidade Social empresarial que dê jeito.

Deixemos de ser omissos, sejamo ING!

Mauricio Gonçalves de Moura
Enviado por Mauricio Gonçalves de Moura em 26/03/2007
Código do texto: T426732
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